Opinião

A encruzilhada

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Miguel Centeno Brito

A ciência contemporânea enfrenta um conjunto de novos desafios que podem limitar a sua legitimidade, o seu valor e alcance. Estas notas abordam alguns destes riscos tentando apontar possíveis caminhos para os ultrapassar.

1.A revisão pelos pares

A revisão pelos pares é um dos pilares de desenvolvimento e legitimação da ciência. Como mecanismo de validação da qualidade científica dos artigos publicados e projetos aprovados, a revisão pelos pares é o “garante” do rigor científico.

Problemas

Muitas das limitações do mecanismo de revisão pelos pares no âmbito académico são há muito reconhecidas. Por ser um processo que se baseia apenas na opinião de dois ou três sujeitos é muito suscetível a erros/desleixo individuais2, favorecendo autores consagrados e discriminando investigadores de países ou instituições cientificamente periféricos3, podendo mesmo ser uma barreira à inovação e novo conhecimento (todos conhecem exemplos de artigos famosos, de “Prémios Nobel”, que foram rejeitados por não se enquadrarem no paradigma vigente).

É também difícil evitar conflitos de interesse. Quantas vezes já vimos, em revisões dos nossos artigos ou em artigos de que somos revisores, recomendações desavergonhadas para a inclusão de citações a referências que claramente são escritos pelo próprio revisor. Se um revisor é um concorrente direto dos autores do artigo – o que é uma situação comum já que presumivelmente é um especialista na matéria pelo que o editor faz bem em o convidar para rever o artigo – pode dificultar ou impedir a publicação do trabalho para ganhar tempo para publicar o seu trabalho. Ou, mais grave ainda, mesmo que não tenha acontecido connosco, já todos ouvimos queixas de algum colega que verificou que um determinado trabalho foi recusado para publicação para depois o ler publicado pelo próprio (presumível) revisor.

Ainda assim, e numa adulteração das sábias palavras de Churchill num outro contexto, o peer review é genericamente percecionado como o pior das formas de garantia de qualidade científica tirando todas as outras.

A recente evolução da ciência nos últimos anos levanta contudo novos desafios à revisão científica pelos pares que importa discutir. Com o crescimento acentuado do número de publicações e revistas científicas e a crescente especialização da investigação, parece haver cada vez menos especialistas disponíveis para rever artigos e projetos. Isto pode introduzir grandes atrasos no processo de revisão, enquanto os editores procuram revisores adequados e disponíveis ou, mais grave, pode fazer com que os trabalhos sejam analisados por revisores menos qualificados para o fazer. De facto, no trabalho diário de investigação, todos nós nos deparamos hoje em dia com a falta de rigor na revisão pelos pares de que resultam publicações com padrões de qualidade muito diverso (incluindo irrelevância ou mera repetição de resultados já publicados, limitações metodológicas graves, conclusões não fundamentadas, etc.), mesmo em revistas de elevada reputação. Uma outra evidência da falência do processo de revisão pelos pares verifica-se nas interações com os revisores durante o processo de submissão dos nossos próprios manuscritos, em que é cada vez mais comum depararmo-nos com comentários (tanto positivos como negativos, embora tenhamos tendência a lembrarmo-nos mais dos segundos) que frequentemente revelam que os revisores não leram com atenção, ou não perceberam, o que escrevemos. Um outro sintoma é, cada vez mais, sermos convidados por editores distraídos, ou incompetentes, para avaliar artigos em temas que claramente extravasam a nossa área de expertise.

Um outro fator que contribui para este cenário é o facto de, cada vez mais, serem os investigadores com menos experiência e um conhecimento menos profundo dos assuntos que mais se envolvem no processo de revisão, até porque são talvez os que têm mais disponibilidade e tempo para o fazer4.

Possíveis soluções

Neste cenário de aceleração do ritmo de publicações científicas e incapacidade de resposta efetiva do tradicional mecanismo de revisão pelos pares, há alguns caminhos possíveis para atualizar o peer review de forma a continuar a proteger a qualidade e rigor científico dos trabalhos publicados.

Uma abordagem possível, já testada em algumas publicações, é a introdução de mais opacidade no sistema de revisão, através de soluções tipo double blind refereeing em que nem o revisor nem o autor sabem quem são os seus interlocutores. É uma forma de responder à discriminação, deliberada ou inconsciente, de investigadores menos consagrados. Mas é uma solução de alcance limitado; em áreas científicas restritas muitas vezes os investigadores conseguem reconhecer o trabalho dos outros mesmo sem a sua identificação explícita. E não responde aos outros desafios identificados acima.

