IIlustraciencia

Entrevista a… Pedro Salgado

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências

Pedro Salgado

Pedro Salgado venceu a 5.ª edição do concurso de ilustração científica IIlustraciencia. Alguns dos trabalhos deste concurso estarão expostos numa exposição no átrio do edifício C6, a partir de 30 de outubro e até ao fim do mês de dezembro.

Ciências falou com Pedro Salgado sobre a sua experiência enquanto aluno do curso de Biologia e enquanto artista e professor de ilustração científica.

Fique a conhecer o seu percurso na entrevista a seguir apresentada.


Pedro Salgado

É biólogo, ilustrador científico e professor. Como e quando surge esta paixão pelo desenho científico?

Pedro Salgado (PS) - A paixão pelo desenho surgiu naturalmente em criança. Gostava de desenhar, sobretudo animais. Comecei muito cedo a conhecer o mar, a explorar as poças nas marés da Ericeira, a pescar e a mergulhar. Os meus desenhos eram uma continuação desse interesse, em particular pelos peixes.

O desenho ficou abandonado no liceu quando escolhi ciências, e só retomei na faculdade para ilustrar relatórios das aulas de Zoologia e Botânica. Não tinha qualquer formação específica em desenho até à data, nem um talento invulgar, mas era bom observador e muito paciente.

Só no 5.º ano da licenciatura de Biologia, durante o trabalho de estágio científico, é que me apercebi do que era o desenho científico, nessa altura uma prática quase abandonada, considerada obsoleta. A cadeira de desenho científico a que já não tive acesso, tinha sido extinta da FCUL poucos anos antes, e os meus esforços para a recuperar, como membro da associação de estudantes, não tiveram qualquer resultado junto dos docentes responsáveis pelo plano de estudos da altura. Para o relatório de estágio trabalhei durante dois anos com juvenis de tainhas e fiz centenas de desenhos da morfologia das diferentes espécies. Esse foi o meu primeiro contacto sério com o desenho científico, para o qual estava muito atento nos livros e papers que encontrava, mas que fui desenvolvendo de forma totalmente autodidata.

Foi aluno da Faculdade de Ciências. O que recorda desses tempos, o que mais o marcou da passagem por esta casa?

PS - Entrei para a FCUL no ano 1978/1979, logo a seguir ao incêndio que destruiu parcialmente a Politécnica, onde tínhamos as aulas, hoje o Museu Nacional de História Natural e Ciência. O C2 só foi construído anos mais tarde, já depois de eu terminar o curso. O ambiente na Politécnica era muito diferente, um edifício histórico com o Museu e o Jardim Botânico, um verdadeiro “oásis” no centro de Lisboa, laboratórios antigos de paredes gordas e corredores intermináveis e muitas portas, onde se adivinhava a presença das gerações anteriores de estudantes, professores e investigadores. Para além dos estudantes de Biologia, também lá estavam os de Geologia, Química, Física e Matemática. No meu curso tivemos uma componente prática importante, fora da faculdade, muitas saídas de campo e de mar, sobretudo a partir do 3º ano. E claro, grandes mestres que nos marcaram para a vida, que para além das aulas, nos acompanharam no terreno, onde se sentem as coisas mais perto de nós do que nos livros. O professor Saldanha foi o meu mestre da Biologia Marinha, o professor Catarino foi o da Ecologia Vegetal. Ambos tiveram uma grande importância na minha formação, ambos deram um grande apoio quando, alguns anos mais tarde, enquanto bolseiro de investigação, decidi abandonar o projeto de doutoramento para ir estudar ilustração científica para os EUA. Foram deles as assinaturas dos pareceres com que concorri e ganhei a bolsa da Fulbright para estudar na Universidade da Califórnia em 1988.

De que forma os conhecimentos aqui adquiridos são aplicados na sua profissão atual?

PS - Sou biólogo e ilustrador científico. Na prática, a Biologia e a Ilustração são duas áreas de competências interligadas que devem ser sólidas nesta atividade. Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar. Naturalmente, há campos em que me sinto confortável, como é o caso da Ictiologia (peixes), e há muitos outros em que tenho a oportunidade de aprender e aprofundar, quer por interesse genuíno, quer por necessidade de entender as questões científicas de base que me são colocadas nos projetos em que participo. Só assim é possível desenhar com rigor, neste caso, comunicar ciência com ilustrações, sejam estas descritivas ou conceptuais.

Exposição Illustraciencia

Na exposição vão estar 40 obras, pré-selecionados entre cerca de 500 de todo o mundo, na sua maioria da Península Ibérica e América do Sul. Os trabalhos apresentados correspondem a uma mostra representativa do que de melhor se faz nesta área na atualidade”, diz Pedro Salgado.

