Um novo Mural da FCULresta

mural

O mural da FCULresta foi finalizado em julho

Helena Loução

Passados mais de dois anos da plantação da FCULresta, o interesse público por este projeto continua constante e vibrante. São mais de 60.000 visitas ao espaço, tendo como base o indicador número de visualizações no Google Maps. Decidimos, assim, criar um mural da FCULresta, integrando uma dimensão artística e comunicacional ao projeto.

 

A arte da comunicação e a comunicação através da arte

A proposta inicial foi lançada pela ONGD VIDA que logo integrou a artista Helena Loução que, para além de trabalhos de desenho e pintura, tem um projeto dedicado à culinária ecológica e criativa (Criatividade ao Lume) e, apesar de não ser especialista em miniflorestas, aceitou o desafio. Assim, foi criado um pequeno grupo de trabalho com os promotores do projeto em conjunto com a Direção da Ciências ULisboa para facilitar o processo de cocriação do mural. O objetivo foi definido - um mural que comunicasse de forma simples e atrativa:

- os elementos essenciais para “Plantar a FCULresta”, inspirados pelo método Miyawaki, que estão refletidos no solo, i.e. a matriz que suporta a vida: i) modelação do terreno para maximizar a captação e armazenamento da água da chuva, ii) adição de composto para criar um solo rico em nutrientes e microrganismos, iii) uma plantação muito densa para acelerar o crescimento vertical e iv) biodiversa com plantação de espécies nativas de Portugal e v) um forte envolvimento da comunidade no processo.

- os benefícios principais para quem quer “Viver a FCULresta”, também conhecidos como serviços ou funções do ecossistema: i) contributo para a regulação do ciclo hidrológico através da captura e abrandamento da água proveniente de chuvas torrenciais, ii) regulação microclimática sobretudo com a atenuação de temperatura durante o verão, em particular durante ondas de calor, iii) suporte para biodiversidade não só florística, das espécies plantadas, mas também faunística, atraindo espécies de insetos, répteis, aves e micromamíferos, iv) sequestro de carbono, sobretudo através do rápido crescimento das plantas que o método advoga, v) contributos para o bem-estar daqueles que encontram espaço e tempo na sua vida para caminhar pelo seu interior e vi) potencial de educação e investigação, como é o exemplo do contínuo processo de monitorização da sobrevivência e crescimento de plantas.  

 

Helena a pintar Mural FCULresta
O mural da FCULresta é obra da artista Helena Loução
Fotografia cedida por HL

A escalabilidade e replicabilidade da FCULresta

O mural é o mais recente elemento que integra uma estratégia de comunicação, onde se destaca igualmente a recente publicação “MiniFlorestas para MegaAprendizagens: Um guia para a integração da biodiversidade urbana no ensino”, inspirada precisamente na FCULresta e motivada pelo constante interesse neste assunto por parte da comunidade, em particular as escolas. No final de junho, o guia contava com mais de 4 mil downloads.

Do nosso conhecimento e com o nosso envolvimento, passados dois anos, já foram plantadas mais 8 miniflorestas na área da grande Lisboa e muitas mais estão a ser planeadas num trabalho em rede.

 

Do Mundo para Ciências e de Ciências para o Mundo

A FCULresta e o seu mural foram uma proposta da ONGD VIDA, através do projeto europeu 1Planet4All que chegou ao fim em junho deste ano, e que partilhou estes projetos com 14 organizações não-governamentais de 12 países europeus que trabalham em alguns dos países mais frágeis do mundo afetados pelas alterações climáticas. Assumindo uma dimensão de interconexão e de solidariedade, procurando aproximar as realidades do Norte e do Sul Global com base na premissa de que as alterações climáticas são a causa comum.

