Estudo da Nature analisa 150 anos de dados sobre precipitação no Mediterrâneo

Ricardo Trigo, Miguel M. Lima e Luis Gimeno Sotelo integram equipa composta ainda por 65 especialistas

chuva

A região do Mediterrâneo é caracterizada por uma distribuição desigual da precipitação ao longo do ano

Unsplash - Max

Scripta manent. O que se escreve, fica, permanece.

Nicolau Ferreira, jornalista do Público, conversou com Ricardo Trigo a propósito deste trabalho. Para ler na edição impressa e/ou online do jornal.

A precipitação na região do Mediterrâneo tem-se mantido razoavelmente estável, segundo um estudo publicado na Nature e que analisou os dados de 23.000 estações de precipitação de 27 países da zona mediterrânica, entre 1871 e 2020. O professor Ricardo Trigo, o doutorando Miguel M. Lima e o investigador Luis Gimeno Sotelo da CIÊNCIAS assinam o artigo, juntamente com outros 65 especialistas.

“Este estudo reconcilia pela primeira vez as observações das tendências da precipitação com correspondentes simuladas por um vasto conjunto de Modelos de Circulação Global de última geração (CMIP 6), que também não indicam uma tendência predominante da precipitação passada para o período 1870-2020”, diz Ricardo Trigo.

A região do Mediterrâneo é caracterizada por uma distribuição desigual da precipitação ao longo do ano. As tendências de precipitação identificadas para algumas regiões e períodos de tempo são atribuídas à dinâmica atmosférica de larga escala.

As projeções das alterações climáticas e os estudos observacionais sugerem a diminuição da precipitação em toda a região durante o século XXI. Outras pesquisas determinam que as alterações na precipitação são causadas essencialmente por padrões de circulação atmosférica, como a Oscilação do Atlântico Norte (NAO).

Ricardo Trigo acrescenta ainda que “embora os autores deste trabalho tenham identificado tendências pouco significativas de precipitação durante este período, a região do Mediterrâneo está a atravessar um período de crescente aridez climática, provocado pelo aumento da evaporação, resultado do aumento da temperatura na região, com implicações importantes para o planeamento ambiental, agrícola e dos recursos hídricos na região”.

“High temporal variability not trend dominates Mediterranean precipitation” é o título do artigo coordenado pelo climatologista espanhol Sergio Vicente-Serrano, juntamente com o cientista francês Yves Tramblay.

“Embora os autores deste trabalho tenham identificado tendências pouco significativas de precipitação durante este período, a região do Mediterrâneo está a atravessar um período de crescente aridez climática, provocado pelo aumento da evaporação, resultado do aumento da temperatura na região, com implicações importantes para o planeamento ambiental, agrícola e dos recursos hídricos na região.”
Ricardo Trigo

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