Engenharia Biomédica e Biofísica

O sonho de Liliana Caldeira

Liliana Caldeira junto aos posters
Cedida por Liliana Caldeira

Ainda que o desemprego continue a aumentar e seja o cenário de muitos jovens portugueses, há sempre histórias de sucesso, de pessoas que têm o privilégio de estudar e trabalhar numa área que apreciam, ao ponto de marcarem a diferença. Liliana Caldeira, de 27 anos, é uma dessas pessoas – sortudas, esforçadas e especialmente talentosas -, como o senso comum costuma apelidar.

“Durante o doutoramento, penso que as maiores facilidades foram trabalhar numa área muito interessante e por isso, estar constantemente motivada”. Liliana Caldeira iniciou o doutoramento em Engenharia Biomédica e Biofísica no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica da FCUL, em colaboração com o Institute of Neuroscience and Medicine, na Alemanha, em 2008. Desde esse ano trabalha como investigadora para a Siemens Healthcare Portugal. Durante este período sempre sentiu o apoio dos seus orientadores - os professores Pedro Almeida, Hans Herzog e Jurgen Scheins -, facto que a ajudou a crescer e a levou a participar na conferência "PET/MR and SPECT/MR: New Paradigms for Combined Modalities in Molecular Imaging", ganhando o prémio para melhor poster, em maio passado, na ilha de Elba, em Itália.

A distinção feita ao poster "Evaluation of Two Methods for using MR Information in PET Reconstruction”, durante a conferência que juntou os mais reconhecidos investigadores e industriais do setor, foi muito importante para Liliana Caldeira, inspirando-a nesta fase final da sua tese. “Durante a conferência, ganhei nova inspiração para escrever a tese e os artigos resultantes desta investigação. Além disso, reforcei a minha vontade de continuar na investigação, que sempre foi o meu sonho”, refere a jovem que concluiu o ensino secundário com a média final de 19 valores e alcançou, no primeiro ano do bacharelato em Engenharia Biomédica, no Instituto Superior Técnico, o diploma de melhor aluna do seu curso.

Até ao final do ano, Liliana Caldeira pretende defender a sua tese, solicitada para isso, deixa um conselho para aqueles que iniciam agora o doutoramento: “Pensem nos resultados concretos que pretendem alcançar, nomeadamente conferências a que pretendem ir e artigos que pretendem publicar. E depois comecem a trabalhar nestes objetivos o mais cedo possível, pois na defesa do doutoramento este fator é muito valorizado, assim como na continuação da investigação”.

A jovem investigadora desenvolve o seu trabalho de doutoramento na área emergente da imagem simultânea em Medicina Molecular (Tomografia por Emissão de Positrões - PET) e anatómica obtida por Ressonância Magnética (MRI), centrando-se na otimização dos processos de obtenção de imagem utilizando informação simultânea PET/MRI cerebral.

De acordo com Pedro Almeida, um dos orientadores da jovem e diretor do IBEB-FCUL, os primeiros sistemas clínicos que permitem obter este tipo de informação médica, menos de uma dezena em todo o mundo, foram recentemente instalados, facto que tem motivado grande interesse junto da comunidade médica, em particular para o estudo do cérebro. Para o docente do Departamento de Física da FCUL, o galardão atribuído recentemente a Liliana Caldeira é “uma enorme honra” e muito merecido já que o estudo que tem vindo a realizar possibilitou uma melhoria significativa da qualidade das imagens PET. “Foi possível demonstrar uma melhoria significativa da qualidade das imagens PET utilizando conhecimento prévio sobre a anatomia dos pacientes utilizando dados de MRI e processos de reconstrução de imagem desenvolvidos pela Liliana durante o seu doutoramento”, conclui.

Sem planos concretos para o futuro, mas com um desejo claro de continuar a trabalhar na área da investigação do PET/MRI, a próxima etapa passa por concluir com êxito o doutoramento, cuja principal dificuldade inicial passou por encontrar colaboradores em Portugal.

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

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Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

Uma vez mais Ciências participou na Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP), este ano organizada pela Universidade do Minho. A equipa de Ciências - Caracóis Hipocondríacos -, composta pelos alunos Nuno Burnay, Robin Vassantlal e Guilherme Espada, ficou em 3.º lugar, ao resolver quatro dos nove problemas da competição.

Imagina que tens um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagina que para encher o jarro, vais colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que achas que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma?... E se colocássemos as pedras grandes primeiro?

As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

Ciências participa na KIC EIT Health que visa promover o empreendedorismo para o desenvolvimento de uma vida saudável e de um envelhecimento ativo. Os alunos podem inscrever-se na unidade curricular que lhes permite participar no projeto, sendo que uma parte é feita na Dinamarca.

A experiência ATLAS acontece há 25 anos e a data será celebrada com palestras, bem como com uma homenagem à responsável pela participação portuguesa na experiência, a cientista Amélia Maio.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de outubro é com Francisco Oliveira, assistente técnico do Núcleo de Manutenção do Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços da Área de Serviços Técnicos de Ciências.

O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne. Francisco Lobo, investigador do Departamento de Física de Ciências e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, comenta o tema.

Há cinco anos o biólogo marinho Pedro M. Lourenço encontrou microfibras em dejetos de aves. Foi nessa ocasião que surgiu a ideia de avaliar a abundância de microplásticos nos estuários, iniciando assim um estudo sobre a poluição por plásticos.

“Para além da importância no contexto científico, este trabalho também tem uma forte importância no contexto industrial, pois permite otimizar os gastos de energia domésticos e industriais”, explica o investigador do Centro de Química Estrutural de Ciências, Francisco Bioucas.

Mais de 100 cientistas reúnem-se em Lisboa, na Faculdade de Ciências, para abordar a temática dos nanofluidos.

A origem dos raios cósmicos de elevada energia foi desvendada. O LIP, do qual Ciências faz parte, colaborou na obtenção dos resultados.

O minhocário será usado para investigar o processo de vermicompostagem, numa experiência piloto em parceria com o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da Área de Serviços Técnicos de Ciências e com o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Há um mineral peculiar que pode ajudar a desvendar o contributo do vulcanismo de Decão sobre a extinção em massa e a morte dos dinossauros: a akaganéite. Os resultados do estudo foram publicados na Nature Scientific Reports.

Ciências participa com mais de 30 de atividades de divulgação de ciência, espalhadas por Lisboa, Lousal e até na ilha Terceira.

O primeiro Dia Internacional do Microrganismo foi celebrado a 17 de setembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Microbiologia, Ordem dos Biólogos, Ciência Viva e Comissão Nacional da UNESCO.

Desde 1971 que a guerra está aberta, mas o combate tem sido difícil. Por um lado, não temos só uma doença, e o que já conhecemos não tem chegado para estarmos contentes.

Um novo estudo liderado por Ciências encontrou grandes quantidades de fibras artificiais no estuário do Tejo e em zonas costeiras da África Ocidental, segundo comunicado de imprensa emitido pela Faculdade esta segunda-feira.

Falta pouco para a Faculdade voltar a ser homenageada com a atribuição de mais duas insígnias de professores eméritos a dois dos seus docentes aposentados.

Zbigniew Kotowicz, investigador e membro integrado do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu aos 67 anos, no dia 21 de setembro de 2017.

Ciências integra um consórcio europeu que vai receber do programa Horizon 2020 cinco milhões de euros para desenvolver, entre 2018 e 2021, a mais avançada tecnologia de espectrometria de massa.

Agora que terminaste o ensino secundário e estás prestes a iniciar esta nova etapa, vários vão ser os desafios pessoais e académicos que vais enfrentar.

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