Crónicas em Ciências

AMONET

Referência na comunidade de mulheres de ciência no panorama nacional e internacional para a promoção da igualdade de género

Constituição da AMONET no notário em 2004

Constituição da AMONETno notário em 2004

Imagem cedida por MJC
MJC
Maria José Costa
Imagem cedida por MJC

A Associação Portuguesa das Mulheres Cientistas (AMONET) surge para responder a uma necessidade sentida por várias cientistas. Existia a consciência da falta de um fórum onde as mulheres cientistas pudessem, de forma organizada, otimizar a sua capacidade de intervenção na sociedade.

Para colmatar essa lacuna, um grupo com representantes de todo o país fundou em novembro de 2004, a AMONET. Mas tudo começou antes, por uma indignação.

Em 2003, após um processo de avaliação de licenciaturas da área do Ambiente e da Química, levado a cabo por comissões nomeadas pelo Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES), verificou-se que o comité de avaliação era quase exclusivamente composto por homens.

Isso, apesar de nesses domínios mais de 50% dos investigadores serem mulheres. Foram então colectadas mais de duas centenas de assinaturas para que a situação fosse revista.

As assinantes dirigiram um pedido ao presidente do CNAVES solicitando uma recomposição das respetivas comissões, que tivesse em conta uma maior paridade entre sexos.

Foi ainda solicitada a intervenção do Provedor de Justiça, que endereçou um parecer ao CNAVES e ao Ministro da Ciência e do Ensino Superior. Nele, o provedor referia a necessidade de se promover um justo equilíbrio na composição das comissões, muito particularmente na participação de homens e mulheres nos núcleos de decisão.

A AMONET inspira-se nos princípios consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Constituição Europeia, nomeadamente no que se refere à eliminação de todas as formas de discriminação e à promoção da igualdade de direitos e oportunidades entre mulheres e homens.

No Tempo das Dálias, da autoria de Paula Castelar, é transmitido pela Antena 2. Em janeiro homenageia 23 cientistas. Esta segunda-feira foi a vez de Ana Isabel Simões, professora do Departamento de História e Filosofia das Ciências e investigadora do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia do polo da Ciências ULisboa.

O nome Amonet baseia-se na deusa primordial do Baixo Egipto, versão feminina do Deus Amon. O seu nome significa “A Oculta” e materializa um primitivo e inextinguível poder.

Personifica os aspetos inatingíveis e secretos do caos original, o desconhecido, o espaço infinito, o aspeto invisível do ar. Geradora do vento norte, sopra nova vida e sabedoria na mente das elites e dos governantes.

A AMONET tem sido uma referência na comunidade de mulheres de Ciência no panorama nacional e internacional para a promoção da igualdade de género.

É sua missão combater todas as formas de discriminação e promover a igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres na Ciência.

Objetivos da AMONET

- Proceder a estudos relativamente a matérias relevantes para a concretização da igualdade de direitos e oportunidades;
- Propor às instâncias competentes a elaboração, alteração ou revogação de diplomas a fim de obter a plena igualdade de direitos;
- Promover o esclarecimento e o debate sobre a situação das mulheres cientistas, divulgar os seus direitos e denunciar, por todos os meios, as formas de discriminação.

Quinze anos passados desde a sua constituição, embora existam mudanças positivas, persiste uma grande diferença entre homens e mulheres cientistas em cargos de topo.

Continua a ser muito menor o número de reitoras, diretoras de laboratórios de investigação ou professoras catedráticas.

A atual direção da AMONET conta com algumas jovens que, além de fazerem investigação, se preocupam com esta temática e dedicam uma parte do seu tempo, que já de si é curto a tentar que estes princípios de igualdade sejam cumpridos.

A AMONET ambiciona que um dia todos os cientistas se revejam na frase de May Britt, Prémio Nobel da Medicina de 2014: “Eu penso em termos de excelência em ciência, não no género”.

