Ação COST TD1301

“Balanço extremamente positivo”

Imagem e diagnóstico médico por micro-ondas

Reunião final do comité de gestão da Ação COST TD1301, em Malta, em junho de 2017

Reunião final do comité de gestão da Ação COST TD1301, em Malta, em junho de 2017

Imagem cedida por RC

Raquel Conceição, professora do Departamento de Física de Ciências ULisboa e investigadora do Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica, coordenou a Ação COST TD1301, no valor de aproximadamente meio milhão de euros e que durou quatro anos, juntando cerca de 255 profissionais, entre investigadores, engenheiros e médicos de 30 países do mundo.

Na entrevista que se segue, a mais jovem cientista a liderar uma ação COST deste género na União Europeia apresenta os principais resultados alcançados com este projeto.

Raquel Conceição e Martin O'Halloran
Raquel Conceição com o colega Martin O'Halloran, vice chair da Ação. A fotografia foi tirada na reunião final, durante uma pequena celebração com vinho do Porto
Imagem cedida por RC

Gostaria de pedir um breve balanço desta Ação COST e que nos indicasse os principais resultados alcançados?

Raquel Conceição (RC) – É um balanço extremamente positivo para a investigação na área de imagem e diagnóstico médico por micro-ondas. Uma comunidade uniu-se para juntar forças. Neste momento, estão a decorrer ensaios clínicos entre parceiros europeus, há fantomas (modelos anatómicos da mama) a serem testados em vários equipamentos a nível mundial, escrevemos dois livros para a editora Springer - sou editora de ambos: www.springer.com/us/book/9783319278650 e www.springer.com/gp/book/9783319750064 -, muitos artigos escritos em parceria e dois grandes projetos europeus financiados.

Também gostaria que nos contasse as alegrias e as dificuldades que sentiu ao longo desta experiência?

RC - A ação começou pouco mais de dois anos depois de ter terminado o doutoramento, e foi muito gratificante conhecer tantos investigadores conceituados na minha área de investigação, cujos artigos apenas conhecia, e mais tarde poder ter a oportunidade de trabalhar com tantos deles. Essencialmente aprendi muito: organizei mais de dez reuniões científicas, quatro escolas de treino para investigadores mais juniores e muitas sessões em várias conferências. A equipa da COST, em Bruxelas, também me incluiu em muitos dos seus eventos, os últimos em Lisboa: "Inspiring researchers, strengthening Europe – Portugal in the spotlight, with commissioner Carlos Moedas" em fevereiro do ano passado, e a "COST Academy: Leadership workshop", onde fui convidada a partilhar a minha experiência de liderar uma ação COST, com futuros líderes das ações que irão começar em setembro e outubro deste ano.

As principais dificuldades foram essencialmente a nível de gestão de tempo, estava com um contrato de dois anos como pós-doutorada e portanto tinha que continuar a produzir trabalho científico e a candidatar-me a projetos e outras oportunidades que me permitissem continuar a trabalhar no mundo académico. Cresci muito neste período.

E agora, o que se segue após a conclusão desta ação?

RC - Acho que o mais importante é existir informalmente uma comunidade de profissionais, que trabalham com micro-ondas para diagnóstico e terapia. Pensamos em formalizar uma sociedade ou associação, mas para já é apenas um pensamento. Penso que é de mencionar que temos dois outros projetos europeus em áreas relacionadas, que nasceram de ideias partilhadas durante estes quatro anos. A ITN - Marie-Sklodowska Curie Actions -, chamada EMERALD, que arrancou em maio deste ano (com duração de quatro anos), com quase 30 instituições de beneficiários e parceiros e que irá em conjunto formar 13 alunos de doutoramento em nove países europeus. Faço parte desta ITN e em Ciências ULisboa iremos receber um aluno de doutoramento, que selecionámos recentemente. Vem de Itália. O segundo projeto europeu aceite é uma segunda ação COST liderada por duas colegas, com base em Malta e Irlanda, chamada MyWave. Faço parte do comité de gestão, representando a participação portuguesa nesta ação, e é provável que venha a ser líder de um dos grupos de trabalho desta ação - este projeto irá começar a 4 de setembro de 2018 e durará também quatro anos.

COST programme - Tackling cancer research together

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem de Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O grupo de investigadores da Masaryk University, na República Checa; da Mykolas Romeris University, na Lituânia; das universidades Politécnica de Madrid e de Oviedo, em Espanha; do Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território e do Instituto Dom Luiz analisaram a evolução da temperatura nas dez estações da Península Antártica desde o início da década de 1950 até 2015.

Através de trabalho de campo detalhado na ilha de Santa Maria, nos Açores, investigadores descobriram elementos importantes para a compreensão da origem e evolução de ilhas vulcânicas.

