Entrevista a Rúben Oliveira

“É nosso dever informar a sociedade dos progressos científicos”

FameLab Portugal

"Adoro a área que escolhi – Biologia -, e deu-me um gosto particular explicar e transmitir às pessoas o meu trabalho."

Rúben Oliveira

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal 2017.

O que o levou a participar?

Rúben Oliveira (RO) - Sempre gostei muito de fazer apresentações e comunicar, faz parte da minha personalidade por ser uma pessoa extrovertida. Adoro a área que escolhi – Biologia -, e deu-me um gosto particular explicar e transmitir às pessoas o meu trabalho. Assim, segui o conselho de uma colega e amiga - Marta Santos, do Gabinete de Comunicação de Ciência do cE3c na FCUL -, e decidi participar no FameLab. O vídeo foi muito mais difícil de criar do que eu esperava e perdi horas para produzir três minutos com os quais estivesse satisfeito. Submeti um dia antes do limite estabelecido.

De que trata o tema que apresentou?

RO - Participei em três fases do FameLab: a candidatura, a semifinal e a final. Apresentei um tema diferente em cada uma, sendo que me baseei na minha tese de mestrado para cada um deles. De um modo geral, foquei-me em dois aspetos: a genética e a ecologia dos primatas. No tema do vídeo explorei o facto dos chimpanzés terem uma diversidade genética superior à dos humanos. A resposta está na diferente história demográfica, que permitiu diferentes interações entre as forças evolutivas que operam sobre as frequências dos alelos ao longo das gerações. Na semifinal falei acerca de ADN ambiental, uma ferramenta muito promissora que tem sido desenvolvida e aplicada nos últimos anos. Na final o meu tema foi acerca da caça ilegal e consumo de carne de animais selvagens, onde apresentei a situação do ponto de vista quer dos primatas, quer dos humanos.

Como se prepararou?

RO - Comecei por escolher um tema que pudesse suscitar curiosidade. Depois elaborei o texto e comecei a pensar como o iria apresentar. A Marta foi uma ajuda essencial neste processo, foi uma autêntica coach que ensinou desde o início.

A Comunicação de Ciência é uma área do seu interesse e em que pretende continuar a adquirir competências? Que importância lhe atribui?

RO - Sem dúvida! Não existe qualquer vantagem em guardar as descobertas dos cientistas num cofre ao qual só eles podem aceder. Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informar a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados. Temos todos muito a ganhar se vivermos numa sociedade culta em que a ciência é tratada por "tu".

O que foi mais gratificante, nesta participação?

RO - Foi, sem dúvida, o percurso até à final. Não só em termos de aprendizagem - onde a masterclass com o Malcolm Love foi o ponto alto -, mas também dos colegas e amigos que ganhei.

E o mais difícil?

RO - O mais difícil para mim foi a memorização dos textos que estruturei. Geralmente, nunca me sinto nervoso quando estou a fazer apresentações, ou melhor, lido bem com isso e raramente tenho problemas neste sentido. Porém, no FameLab foi muito difícil gerir o nervosismo devido à necessidade de expor o texto de forma clara e com o conteúdo mais indicado em apenas três minutos. O receio de me esquecer de alguma parte do texto deixava-me sempre nervoso, ainda mais sem ter qualquer suporte digital e com um júri e público a avaliarem-me.

Que balanço faz da masterclass?

RO - A masterclass foi fantástica, principalmente devido ao formador, Malcolm Love. Aprendi imenso e nos dias a seguir só pensava em usar skills que tinha ganho na final. A vertente prática da masterclass permitiu que fossemos testando o que nos ia sendo dito, tornando-a super-produtiva. Tinha expectativas elevadas, e mesmo assim foram superadas.

Raquel Salgueira Póvoas, Área de Comunicação e Imagem
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Floresta Laurissilva

Estudo de fósseis revela a extinção de uma árvore da família do chá que se encontrava presente há 1,3 milhões de anos na ilha da Madeira. Carlos A. Góis-Marques, aluno de doutoramento em Geologia, é um dos autores desta investigação.

Janela triangular

É o mecanismo mimético que nos permite interatuar uns com os outros, compreender os sentimentos dos amigos, e viver a compaixão e a empatia”, in Campus com Helder Coelho.

Livro aberto

Ao todo estão previstas sete sessões, com pelo menos um orador convidado. Em cada uma delas Dinis Pestana falará sobre livros que estejam relacionados com o tema em análise. O objetivo é conquistar leitores, sobretudo entre os estudantes universitários.

“Aceitar que por vezes se falha, que podemos não ter a aprovação dos outros e aceitar as consequências das tomadas de decisão, pode inicialmente ser mais desconfortável, mas acarreta consigo uma maior sensação de responsabilidade e liberdade na vida”, escreve na rubrica habitual a psicóloga do GAPsi, Andreia Santos.

Vista aérea da zona de cultivo no PermaLab, no campus de Ciências ULisboa

O primeiro estudo científico desenvolvido no PermaLab – um laboratório vivo de permacultura, situado no campus de Ciências ULisboa, será publicado no volume 212 da edição de março de 2019 do Journal of Cleaner Production, reforçando dessa forma a importância dos laboratórios vivos no contexto universitário.

“O desenvolvimento de uma missão astronómica espacial é uma aventura demorada, que, nos casos mais complexos, pode demorar mais de duas décadas. Com o Athena estamos envolvidos neste processo desde os primeiros passos, tendo ajudado a construir a proposta ‘vencedora’”, conta José Afonso, que lidera a participação portuguesa na missão Athena, prevista para 2031.