Só em Portugal, inspirados também pela FCULresta, foram criados ou melhorados um total de 6 espaços verdes resilientes: cresceram mais duas miniflorestas Miyawaki, duas hortas pedagógicas e um bosque alimentar em quatro escolas secundárias da área metropolitana de Lisboa com o envolvimento de 283 estudantes e 15 professores. Dos 39 alunos que responderam ao inquérito no final do projeto, 92% concorda que a existência de espaços verdes para ensino na escola é uma mais valia, justificando, entre outros, com o contacto e conexão com a natureza (29,17%), sobretudo em ambiente urbano; a saúde mental e o bem-estar (25%); a melhoria da paisagem escolar (25%); a sensibilização ambiental e aprendizagem (12,5%); o contributo para o relacionamento interpessoal (12,5%). Já 100% dos professores que responderam ao inquérito concordam igualmente que estes espaços verdes são uma mais valia para o ensino, seja pelo facto de permitirem o contacto e o respeito pela natureza (63%), seja pela melhoria da experiência de aprendizagem e do bem-estar de alunos e professores (25%), assim como o facto das atividades desenvolvidas possibilitarem aprendizagens interdisciplinares e transversais (25%), ao mesmo tempo que ajudam a promover valores de cidadania (12,5%).

O projeto 1Planet4All promoveu também, em Portugal, 20 ações de sensibilização para 490 estudantes do ensino secundário em todo o território nacional, oficinas Speakers do Clima e Pivots do Clima, respetivamente, para 55 estudantes universitários e 85 estudantes do ensino secundário (em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade do Porto), 20 workshops de formação em diversas temáticas para mais de 200 participantes, três ações de formação contínua para 48 professores e… 10 154 árvores plantadas!

David Avelar, António Alexandre e Pedro Pinho (Ciências ULisboa), Ana Margarida Vaz e Diogo Mendes (VIDA), Helena Loução (Criatividade ao Lume)
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
imagem de uma tartaruga no oceano

Um novo estudo internacional liderado por Catarina Frazão Santos, professora da Ciências ULisboa, identifica dez elementos-chave que promovem o desenvolvimento e a implementação de processos de planeamento do uso do oceano sustentáveis, equitativos e inteligentes do ponto de vista climático em todo o mundo. O artigo científico publicado esta terça-feira, dia 12 de março, na revista do grupo Nature - npj Ocean Sustainability - foi desenvolvido por cientistas e peritos de organizações internacionais e instituições académicas de Portugal, África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos, Itália e Reino Unido.

Várias pessoas dacomitiva do Uganda no pátio do edifício C6

Uma comitiva do Uganda visitou Ciências ULisboa no passado dia 4 de março, no âmbito do projeto ICT-4MRPQ e que visa reforçar a capacidade das instituições de ensino superior do Uganda para utilizar as TIC nos processos de gestão da qualidade do percurso de investigação dos mestrados e conceber reformas políticas para obter resultados de investigação relevantes e de elevada qualidade.

Margarida Beiral, Fadhil Musa e Luana Boavista

A Delox, spin-off da Ciências ULisboa, foi reconhecida no âmbito do EIC Accelerator, onde se destacou entre 1000 empresas europeias, tendo sido a única start-up portuguesa selecionada.

Logotipo do IDM

A Ciências ULisboa tem preparado um conjunto de atividades especiais para celebrar o Dia Internacional da Matemática (IDM, sigla em inglês), com as Jornadas de Matemática em Ciências, a  9 de março, e sete sessões abertas a estudantes, pais, professores e público em geral, nos dias 13 e 14 de março.

Vários professores no átrio do C6

O Ciências em Harmonia regressou em grande: em março há meditação e yoga, conversa sobre assédio e bullying, uma sessão dedicada à escrita criativa e um concerto de garagem. Para ficar a par destas e das outras atividades que se irão realizar entre março e maio basta ir ao site da Faculdade, entrar no Moodle ou seguir o projeto no Instagram. Na reportagem que se segue fica a saber algumas das histórias vividas pelos professores - Ana Rute Domingos, Carlos Assis, Carlos Duarte, Carlos Marques da Silva, Cristina Catita, Cristina Borges, Maria Estrela Melo Borges, Nuno Matela e Rui Borges -, quando eram estudantes. Esta sessão assinalou o arranque deste projeto no segundo semestre.

Espaço da feira de emprego com muitas pessoas

A Jobshop Ciências - feira de emprego da Ciências ULisboa realiza-se entre 9 e 10 de abril. Este evento promove a aproximação dos estudantes e recém-graduados dos vários cursos de Ciências ao mercado de trabalho, através de workshops, entrevistas e do contacto direto com as empresas e outros empregadores. A segunda fase de inscrições para as empresas participarem nesta edição da Jobshop Ciências termina a 10 de março.