O projeto RESISTIR iniciou-se em abril deste ano e visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

O ClimAdaPT.Local coordenado pelo grupo CCIAM do cE3c chegou ao fim.

Ciências é oficialmente membro associado do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas. Para além disso, em 2017 a sede vai ficar mais próxima dos cientistas desta instituição.

No ensino universitário normal o aproveitamento/rendimento escolar é também motivo de preocupação em muitos países europeus, embora existam países onde esse rendimento se aproxima dos 100%. Em termos económicos, facilmente se percebe que quanto maior for a taxa de aprovação dos alunos, menor a desistência e a reprovação, mais justificadas estão as verbas públicas  (provenientes dos impostos) que o Estado investiu no sector da educação.

“Os valores associados ao desporto são complementares aos que são necessários para o sucesso académico”, diz Matilde Fidalgo, aluna de Ciências e jogadora de futebol da seleção feminina portuguesa.

Antes de se aposentar em 2014 a Ana Monteiro trabalhou na Biblioteca da FCUL durante alguns anos. Ontem, dia 15 de dezembro, faleceu.

Teve lugar a 27 de outubro no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa (ULisboa) o lançamento oficial do Colégio de Química, o primeiro colégio da ULisboa aprovado na área das Ciências Exatas.

O aumento da temperatura da água leva anfíbios omnívoros a adotar uma dieta mais herbívora. De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Climáticas, “esta é a primeira vez que é estudada em vertebrados a assimilação de dietas mais ou menos ricas em proteínas em função da temperatura”.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O último Dictum et factum de 2016 é com Paulo Silva, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

O QTLeap—Quality Translation by Deep Language Engineering Approaches chega ao fim, mas a investigação em tradução automática continua. Leia a curta entrevista com António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências e coordenador deste projeto, iniciado em novembro de 2013.

“A Onda da Nazaré: um estímulo para a aprendizagem” é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e explica de forma simples e recorrendo a curtas animações os processos associados à existência da maior onda surfada em todo o mundo. 

O curso de Química Tecnológica celebra em 2017 os 35 anos da saída dos seus primeiros licenciados pelo que as próximas “Jornadas QT” realçarão esta efeméride.

Nos últimos anos da troika (2011-2015), a importância da Filosofia foi bastante apreciada, em particular a nível internacional. Este período não foi bom para Portugal, sobretudo porque os jovens licenciados foram colocados de lado e sem trabalho, os sem emprego (ou bolsa), os precários (com vencimento à hora de ocupação, os temporários, sem férias, direitos de saúde...), e os que estavam a mais (e, forçados a emigrar) juntaram a sua indignação e protestaram. Nem sempre com resultados bem visíveis e de pressão real sobre o poder.

A União Europeia das Geociências atribui anualmente um prémio que reconhece atividade científica de exceção a nível mundial, realizada por cientistas desta área na fase inicial da carreira. Este galardão foi atribuído pela primeira vez a um investigador a trabalhar em Portugal. João Duarte é investigador do Instituto Dom Luiz e do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e recebeu este prémio pelo seu trabalho na área da Geologia Marinha e Tectónica, bem como pela sua atividade na área da divulgação científica. 

Nos próximos cinco anos, Sara Magalhães vai explorar um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro-aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate, no âmbito do projeto “COMPCON - Competição sob construção do nicho”, com início previsto para maio de 2017 e desenvolvido em colaboração com investigadores da Universidade de Montpellier, em França.

Aplicações médicas e industriais a partir de organismos que produzem bioadesivos... Sim, é possível. No âmbito de uma Ação COST, a Rede Europeia de Especialistas em Bioadesão, trabalha para criar novos produtos.

O tempo tem demonstrado ser possível avançar na criação de mais e melhores condições de equidade para os alunos com Necessidades Educativas Especiais. Mas este é um desafio permanente para as instituições de ensino, como também o é para cada um de nós e a cada momento, num permanente processo de implicação pessoal em prol de algo que tanto prezamos: a igualdade de oportunidades.

Num desporto o treino é comum e faz parte de um plano para conseguir os melhores resultados, estimulando as capacidades físicas a superarem os desempenhos. Mas, também se podem treinar as mentes para fazer ciência.

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

Luís Filipe Lages Martins, bolseiro de pós-doutoramento do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, é o vencedor da 1.ª edição do Prémio Inovação em Metrologia da Sociedade Portuguesa de Metrologia (SPMet).

Em parceria com a Universidade de Lisboa e outras instituições que lecionam o curso de Química, a Sociedade Portuguesa de Química atribui prémios de mérito aos alunos com melhores resultados alcançados nesta área científica.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O 11.º Dictum et factum é com Aurora Sardinha, assistente técnica do Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências.

Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

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