BinBot

Projeto de aluno de CIÊNCIAS na final do concurso Red Bull Basement em Tóquio

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Foto Frederico Correia Cerqueira.
Red Bull Basement / DCI

Frederico Correia Cerqueira, aluno do Mestrado em Engenharia Informática de CIÊNCIAS, Manuel Santos e Ricardo Oliveira, alunos do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), desenvolveram o projeto BinBot: um robot alimentado por energia solar que pode ser a solução para revolucionar a limpeza urbana, de espaços comerciais, festivais de música e outros eventos.

O BinBot é o finalista da 6.ª edição nacional do concurso de inovação Red Bull Basement. A equipa de empreendedores vai agora levar o seu projeto além-fronteiras e representar Portugal na Final Mundial, que decorre de 2 a 5 de dezembro em Tóquio, no Japão e que este ano conta com mais de 40 países, oriundos de 5 continentes.

Conversámos com o Frederico antes da sua ida para a Final, para sabermos mais sobre BinBot.


Como surgiu a ideia para o BinBot e quem são os membros do projeto?

Frederico Correia Cerqueira (FCC)  O conceito surgiu no âmbito de uma aula de empreendedorismo durante a minha licenciatura no ISEL em que tínhamos que escolher uma ideia. Estávamos num jardim e olhámos à volta, vimos que havia lixo no chão e percebemos que podíamos criar um projeto à volta desse problema. O Manuel Santos e também os colegas Ricardo Oliveira e Catarina Pedro (que atualmente já não faz parte do projeto), faziam parte deste grupo de empreendedorismo que concebeu a ideia. Depois o projeto foi escalando e sendo melhorado.

Qual é vantagem de implementar Inteligência Artificial (IA) num robot de limpeza?

FCC — A IA vai ajudar o robot a detetar e diferenciar lixo no chão, de forma a identificar corretamente o que é lixo e o que são obstáculos ou pessoas, para poder desviar-se. Existe também uma componente de comunicação. Não queremos que seja apenas um robot aspirador, queremos que seja capaz de conversar com os utilizadores, para perceber onde estão os locais a precisar de limpeza.

Para além disto, é sustentável, já que é alimentado a energia solar.

FCC — Para nós, não fazia sentido um projeto nesta área que não fosse totalmente sustentável. Inicialmente não fazia parte do conceito, mas percebemos que poderíamos alterar o robot para usar esta fonte de energia.

Em que fase está o projeto?

FCC — Já temos o modelo de negócio planeado. Neste momento estamos na fase de criar o primeiro protótipo e arranjar parcerias. Depois queremos patentear a ideia, criar uma start-up e avançar com o negócio.

 

 

Tens alguma curiosidade sobre o BinBot que gostasses de partilhar?

FCC — Sim, o BinBot também pode ser usado como uma papeleira “normal”. Há dois problemas principais ligados ao lixo urbano: a falta de uma limpeza eficiente do lixo, mas também o facto de que há poucos caixotes do lixo e papeleiras, o que pode levar as pessoas a deitarem o lixo para o chão. Pensámos neste robot como um 2 em 1: aspira o lixo que já está no chão e possibilita às pessoas colocarem o seu lixo diretamente.

Como surgiu a ideia de concorrerem ao Red Bull Basement e como foi a experiência de ganharem a edição nacional?

FCC — A ideia surgiu na FCUL, vi um anúncio afixado num dos pilares, tirei foto, enviei para o grupo e decidimos logo concorrer. Tínhamos poucas expectativas, mas quando soubemos que tinhamos ganho a edição nacional, ficámos muito entusiasmados, porque percebemos o potencial para o projeto.

Quais são as tuas expectativas para a Final Mundial?

FCC — A primeira expectativa é ganhar. Mas também queremos adquirir conhecimentos, estabelecer parcerias e talvez encontrar um investidor que consiga levar o projeto para o próximo nível.

 


O Red Bull Basement é um concurso de ideias que capacita a próxima geração de inovadores para desenvolver e lançar ideias geniais, aceleradas pela tecnologia de IA.

A equipa vencedora vai participar num programa de aceleração de três semanas em Silicon Valley e Los Angeles em 2025, onde terá acesso a oportunidades inovadoras e contacto com líderes do setor.


A equipa do BinBot já regressou de Tóquio. Frederico Correia Cerqueira destaca que foi uma grande oportunidade para fazer networking com outros jovens empreendedores experientes na área.

CIÊNCIAS felicita a equipa e todos os envolvidos no projeto.