Como é o trabalho de um ilustrador científico?

PS - O trabalho do ilustrador científico inicia-se, de uma forma geral, com uma relação de entendimento entre o ilustrador e o investigador ou o editor responsável pelos conteúdos. Inicialmente é um trabalho de equipa, que se pode prolongar num acompanhamento periódico de todo o processo de desenvolvimento da ilustração ou no mínimo em determinados momentos cruciais, como a aprovação de um desenho preliminar antes de se iniciar uma arte final. O trabalho de desenvolvimento do desenho, que pode durar horas ou semanas, exige concentração e na maior parte dos casos algum isolamento. Mesmo partilhando espaço com colegas, trata-se de uma atividade solitária.

No desenho científico, a inspiração é uma falsa questão. Aplica-se mais do que nunca a célebre resposta de Picasso a quem lhe perguntou onde encontrava a inspiração: “...não sou eu que encontro a inspiração para trabalhar, é a inspiração que me encontra enquanto estou a trabalhar”. Quero dizer que, por um lado, a Biologia já é, só por si, inspiradora, mas normalmente os projetos que chegam à mesa do ilustrador já estão pré-definidos, não é ele que os inventa numa tarde inspirada. E enquanto trabalha no projeto, aí sim, há lugar para a inspiração e para a criatividade atuarem na busca de melhores soluções de representação gráfica, de metodologias mais adequadas, de técnicas mais afinadas no sentido de chegar a um melhor produto final, o mais ajustado possível a um determinado público (especialista, geral, infantil...) e formato (revista, livro, painel...) que já estavam identificados, muito antes do primeiro esboço no papel.

É especialista em peixes marinhos. O que o levou a optar por estas espécies?

PS - Não foi opção, foi paixão. Os peixes sempre me despertaram um grande interesse, sobretudo os marinhos porque tenho uma grande ligação ao mar. Quanto melhor os conheço, mais interessantes me parecem. A variedade de formas e cores é extraordinária. Conhecê-los, entender e adivinhar as suas formas de vida a partir da suas morfologias e presença ou ausência de determinadas estruturas, é para mim uma grande motivação. Verifico que os peixes são mal conhecidos pela grande maioria das pessoas, a sua variedade é bastante subestimada. É bom lembrar que os peixes apresentam maior variedade que qualquer outro grupo de vertebrados. O número de espécies de peixes é superior ao somatório do número de espécies de aves, mamíferos, répteis e anfíbios.

O que mais o cativa enquanto professor desta área?

PS - Em primeiro lugar, gosto de dar aulas. Ajudei a formar dezenas de profissionais e incentivei o gosto pela Biologia, pela observação cuidada e pelo desenho em muitas centenas de pessoas de diversas idades e formações de base, maioritariamente estudantes e profissionais das artes e das ciências. É um privilégio e motivo de orgulho. E é um enorme prazer assistir à evolução dos alunos, mais rápida do que se pode pensar, das suas competências e sensibilidades. Depois de se aprender a olhar para o que nos rodeia através dos olhos do desenho (sim, aprender a desenhar é mais aprender a ver do que a saber manipular um lápis), a nossa perceção do que vemos nunca mais será a mesma. 

Raquel Salgueira Póvoas, Área de Comunicação e Imagem
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Batimetria do fundo do mar e topografia terrestre

Um novo estudo, recorrendo a modelos computacionais, prevê que uma zona de subdução atualmente na região do Estreito de Gibraltar se irá propagar para o interior do Atlântico e irá contribuir para a formação de um sistema de subdução atlântico – um anel de fogo atlântico. Este trabalho publicado pela Sociedade Geológica da América resulta de uma colaboração entre os professores da Ciências ULisboa – João Duarte e Filipe Rosas – e investigadores da Johannes Gutenberg University Mainz (Alemanha).

Minifloresta da Faculdade

A FCULresta - um dos projetos do Laboratório Vivo para a Sustentabilidade da Ciências ULisboa e que tem origem no projeto europeu "1Planet4All - Empowering youth, living EU values, tackling climate change" -, foi selecionada e destacada como um dos projetos com maior impacto do programa ‘DEAR: Development Education and Awareness Raising", financiado pela União Europeia.

Cartaz com fotografias de várias mulheres

Ciências ULisboa reconhece o papel fundamental exercido pelas mulheres e pelas raparigas na ciência e na tecnologia. No Dia Internacional de Mulheres e Raparigas na Ciência recordamos Glaphyra Silva Vieira, a primeira mulher assistente no Laboratório de Física da Ciências ULisboa, uma biografia da autoria de Maria da Conceição Abreu e Paula Contenças.