Projeto de Sismologia nas Escolas do Instituto Dom Luiz

Guilherme Weishar apresenta-nos o projeto de Sismologia nas Escolas do Instituto Dom Luiz e que tem uma componente de citizen science.

Wani na Indonésia

Objetivo da missão dos investigadores do IDL Ciências ULisboa e do IPMA?! Melhorar a caracterização do tsunami de 28 de setembro de 2018, de modo a desenvolver técnicas e programas de mitigação destes fenómenos naturais.

Ricardo Honório

Cernorium é o canal YouTube de Ricardo Honório, aluno do mestrado integrado em Engenharia Física de Ciências ULisboa. O projeto tem já disponível o primeiro episódio e é a “concretização de uma ideia antiga que procura aliar a paixão pela Física com algum humor.

Galeria da fauna marinha (maioria tropical), anos 1950/1960

Evocações sobre Entomologia no Museu Bocage e na Faculdade, pelo professor, cientista José Alberto Quartau. Versão abreviada da alocução proferida aquando do 35.º aniversário do Departamento de Biologia Animal de Ciências ULisboa, em 5 de junho de 2018.

Francisco Saldanha da Gama

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com Francisco Saldanha da Gama, professor do Departamento de Estatística e Investigação Operacional e investigador do Centro de Matemática, Aplicações Fundamentais e Investigação Operacional de Ciências ULisboa, e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia do site da Faculdade.

Lisboa

Ciências é uma das cinco instituições da ULisboa que integra o projeto ALHTOUR.

 Conselho Diretivo da ELRA

António Branco, professor do DI Ciências ULisboa, é o novo presidente da ELRA-European Language Resources Association, a principal associação científica europeia para o processamento da linguagem natural e uma das mais importantes associações a nível mundial nesta subárea da Inteligência Artificial.

Robô e criança

"Revendo as discussões nos últimos anos sobre a Inteligência Artificial (IA), a ideia da superinteligência (super-homem) e da frieza dos comportamentos dos agentes artificiais, quando comparados com os seres humanos, concluímos que o medo à IA só será ultrapassado com uma nova postura da IA, virada para a enfâse nos benefícios", escreve Helder Coelho, professor do DI Ciências ULisboa.

Raúl Ferreira

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências ULisboa? O Dictum et factum de dezembro é com Raúl Ferreira, assistente operacional da Oficina Gráfica da Área de Serviços Técnicos de Ciências ULisboa.

Às vezes é mesmo preciso “sair da cabeça e dar ouvidos ao corpo”

“Às vezes é mesmo preciso 'sair da cabeça e dar ouvidos ao corpo'. Dar atenção aos sinais físicos e às sensações”, escreve na rubrica habitual a psicóloga do GAPsi, Andreia Santos.

Soraia Pereira

Leia a entrevista com Soraia Pereira, vencedora do Prémio SPE2018 e que descobriu o interesse pela Estatística no último ano da licenciatura em Matemática.

Matemática

O novo livro de Jorge Buescu, professor do Departamento de Matemática de Ciências ULisboa é apresentado ao público em dezembro. Leia a entrevista com o matemático e escritor que através da Matemática "rasga horizontes e abre novos mundos a mentes sequiosas".

Logotipo

"Até agora, os cientistas cidadãos das comunidades GROW implementaram/instalaram 2.000 sensores com o intuito de avaliar a humidade, temperatura e radiação solar do solo nos diferentes GROW Places. No próximo ano deverão ser implementados cerca de 10.000 sensores. Este é considerado o maior levantamento de dados de diversas propriedades do solo na Europa, realizado por cidadãos", escreve em artigo de opinião Gil Penha-Lopes, investigador do DBV Ciências ULisboa e cE3c.

Livros

O projeto “NitroPortugal -Strengthening Portuguese research and innovation capacities in the field of excess reactive nitroge” promove livro infantil “A história do azoto, bom em pequenino e mau em grande”.

Adrià López Baucells

A British Ecological Society anunciou esta sexta-feira, dia 30 de novembro, os vencedores do concurso anual de fotografia Capturing Ecology. Entre as várias fotografias premiadas encontram-se as de Adrià López Baucells, estudante do programa doutoral Biodiversidade, Genética e Evolução e investigador do polo de Ciências ULisboa do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Ilustração de um buraco negro ativo no centro de uma galáxia

Cientistas portugueses estiveram envolvidos na primeira medição espacial do redemoinho de massa que orbita um buraco negro de centenas de milhões de massas solares.

C6

Soraia Pereira, investigadora do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa e antiga aluna de Ciências ULisboa, vence Prémio Sociedade Portuguesa de Estatística 2018.

Representação esquemática da bicamada fosfolipídica da membrana e da sua alteração, após ação do antibiótico (à esquerda) e visualização da membrana danificada por ação de uma dose inferior à concentração mínima letal (à direita)

Uma equipa liderada por Ciências ULisboa descobriu antibióticos derivados de açúcares, que matam células de espécies de Bacillus spp, incluindo Bacillus anthracis, um micróbio causador da doença antrax, que ataca animais e seres humanos e é um agente de bioterrorismo.

Mar

No Dia Nacional do Mar trazemos à memória os 20 anos da EXPO’98 e da Ponte Vasco da Gama e a reabilitação daquela área, na qual participaram vários professores de Ciências ULisboa e investigadores do extinto Instituto de Oceanografia, atual MARE.

Páginas