Estudo desenvolvido no PermaLab publicado no Journal of Cleaner Production

Agricultura urbana sustentável

Vista aérea da zona de cultivo no PermaLab, no campus de Ciências ULisboa

Vista aérea da zona de cultivo no PermaLab, no campus de Ciências ULisboa

cE3c Ciências ULisboa

Sabia que é possível produzir milho em contexto urbano, com um rendimento agrícola adequado, utilizando fertilizantes orgânicos obtidos através da compostagem de resíduos alimentares e resíduos verdes?

O primeiro estudo científico desenvolvido no PermaLab – um laboratório vivo de permacultura, situado no campus de Ciências ULisboa, será publicado no volume 212 da edição de março de 2019 do Journal of Cleaner Production, reforçando dessa forma a importância dos laboratórios vivos no contexto universitário.

Florian Ulm, estudante do doutoramento em Biodiversidade, Genética e Evolução em Ciências ULisboa e no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais – cE3c, é o primeiro autor do artigo “Sustainable urban agriculture using compost and an open-pollinated maize variety”, que está disponível na ScienceDirect desde dezembro passado e que conta ainda com a colaboração de outros investigadores - David Avelar, Peter Hobson, Gil Penha-Lopes, Teresa Dias, Cristina Máguas e Cristina Cruz.

De acordo com o comunicado de imprensa do cE3c, emitido recentemente sobre este tema, os investigadores cultivaram duas variedades de milho em solo não fertilizado (um híbrido comercial e um não comercial chamado pata-de-porco multicolorido) e compararam com o cultivo em solo submetido a dois tratamentos distintos. Num dos tratamentos, foi aplicado um composto derivado totalmente de desperdício alimentar, com um elevado teor de nutrientes. Noutro tratamento, o solo foi fertilizado por um composto resultante da mistura de desperdício alimentar com resíduos verdes derivados de uma espécie invasora, a acácia Acacia longifolia, correspondendo a um nível médio de nutrientes. Após a estação de crescimento, os investigadores analisaram o teor em micronutrientes do solo e determinaram o teor em carbono, azoto e nutrientes das plantas.

Zonas de cultivo com diferentes tratamentos, no PermaLab, no campus de Ciências ULisboa
Zonas de cultivo com diferentes tratamentos, no PermaLab, no campus de Ciências ULisboa
Fonte cE3c

“Ao contrário da variedade comercial, os grãos de milho da variedade não comercial exibiram uma maior concentração de micronutrientes e uma menor acumulação de metais pesados, independentemente do tipo de tratamento do solo. A menor concentração de metais pesados constitui um resultado importante no contexto da agricultura urbana, em que a poluição atmosférica é muito elevada”, pode ser lido no comunicado, que salienta a importância de preservar a diversidade de sementes que resultam da polinização aberta, destacando ainda que pela primeira vez foram reutilizados resíduos verdes derivados do controlo da acácia através do debaste das plantas, o que contribui para o controlo desta espécie invasora.

Florian Ulm nasceu no sul da Alemanha e chegou a Portugal há cerca de oito anos. O foco do seu doutoramento é as espécies invasoras. Quer perceber como é que alteram o solo e quais são os efeitos nas espécies nativas; e como podem ser reutilizadas em termos de compostagem, por exemplo. O tópico transversal da sua investigação é o fluxo de nutrientes. Tem trabalhado com a interação entre o azoto e o fósforo, algo ainda pouco estudado.

O ano passado, Floriam Ulm e David Avelar, investigador do polo de Ciências ULisboa do cE3c, acompanharam um grupo da Área de Sustentabilidade do ISCTE IUL, dando a conhecer a Horta FCUL. Ambos são seus guardiões. Foi nessa ocasião que Floriam Ulm nos disse que pretende ficar em Portugal, após terminar o doutoramento. Gosta muito do ambiente da Faculdade e sente que em Lisboa “há muita vontade de olhar para o futuro”, apesar dos problemas relacionados com o financiamento das atividades de investigação. Florium Ulm destaca ainda como positivo a colaboração que existe entre diferentes grupos científicos, algo que na sua opinião é essencial para que se faça boa ciência. “Cada vez mais há um reconhecimento do que a Horta FCUL está a fazer… Um projeto assim não existe em muitos sítios do mundo”, conclui.

PermaLab
O ano passado, Floriam Ulm e David Avelar, investigador do polo de Ciências ULisboa do cE3c, acompanharam um grupo da Área de Sustentabilidade do ISCTE IUL, dando a conhecer a Horta FCUL. Ambos são seus guardiões

 

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
campus universitário

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Fotografia de Sven Fischer da Unsplash

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ESO

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