Uma outra abordagem, diametralmente oposta, é a introdução de mais transparência no processo de revisão. Isso pode ser feito através da identificação dos revisores para os autores (chamado open peer review) o que de alguma forma reequilibra o balanço de poder na relação entre os dois agentes durante o processo de revisão5. Ou, uma solução mais radical, pode-se argumentar pela identificação dos revisores no próprio artigo, responsabilizando-os assim pela qualidade do seu trabalho de revisão. Um dos efeitos desta solução seria certamente a redução do número de investigadores disponíveis para se envolver no processo de revisão, já que não estariam protegidos pelo anonimato. Por outro lado, teria a vantagem de permitir que a quantidade e qualidade do trabalho de revisão pudesse ser contabilizado como indicador de desempenho dos revisores, o que talvez pudesse de alguma forma compensar o impacto do efeito anterior.

Uma outra abordagem mais revolucionária seria a importação de modelos de crowd refereering das plataformas digitais de compras, hotéis, restaurantes, etc.. O modelo poderia passar pela disponibilização do manuscrito (preprint) numa plataforma digital com acesso aberto. Os leitores deixariam a sua opinião, apenas indicativa (e.g. número de estrelas) ou mais aprofundada, com comentários e discussão, anónimos ou assinados, e os autores poderiam ir reformulando o texto para responder aos pontos assinalados. Seria um processo muito mais transparente e dinâmico; um artigo poderia nunca ser “definitivo”. Uma variante possível deste modelo seria a sua articulação com o tradicional processo de revisão: os preprints com melhores rankings poderiam ser revistos por pares antes da “publicação definitiva”6.

Muitos detalhes deste modelo de crowd refereeing exigem maturação e afinação, de forma a credibilizar o processo (como ponderar o voto de um verdadeiro especialista no assunto?) e minimizar as possibilidades de fraudes (e.g. auto aplauso e/ou críticas injustas aos trabalhos dos concorrentes) como de resto acontece com os revisores da Wikipedia ou da Bookings.com. Mas o seu impacto seria revolucionário na forma de organização da ciência global, pois só faz sentido num cenário de acesso livre às publicações científicas e os tradicionais indicadores de desempenho (publicações, citações, etc.) teriam de ser totalmente revistos.

2.Indicadores bibliométricos

A utilização de indicadores bibliométricos facilita a avaliação de desempenho dos cientistas (de unidades de investigação, universidades e até países) e é hoje comum como critério determinante para júris de contratações, promoções, provas académicas (e.g. doutoramento) e avaliação de projetos científicos.

Problemas

É natural que não existam indicadores objetivos, quantitativos e completos que consigam refletir a qualidade da ciência praticada por um cientista ou uma equipa de cientistas (algo cuja definição é obviamente subjetiva).

O indicador mais utilizado é o registo do número de publicações científicas em revistas com revisão científica. Trata-se de um indicador que ignora a qualidade (leia-se exigência e/ou reputação) das revistas pelo que por vezes é restringido a revistas reconhecidas por determinadas bases de dados, ou em outros casos a revistas do 1.º quartil da área científica a que se refere a publicação7.

Por outro lado, uma avaliação de desempenho assente no número de publicações é um incentivo à fragmentação dos resultados. Cada artigo só precisa de apresentar um resultado novo pelo que é preferível fragmentar os resultados em pedaços pequenos, em que cada um apresenta um quantum publicável (definido como a quantidade mínima de inovação que garanta a sua publicação) o que dificulta o desenvolvimento global dessa área do conhecimento.

O reconhecimento unânime - quantidade é distinto de qualidade -, e os avanços tecnológicos para a análise de big data, abriu portas a outros indicadores baseados nas citações de artigos como uma medida de impacto científico.

A utilização das citações de artigos como base para medida da sua influência é há muito reconhecida como interessante mas como tendo limitações importantes, porque muito do trabalho anterior acaba por não ser explicitamente reconhecido/citado em publicações científicas8.

No mundo das citações, e num contexto de grande prolixidade de artigos científicos, os autores têm naturalmente tendência a citar as referências citadas pelos trabalhos que leram, o que distorce a relevância das diversas contribuições na área. É uma nova encarnação do efeito de Matthews, em que alguns artigos são mais citados apenas porque tinham sido mais citados até então9.

