Obituário – Em homenagem

João Carlos Ribeiro Reis (1945-2021)

João Carlos Ribeiro Reis
João Carlos Ribeiro Reis
Imagem cedida pela família de JCRR

João Carlos Ribeiro Reis, professor aposentado do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade, e investigador do Centro de Química Estrutural, faleceu no passado dia 5 de novembro. A Faculdade apresenta sentidas condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Licenciado em 1967 em Ciências Físico-Químicas por Ciências ULisboa, doutorado em Engenharia Química pelo Imperial College of Science and Technology, no Reino Unido, em novembro de 1972 com a tese “The Effect of High Pressures on Hindered Menschutkin Reactions in the Liquid Phase", com equivalência ao grau de doutor em Ciências da Engenharia (Química), João Carlos Ribeiro Reis foi agraciado com o prémio Artur Malheiros da Academia de Ciências de Lisboa pelo seu trabalho “Uma Estrutura Formal para a Termodinâmica das Propriedades Molares Parciais", em 1981.

João Carlos Ribeiro Reis lecionou unidades curriculares nos domínios da Termodinâmica, Química Orgânica e Cinética Química, e a sua atividade de investigação incidiu sobre a Termodinâmica de Misturas, aplicada a propriedades volumétricas, térmicas, superficiais, óticas e dielétricas, tendo colaborado com referências internacionais na área como M. Blandamer, G. Douhéret, H. Höiland, Michael I. Davis ou J. Engberts. Foi membro fundador do Centro de Eletroquímica e Cinética da Universidade de Lisboa (CECUL), em 1977, em 2007 tornou-se membro integrado do Centro de Ciências e Materiais Moleculares, e em 2015, membro integrado do CQE ULisboa.

João Carlos Ribeiro Reis é autor de 66 artigos em reputadas revistas internacionais, como o J. Chem. Thermodynamics, J. Chem. Soc. Faraday Trans, PhysChemChemPhys, ChemPhysChem, J. Molecular Liquids, New J. Chemistry, Chem. Soc. Reviews, ACS Omega, e conta com mais de 1500 citações aos seus trabalhos.

João Carlos Ribeiro Reis estava aposentado desde 2010, mas mantinha atividade de investigação regular. “A sua mente não parava! Todas as semanas encontrávamos o João Carlos, como todos o conhecíamos no DQB, sempre bem-disposto, otimista e disponível para ajudar qualquer colega que o abordasse com alguma dúvida mais profunda”, escrevem Maria da Soledade Santos, Maria Isabel Lampreia e Carlos Nieto de Castro, professores do DQB Ciências ULisboa, investigadores do CQE, polo da Faculdade, para quem foi um privilégio trabalhar com o Professor. “O seu rigor, competência, teimosia, mas também os seus ensinamentos, simplicidade e generosidade é algo que jamais esqueceremos. Registamos com prazer a sua satisfação, em setembro último, quando Alice Gast, presidente do Imperial College, coautora com Arthur W. Adamson do livro de texto Physical Chemistry of Surfaces, comunicou que os avanços da última publicação sobre a tensão superficial de misturas líquidas ideais seriam incluídos na revisão/ atualização da 7.ª edição deste livro de texto, que iniciaria em breve. Não menos relevante é o seu último trabalho sobre a definição exata da condutividade ideal e de excesso de misturas, que veio resolver uma questão fundamental, com implicações no domínio da caracterização de nanofluidos”, concluem os colegas e amigos.

"O professor João Carlos Ribeiro Reis foi exemplo de uma mente curiosa e criativa, exemplo da atitude que deve caracterizar uma escola de investigação de excelência como Ciências ULisboa. O João Carlos continuará certamente a ser um exemplo para a comunidade académica da nossa escola", comenta a Direção da Faculdade a propósito do triste acontecimento, manifestando profundo pesar aos familiares e amigos por esta perda.

Maria da Soledade Santos, Maria Isabel Lampreia e Carlos Nieto de Castro salientam a importância do último trabalho de João Carlos Ribeiro Reis sobre a definição exata da condutividade ideal e de excesso de misturas e que resolve uma questão fundamental, com implicações no domínio da caracterização de nanofluidos.

DQB com ACI Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

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Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

Uma vez mais Ciências participou na Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP), este ano organizada pela Universidade do Minho. A equipa de Ciências - Caracóis Hipocondríacos -, composta pelos alunos Nuno Burnay, Robin Vassantlal e Guilherme Espada, ficou em 3.º lugar, ao resolver quatro dos nove problemas da competição.

Imagina que tens um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagina que para encher o jarro, vais colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que achas que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma?... E se colocássemos as pedras grandes primeiro?

As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

Ciências participa na KIC EIT Health que visa promover o empreendedorismo para o desenvolvimento de uma vida saudável e de um envelhecimento ativo. Os alunos podem inscrever-se na unidade curricular que lhes permite participar no projeto, sendo que uma parte é feita na Dinamarca.

A experiência ATLAS acontece há 25 anos e a data será celebrada com palestras, bem como com uma homenagem à responsável pela participação portuguesa na experiência, a cientista Amélia Maio.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de outubro é com Francisco Oliveira, assistente técnico do Núcleo de Manutenção do Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços da Área de Serviços Técnicos de Ciências.

O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne. Francisco Lobo, investigador do Departamento de Física de Ciências e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, comenta o tema.

Há cinco anos o biólogo marinho Pedro M. Lourenço encontrou microfibras em dejetos de aves. Foi nessa ocasião que surgiu a ideia de avaliar a abundância de microplásticos nos estuários, iniciando assim um estudo sobre a poluição por plásticos.

“Para além da importância no contexto científico, este trabalho também tem uma forte importância no contexto industrial, pois permite otimizar os gastos de energia domésticos e industriais”, explica o investigador do Centro de Química Estrutural de Ciências, Francisco Bioucas.

Mais de 100 cientistas reúnem-se em Lisboa, na Faculdade de Ciências, para abordar a temática dos nanofluidos.

A origem dos raios cósmicos de elevada energia foi desvendada. O LIP, do qual Ciências faz parte, colaborou na obtenção dos resultados.

O minhocário será usado para investigar o processo de vermicompostagem, numa experiência piloto em parceria com o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da Área de Serviços Técnicos de Ciências e com o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Há um mineral peculiar que pode ajudar a desvendar o contributo do vulcanismo de Decão sobre a extinção em massa e a morte dos dinossauros: a akaganéite. Os resultados do estudo foram publicados na Nature Scientific Reports.

Ciências participa com mais de 30 de atividades de divulgação de ciência, espalhadas por Lisboa, Lousal e até na ilha Terceira.

O primeiro Dia Internacional do Microrganismo foi celebrado a 17 de setembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Microbiologia, Ordem dos Biólogos, Ciência Viva e Comissão Nacional da UNESCO.

Desde 1971 que a guerra está aberta, mas o combate tem sido difícil. Por um lado, não temos só uma doença, e o que já conhecemos não tem chegado para estarmos contentes.

Um novo estudo liderado por Ciências encontrou grandes quantidades de fibras artificiais no estuário do Tejo e em zonas costeiras da África Ocidental, segundo comunicado de imprensa emitido pela Faculdade esta segunda-feira.

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