World’s Top 2% Scientists list

Quem são os cientistas mais citados a nível mundial?

Ciências ULisboa com melhores resultados na terceira versão do ranking

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Mulher escreve num quadro
Pexels - Andrea Piacquadio

Quer saber quem são os cientistas mais citados a nível mundial? Aceda gratuitamente aos dados da Mendeley, publicados na Elsevier - “August 2021 data-update for "Updated science-wide author databases of standardized citation indicators" e consulte a terceira versão, realizada com os contributos de Jeroen Baas, Kevin Boyack e John P.A. Ioannidis.

Um dos objetivos essenciais da investigação científica é o de publicar artigos científicos relevantes em revistas de qualidade. A Universidade de Stanford (US) desenvolveu um conjunto de métricas, associadas às citações feitas pelos pares, e que permitem aferir o impacto do que vai sendo publicado ao longo dos anos.

Esta última versão do World’s Top 2% Scientists list utiliza as citações da base de dados Scopus e foi divulgada a 19 de outubro de 2021. Os dados mais recentes estão compilados em duas listas, como sucedeu em 2019. Uma das listas refere-se aos cientistas com maior impacto ao longo da carreira e os dados são atualizados até ao final de 2020, dando foco a 186.177 nomes. Noutra série estão indicados apenas os cientistas que tiveram maior impacto em 2020, e o número aumenta para 190.064. Segundo os autores deste levantamento, as métricas de citação são amplamente utilizadas e mal utilizadas.

Portugal tem 483 cientistas no ranking referente ao impacto ao longo da carreira e 703 no ranking de 2020

Portugal está representado nas duas listas. Cerca de 483 cientistas afiliados a instituições portuguesas estão presentes na base de dados que mede o impacto ao longo da carreira e cerca de 703 cientistas figuram na lista anual e que diz respeito a 2020.

Ambas as bases de dados têm profissionais afiliados a unidades orgânicas da ULisboa: cerca de 142 na lista que diz respeito ao impacto da carreira e aproximadamente 157 na base de dados refentes a 2020.

Ciências ULisboa também está novamente representada neste trabalho e com melhores resultados face a 2019.

Andrew R. Liddle (Física e Astronomia), Francisco S. N. Lobo (Física e Astronomia), Alan Phillips (Micologia e Fitopatologia), Ricardo Trigo (Meteorologia e Ciências Atmosféricas), Pedro Castro (Engenharia Química), Rui A. C. Ferreira (Matemática Aplicada), José Manuel Nogueira (Química Analítica), Carlos Nieto Castro (Engenharia Química), Vladimir Konotop (Física), Teresa Faria (Matemática), Margarida Amaral (Bioquímica e Biologia Molecular) e Pedro Cavaleiro Miranda (Engenharia Biomédica) ocupam posições nas duas bases de dados.

No ranking referente ao impacto ao longo da carreira dá-se destaque ainda a Maria José Calhorda (Química inorgânica), Malte Henkel (Fluidos e Plasma – atualmente trabalha noutro organismo) e Rui Malhó (Biologia do Desenvolvimento); e agora também a Luís Gouveia (Investigação Operacional), Vasco T. Vasconcelos (Teoria da Computação) e João Pires da Silva (Materiais).

Na série onde estão indicados os cientistas que tiveram maior impacto em 2020 surgem os nomes de José Pedro Granadeiro ( Biologia Marinha), Alysson Bessani (Redes e Telecomunicações) e Carlos Sarrico (Física Matemática); assim como de Miquéias Lopes-Pacheco (Imunologia), Miguel Centeno Brito (Energia), Catarina Pinto Reis (Farmacologia), Cátia Pesquita (Inteligência Artificial e Processamento de Imagens), Rodrigo F. M. de Almeida (Biofísica), Isabel Fernandes (Minas e Metalurgia) e Ricardo J. N. Bettencourt da Silva (Química Analítica).

Nesta terceira versão os cientistas são classificados em 22 áreas científicas e 176 subáreas. A seleção feita é baseada nos 100.000 melhores por c-score (com e sem autocitações) ou uma classificação de percentil de 2% ou superior. Este trabalho utiliza as citações da base de dados Scopus, referente a 1 de agosto de 2021 e fornece informações padronizadas sobre citações, h-index, hm índex ajustado de coautoria, citações de artigos em diferentes posições de autoria e um indicador composto.