Conceção artística do telescópio espacial nos raios gama, Fermi, da NASA

As regiões polares do Sol foram as mais ativas na emissão de radiação de alta energia durante o anterior máximo solar, um desequilíbrio ainda por explicar, e relatado pela primeira vez num estudo liderado por Bruno Arsioli, investigador do Instituto de Astrofísica e de Ciências do Espaço, da Ciências ULisboa.

anfíbio

Após a República Checa, chegou a hora da cidade de Lisboa ser palco da próxima Conferência Europeia de Ecologia Tropical 2024. Jorge Palmeirim, professor da Ciências ULisboa, coordenador do grupo de Biodiversidade Tropical e Mediterrânica no cE3c, é o chairman desta conferência, que se realiza na Ciências ULisboa entre 12 e 16 de fevereiro.

Helena Gaspar e Alexandra M. Antunes, pormenor de estrutura molecular N-desetil-isotonitazeno em fundo

O Laboratório de Polícia Científica (LPC) da Polícia Judiciária (PJ) detetou uma nova droga sintética - o N-desetil-isotonitazeno. A identificação da droga sintética contou com a colaboração da Ciências ULisboa, no âmbito de um protocolo de cooperação entre o LPC-PJ e a Ciências ULisboa que visa a análise de novas substâncias psicoativas (NSP).

lareira tradiciobal a lenha

Um novo estudo mostra que o uso de lareiras tradicionais a lenha para o aquecimento da casa pode diminuir a esperança média de vida em até 1,6 anos, devido às partículas finas que são emitidas na combustão da lenha. Estes são resultados de um trabalho experimental de modelação computacional liderado pela Ciências ULisboa.

Raquel Conceição

Uma equipa de cientistas do Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB) da Ciências ULisboa liderada por Raquel Conceição vai receber 1.5M€ para reforçar as suas áreas de capacitação em Imagiologia Médica por Micro-ondas (MMWI), no âmbito de um projeto Twinning, com o título “Bone, Brain, Breast and Axillary Medical Microwave Imaging Twinning (3BAtwin)”, realizado em parceria com a Universidade de Galway (Irlanda) e com o Politécnico de Turim (Itália).

Carlos Pires

Carlos Pires, professor da Ciências ULisboa e investigador do Instituto Dom Luiz, é o primeiro autor do artigo “Uma teoria geral para estimar a transferência de informação em sistemas não lineares”, publicado na Physica D: Nonlinear Phenomena, volume 458, em fevereiro, e no qual desenvolve um formalismo matemático de estimação da causalidade entre variáveis interatuantes.

Atividades na HortaFCUL, num Dia Aberto em 2015

Em outubro de 2024 a HortaFCUL assinala 15 anos de existência. Os resultados apresentados no relatório "Living the sustainable development: a university permaculture project as an ecosystem service provider - The HortaFCUL case study (2009-2023)" apresentam o impacto regenerativo e transformador da HortaFCUL.

Pessoa a observar o céu

De 15 a 18 de fevereiro, a Física está em destaque na cidade de Lisboa, no Encontro Nacional de Estudantes de Física (ENEF). Este é um evento que pretende reunir estudantes e profissionais na Ciências ULisboa, procurando dar uma perspetiva diferente do ensino da Física a nível universitário.

Revegetação com especies autoctones

“O projeto em curso no Lousal mostra que é possível conciliar a atividade de mineração com a devolução do território à natureza com o mínimo impacto possível”, escreve Jorge Buescu na crónica publicada na revista Ingenium n.º 183, referente ao primeiro trimestre de 2024.

Pontos de interrogação

 Vladimir Konotop, professor da Ciências ULisboa, participou num estudo publicado este mês na Nature Photonics - “Observação da Localização da Luz em Quasicristais Fotónicos” -, em colaboração com investigadores da Universidade Jiao Tong de Xangai (China) e da Academia de Ciências Russa  (Rússia).

Aluna a fazer uma apresentação numa sala de aula

Inês Sofia Cruz Dias e Ana Carolina Preto Oliveira, estudantes da Ciências ULisboa, apresentaram os seus relatórios da disciplina Voluntariado Curricular, 1.º semestre, no passado dia 22 de janeiro. Sensibilizar os estudantes para as temáticas da solidariedade, tolerância, compromisso, justiça e responsabilidade social e proporcionar-lhes oportunidades para o desenvolvimento de competências transversais são alguns dos objetivos do Voluntariado Curricular.

Cristina Simões, Fernando Antunes, José Pereira-Leal, Jorge Maia Alves, Andreia Valente, Hugo Ferreira, Rui Ferreira e Pedro Almeida

Os projetos Lusoturf e TAMUK são os vencedores da 1.ª edição do Concurso de Projetos de Inovação Científica, uma iniciativa promovida pela Ciências ULisboa e FCiências.ID, com o apoio do Tec Labs.