 

 

Nota de revisão (09/12/2024): Adição de comentário pós-evento sobre a Final Mundial. Clarificação de informação sobre os membros do projeto.

João Silva, Gabinete de Comunicação de Ciência da DCI CIÊNCIAS
jcmsilva@ciencias.ulisboa.pt
Papéis, canetas e braços

Vários alunos da Ciências ULisboa, da Universidade do Algarve (Ualg) e da Faculdade de Medicina Dentária (FMD) da ULisboa apresentaram este verão projetos de iniciação à investigação, desenvolvidos no âmbito da iniciativa “Sê Investigador por Três Semanas!”, promovida pelo Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL), com o objetivo de cativar os jovens para esta atividade.

cabra-montês

Dezenas de cientistas, técnicos e vigilantes da natureza do ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, bem como cidadãos uniram-se em prol do novo Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal continental. O objetivo é melhorar até 2021 o conhecimento destas espécies e dessa forma contribuir para o estabelecimento de medidas e ações de conservação.

Imagens de perfil de 19 cientistas

Entre março e julho deste ano, as redes sociais da Faculdade deram a conhecer 19 pessoas e histórias de investigação, no âmbito da iniciativa “O que faço aqui?”, disponível no site da Faculdade.

Pessoa com livros

"Neste momento tão dinâmico em que vivemos será importante pensar sobre aquilo que se pode ou não controlar e ir aprendendo a navegar perante a realidade que se apresenta a cada momento", escreve a psicólogia Andreia Santos.

Alunos e professoras no campus da Faculdade

O novo ano letivo começou esta semana e a Faculdade deu as boas-vindas aos alunos do Advanced Quantitative Methods on Health Care Innovation, cujas aulas online começaram esta terça-feira e se prolongam em Portugal até ao próximo dia 15 de outubro.

Estação de Extração de RNA

“Foi incrível perceber que numa adversidade, o ser humano tem a capacidade de se reinventar e criar novos projetos", diz Daniel Salvador, voluntário no CT Ciências ULisboa, entre maio e julho, licenciado e mestre pela Ciências ULisboa, atualmente estudante do 4.º ano do doutoramento em Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da ULisboa.

Criança em casa acompanhada pela presença de um adulto

Uma equipa de nove estudantes da ULisboa - LxUs -, supervisionados por Hugo Ferreira, professor do Departamento de Física e investigador do Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica da  Ciências ULisboa, ganhou o Translation Potential Runner-Up Award na 5.ª edição do SensUs Student Competition, 2.º lugar na categoria de potencial de translação, um prémio que valoriza a capacidade de criação de um modelo de negócio, viável e com qualidade.

Pormenor da visão artística da observação da "estrela bebé"

Pela primeira vez foi possível observar como é que uma “estrela bebé” adquire massa até chegar à sua massa final. Arcos de campo magnético ligam a “estrela bebé” ao disco circundante e a massa flui. Os resultados desta observação encontram-se publicados na revista Nature. O artigo resulta de uma colaboração no âmbito do GRAVITY, um instrumento desenvolvido por um consórcio internacional e do qual fazem parte cientistas do CENTRA, polo da Ciências ULisboa.

Marta Palma no CT Ciências ULisboa

“A maior aprendizagem é perceber que de facto existem pessoas maravilhosas, com uma enorme generosidade e grande sentido de voluntarismo e muito dinâmicas. E que trabalhando juntos, podemos de facto fazer a diferença”, diz Marta Palma, funcionária do Departamento de Biologia Animal e voluntária no Centro de Testes Ciências ULisboa.

Homem em banco de jardim, observando o rio

Andreia Santos, psicóloga do GApsi Ciências ULisboa, deixa um alerta: "o nível de cansaço sentido pelas pessoas a assistir a conferências, palestras através de um ecrã é superior ao de assistir ao mesmo de forma presencial".

Vanessa Mendonça

“Este prémio simboliza não só o reconhecimento do meu trabalho, mas também de toda a equipa que nele participou”, conta Vanessa Mendonça, segunda classificada pelo Prémio de Doutoramento em Ecologia - Fundação Amadeu Dias 2020. Vanessa Mendonça concluiu o mestrado e o doutoramento na Faculdade e atualmente é investigadora do MARE.

A SPECO anunciou recentemente os vencedores do Prémio de Doutoramento em Ecologia - Fundação Amadeu Dias 2020. José Ricardo Paula é o grande vencedor desta edição e irá apresentar o seu trabalho no 19.º Encontro Nacional de Ecologia, este ano associado às cerimónias dos 25 anos da SPECO, e que se realiza em dezembro, em Ponte de Lima.