Pedro Castro teve conhecimento logo em outubro deste trabalho e sente felicidade por ter subido no ranking, na área científica de Engenharia Química, da posição 449 (8º a nível nacional) para a posição 427 (5º a nível nacional). Para Luís Gouveia esta classificação é uma surpresa, que o deixa satisfeito não só pelo reconhecimento alcançado, mas também por verificar que a Faculdade se preocupa em disseminar este tipo de informação.

“Constar nesta lista resulta da minha perseverança e determinação, creio, e também do grau de exigência que tenho comigo próprio. Ao longo destes anos tenho tentado manter um ritmo constante de trabalho e procurado ativamente a colaboração com outros investigadores, de vários ramos. Dessa interação nasceram novas ideias, filões que tento explorar o mais possível. Considero que os meus interesses são abrangentes e que isso se reflete na minha produtividade”, comenta a propósito destes resultados Francisco S. N. Lobo, que também é um nome repetente nestes rankings. O mesmo sucede com Ricardo Trigo, que aproveita a ocasião para “agradecer as muitas e excelentes colaborações com colegas nacionais e estrangeiros, sem as quais teria sido muito difícil alcançar este reconhecimento”, pela segunda vez. O climatologista salienta ainda a satisfação que sente pela Faculdade aumentar o número de investigadores incluídos nestas listas.

“Os cientistas portugueses têm sido uma parte fundamental de toda a minha carreira.”
Andrew R. Liddle

Rui Malhó tem opinião similar. “É gratificante ver reconhecido uma investigação de três décadas nesta escola, ao longo das quais foi possível estabelecer condições científicas, materiais e humanas que permitiram este resultado. É fruto de trabalho e dedicação, mas, acima de tudo, dos múltiplos colegas e investigadores que tive o privilégio de albergar no grupo. E aos meus professores e mentores da Faculdade, que criaram as bases deste trabalho”, diz.

Isabel Fernandes também foi surpreendida com os resultados. Está feliz pelo destaque no ranking de 2020, mas salienta que mais do que papers, é a favor da publicação em livros e, em especial, da ligação da ciência à indústria, para a qual a contribuição dos cientistas é fundamental e faz a diferença. Carlos Nieto de Castro também não considera ser esta a única forma de medir o impacto da atividade dum professor universitário, ainda assim, comenta que estar incluído no grupo de topo dos cientistas mundiais com mais citações da sua área de investigação, pelo segundo ano consecutivo, é uma honra e um estímulo para continuar a fazer investigação científica. “Reflete para mim os resultados duma carreira inteira, e do apoio dos meus colaboradores”, conclui manifestando que os resultados para a Faculdade são notáveis.

Cátia Pesquita refere a este propósito que “o número de citações é uma métrica de impacto científico amplamente utilizada, mas não é diretamente comparável entre áreas científicas – acrescentando - estas listas identificam os cientistas no top 2% de citações em uma ou mais áreas científicas, proporcionando uma visão mais equilibrada entre áreas”. Sente felicidade por estar na lista de 2020 e por estar acompanhada por tantos colegas da Faculdade.

"Sendo a citação a principal métrica do impacto e da relevância da ciência na sociedade atual, a divulgação deste estudo revela precisamente que Ciências ULisboa detém investigadores que se encontram muito ativos nos seus domínios de especialização e que, em determinadas áreas, nos encontramos mesmo no ‘estado da arte’ a nível global", declara José Manuel Nogueira. Também Rui A. C. Ferreira destaca a importância da citação, para medir o impacto dos trabalhos científicos na sociedade, sentindo-se “muito feliz”, pelo seu nome constar das duas listas de cientistas elaboradas neste estudo.

João Pires da Silva não conhecia o estudo em detalhe e ainda que, na sua opinião, as citações dos trabalhos científicos não sejam o único critério de avaliação em ciência, são importantes por serem uma medida da divulgação e do impacto do trabalho dos investigadores e das instituições em que trabalham. João Pires da Silva fica “feliz e motivado”, pelo seu nome figurar nesta versão, entendendo este resultado, como “uma menção partilhada”, com colegas investigadores e alunos, com os quais tem vindo a trabalhar ao longo destes anos.

