Cultura

Investigadora de CIÊNCIAS participa em estudo que defende português como idioma prioritário dos tratados de biodiversidade

O Papagaio-de-peito-roxo está em risco de extinção

Papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) é uma das espécies em perigo que mereceram a classificação da União Internacional para a Conservação da Natureza

Autora: Patricia Serafini - cE3c

Um estudo publicado na revista Conservation Letters lançou esta semana o alerta para a necessidade de disponibilizar, em novos idiomas oficiais, os tratados internacionais que visam a proteção de espécies sob ameaça ou risco de extinção. O português e o malaio figuram entre as principais lacunas e os autores do estudo consideram mesmo que estes idiomas deveriam passar a ser prioritários para os tratados internacionais de defesa da biodiversidade. O estudo conta com as assinaturas de Maria Dias, professora do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS) e investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) e dos investigadores portugueses Diogo Veríssimo e Ricardo Rocha, que têm vindo a trabalhar na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

De acordo com um comunicado do cE3c, o estudo teve por ponto de partida a distribuição geográfica de espécies que figuram na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Munidos dessa informação, os investigadores ficaram em condições de apurar os países – e consequentemente os idiomas mais usados – onde há maior biodiversidade. “Os resultados revelaram que, muito embora o espanhol e o inglês continuem a ser línguas centrais para a conservação à escala global, cobrindo áreas onde ocorre cerca de 25% da biodiversidade do planeta, o francês, o português e o malaio surgem logo a seguir com cerca de 10%”, informa ainda o cE3c.

Os autores deste novo estudo recordam que o português e o malaio chegam a suplantar a importância conferida a alguns dos idiomas oficiais que são hoje usados nos tratados internacionais que versam sobre a biodiversidade e a proteção de espécies em perigo. 

“Este desfasamento linguístico significa que comunidades, técnicos e investigadores de países com elevada diversidade como Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Malásia ou Indonésia ficam em desvantagem na negociação e no acesso a documentos científicos, jurídicos e políticos que orientam a aplicação das medidas internacionais para a conservação, como as do Quadro Global da Biodiversidade de Kunming-Montreal até 2030”, sublinha o comunicado do cE3c.

O estudo agora publicado aponta como solução a constituição de “um sistema de quatro níveis de prioridade linguística”, que passe a integrar “línguas francas globais (como inglês e francês)”, “as línguas oficiais da ONU”, as “línguas prioritárias para a biodiversidade (como português e malaio) e, por fim, “línguas locais e indígenas, vitais para a ação comunitária”.

“A língua portuguesa sobressai no panorama da biodiversidade internacional não só por se falar em países muito ricos do ponto de vista natural, mas também porque engloba regiões geográficas muito distintas – do Brasil a Timor-Leste, de Portugal a Moçambique”, sublinha Maria Dias, citada pelo comunicado do cE3c.

Pode aceder ao comunicado do cE3c na íntegra e ver um vídeo sobre o tema a partir daqui.

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hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt
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