Estudo publicado na npj Ocean Sustainability do grupo Nature

Distinguir ordenamento do espaço marinho de planeamento de áreas marinhas protegidas é fundamental para um oceano sustentável

Equipa de cientistas de Portugal, Estados Unidos, Itália, Canadá e Reino Unido é liderada por Catarina Frazão Santos

Tartaruga no oceano

Estudo publicado na npj Ocean Sustainability do grupo Nature estabelece um novo rumo para a proteção dos oceanos

Toby Matthews - Banco de imagens do oceano

“O ordenamento do espaço marinho e o planeamento de áreas marinhas protegidas não são a mesma coisa. Mas ambos têm um papel fundamental na sustentabilidade do oceano, em especial no contexto das presentes crises climática e de biodiversidade.”
Catarina Frazão Santos.

Acaba de ser publicado na revista npj Ocean Sustainability do grupo Nature um artigo liderado por Catarina Frazão Santos, professora da Ciências, investigadora no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) e investigadora honorária na Universidade de Oxford, que estabelece um novo rumo para a proteção dos oceanos. O artigo reúne uma equipa de cientistas de Portugal, Estados Unidos, Itália, Canadá e Reino Unido que propõe caminhos para otimizar sinergias entre o ordenamento do espaço marinho (OEM) e o planeamento de áreas marinhas protegidas (AMP), em especial num contexto de alterações climáticas.

oceano e terra
O OEM e o planeamento de AMP são dois processos de gestão territorial utilizados globalmente para suportar o uso sustentável e a conservação do oceano
Fonte Erik Lukas - Banco de imagens do oceano

“O ordenamento do espaço marinho e o planeamento de áreas marinhas protegidas não são a mesma coisa. Mas ambos têm um papel fundamental na sustentabilidade do oceano, em especial no contexto das presentes crises climática e de biodiversidade. Temos de avançar no sentido de esclarecer diferenças e identificar sinergias para suportar um oceano saudável”, diz Catarina Frazão Santos.

O OEM e o planeamento de AMP são dois processos de gestão territorial utilizados globalmente para suportar o uso sustentável e a conservação do oceano. Ambos partilham um conjunto de semelhanças, mas têm objetivos e finalidades diferentes, e requerem metodologias e competências profissionais distintas. Os conceitos de OEM e de planeamento de AMP são frequentemente confundidos e utilizados indistintamente, o que leva à perda de oportunidades para promover soluções sustentáveis num oceano em mudança.

No contexto da presente crise climática e de biodiversidade é fundamental dissipar a confusão existente e estabelecer diretrizes claras, para que gestores ambientais e decisores políticos possam desenvolver processos de OEM e de AMP de forma sinergística, em paralelo e de forma integrada — por forma a garantir a sustentabilidade do oceano num contexto de mudanças rápidas e profundas. É também fundamental reconhecer que um OEM sustentável não deve substituir o planeamento de AMP nem promover o crescimento económico em detrimento da biodiversidade, da saúde dos ecossistemas e do bem-estar das comunidades humanas que dependem dos mesmos.

oceano, corais e tartaruga
Os conceitos de OEM e de planeamento de AMP são frequentemente confundidos
Fonte Tom Vierus - Banco de imagens do oceano

“Precisamos de uma abordagem mais clara e consistente na definição de conceitos no ordenamento do espaço marinho e áreas marinhas protegidas, de forma a evitar um discurso demasiado denso e complexo que se arrisca a criar uma confusão desnecessária que dificulta uma implementação efetiva”, conclui Helena Calado, professora da Universidade dos Açores e outra das autoras do artigo.

Ciências nos media
"Artigo científico liderado por investigadora portuguesa cria novo rumo para oceano sustentável" -  Green Savers OnlineRevista Sustentável Online.

O artigo é assinado ainda pelas cientistas Lisa M. Wedding, Tundi Agardy, Julie M. Reimer e Elena Gissi. A equipa destaca cinco aspetos-chave que diferenciam o OEM do planeamento de AMP.

  1. A utilização de processos de zonamento
  2.  A escala do planeamento (temporal e espacial)
  3. O envolvimento das agentes interessados
  4. A capacidade de adotar uma perspetiva “sistémica”
  5. A integração de considerações relativas às alterações climáticas

As investigadoras identificam também sete vias principais para potenciar sinergias entre um OEM inteligente do ponto de vista climático e o planeamento de AMP (desde a identificação de novos locais para AMP tendo em conta informação climática, até à antecipação de diferentes futuros possíveis e identificação de formas de garantir a adaptação aos mesmos).

GI DCI Ciências
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João Martins

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de fevereiro de 2018 é com João Martins, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

A cooperação (e colaboração) científica apoia-se sempre em ensinar e aprender (dar e receber), num registo de amizade e humildade, de motivação e de empolgamento. A paridade é fundamental, tal como o “foco e simplicidade”, a relevância e a utilidade (Steve Jobs).

João Carlos Marques, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra é o novo diretor do MARE, sucedendo no cargo Henrique Cabral, professor do Departamento de Biologia Animal de Ciências.

A iniciativa possibilita aos estudantes a recolha de informação sobre diversas áreas do saber das 18 escolas da Universidade de Lisboa.