"Ciências ULisboa detém investigadores que se encontram muito ativos nos seus domínios de especialização e que, em determinadas áreas, nos encontramos mesmo no ‘estado da arte’ a nível global.”
José Manuel Nogueira

Para Margarida Amaral é uma vez mais uma honra pessoal e institucional estar entre os 2% de cientistas mais citados a nível mundial. Na sua opinião este facto traduz o reconhecimento por pares e o elevado impacto social do trabalho destes cientistas.

Andrew R. Liddle também sente emoção por figurar no topo destas listas. E ainda que só esteja a trabalhar em Portugal há pouco tempo, a sua ligação à ciência portuguesa remonta ao doutoramento e não só. “O meu doutoramento em Glasgow foi coorientado por Alfredo Barbosa Henriques, de Lisboa, e orientei oito investigadores portugueses de doutoramento e de pós-doutoramento enquanto estive no Reino Unido. Os cientistas portugueses têm sido uma parte fundamental de toda a minha carreira”, conclui.

José Pedro Granadeiro também sente uma “enorme honra” por este reconhecimento, “junto de nomes tão conhecidos da Faculdade”, constatando igualmente “a grande dimensão de investigação da Escola”. O biólogo realça ainda que, “a ciência é um empreendimento coletivo, e não poucas vezes estas métricas refletem o esforço e o empenho de excelentes equipas de voluntários, estudantes e de outros grandes investigadores", concluindo que é nessa medida de esforço conjunto, que estes resultados também devem ser entendidos.

Rodrigo F. M. de Almeida reflete sobre a utilidade prática da investigação fundamental e deixa o seguinte comentário: “é ainda mais recompensador quando os nossos resultados já estão a ser usados como base para a investigação de muitos laboratórios pelo mundo fora e para o desenvolvimento de novas tecnologias". 

Miquéias Lopes-Pacheco também fica agradecido pela distinção e feliz por, embora ser um dos mais novos, estar entre os mais citados da instituição. "É uma grande satisfação estar entre os investigadores mais citados do mundo! Fico honrado pelo reconhecimento dos pares pelo trabalho que venho desenvolvendo durante minha trajetória científica (e mais recentemente como membro da Ciências ULisboa). Espero que estes trabalhos tenham um impacto positivo nos avanços científicos e potenciais melhorias para a sociedade", conclui o jovem investigador.

Ana Subtil Simões, Área Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Mar

Qual o impacto das poeiras provenientes do Sahara na produtividade marinha do Oceano Atlântico tropical, particularmente nos coccolitóforos (fitoplâncton calcário)? Esta é a principal questão que irá marcar o trabalho de Catarina Guerreiro, investigadora do MARE.

pilhas de compostagem

O compostor da FCUL foi inaugurado há pouco mais de um ano, em 27 de novembro de 2016, numa parceria entre a HortaFCUL, o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da FCUL e o cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Gabriella Gilli

Gabriella Gilli, investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, pretende usar um novo modelo teórico tridimensional, análogo ao que é usado para descrever a atmosfera de Vénus, para antecipar as futuras observações de exoplanetas quentes de tipo terrestre.

Vladimir Konotop

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o físico Vladimir Konotop e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Bernadette Bensaude-Vincent

A ULisboa atribui a 2 de março o título de doutor honoris causa a Bernadette Bensaude-Vincent, por proposta da Faculdade de Ciências, homenageando uma personalidade de grande relevo cientifico com relações estreitas com o contexto científico português, demonstrando publicamente quanto lhe deve e quanto se sente honrada por lhe poder conceder este titulo.

Biblioteca com alunos

A entrada na faculdade é muito mais do que a transição para uma nova etapa académica, é o início de uma aventura no próprio desenvolvimento, onde se passa de jovem a adulto. Esta fase acarreta desafios para o próprio e nas relações com os outros, ficando este jovem adulto entre o medo e o desejo de crescer com tarefas académicas, sociais, pessoais e vocacionais para fazer face, simultaneamente.

