Entrevista com… Matilde Fidalgo

No futebol e na faculdade: os mesmos valores, a mesma dedicação

"Conciliar o futebol com a faculdade é algo muito espontâneo para mim. Desde sempre conjuguei o futebol com a vida académica e por isso estou muito habituada", conta a aluna de Ciências

ACI Ciências

Matilde Fidalgo, de 22 anos, é aluna do 5.º ano do curso de Engenharia da Energia e do Ambiente de Ciências ULisboa. Para lá da vida académica, tem uma paixão: o futebol.

É jogadora do Clube Futebol Benfica, conhecido por Fofó, e luta pela vitória da modalidade no país e além-fronteiras, na seleção feminina, na posição defesa. Conta com 51 internacionalizações, a primeira aconteceu em fevereiro de 2011. Este ano a sua equipa apurou-se para o Europeu de Futebol. Um feito nunca antes alcançado e que vai, por certo, acompanhá-la para sempre – quer seja como uma boa recordação ou como um estímulo para o alcance de outras vitórias, dentro e fora das quatro linhas.

Na entrevista a seguir apresentada, fique a saber mais sobre a história desta jovem.

O que significa pertencer a esta casa, a Ciências?

Matilde Fidalgo (MF) - Foi a casa que escolhi para continuar a minha formação após o ensino secundário e fiquei muito feliz por ter conseguido ingressar nela. Sinto-me integrada e fiz bons amigos.

Quais são os ensinamentos que considera fundamentais para a sua vida e que foram aqui adquiridos?

(MF) - A faculdade é um espaço de crescimento pessoal. A faculdade representa uma mudança grande na vida de um jovem, na medida em que o expõe a uma realidade diferente até à então vivida, nomeadamente no trato com os restante membros da instituição, e obviamente desempenha um papel fundamental na formação de indivíduos com capacidade de trabalho, autónoma e coletivamente.

E que aprendizagens traz do futebol para a vida académica?

(MF) - O futebol, sendo um desporto coletivo, obriga à capacidade de conviver e trabalhar com os pares. Além disso, o sucesso desportivo só é possível com muita devoção e trabalho, aspetos também fundamentais na vida académica.

Disciplina, esforço, dedicação. São três elementos comuns à vida de estudante e à de desportista. Como é conciliar estas duas vertentes?

(MF) - Sem dúvida, são virtudes que devem ser transversais às duas vertentes. Conciliar o futebol com a faculdade é algo muito espontâneo para mim. Desde sempre conjuguei o futebol com a vida académica e por isso estou muito habituada. Além disso, os meus treinos são normalmente à noite pelo que não se sobrepõem. A única situação mais complicada dá-se quando estou a estagiar, e portanto impossibilitada de estar nas aulas. Mas tenho tido sempre a ajuda de amigos que me ajudam a manter a par da matéria e professores compreensivos.

Há tempo para tudo, ou seja, uma ajuda a outra a acontecer?

(MF) - Há tempo para tudo. Sempre quis ter uma formação académica que me permita uma melhor perspetiva de emprego no futuro, uma vez que o futebol não me oferece essa segurança. Por outro lado, o futebol é algo que faço por gosto e não seria capaz de abandonar a modalidade e portanto tenho que conciliar as duas coisas.

Sobre o apuramento para o Europeu, como se sente com tão grande feito?

(MF) - Foi um feito inédito e sinto-me muito orgulhosa do trabalho que todas desenvolvemos. A modalidade está a crescer em Portugal e este é um marco muito importante.

Que implicações tem este apuramento para este ano letivo, o que muda?

(MF) - Pouco muda! Tenho já alguns estágios marcados e que me obrigaram a faltar às aulas, mas são independentes do Europeu. O torneio será apenas realizado entre 16 de julho e 6 agosto do próximo ano [2017], pelo que tem poucas implicações neste ano letivo.

O que se imagina a fazer daqui a cinco anos, a nível profissional e em campo?

(MF) - Daqui a cinco anos acredito estar a jogar profissionalmente e talvez tente conciliar com uma licenciatura no estrangeiro, de forma a estar ocupada quando não estiver a treinar ou jogar.

Relativamente a projetos futuros, já há algum definido que possamos conhecer?

(MF) - Nada concreto. Pretendo terminar o mestrado integrado no prazo estipulado, ou seja, este ano e a partir daí decidirei mais concretamente o que fazer.

Pode deixar uma mensagem para os estudantes de Ciências…

(MF) - Os valores associados ao desporto são complementares aos que são necessários para o sucesso académico, e por isso apelo a que não permitam que uma das vertentes leve a melhor em relação à outra, é possível conciliar tudo e vale a pena o esforço!

Raquel Salgueira Póvoas, Área de Comunicação e Imagem
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Bernadette Bensaude-Vincent

A ULisboa atribui a 2 de março o título de doutor honoris causa a Bernadette Bensaude-Vincent, por proposta da Faculdade de Ciências, homenageando uma personalidade de grande relevo cientifico com relações estreitas com o contexto científico português, demonstrando publicamente quanto lhe deve e quanto se sente honrada por lhe poder conceder este titulo.