Membro da FLAD, Marcelo Rebelo de Sousa e José Ricardo Paula

José Ricardo Paula, investigador da Ciências ULisboa, vencedor do FLAD Science Award Atlantic 2023, teve a honra de receber o prémio pelas mãos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Para o diretor da Ciências ULisboa, Luís Carriço, este prémio é um reconhecimento do mérito e da excelência da investigação que se faz na faculdade: “Estou muito orgulhoso, mas não estou surpreendido. O trabalho que o José Ricardo Paula desenvolveu é brilhante e o próprio Presidente da República fez questão de referir isso. O nosso investigador está de parabéns, bem como a faculdade”.

Ana Sofia Reboleira

O projeto “Barrocal-Cave: Conservation, monitoring and restoration assessment of the world-class cave biodiversity hotspot in Portugal foi distinguido com o 2.º lugar do Prémio Fundação Belmiro de Azevedo 2023. Ana Sofia Reboleira é a investigadora responsável por este projeto, que tem como instituição proponente a FCiências.ID.

Fotografia de Henrique Leitão

O Papa nomeou a 10 de janeiro o cientista Henrique Leitão como membro do Comité Pontifício de Ciências Históricas, informou o Vaticano. A Agência Ecclesia refere que o novo membro deste comité colaborou com o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, enquanto coautor do ‘Clavis Bibliothecarum‘ (2016), um levantamento de catálogos e inventários de bibliotecas da Igreja Católica em Portugal.

Fotografia de Beatriz Amorim

Beatriz Amorim foi premiada com uma bolsa Marie Sklodowska-Curie, uma iniciativa da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA, sigla em inglês). A estudante do último ano de mestrado em Engenharia Física, na Ciências ULisboa, participa a partir de 15 de janeiro e durante seis meses, num projeto inovador na Alemanha, no âmbito do Programa GET_INvolved do FAIR.

Henrique de Gouveia e Melo e Henrique Leitão

“As três últimas décadas foram excecionais para os estudos de História Marítima, da Ciência Náutica, da Cosmografia e da Cartografia portuguesas”, diz Henrique Leitão, investigador da Ciências ULisboa, a propósito da atribuição do Prémio Academia de Marinha 2023, ocorrido no passado dia 9 de janeiro, durante a Sessão Solene de Abertura do Ano Académico de 2024.

Membros da expedição em frente do RV Pelagia

A Ciências ULisboa destacou no passado mês de dezembro - na EurekAlert - uma história sobre um estudo, que relata evidências sem precedentes de respostas ecológicas do fitoplâncton calcificante à deposição de nutrientes fornecidos pela poeira do Sara. O trabalho publicado na Frontiers in Marine Science tem como primeira autora Catarina Guerreiro, micropaleontóloga e investigadora em bio geociências marinhas na Ciências ULisboa.

Cientista em gruta

Um estudo publicado na Scientific Reports e coordenado por Ana Sofia Reboleira, professora no Departamento de Biologia Animal da Ciências ULisboa e investigadora no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), analisou mais de 100000 medições de temperaturas em grutas localizadas em diversas zonas climáticas, desde as tropicais às subárticas, passando por Portugal continental e ilhas.

Identidade gráfica da crónica com imagem de Andreia Sofia Teixeira

A crónica da autoria da Comissão de Imagem do Departamento de Informática da Ciências ULisboa visa realçar a investigação feita pelos docentes e investigadores deste departamento. A segunda crónica dá a conhecer Andreia Sofia Teixeira.

Pessoas junto ao edifício do MARE, na Ciências ULisboa

Com o intuito de colaborar no desenvolvimento de um parque eólico offshore flutuante ao largo da Figueira da Foz, o MARE e a IberBlue Wind (IBW) assinaram a 5 de dezembro passado um protocolo que estabelece os moldes da parceria futura. A colaboração da IBW com o MARE irá permitir estudar os eventuais impactos da instalação da infraestrutura nos ecossistemas marinhos da área de implementação, e propor soluções que mitiguem os eventuais impactos negativos na componente ecológica e na atividade da pesca.

A Ciências ULisboa foi palco do mais recente workshop da International Atomic Energy Agency (IAEA). O “Regional Workshop on Nuclear and Radiation Education - Strategies and Approaches to Enhance Capacity Building in Nuclear Education and Training” realizou-se entre os dias 4 e 7 de dezembro e contou com a presença de 37 representantes de 25 países europeus e asiáticos, assim como de especialistas internacionais e delegados da IAEA.

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