Campus de Ciências

Dois investigadores do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais receberam bolsas europeias Marie Sklodowska-Curie para desenvolver investigação nos próximos dois anos.

Concorrentes

A semifinal aconteceu a 17 de fevereiro, a final nacional a 12 de abril e a final internacional entre 5 e 10 de junho. Em Ciências foram apurados quatro finalistas, estudantes da ULisboa nos cursos de Física, Biologia, Engenharia Química e Matemática Aplicada e Computação.

Carlos Mateus Romariz Monteiro

Faleceu a 9 de fevereiro de 2018, com 97 anos, Carlos Mateus Romariz Monteiro.

Pessoa sentada junto a uma mesa

Passamos, quer no trabalho como em momentos de lazer, longos períodos sentados. Estar sentado é um descanso! Mas, será mesmo assim?

João Martins

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de fevereiro de 2018 é com João Martins, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

A cooperação (e colaboração) científica apoia-se sempre em ensinar e aprender (dar e receber), num registo de amizade e humildade, de motivação e de empolgamento. A paridade é fundamental, tal como o “foco e simplicidade”, a relevância e a utilidade (Steve Jobs).

João Carlos Marques, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra é o novo diretor do MARE, sucedendo no cargo Henrique Cabral, professor do Departamento de Biologia Animal de Ciências.

A iniciativa possibilita aos estudantes a recolha de informação sobre diversas áreas do saber das 18 escolas da Universidade de Lisboa.

Ciências presta homenagem a Dmitri Ivanovich Mendeleev a 8 de fevereiro de 2018, data em que se assinala o 184º aniversário do seu nascimento. Nesse dia, 118 alunos do 9.º ano do Colégio de Santa Doroteia, em Lisboa, visitam a tabela periódica existente neste campus universitário.

O artigo “The Little Ice Age in Iberian mountains” publicado em fevereiro de 2018 na Earth-Science Reviews caracteriza com maior precisão o último grande evento frio do hemisfério norte, de acordo com comunicado de imprensa emitido esta quinta-feira.
A Little Ice Age (LIA) ou a Pequena Idade do Gelo ocorreu aproximadamente entre 1300 e 1850 e afetou as comunidades dos Pirenéus. Os resultados desta investigação está a ter algum impacto em Espanha.

Pormenor da capa do livro

“Ao contrário do que aparentava no início deste projeto, foi relativamente fácil dar um ritmo de arte sequencial (banda desenhada) ao argumento.

A 2.ª edição do mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto (FCUAN) deverá arrancar no último trimestre do ano letivo 2018/2019 e contará novamente com o apoio de Ciências. Na 1.ª edição 16 estudantes concluíram com sucesso os programas de estudo.

Cinquenta alunos do 4.º ano do Colégio Colibri, de Massamá, foram cientistas por um dia nos Departamentos de Biologia Animal e Biologia Vegetal.

Quando João Graça Gomes iniciou o estágio “Cenarização Sistema Elétrico 100 % Renovável em 2040”, com a duração de um ano, no Departamento Técnico da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), sob a orientação de José Medeiros Pinto, engenheiro e secretário-geral daquela associação, quis “dar o melhor e mostrar a qualidade do ensino de engenharia na FCUL”. O ano passado foi distinguido com um dos prémios de maior destaque da engenharia nacional.

João Graça Gomes, engenheiro do Departamento Técnico da APREN e mestre em Engenharia da Energia e do Ambiente, foi galardoado com o Prémio - Melhor Estágio Nacional em Engenharia Eletrotécnica da Ordem dos Engenheiros.

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o climatologista Ricardo Trigo e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Por forma a gerir a ansiedade de uma forma mais eficaz antes dos momentos de avaliação são propostas algumas estratégias que não eliminam a ameaça mas podem ajudar a lidar de um modo mais eficaz com a ansiedade.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O primeiro Dictum et factum de 2018 é com Marta Daniela Santos, responsável pelo Gabinete de Comunicação do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Ciências será o palco de uma eliminatória regional do Famelab 2018, um dos maiores concursos internacionais de comunicação de ciência.

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