Tal como para os indicadores baseados no número de artigos, a contagem de citações depende criticamente da base de dados utilizada. Podemos ter, por exemplo, as citações SCOPUS, que reúne revistas consensualmente consideradas como sérias mas exclui outras fontes importantes como livros e teses académicas – que seriam indicadores evidentes da qualidade e relevância científica de um artigo. Ou podemos ter as citações do SCHOLAR do Google, que já inclui livros e teses mas considera uma miríade de revistas de qualidade muito duvidosa e sem peer review, publicadas por editoras predadoras10.

Mais importante, a utilização de métricas de citações de artigos introduz (des) incentivos que podem ser considerados perniciosos para o desenvolvimento da ciência. Por exemplo, ao ignorar as citações de livros académicos, estes indicadores desencorajam o esforço profundo de consolidação e exposição de ideias que normalmente associamos à elaboração de um livro.

Uma outra vítima colateral é a publicação de resultados negativos que, embora seja um dos alicerces do método científico, é fortemente desencorajada porque atrai menos citações. Por outro lado, temas científicos alinhados com os interesses mais populares no sistema científico anglo-saxónico dominante tem maior probabilidade de ser aceite e citado (ou seja, mais impacto) do que investigação em temas com relevância local.

Um dos efeitos do uso de indicadores baseados em citações é a crescente popularidade de artigos de revisão da literatura. Os artigos de revisão são potenciais atractores de citações (particularmente num cenário atual em que existe uma proliferação de artigos de tal ordem que dificilmente alguém consegue ler tudo o que existe sobre um determinado tema). Assim, escrever artigos de revisão torna-se uma atividade de investigação per se. Pode-se mesmo imaginar uma carreira científica de alto impacto sem produção de qualquer conhecimento, apenas como agregador de informação alheia em artigos de revisão. Mais, quando uma contribuição relevante é citada em dois ou três artigos de revisão com sucesso pode cair no esquecimento e deixar de ser citada nos trabalhos seguintes.

Soluções

Apesar de todas as limitações acima enunciadas, os indicadores bibliométricos têm um papel relevante nos processos de avaliação do desempenho científicos de pessoas e instituições. Porém, os riscos associados à sua excessiva valorização, tanto do ponto de vista da injustiça na avaliação como nos comportamentos que encoraja, recomenda que sejam utilizados com parcimónia e nunca como fator decisivo na avaliação. Um bom exemplo é a utilização de indicadores bibliométricos considerados mínimos como fator de elegibilidade para uma dada posição, como é caso de Itália11.

Em alternativa, ou complementarmente, deve ser levado em consideração a avaliação qualitativas dos melhores (ou mais representativos) artigos12, eventualmente selecionados pelo próprio candidato/avaliado. Naturalmente que este é um caso mais fácil de enunciar do que implementar. Por exemplo, como é que se garante num concurso que o júri analisou profundamente os trabalhos dos candidatos? Será necessário que as atas do concurso discutam detalhadamente as limitações e méritos dos artigos avaliados?

Num cenário imaginado de crowd refereeing, em que os artigos estão disponíveis em plataformas públicas que registam os comentários, revisões e avaliação de todos, as construções de indicadores baseados na reação dos leitores poderia ser um bom proxy para a avaliar a relevância, qualidade e até impacto das contribuições científicas de cada um.

Em jeito de conclusão, apresenta-se uma visão da ciência atual como submergida pela proliferação de publicações científicas irrelevantes e fragmentadas, sem revisão rigorosa e eficiente pelos pares, que resulta diretamente dos excessos do modelo publish or perish condimentado pelo uso abusivo de indicadores bibliométricos na avaliação do desempenho.

Neste contexto, importa explorar caminhos alternativos que devolvam a credibilidade e o potencial criador à atividade científica. Estas novas abordagens passam naturalmente pela vontade e capacidade de inovação das agências financiadoras de ciência (que neste sector é quem define as regras), sociedades científicas e outras organizações transversais, mas também pela iniciativa de todos os atores, incluindo direções das instituições, dirigentes de unidades de investigação e até cientistas individuais nas suas decisões quando decidem acolher um colaborador ou revêm um artigo científico.

 

1 As notas que seguem sumarizam algumas das reflexões do autor e não das instituições a que está afiliado ou representa.

2 A revisão por um número pequeno de especialistas pode ser menos competente do que a revisão por muita gente, ainda que menos capaz: Herron, D.M. Surg Endosc (2012) 26: 2275. doi:10.1007/s00464-012-2171-1.

