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Exposição fotográfica revela espécies descobertas por investigadores de CIÊNCIAS em grutas algarvias

Fotografia de exposição do Museu de História Natural

A exposição “Algarve | Hotspot de Biodiversidade Cavernícola” chegou a Lisboa para dar a conhecer espécies que vivem em grutas algarvias

António Luís Campos

O Peixinho de Prata Gigante das Grutas do Algarve (Squamatinia algharbica) não é um peixe, e o Pseudo-Escorpião Gigante das Grutas do Algarve (Titanobochica magna) já indicia aquilo que não é. Por seu turno, o Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), promete tirar boa parte das dúvidas sobre estes invertebrados com a exposição fotográfica “Algarve | Hotspot de Biodiversidade Cavernícola” que veio até Lisboa revelar algumas das espécies que fazem de Portugal uma paragem apetecível no mapa de estudo dos habitats cavernícolas.

“É uma oportunidade única para ver todos aqueles animais que só existem naquele local e conhecer melhor os habitats subterrâneos do Algarve”, responde Ana Sofia Reboleira, professora do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa).

A exposição fotográfica pertence à Câmara de Loulé e mostra imagens captadas por António Luís Campos, com a chancela da National Geographic Portugal, e ilustra parte dos trabalhos decorrentes do projeto Barrocal-Cave, que obteve o Prémio Belmiro de Azevedo-FCT, entre outros que Ana Sofia Reboleira desenvolveu no território nos últimos 17 anos.

Tanto o Peixinho de Prata Gigante das Grutas do Algarve como o Pseudo-Escorpião Gigante das Grutas do Algarve foram descobertos pelas mãos da professora de Ciências ULisboa, que também lidera o grupo de Ecologia Subterrânea no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (CE3C).


Cartaz da exposição fotográfica que se encontra patente ate ao final do ano no Museu Nacional de História Natural e da Ciência - MUHNAC

Apesar de ter no currículo a descrição de mais de 70 novas espécies e géneros para a Ciência e de já ter liderado investigação em grutas desde a Austrália ao Norte da Noruega e a várias centenas de metros de profundidade, incluindo na gruta mais profunda do planeta, Ana Sofia Reboleira não poupa nas palavras quando destaca o potencial das grutas algarvias. “Há muito poucos locais no mundo que sejam tão ricos em espécies endémicas adaptadas à vida nas cavernas. A Gruta de Vale Telheiro, em Loulé, pôs o nosso país entre os hotspots mundiais de biodiversidade cavernícola”, acrescenta a investigadora. 

A exposição fotográfica é composta por mais de 20 espetaculares fotos de grande formato que permitem observar em detalhe as profundidades da terra e espécimes que os humanos teriam dificuldade de ver sem a ajuda das lentes. Todas as imagens dispõem de legendas e contextualização, com a revisão científica da própria Ana Sofia Reboleira, que junta às funções que tem em Ciências Ulisboa e CE3C a de curadora no MUHNAC. A mostra de fotografias vai está presente no Museu até ao final do ano.

“Antes da vinda para Lisboa, esta exposição esteve patente no Mercado Municipal de Loulé, que se estima ter 11 milhões de visitas anuais”, refere Ana Sofia Reboleira. “A descoberta de todas aquelas espécies endémicas, e consequente reconhecimento da importância daquele local para a conservação da biodiversidade endémica de Portugal, levou a que a Câmara de Loulé avançasse com o processo de classificação do Monumento Natural Local da Gruta do Vale Telheiro”, acrescenta a bióloga.

Desde 2024 que o consórcio Barrocal-Cave, que junta Ciências ULisboa, CE3C, FCiências.ID, Universidade do Algarve, Universidade Lusófona e Câmara de Loulé, tem vindo a intensificar o estudo em Vale Telheiro e outras grutas circundantes do Barrocal Algarvio, depois de ter ganho o Prémio Belmiro de Azevedo FCT, na área da conservação, monitorização e restauro ecológico de biodiversidade de Portugal.

Para os investigadores que percorrem as galerias com concentrações de oxigénio abaixo dos 17% (na rua o comum é 21%), e exposições a dióxido de carbono e radão acima de todos os valores recomendados, a gruta presta-se a alguns sentimentos contraditórios: por um lado, há o entusiasmo que advém da descoberta de espécies endémicas; mas por outro lado, há todas as condições adversas e todo o interesse científico que fica a pairar sobre estes ecossistemas que vivem sem luz ou alimento vegetal, quando se escapam por fissuras ou orifícios que nem o mais ágil dos humanos consegue visitar.

Algumas destas espécies endémicas foram descritas para a ciência tendo por base um único espécime capturado, dada a raridade destes animais. Ana Sofia Reboleira não esconde a expectativa para um novo capítulo que arrancou com a instalação de uma Estação de Monitorização Ecológica de Longo Termo na Gruta de Vale de Telheiro.