Luís Matias e alunos de 1.º ciclo numa sala de aula

O sismólogo Luís Matias regressou à sua escola em Alvalade, no âmbito do projeto de voluntariado da Native Scientists, que desafia cientistas a regressarem às suas escolas de 1.º ciclo para realizarem oficinas de divulgação científica.

Filipe R. Ramos a dar aulas

Filipe R. Ramos, professor da Ciências ULisboa e investigador no Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL), visitou o Departamento de Matemática e Estatística da Universidade do Norte (UN), em Barranquilla, na Colômbia, entre 8 e 22 de fevereiro passado, no âmbito do intercâmbio que mantém com esta universidade e em particular com o professor Lihki Rubio, com quem está a escrever um livro sobre Machine Learning and Applications.

Herdade da Ribeira Abaixo

A exposição de fotografia “Herdade da Ribeira Abaixo: 30 anos do coração da Serra de Grândola” vai estar em exibição até 18 de março, na Biblioteca e Arquivo do município de Grândola. A estação de campo do cE3c, em estreita articulação com a Ciências ULisboa, situa-se no coração da Serra de Grândola, numa das mais vastas extensões de montado de sobro em Portugal.

conceção artística do telescópio espacial Euclid, e em fundo uma das primeiras imagens obtidas com este telescópio, do enxame de galáxias do Perseu

A 14 de fevereiro o telescópio espacial Euclid voltou-se para a constelação de Erídano, no hemisfério celeste austral, e durante 70 minutos recolheu a luz dessa região de céu escuro. O calendário de observações foi definido por uma equipa liderada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Mais de 27 mil fotografias irão constituir o mosaico do céu com a maior resolução alguma vez feita, serão mais de 15 biliões de pixéis. Ao fim de seis anos espera-se ter capturado a luz de mais de mil milhões de galáxias.

Batimetria do fundo do mar e topografia terrestre

Um novo estudo, recorrendo a modelos computacionais, prevê que uma zona de subdução atualmente na região do Estreito de Gibraltar se irá propagar para o interior do Atlântico e irá contribuir para a formação de um sistema de subdução atlântico – um anel de fogo atlântico. Este trabalho publicado pela Sociedade Geológica da América resulta de uma colaboração entre os professores da Ciências ULisboa – João Duarte e Filipe Rosas – e investigadores da Johannes Gutenberg University Mainz (Alemanha).

Minifloresta da Faculdade

A FCULresta - um dos projetos do Laboratório Vivo para a Sustentabilidade da Ciências ULisboa e que tem origem no projeto europeu "1Planet4All - Empowering youth, living EU values, tackling climate change" -, foi selecionada e destacada como um dos projetos com maior impacto do programa ‘DEAR: Development Education and Awareness Raising", financiado pela União Europeia.

Cartaz com fotografias de várias mulheres

Ciências ULisboa reconhece o papel fundamental exercido pelas mulheres e pelas raparigas na ciência e na tecnologia. No Dia Internacional de Mulheres e Raparigas na Ciência recordamos Glaphyra Silva Vieira, a primeira mulher assistente no Laboratório de Física da Ciências ULisboa, uma biografia da autoria de Maria da Conceição Abreu e Paula Contenças.

Conceção artística do telescópio espacial nos raios gama, Fermi, da NASA

As regiões polares do Sol foram as mais ativas na emissão de radiação de alta energia durante o anterior máximo solar, um desequilíbrio ainda por explicar, e relatado pela primeira vez num estudo liderado por Bruno Arsioli, investigador do Instituto de Astrofísica e de Ciências do Espaço, da Ciências ULisboa.

anfíbio

Após a República Checa, chegou a hora da cidade de Lisboa ser palco da próxima Conferência Europeia de Ecologia Tropical 2024. Jorge Palmeirim, professor da Ciências ULisboa, coordenador do grupo de Biodiversidade Tropical e Mediterrânica no cE3c, é o chairman desta conferência, que se realiza na Ciências ULisboa entre 12 e 16 de fevereiro.

