Entrevista com… Soraia Pereira

“Estudar nesta faculdade foi um grande privilégio”

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Soraia Pereira

A vencedora do Prémio SPE 2018 descobriu o interesse pela Estatística no último ano da licenciatura em Matemática

ACI Ciências ULisboa

O galardão atribuído a Soraia Pereira foi entregue durante a Sessão Comemorativa do 38.º Aniversário da SPE, um evento que incluiu como orador convidado Carlos Braumann, presidente da SPE entre 2006 e 2012. Durante o acontecimento também foi divulgado o Prémio SPE - Iniciação à Investigação, atribuído ao antigo aluno de Ciências ULisboa, Pedro Nicolau, mestre em  Bioestatística, no âmbito do trabalho “Estimating the spatio-temporal variation of bird phenology using citizen science data”. Tiago Marques, professor do Departamento de Biologia Animal de Ciências ULisboa e um dos seus orientadores, recebeu o galardão, já que o vencedor neste momento encontra-se em Tromso, na Noruega, a frequentar o doutoramento em Ecological Statistics, estando a estudar o tema spatial population dynamics of keystone species in the Arctic Tundra.

Soraia Pereira, investigadora do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL) e antiga aluna de Ciências ULisboa, foi distinguida este ano com o Prémio Sociedade Portuguesa de Estatística (SPE). O trabalho laureado "Spatio-temporal models for georeferenced unemployment data" permite fornecer estimativas de desemprego com boa precisão.

Leia a entrevista com a jovem que descobriu o interesse pela Estatística no último ano da licenciatura em Matemática e que neste momento desenvolve a sua investigação no âmbito do projeto “Projeções do mercado farmacêutico em pequenas áreas”, que resulta de uma parceria entre o CEAUL e a empresa hmR – Health Market Research.

Como surgiu o interesse por esta área?

Soraia Pereira (SP) - O meu interesse pela Estatística surgiu no último ano da licenciatura em Matemática quando me foi dada a oportunidade de desenvolver um trabalho de investigação no âmbito do programa Novos Talentos em Matemática financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Este foi sem dúvida um incentivo muito importante para a minha iniciação na investigação. Posteriormente, foi no Instituto Nacional de Estatística que ganhei gosto pelas metodologias de estimação do desemprego, trabalho desenvolvido no âmbito de uma bolsa de gestão para a ciência e tecnologia, financiada pela FCT. Este tema despertou-me tanto interesse que resolvi desenvolver a minha tese de mestrado nesta área, prosseguindo depois para uma tese de doutoramento.


Durante a defesa do seu doutoramento em Ciências ULisboa
Imagem cedida por SP

Como foi estudar nesta Faculdade?

SP - Estudar nesta faculdade foi um grande privilégio. Foi aqui que mais cresci cientificamente e profissionalmente. Tive a felicidade de ser aluna de professores de excelência. A orientação que me foi dada durante as teses de mestrado e de doutoramento foi sem dúvida o motor de todo o trabalho desenvolvido. Além da preciosa orientação, estes professores deram e continuam a dar incentivo e motivação em cada passo. Esta faculdade deu-me também a oportunidade de assinar um contrato de assistente convidada entre 2013 e 2016. Aprendi muito com esta experiência, e ajudou-me a descobrir o que pretendo para o futuro.

Como é que é o seu dia-a-dia enquanto investigadora do CEAUL?

SP - Todos os dias são diferentes e desafiantes. É uma honra poder trabalhar com os investigadores do CEAUL. Além dos grupos de investigação, o CEAUL proporciona seminários com regularidade e alguns workshops e cursos. Esta dinâmica e interação é muito importante para a discussão de ideias e troca de conhecimentos.

Que planos tem para o futuro?

SP - A minha ambição é o ensino e a investigação através de uma carreira académica nesta faculdade. Será sempre a minha primeira escolha.

O que simboliza para si este prémio?

SP - Este prémio simboliza o reconhecimento do trabalho desenvolvido. É muito gratificante perceber que o nosso trabalho tem valor. É mais uma força de motivação para continuar a fazer aquilo que realmente gosto, mesmo que seja algo com um futuro mais incerto.


Estimativas obtidas para o total de desempregados por NUTS III desde o 1º. trimestre de 2015 ao 4º. trimestre de 2016
Fonte SP


Estimação da intensidade do número de desempregados por alojamento desde o 1º. trimestre de 2015 ao 4º. trimestre de 2016
Fonte SP

 

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem de Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Prémio SPE 2018

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Num desporto o treino é comum e faz parte de um plano para conseguir os melhores resultados, estimulando as capacidades físicas a superarem os desempenhos. Mas, também se podem treinar as mentes para fazer ciência.

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

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Em parceria com a Universidade de Lisboa e outras instituições que lecionam o curso de Química, a Sociedade Portuguesa de Química atribui prémios de mérito aos alunos com melhores resultados alcançados nesta área científica.

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Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

Onde estou? Para onde vou? As células do lugar ajudam-nos a cartografar (guiar) as nossas viagens no mundo, e constituem uma espécie de andaime espaço/temporal/cerebral que suporta a memória autobiográfica. Como o cérebro computa? Não é com Java, mas com um outro tipo de linguagem ainda a descobrir. O caminho para a compreensão dos códigos neuronais da cognição está aberto, e o desafio está lançado simultaneamente à Biologia, à Ciência da Computação e à Filosofia.

capa do livro

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O ESPRESSO vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física e será essencial para complementar os dados da missão espacial PLATO.

Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

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