Hugo Séneca
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt
A. M. Galopim de Carvalho num dos geoparques

O pioneiro da Geoconservação em Portugal sente-se agradado pelo reconhecimento dos mais de 20 anos de serviço em prol da preservação e salvaguarda dos geoparques, considerando o tributo um importante incentivo para a defesa territorial, para a promoção da geodiversidade e para o desenvolvimento sustentável baseado no património geológico.

Isaac Carrêlo e Rita Almeida, alunos do curso de Engenharia e Energia do Ambiente e Eva Barrocas, do curso de Biologia, viajaram até Cabo Verde para fazer parte da equipa Turtle Foundation. Durante um mês de experiências intensas, protegeram tartarugas e levaram os ensinamentos apreendidos na FCUL até à comunidade local.

Mapa

O Memorando de Entendimento celebrado com Portugal estabelece oito áreas programáticas para a respetiva alocação de verbas para 2009/2014. A abertura de concursos para Portugal deve acontecer ainda este ano.

Palestra por Jennifer de Jonge

Centro de Biotecnologia Vegetal/IBB

Evolução Tecnológica e o Cadastro Territorial Multifinalitário no Brasil

VicenTuna anima Sessão de Boas-vindas

Receber os novos alunos numa sessão de boas-vindas é uma das tradições da FCUL. Agora, o espírito da cerimónia pode ser conhecido pela voz dos profissionais e alunos que fizeram parte da última sessão, através de uma reportagem multimédia presente na página do YouTube da Faculdade, bem como na pasta de vídeos do Facebook.

Pormenor de obra de arte

Atualmente, o antigo aluno da FCUL é post-doc na Universidade Federal do Rio Grande - Fundação Universidade do Rio Grande, no Brasil, sendo responsável por projetos na área da Biologia Antártica – Biologia Polar.

Miguel Ramos

Miguel Ramos, professor do Departamento de Matemática da FCUL, faleceu esta quinta-feira, dia 3 de janeiro. O corpo será velado no dia 5 de janeiro, entre as 17h00 e as 24h00, na Capela da Igreja das Furnas, em São Domingos de Benfica, assim como no dia 6 de janeiro, a partir das 12h00, seguindo-se a missa pelas 15h00. A cerimónia de cremação ocorre no Cemitério dos Olivais.

Miguel Ramos (1963-2013)

Estão disponíveis os calendários de exames do 2º ciclo para as seguintes áreas:

- Mestrados de Engenharia Geográfica e SIG

Repórter e câmara de filmar

Após as palavras , chegam os sons e as imagens  do dia em que a FCUL voltou a fazer parte da “Rota das Vocações de Futuro” da associação EPIS. A reportagem está disponível na página do YouTube da Faculdade, bem como na pasta de vídeos do Facebook.

 

O histórico de aluno no Portal da FCUL foi atualizado e renovado.

Relembramos que pode utilizar os vários meios ao dispor para deixar comentários ou sugestões sobre os serviços da FCUL.

Bruno Almeida, doutorado em História das Ciências pela Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências da FCUL e membro do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, ganha "Prémio Cultura 2012" atribuído pela Sociedade de Geografia de Lisboa.

Alunos informam-se sobre programas de mobilidade internacional

“É uma grande oportunidade que estou a ter, a Faculdade dá um grande apoio aos alunos. (…) Estou a gostar do convívio com os colegas, das aulas, das disciplinas e da cultura portuguesa”, sublinha Daniel Martins, aluno oriundo do Brasil a estudar Biologia na FCUL.

Pela 2.ª vez, o Dia Internacional proporcionou a divulgação de programas de mobilidade internacional junto dos alunos, esclarecendo dúvidas e curiosidades. Durante o acontecimento, trocaram-se experiências, conheceram-se hábitos e tradições de diferentes países e, acima de tudo, enalteceu-se o espírito de convívio em ambiente "além-fronteiras".

Candidaturas para Base de Recrutamento de Professores Auxiliares Convidados do DF

“MARAVILHAR-SE: reaproximar a criança da Natureza” 

Foi duplicado o espaço de armazenamento nas áreas de alunos. A nova quota é agora de 1 Gb.

 

Com o intuito de inovar e proporcionar os melhores temas aos alunos da Faculdade de Ciências no que diz respeito às novas tecnologias, a

David Luz e Pedro Machado, investigadores do Centro de Astronomia e Astrofísica da UL, fazem parte de uma equipa de investigadores que ao fim de dois anos conseguiu medir os ventos da atmosfera de Vénus a partir da Terra. Até então, só era possível fazê-lo recorrendo a sondas espaciais.

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