Ciências presta homenagem a Dmitri Ivanovich Mendeleev a 8 de fevereiro de 2018, data em que se assinala o 184º aniversário do seu nascimento. Nesse dia, 118 alunos do 9.º ano do Colégio de Santa Doroteia, em Lisboa, visitam a tabela periódica existente neste campus universitário.

O artigo “The Little Ice Age in Iberian mountains” publicado em fevereiro de 2018 na Earth-Science Reviews caracteriza com maior precisão o último grande evento frio do hemisfério norte, de acordo com comunicado de imprensa emitido esta quinta-feira.
A Little Ice Age (LIA) ou a Pequena Idade do Gelo ocorreu aproximadamente entre 1300 e 1850 e afetou as comunidades dos Pirenéus. Os resultados desta investigação está a ter algum impacto em Espanha.

Pormenor da capa do livro

“Ao contrário do que aparentava no início deste projeto, foi relativamente fácil dar um ritmo de arte sequencial (banda desenhada) ao argumento.

A 2.ª edição do mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto (FCUAN) deverá arrancar no último trimestre do ano letivo 2018/2019 e contará novamente com o apoio de Ciências. Na 1.ª edição 16 estudantes concluíram com sucesso os programas de estudo.

Cinquenta alunos do 4.º ano do Colégio Colibri, de Massamá, foram cientistas por um dia nos Departamentos de Biologia Animal e Biologia Vegetal.

Quando João Graça Gomes iniciou o estágio “Cenarização Sistema Elétrico 100 % Renovável em 2040”, com a duração de um ano, no Departamento Técnico da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), sob a orientação de José Medeiros Pinto, engenheiro e secretário-geral daquela associação, quis “dar o melhor e mostrar a qualidade do ensino de engenharia na FCUL”. O ano passado foi distinguido com um dos prémios de maior destaque da engenharia nacional.

João Graça Gomes, engenheiro do Departamento Técnico da APREN e mestre em Engenharia da Energia e do Ambiente, foi galardoado com o Prémio - Melhor Estágio Nacional em Engenharia Eletrotécnica da Ordem dos Engenheiros.

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o climatologista Ricardo Trigo e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Por forma a gerir a ansiedade de uma forma mais eficaz antes dos momentos de avaliação são propostas algumas estratégias que não eliminam a ameaça mas podem ajudar a lidar de um modo mais eficaz com a ansiedade.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O primeiro Dictum et factum de 2018 é com Marta Daniela Santos, responsável pelo Gabinete de Comunicação do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Ciências será o palco de uma eliminatória regional do Famelab 2018, um dos maiores concursos internacionais de comunicação de ciência.

Ler Filosofia (através de Espinosa) permite olhar o mundo, de forma crítica e pensar em profundidade. Em Ciência, observar e refletir são indispensáveis, para caminharmos, abrindo novas linhas de pesquisa.

Vinte e três alunos estiveram na Faculdade de Ciências a estudar as bases metodológicas para a classificação sistemática de plantas. O curso inseriu-se no projeto HEI-PLADI, um programa ERASMUS + e ocorreu pela primeira vez em Portugal.

Parte do antigo bar do edifício C1 de Ciências dá agora lugar a um novo laboratório de investigação em Ecologia Evolutiva. Aqui vai ser explorado um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate.

O livro Faça Sol ou Faça Vento reúne seis histórias infantojuvenis sobre energias renováveis. Todas elas são escritas por autores com ligação à Faculdade de Ciências da ULisboa.

Será possível ter uma pessoa dentro de um scanner e dizer-lhe para mudar a atividade de diferentes zonas do seu cérebro, com base no que estamos a observar num monitor desse mesmo scanner? Pode a Inteligência Artificial (IA) abordar e interatuar com a Neurociência, e vice-versa?

Quase a terminar o ano, surgem as frequentes resoluções de ano novo, um conjunto de ideias e desejos para aquele que se perspetiva ser um ano talvez igual ou melhor que o anterior. Existem assim duas perspetivas temporais: o ano que passou (o passado) e o que vem (futuro), e é sobre a integração destas duas perspetivas que gostaria de deixar uma reflexão.

Estas duas imagens foram produzidas por André Moitinho, Márcia Barros, Carlos Barata do Centro Multidisciplinar para a Astrofísica (CENTRA) e Hélder Savietto da Fork Research no âmbito da missão Gaia.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de dezembro é com Rodrigo Maia, técnico superior do Laboratório de Isótopos Estáveis do Departamento de Biologia Vegetal de Ciências.

A cidade é um bom exemplo de um sistema adaptativo, inteligente e complexo. Fala-se hoje muito em cidades espertas, onde os peões e os habitantes só encontram motivos para viverem contentes, porque tudo é pensado para os ajudar, graças à capacidade analítica sobre os dados das pessoas e das cidades. A sua manutenção é imprescindível, e a sua renovação deve obedecer à inteligência e jamais à usura. Nem sempre isso ocorre.

O projeto AQUA LINE, da empresa PEN Wave, vencedor do concurso MAREINOV Montepio, destina-se a produzir de forma inovadora microalgas e copépodes para o sector da aquicultura.

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