Centro de Testes

Rita Loewenstein Simões, de 23 anos, é voluntária no Centro de Testes Ciências ULisboa, na estação Mix e Real-Time PCR, desde maio passado. Para esta jovem bióloga, formada na Faculdade, este trabalho tem um significado muito simples: ajudar. E foi exatamente isso que a motivou - saber que todas as horas que disponibilizasse fariam a diferença.

Informação eletrónica de rua: Keep your distance

Ganna Rozhnova trabalha em modelação epidemiológica na UMC Utrecht, na Holanda. A antiga aluna de doutoramento em Física Estatística da Faculdade, continua a colaborar com o BioISI e é a investigadora principal de um projeto da FCiências.ID, financiado no âmbito do Apoio especial a projetos Research 4 COVID-19.

Spinophorosaurus nigerensis

Uma inovação anatómica pode ser a chave na compreensão da evolução dos dinossáurios saurópodes. Os autores deste trabalho - Daniel Vidal, Pedro Mocho, Ainara Aberasturi, José Luis Sanz e Francisco Ortega - acreditam que parte do êxito evolutivo deste grupo de animais está relacionado com alterações na cintura pélvica e que esse fator contribuiu para os converter nos animais de maior porte da Terra.

Centro de Testes

“Em cada turno processamos uma quantidade significativa de amostras e é sempre importante conseguirmos fazê-lo eficientemente, para que os resultados sejam conseguidos num curto espaço de tempo”, diz Catarina Lagoas, voluntária no Centro de Testes Ciências ULisboa.

Teclado para invisuais

“A tecnologia deve poder ser usada por todas as pessoas!”, diz Carlos Duarte, professor do Departamento de Informática, investigador do LASIGE Ciências ULisboa, e recentemente membro do World Wide Web Consortium (W3C) e da Ação COST LEAD-ME -Leading Platform for European Citizens, Industries, Academia and Policymakers in Media Accessibility.

 olho de choco

Um grupo de investigadores da Ciências ULisboa a trabalhar no Laboratório Marítimo da Guia do MARE conseguiu mostrar que chocos acabados de eclodir (até cinco dias) são capazes de ter uma aprendizagem social. O estudo publicado na  Animal Cognition tem como primeiro autor Eduardo Sampaio, estudante de doutoramento em Biologia (ramo Etologia).

ETAR de Gaia Litoral

A análise de mais de 200 amostras de águas residuais das cinco ETAR monitorizadas no âmbito do projeto COVIDETECT comprova a presença de material genético nos afluentes que chegam às ETAR e evidencia a ausência de deteção do material genético do vírus SARS-CoV-2 nos efluentes tratados.

National Cancer Institute

Investigadores do LASIGE Ciências ULisboa, INESC TEC e Universidade do Minho apresentam uma nova técnica de deduplicação de dados baseado em semelhanças e padrões encontrados nos ficheiros de sequenciação de genomas humanos e uma codificação das alterações para a recuperação desses dados.

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Sétima rubrica Radar Tec Labs, dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade. A empresa em destaque é a Keep on Care.

Computador

“O período de confinamento pode ser encarado como um primeiro grande teste à integração de renováveis no sistema elétrico, prelúdio do que se prepara com a transição energética global em curso”, escreve o cientista Miguel Centeno Brito.

Conceção artística do telescópio espacial Athena (Advanced Telescope for High-Energy Astrophysics)

“Ciências ULisboa tem vindo a aumentar a sua capacidade e a sua intervenção no desenvolvimento científico e tecnológico de alguns dos projetos mais importantes para o avanço da Astrofísica, não só nos próximos anos, mas nas próximas décadas”, diz o cientista José Afonso.

post it

Cristina Luís, investigadora do Departamento de História e Filosofia das Ciências e do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT), é a responsável em Portugal pelo projeto “Citizen Science as the new paradigm for Science Communication (NEWSERA)”, coordenado por Rosa Arias, fundadora da Science for Change e que visa estudar como a ciência cidadã pode mudar o paradigma da comunicação da ciência.

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Entrevista com o cientista Carlos Cordeiro, que lidera o SAFE Coating, um projeto que tem a Biomimetx e o Hospital Curry Cabral como parceiros e que em seis meses procurará implementar uma tecnologia capaz de inativar o SARS-CoV-2 em superfícies, impedindo a sua viabilidade fora do hospedeiro humano e consequentemente, eliminando uma importante via de transmissão viral.

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