Entrevista com… Margarida Amaral

“Não podemos baixar os braços!”

Com o intuito de ultrapassar as dificuldades associadas à investigação na área da Biologia Molecular em Portugal, a FCUL e o European Molecular Biology Laboratory (EMBL) têm vindo a reforçar a partilha de serviços, conhecimentos e oportunidades.

Por forma a dar conta dessas mesmas oportunidades aos investigadores portugueses, as duas entidades marcam encontro na FCUL dia 18 de junho - "Molecular Biology in Portugal and EMBL (and EMBL Alumni)".

Para Margarida Amaral, professora do Departamento de Química e Bioquímica da FCUL, diretamente ligada ao evento, a importância do acontecimento prende-se com “mostrar, numa altura de grave crise económica e de enormes dificuldades para a investigação científica em Portugal, que há algumas portas que se abrem e que não podemos baixar os braços!”.

Fique a saber mais pormenores sobre a cooperação existente entre a FCUL e o EMBL, bem como sobre a agenda do "Molecular Biology in Portugal and EMBL (and EMBL Alumni)", que segundo a docente e investigadora da FCUL é uma “lufada de ar fresco” para aqueles que continuam a lutar  apesar das adversidades,  na entrevista que se segue.

FCUL - Ao longo dos anos, o EMBL tem desenvolvido diversas parcerias institucionais, baseadas na partilha de metas e sinergias científicas ou de complementaridade. Portugal faz parte desta organização desde 1998. Em que contexto surge a ligação entre a FCUL e o EMBL?

Margarida Amaral (MA)- A ligação entre a FCUL e o EMBL surge precisamente numa altura em que Portugal, devido à grave crise económica, questiona as quotas destas instituições europeias, perguntando o que os investigadores portugueses têm a ganhar com este apoio. Como na realidade nós, investigadores portugueses, temos tudo a ganhar com estas parcerias, e como de facto houve uma forte perceção disto mesmo por parte da Direção da FCUL, estamos a tentar criar condições para ir um pouco mais longe no sentido de uma parceria institucional FCUL-EMBL na área da Biologia Molecular, Celular e de Sistema.

FCUL - De que forma se traduz a cooperação já existente?

MA- A cooperação já existente traduz-se de várias formas. No meu caso particular, estive dois anos como investigadora visitante no EMBL a coordenar um projeto europeu. Atualmente, continuamos essa colaboração através de um novo projeto de investigação (também coordenado por mim e financiado nos USA) em que o EMBL é parceiro. Por outro lado, o centro que eu coordeno - o BioFIG - Biodiversidade, Genómica Integrativa e Funcional - tem um programa doutoral aprovado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia – BioSYs - em que o EMBL também colabora. O caso do meu grupo é uma espécie de “case study” e a ideia é mostrar como este tipo de colaborações pode funcionar para mais grupos em Portugal, alargando o âmbito desta cooperação com o EMBL.
Num futuro muito próximo, também queremos ter na FCUL um centro de excelência em Biologia Molecular e Biologia de Sistemas (o BioFIG, eventualmente num formato mais alargado), no qual consigamos concentrar as competências científicas de topo. Também será indispensável ter, em termos de infraestruturas, pelo menos as valências básicas. Deste modo, depois de fazermos cá o máximo possível, e sabendo o que podemos dispor no EMBL, poderemos encaminhar os investigadores para este laboratório, como centro mais especializado e polivalente, quando tal se torne necessário sob o ponto de vista das perguntas/hipóteses científicas a que se quer dar resposta. Penso que, sobretudo nesta altura de crise, esta é a maneira mais inteligente (senão a única!) de nós conseguirmos continuar a fazer investigação de topo e competir com os melhores a nível mundial.

FCUL- Qual o objetivo do evento agendado para dia 18 de junho de 2013?

MA - O principal objetivo é precisamente mostrar o que o EMBL tem para oferecer aos investigadores portugueses (e aos da FCUL, muito em particular) e também demonstrar o que pode ser feito em cooperação com o [laboratório], através de vários exemplos do que já se fez com alguns grupos portugueses. Isto é muito importante para não desanimarmos numa altura em que o panorama nacional é extremamente difícil!

FCUL- Qual a sua importância para o País e também para a nossa comunidade?

MA - A importância deste evento é mostrar, numa altura de grave crise económica e de enormes dificuldades para a investigação científica em Portugal, que há algumas portas que se abrem e que não podemos baixar os braços! Perante as dificuldades, em Portugal há muitas vezes a tendência de pensar que se tudo é demasiado difícil, então o melhor é desistirmos. Esta reunião pretende ser uma “lufada de ar fresco” no sentido de ajudar e motivar aqueles que de facto não pensam assim e continuam a lutar, apesar das adversidades. Penso que para esses, há boas notícias. A forte participação de investigadores desta área (209 participantes inscritos, dos quais 79 vêm apresentar posters) e sobretudo o facto de virem de todo o País demonstra isso mesmo, penso que pode já ser considerado um sucesso!

FCUL - Que pontos fortes destaca na agenda do "Molecular Biology in Portugal and EMBL (and EMBL Alumni)"?