Helena Gaspar e Alexandra M. Antunes, pormenor de estrutura molecular N-desetil-isotonitazeno em fundo

O Laboratório de Polícia Científica (LPC) da Polícia Judiciária (PJ) detetou uma nova droga sintética - o N-desetil-isotonitazeno. A identificação da droga sintética contou com a colaboração da Ciências ULisboa, no âmbito de um protocolo de cooperação entre o LPC-PJ e a Ciências ULisboa que visa a análise de novas substâncias psicoativas (NSP).

lareira tradiciobal a lenha

Um novo estudo mostra que o uso de lareiras tradicionais a lenha para o aquecimento da casa pode diminuir a esperança média de vida em até 1,6 anos, devido às partículas finas que são emitidas na combustão da lenha. Estes são resultados de um trabalho experimental de modelação computacional liderado pela Ciências ULisboa.

Raquel Conceição

Uma equipa de cientistas do Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB) da Ciências ULisboa liderada por Raquel Conceição vai receber 1.5M€ para reforçar as suas áreas de capacitação em Imagiologia Médica por Micro-ondas (MMWI), no âmbito de um projeto Twinning, com o título “Bone, Brain, Breast and Axillary Medical Microwave Imaging Twinning (3BAtwin)”, realizado em parceria com a Universidade de Galway (Irlanda) e com o Politécnico de Turim (Itália).

Carlos Pires

Carlos Pires, professor da Ciências ULisboa e investigador do Instituto Dom Luiz, é o primeiro autor do artigo “Uma teoria geral para estimar a transferência de informação em sistemas não lineares”, publicado na Physica D: Nonlinear Phenomena, volume 458, em fevereiro, e no qual desenvolve um formalismo matemático de estimação da causalidade entre variáveis interatuantes.

Atividades na HortaFCUL, num Dia Aberto em 2015

Em outubro de 2024 a HortaFCUL assinala 15 anos de existência. Os resultados apresentados no relatório "Living the sustainable development: a university permaculture project as an ecosystem service provider - The HortaFCUL case study (2009-2023)" apresentam o impacto regenerativo e transformador da HortaFCUL.

Pessoa a observar o céu

De 15 a 18 de fevereiro, a Física está em destaque na cidade de Lisboa, no Encontro Nacional de Estudantes de Física (ENEF). Este é um evento que pretende reunir estudantes e profissionais na Ciências ULisboa, procurando dar uma perspetiva diferente do ensino da Física a nível universitário.

Revegetação com especies autoctones

“O projeto em curso no Lousal mostra que é possível conciliar a atividade de mineração com a devolução do território à natureza com o mínimo impacto possível”, escreve Jorge Buescu na crónica publicada na revista Ingenium n.º 183, referente ao primeiro trimestre de 2024.

Pontos de interrogação

 Vladimir Konotop, professor da Ciências ULisboa, participou num estudo publicado este mês na Nature Photonics - “Observação da Localização da Luz em Quasicristais Fotónicos” -, em colaboração com investigadores da Universidade Jiao Tong de Xangai (China) e da Academia de Ciências Russa  (Rússia).

Aluna a fazer uma apresentação numa sala de aula

Inês Sofia Cruz Dias e Ana Carolina Preto Oliveira, estudantes da Ciências ULisboa, apresentaram os seus relatórios da disciplina Voluntariado Curricular, 1.º semestre, no passado dia 22 de janeiro. Sensibilizar os estudantes para as temáticas da solidariedade, tolerância, compromisso, justiça e responsabilidade social e proporcionar-lhes oportunidades para o desenvolvimento de competências transversais são alguns dos objetivos do Voluntariado Curricular.

Cristina Simões, Fernando Antunes, José Pereira-Leal, Jorge Maia Alves, Andreia Valente, Hugo Ferreira, Rui Ferreira e Pedro Almeida

Os projetos Lusoturf e TAMUK são os vencedores da 1.ª edição do Concurso de Projetos de Inovação Científica, uma iniciativa promovida pela Ciências ULisboa e FCiências.ID, com o apoio do Tec Labs.

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