3 Este fenómeno é por isso muitas vezes denominado efeito de Matthew (os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres mais pobres). No contexto do reconhecimento do trabalho científico é também popular o chamado corolário de Matilde: o trabalho de uma mulher em ciência quase sempre é ignorado.

4 O processo de revisão pelos pares é tradicionalmente reservado e de natureza confidencial. O recente aparecimento da plataforma pública PUBLONS, que pretende valorizar de alguma forma o esforço de revisão de artigos, evidencia alguma destas tendências, mostrando por exemplo “revisores de sucesso” (medidos pelo número de revisões feitas no último trimestre) que ainda não terminaram o PhD. Também mostra revisores que revêm centenas de artigos por ano o que sugere que não investem muito tempo ou cuidado nas revisões que submetem (ou então não fazem mais nada!).

5 Algumas experiências revelaram resultados inconclusivos (http://blogs.scientificamerican.com/information-culture/an-introduction-to-open-peer-review/) embora pareça haver a emergência de um consenso no sentido dos méritos do open peer review http://www.utpjournals.press/doi/pdf/10.3138/jsp.44-4-001.

6 A revista PLOS ONE está a introduzir uma variação sobre este modelo mas apenas para pós-publicação (http://www.nature.com/nature/peerreview/debate/nature04992.html) o que, embora não resolva os problemas acima identificados, pode ajudar os leitores (e.g. estudantes de pós-graduação) a distinguir a literatura científica mais relevante numa determinada área de interesse.

7 A recente proliferação de novas revistas científicas de qualidade duvidosa “empurrou” a generalidade das revistas com alguma revisão pelos pares para o 1.º e 2.º quartis pelo que se trata de um indicador com cada vez menos significado.

8MacRoberts, M. H. and MacRoberts, B. R. (1989), Problems of citation analysis: A critical review. J. Am. Soc. Inf. Sci., 40: 342–349. Para além da avaliação da citação como medida da “influência” de um artigo, MacRoberts também discute o desafio das auto citações, algo que hoje já é frequentemente descontado no cálculo destes indicadores de impacto – o que nem sempre é um exercício legítimo pois pode fazer todo o sentido a citação de trabalhos anteriores dos autores, especialmente num ambiente de fragmentação de resultados.

9Se todos os autores escolhessem aleatoriamente três artigos e citassem, aleatoriamente, um quarto das suas referências, um artigo com mais citações teria maior probabilidade de ser citado. Curiosamente, este efeito produz a distribuição de citações que existe (http://arxiv.org/abs/cond-mat/0305150).

10Revistas de acesso aberto que cobram custos de publicação mas não garantem o processo de revisão científica. Uma lista atualizada de editoras e revistas de qualidade duvidosa está disponível em https://scholarlyoa.com/publishers/.

11Nos concursos para posições académicas (equivalentes a professores associados ou catedráticos) considera-se como critério de elegibilidade que os “indicadores” (publicações e citações) estejam acima de mediana (top 50%) http://abilitazione.miur.it/public/index.php?lang=eng.

12Ou contribuições científicas noutros formatos, e.g. livros e teses académicas, provas de agregação, etc..

Miguel Centeno Brito, professor do DEGGE Ciências e investigador do IDL
Campo com árvores de fruto e hortícolas

O projeto GrowLIFE - coordenado pela Ciências ULisboa, FCiências.ID - Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências e Turismo de Portugal é financiado pelo Programa para o Ambiente e a Ação Climática (LIFE) no valor de €1.452.673,00 - e arranca em junho de 2023, tem uma duração de cinco anos. O resultado da candidatura coordenada pela Caravana AgroEcológica foi conhecido em abril deste ano e o contrato foi assinado em agosto.

Cientista no laboratório

Em 2022, 134 investigadores doutorados ligados a unidades de investigação da Faculdade submeteram candidaturas à 5.ª edição do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico – Individual, tendo sido atribuídos 23 contratos de trabalho. Em quatro edições deste concurso, 714 investigadores doutorados com ligações a unidades de investigação da Faculdade apresentaram candidaturas, tendo sido atribuídos 71 contratos de trabalho.

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Uma equipa de paleontólogos portugueses e espanhóis conduziu, entre 1 e 10 de agosto de 2022, uma campanha de escavação na jazida paleontológica de Monte Agudo que resultou na extração de parte do esqueleto fossilizado de um dinossáurio saurópode de grande porte.