Biblioteca com alunos

A entrada na faculdade é muito mais do que a transição para uma nova etapa académica, é o início de uma aventura no próprio desenvolvimento, onde se passa de jovem a adulto. Esta fase acarreta desafios para o próprio e nas relações com os outros, ficando este jovem adulto entre o medo e o desejo de crescer com tarefas académicas, sociais, pessoais e vocacionais para fazer face, simultaneamente.

Campus de Ciências

Dois investigadores do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais receberam bolsas europeias Marie Sklodowska-Curie para desenvolver investigação nos próximos dois anos.

Concorrentes

A semifinal aconteceu a 17 de fevereiro, a final nacional a 12 de abril e a final internacional entre 5 e 10 de junho. Em Ciências foram apurados quatro finalistas, estudantes da ULisboa nos cursos de Física, Biologia, Engenharia Química e Matemática Aplicada e Computação.

Carlos Mateus Romariz Monteiro

Faleceu a 9 de fevereiro de 2018, com 97 anos, Carlos Mateus Romariz Monteiro.

Pessoa sentada junto a uma mesa

Passamos, quer no trabalho como em momentos de lazer, longos períodos sentados. Estar sentado é um descanso! Mas, será mesmo assim?

João Martins

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de fevereiro de 2018 é com João Martins, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

A cooperação (e colaboração) científica apoia-se sempre em ensinar e aprender (dar e receber), num registo de amizade e humildade, de motivação e de empolgamento. A paridade é fundamental, tal como o “foco e simplicidade”, a relevância e a utilidade (Steve Jobs).

João Carlos Marques, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra é o novo diretor do MARE, sucedendo no cargo Henrique Cabral, professor do Departamento de Biologia Animal de Ciências.

A iniciativa possibilita aos estudantes a recolha de informação sobre diversas áreas do saber das 18 escolas da Universidade de Lisboa.

Ciências presta homenagem a Dmitri Ivanovich Mendeleev a 8 de fevereiro de 2018, data em que se assinala o 184º aniversário do seu nascimento. Nesse dia, 118 alunos do 9.º ano do Colégio de Santa Doroteia, em Lisboa, visitam a tabela periódica existente neste campus universitário.

O artigo “The Little Ice Age in Iberian mountains” publicado em fevereiro de 2018 na Earth-Science Reviews caracteriza com maior precisão o último grande evento frio do hemisfério norte, de acordo com comunicado de imprensa emitido esta quinta-feira.
A Little Ice Age (LIA) ou a Pequena Idade do Gelo ocorreu aproximadamente entre 1300 e 1850 e afetou as comunidades dos Pirenéus. Os resultados desta investigação está a ter algum impacto em Espanha.

Pormenor da capa do livro

“Ao contrário do que aparentava no início deste projeto, foi relativamente fácil dar um ritmo de arte sequencial (banda desenhada) ao argumento.

A 2.ª edição do mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto (FCUAN) deverá arrancar no último trimestre do ano letivo 2018/2019 e contará novamente com o apoio de Ciências. Na 1.ª edição 16 estudantes concluíram com sucesso os programas de estudo.

Cinquenta alunos do 4.º ano do Colégio Colibri, de Massamá, foram cientistas por um dia nos Departamentos de Biologia Animal e Biologia Vegetal.

Quando João Graça Gomes iniciou o estágio “Cenarização Sistema Elétrico 100 % Renovável em 2040”, com a duração de um ano, no Departamento Técnico da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), sob a orientação de José Medeiros Pinto, engenheiro e secretário-geral daquela associação, quis “dar o melhor e mostrar a qualidade do ensino de engenharia na FCUL”. O ano passado foi distinguido com um dos prémios de maior destaque da engenharia nacional.

João Graça Gomes, engenheiro do Departamento Técnico da APREN e mestre em Engenharia da Energia e do Ambiente, foi galardoado com o Prémio - Melhor Estágio Nacional em Engenharia Eletrotécnica da Ordem dos Engenheiros.

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o climatologista Ricardo Trigo e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Por forma a gerir a ansiedade de uma forma mais eficaz antes dos momentos de avaliação são propostas algumas estratégias que não eliminam a ameaça mas podem ajudar a lidar de um modo mais eficaz com a ansiedade.

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Ciências será o palco de uma eliminatória regional do Famelab 2018, um dos maiores concursos internacionais de comunicação de ciência.

Ler Filosofia (através de Espinosa) permite olhar o mundo, de forma crítica e pensar em profundidade. Em Ciência, observar e refletir são indispensáveis, para caminharmos, abrindo novas linhas de pesquisa.

Vinte e três alunos estiveram na Faculdade de Ciências a estudar as bases metodológicas para a classificação sistemática de plantas. O curso inseriu-se no projeto HEI-PLADI, um programa ERASMUS + e ocorreu pela primeira vez em Portugal.

Parte do antigo bar do edifício C1 de Ciências dá agora lugar a um novo laboratório de investigação em Ecologia Evolutiva. Aqui vai ser explorado um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate.

O livro Faça Sol ou Faça Vento reúne seis histórias infantojuvenis sobre energias renováveis. Todas elas são escritas por autores com ligação à Faculdade de Ciências da ULisboa.

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