Maria José Costa, presidente da AMONET e professora aposentada com acordo de cooperação do DBA Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Cientista no laboratório

Em 2022, 134 investigadores doutorados ligados a unidades de investigação da Faculdade submeteram candidaturas à 5.ª edição do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico – Individual, tendo sido atribuídos 23 contratos de trabalho. Em quatro edições deste concurso, 714 investigadores doutorados com ligações a unidades de investigação da Faculdade apresentaram candidaturas, tendo sido atribuídos 71 contratos de trabalho.

Paleontólogos em escavação

Uma equipa de paleontólogos portugueses e espanhóis conduziu, entre 1 e 10 de agosto de 2022, uma campanha de escavação na jazida paleontológica de Monte Agudo que resultou na extração de parte do esqueleto fossilizado de um dinossáurio saurópode de grande porte.

oceano, areia, palmeiras e barcos

"A revista npj Ocean Sustainability está particularmente interessada em investigação que incida sobre as interligações existentes entre ciência, política e prática, bem como abordagens sistemáticas, soluções transformativas, e inovação para suportar a sustentabilidade do oceano a múltiplos níveis!", escreve Catarina Frazão Santos, editora-chefe, convidada em setembro de 2021 para fundar a revista.

Participantes do simpósio no grande auditório da Faculdade

O primeiro Simpósio Internacional de Catálise Homogénea aconteceu nos EUA há 44 anos. A vigésima segunda edição ocorreu este ano em Portugal, na Ciências ULisboa. A próxima edição está marcada para 2024, em Itália. Este importante acontecimento tem contribuído para o desenvolvimento da Catálise Homogénea.

graficos, lupa e oculos numa mesa

Maria Zacarias, investigadora do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa, escreve uma crónica sobre a última edição do “Sê Investigador por Três Semanas”, na qual dá a conhecer a opinião de quem participou na iniciativa que durante três semanas, possibilitou que alunos de licenciatura e de mestrado pudessem trabalhar de perto com investigadores e observar a transversalidade da Estatística.

coelho-bravo

A equipa do projeto do Livro Vermelho dos Mamíferos, que está a trabalhar na revisão do estatuto de ameaça e estado de conservação destas espécies em Portugal, realizou uma “compilação inédita” de dados de ocorrências georreferenciados de mamíferos em Portugal Continental e nos Açores e Madeira.

pessoas sentadas a escrever ao computador e em post its

Decorreu de 11 a 15 de julho na Ciências ULisboa a WideHealth Summer School sob o tema “Human Factors in Pervasive Health”. O evento foi organizado pelo LASIGE, tendo acolhido participantes de toda a Europa.

rapariga no laboratorio

Já são conhecidos os resultados do Concurso de Projetos de I&D em Todos os Domínios Científicos de 2022, da FCT. Do total de projetos aprovados para financiamento, 33 contam com a participação da Ciências ULisboa.

grupo de alunos do programa

"Na Ciências ULisboa temo-nos esforçado ao longo dos anos para desenvolver um programa que trará uma semana inesquecível a estes jovens", escreve Ana Sofia Santos, monitora central do Verão na ULisboa, no artigo de opinião sobre o programa.

rapariga a rir

"A ideia de que o sentido de humor pode facilitar o ajustamento, a gestão e a regulação emocional parece ter bastante fundamento. Mas, como, onde e como entram os limites do humor nesta questão?", escreve Samuel Silva, psicólogo no GAPsi Ciências ULisboa.

Instalações do Quake

Os cientistas Susana Custódio e Luís Matias escrevem sobre o Centro do Terramoto de Lisboa, que nasceu de uma vontade de contar a fascinante história do sismo de 1755. A Faculdade e o IDL Ciências ULisboa são parceiros do Quake. 

mar

Novo artigo científico publicado na Frontiers in Marine Science alerta para a necessidade de uma visão global para o oceano no acordo internacional atualmente em elaboração no quadro das Nações Unidas. Artigo conta com a participação de dois professores e investigadores da Ciências ULisboa.

imagem ilustrativa do prémio

O Prémio DHFC 2021 foi atribuído a Daniele Molinini, investigador do CFCUL, membro do grupo de investigação Filosofia das Ciências Formais, Metodologia e Epistemologia.