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"A revista npj Ocean Sustainability está particularmente interessada em investigação que incida sobre as interligações existentes entre ciência, política e prática, bem como abordagens sistemáticas, soluções transformativas, e inovação para suportar a sustentabilidade do oceano a múltiplos níveis!", escreve Catarina Frazão Santos, editora-chefe, convidada em setembro de 2021 para fundar a revista.

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O primeiro Simpósio Internacional de Catálise Homogénea aconteceu nos EUA há 44 anos. A vigésima segunda edição ocorreu este ano em Portugal, na Ciências ULisboa. A próxima edição está marcada para 2024, em Itália. Este importante acontecimento tem contribuído para o desenvolvimento da Catálise Homogénea.

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Maria Zacarias, investigadora do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa, escreve uma crónica sobre a última edição do “Sê Investigador por Três Semanas”, na qual dá a conhecer a opinião de quem participou na iniciativa que durante três semanas, possibilitou que alunos de licenciatura e de mestrado pudessem trabalhar de perto com investigadores e observar a transversalidade da Estatística.

coelho-bravo

A equipa do projeto do Livro Vermelho dos Mamíferos, que está a trabalhar na revisão do estatuto de ameaça e estado de conservação destas espécies em Portugal, realizou uma “compilação inédita” de dados de ocorrências georreferenciados de mamíferos em Portugal Continental e nos Açores e Madeira.

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Decorreu de 11 a 15 de julho na Ciências ULisboa a WideHealth Summer School sob o tema “Human Factors in Pervasive Health”. O evento foi organizado pelo LASIGE, tendo acolhido participantes de toda a Europa.

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Já são conhecidos os resultados do Concurso de Projetos de I&D em Todos os Domínios Científicos de 2022, da FCT. Do total de projetos aprovados para financiamento, 33 contam com a participação da Ciências ULisboa.

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"A ideia de que o sentido de humor pode facilitar o ajustamento, a gestão e a regulação emocional parece ter bastante fundamento. Mas, como, onde e como entram os limites do humor nesta questão?", escreve Samuel Silva, psicólogo no GAPsi Ciências ULisboa.

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Os cientistas Susana Custódio e Luís Matias escrevem sobre o Centro do Terramoto de Lisboa, que nasceu de uma vontade de contar a fascinante história do sismo de 1755. A Faculdade e o IDL Ciências ULisboa são parceiros do Quake. 

mar

Novo artigo científico publicado na Frontiers in Marine Science alerta para a necessidade de uma visão global para o oceano no acordo internacional atualmente em elaboração no quadro das Nações Unidas. Artigo conta com a participação de dois professores e investigadores da Ciências ULisboa.

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O Prémio DHFC 2021 foi atribuído a Daniele Molinini, investigador do CFCUL, membro do grupo de investigação Filosofia das Ciências Formais, Metodologia e Epistemologia.

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"Hugo Duminil-Copin é um físico-matemático que trabalha em teoria das probabilidades. Um daqueles que, durante os vinte últimos anos, regressou à fonte histórica de inspiração das matemáticas, a física teórica", escreve Jean-Claude Zambrini, professor do DM Ciências ULisboa, no ensaio dedicado ao matemático galardoado com a medalha Fields.

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“Jovens investigadores” é o projeto da EBS Alfredo da Silva, no Barreiro, que permite aos alunos estabelecerem uma relação de proximidade com professores e investigadores do ensino superior, nomeadamente da Ciências ULisboa.

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Já existem mais três miniflorestas plantadas na AML e muitas outras estão a germinar. “A FCULresta cumpre assim um outro objetivo, o de inspirar e apoiar a plantação de mais florestas urbanas biodiversas”, escrevem David Avelar, António Alexandre e Diogo Mendes.

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"O que motiva June Huh é a busca da beleza na Matemática, e a descoberta de ligações entre diferentes áreas desta disciplina", escreve Carlos A. A. Florentino, professor do DM Ciências ULisboa, no ensaio dedicado ao matemático galardoado com a medalha Fields.

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ímanes moleculares

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fundo marinho

Novo artigo publicado na Nature Ecology and Evolution, por uma equipa de 30 investigadores de todo o mundo, da qual fazem parte dois investigadores portugueses com ligação à Ciências ULisboa, resulta da consulta prévia de cerca de 680 especialistas e outros profissionais ligados ao meio marinho.

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Dois anos depois de um interregno, “Ser Cientista” está de volta de 25 a 29 de julho e propõe a jovens alunos que experimentem a “vida” de um investigador.

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