MA - Eu destacaria as apresentações dos responsáveis por duas das mais importantes core-facilitties (infraestruturas) do EMBL: Rainer Pepperkok, responsável pela Advanced Light Microscopy Core Facility e Lars Steinmetz, corresponsável pela Genome Biology Core Facility,  pois eles vão apresentar o que pode estar à disposição dos investigadores portugueses nestas duas unidades de infraestruturas de ponta para a investigação em Biologia Molecular e Celular e Genómica, respetivamente.
Nesta curta reunião com os EMBL alumni portugueses, o diretor-geral do EMBL pretende “tomar o pulso” às dificuldades que estes enfrentam para levar a cabo a sua investigação nas respetivas instituições de acolhimento portuguesas.
Todos os EMBL alumni têm (temos), como benchmarking, a investigação que se pratica no EMBL. Assim, o diretor-geral do EMBL pretende auscultar e conhecer, em primeira mão, o que impede que a investigação nas instituições portuguesas se pratique nos mesmos moldes. O objetivo final é fazer transparecer, com todo o peso institucional do diretor-geral do EMBL, essas mesmas dificuldades às entidades responsáveis em Portugal, para que sejam removidas as eventuais “barreiras” que ainda existem e que tudo se processe de forma mais fácil para os investigadores portugueses. Se for o caso, Iain Mattaj, pretende avaliar que necessidades poderão eventualmente ser colmatadas pelo EMBL, como instituição, e tentar dar uma resposta adequada.

FCUL - Qual a importância para a área científica em que se insere?

MA - É de extrema importância, pois o que o EMBL oferece é o que há de “topo de gama” em equipamento e serviços, repito nas áreas de Biologia Molecular e Celular/ Biologia de Sistemas. Poder usufruir delas significa que podemos continuar a “ir a jogo” em termos de investigação competitiva sob o ponto internacional.

FCUL - Que mensagem, em tom de convite, deixa aos alunos e/ou interessados na matéria por forma a estarem presentes no evento?

MA - A mensagem que eu gostaria de deixar a todos os interessados nesta área em Portugal é que participem neste evento. Aos alunos: concorram a carreiras no EMBL (programas de doutoramento, pós-doutoramento); para os jovens investigadores: concorram a posições de group leader (nunca houve no EMBL um group leader português!!); a todos os investigadores em geral: participem nos inúmeros cursos que o EMBL organiza, usem as facilities, façam colaborações! Vão à luta, todas essas possibilidades existem para nós, comunidade científica, não fiquem de braços cruzados a queixar-se da crise!
 

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.fcul@fc.ul.pt

Estão abertas três vagas para bolseiros para a Unidade de Informática

Imagem do professor J. Sebastião e Silva

O Departamento de Matemática da FCUL apresenta obras selecionadas de personalidades da nossa história, nomeadamente os Compêndios de Matemática e os respetivos Guias para professores de José Sebastião de Silva, cujos direitos patrimoniais foram cedidos à Faculdade por um período de 30 anos.

Devido a uma avaria no equipamento de Videoconferência, o serviço encontra-se interrompido por tempo indeterminado. Pedimos desculpa pelo incómodo causado.

Alunos aguardam a sua vez na fila para as inscrições

Este ano, durante a 1.ª fase de inscrições, foi realizado um inquérito a 845 estudantes. De acordo com os resultados obtidos, o reconhecimento da competência científica (25%), a localização (22%) e a nota de candidatura (22%), foram determinantes na escolha da FCUL.

Abertura de Concurso para uma posição de substituição de Doutor Ciência na CFNUL na área Física Nuclear – Reações Nucleares, ver anúncio em http://www.eracareers.pt/opportunities/index.aspx?task=global&job

A FCUL dá as boas-vindas aos novos alunos, após o arranque do novo ano letivo, a 17 de setembro.

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A missa do 30.º dia em memória de José Manuel Pires dos Santos, professor aposentado do Departamento de Informática da FCUL, realiza-se a 11 de setembro, pelas 19h00, na Igreja da Luz, em Carnide.

Toda a morte, mesmo a anunciada, é uma surpresa. Um misto de espanto e de descrença como se não fosse possível acontecer.

As actividades da Semana Zero do DEGGE têm lugar nos dias 12, 13 e 14 de Setembro.

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Em cinco anos, a UL e a FAD apoiaram 134 projetos. A Faculdade de Ciências distingue-se com o maior número de alunos e respetivos trabalhos distinguidos, setenta.

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Apesar do próximo ano letivo começar já dia 17 de setembro, a FCUL ainda está a receber candidaturas de alunos interessados nos seus cursos pós-graduados.

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Tal como anunciado em julho, a modernização do Centro de Dados da FCUL foi realizada durante os meses de verão e está prestes a terminar.

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“O princípio de que aumentar o capital dos bancos favorece a estabilidade bancária, para além de estar errado, penaliza países como o nosso de forma ainda mais gravosa”, refere em entrevista Pedro Gonçalves Lind, um dos autores do regular article “The Dynamics of Financial Stability in Complex Networks”.

Os cidadãos estrangeiros abrangidos pelos programas “Erasmus Mundus” e “Ciência sem Fronteiras” podem ter autorização de residência em menos de 15 dias e direito à mobilidade no espaço da União Europeia.

Jardim

Através do sistema Concursos pode aceder a mais informações sobre o convite publicado no Jornal Oficial da União Europeia.

Vela

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Adultos e criança em atividade da Ciência Viva no Verão

Até 15 de setembro, a iniciativa Ciência Viva no Verão percorre o País organizando mais de 1700 atividades científicas gratuitas para toda a população. As inscrições permanecem abertas até 15 de setembro, de acordo com o calendário de atividades. Nesta altura, já são mais de 20 mil os inscritos.

Nos dias 9 e 10 de Agosto a plataforma Moodle da FCUL vai estar inacessivel devido a uma manutenção de rotina.

As nossas desculpas pelos possiveis incómodos causados.

Liliana Caldeira junto aos posters

A investigação sempre foi um objetivo, que ganhou força após o prémio para melhor poster ser-lhe atribuído numa importante conferência internacional. Até ao final do ano, Liliana Caldeira, aluna de doutoramento em Engenharia Biomédica e Biofísica da FCUL, deverá defender a tese.

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