Hugo Duminil-Copin

"Hugo Duminil-Copin é um físico-matemático que trabalha em teoria das probabilidades. Um daqueles que, durante os vinte últimos anos, regressou à fonte histórica de inspiração das matemáticas, a física teórica", escreve Jean-Claude Zambrini, professor do DM Ciências ULisboa, no ensaio dedicado ao matemático galardoado com a medalha Fields.

posters afixados

“Jovens investigadores” é o projeto da EBS Alfredo da Silva, no Barreiro, que permite aos alunos estabelecerem uma relação de proximidade com professores e investigadores do ensino superior, nomeadamente da Ciências ULisboa.

Pessoa a trabalhar na FCULresta

Já existem mais três miniflorestas plantadas na AML e muitas outras estão a germinar. “A FCULresta cumpre assim um outro objetivo, o de inspirar e apoiar a plantação de mais florestas urbanas biodiversas”, escrevem David Avelar, António Alexandre e Diogo Mendes.

June Huh

"O que motiva June Huh é a busca da beleza na Matemática, e a descoberta de ligações entre diferentes áreas desta disciplina", escreve Carlos A. A. Florentino, professor do DM Ciências ULisboa, no ensaio dedicado ao matemático galardoado com a medalha Fields.

Alina Shchepetkina com outra investigadora

A expedição South Atlantic Transect II (IODP 393) zarpou a 11 de junho de 2022 da Cidade do Cabo, na África do Sul, e tem uma duração de 61 dias. A equipa a bordo tem cientistas de várias partes do globo na expectativa de obter respostas para algumas questões apaixonantes e relacionadas com alterações nos ambientes da Terra durante os últimos 61 milhões de anos. Uma dessas cientistas é Alina Shchepetkina, investigadora do Instituto Dom Luiz da Ciências ULisboa.

Membros da direção da Faculdade, Conselho de Escola e Reitor da ULisboa

Luís Carriço, professor do Departamento de Informática e investigador do LASIGE, tomou posse como diretor da Ciências ULisboa, esta quarta-feira, dia 20 de julho, numa cerimónia que juntou vários membros da Faculdade e Universidade, na sala de atos, sita no edifício C6. A boa disposição imperou no ato solene, durante o qual os professores Margarida Santos-Reis, Hugo Miranda, Jorge Relvas, Maria João Gouveia e Pedro Almeida foram indigitados subdiretores da Faculdade.

ímanes moleculares

Nuno A. G. Bandeira, investigador do DQB e do BioISI Ciências ULisboa, escreve sobre um estudo, que constitui um marco na evolução do conhecimento e na busca de melhores materiais para aplicação na spintrónica e computação à escala quântica.

Foto do instrumento NIRPS

O espectrógrafo NIRPS, a sigla inglesa para Near-Infrared high resolution spectrograph, ou espectrógrafo no infravermelho próximo de alta resolução, cujo desenvolvimento e construção contou com a participação do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), observa na banda do infravermelho, no Telescópio ESO de 3,6 metros do Observatório de La Silla, no Chile, complementando assim espectrógrafos como o HARPS e o ESPRESSO. 

fundo marinho

Novo artigo publicado na Nature Ecology and Evolution, por uma equipa de 30 investigadores de todo o mundo, da qual fazem parte dois investigadores portugueses com ligação à Ciências ULisboa, resulta da consulta prévia de cerca de 680 especialistas e outros profissionais ligados ao meio marinho.

Anfiteatro no C8 e paryicipantes do evento

"A Conferência Internacional Hi-Phi teve um sucesso muito para além do expectável e mostrou a vitalidade do diálogo entre a História e a Filosofia das Ciências", escrevem Ana Duarte Rodrigues e João L. Cordovil, coordenadores científicos respetivamente do CIUHCT e do CFCUL, na crónica sobre o importante acontecimento.

3 alunos no labotarório

Dois anos depois de um interregno, “Ser Cientista” está de volta de 25 a 29 de julho e propõe a jovens alunos que experimentem a “vida” de um investigador.

saída de campo da Geologia

A Faculdade tem um novo ciclo de estudos acreditado pela  Agência e Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), para substituição dos mestrados na área da Geologia com 90 ECTS. O novo mestrado em Geologia tem a duração de dois anos, com 120 ECTS.

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