Rita Loewenstein Simões, de 23 anos, é voluntária no Centro de Testes Ciências ULisboa, na estação Mix e Real-Time PCR, desde maio passado. Para esta jovem bióloga, formada na Faculdade, este trabalho tem um significado muito simples: ajudar. E foi exatamente isso que a motivou - saber que todas as horas que disponibilizasse fariam a diferença.

O principal desafio desta experiência relaciona-se com a tarefa que normalmente tem entre mãos. “Cada vez que preparo uma nova placa…. Aquelas 30 amostras são na verdade 30 pessoas que esperam pelo seu resultado”, explica.

Rita Loewenstein Simões encara esta responsabilidade social como o dever de agir em prol do bem-estar social e ambiental geral. “Vivemos tempos que nunca ousámos presenciar, e nós, enquanto cientistas, temos a oportunidade de fazer a diferença no dia-a-dia da nossa sociedade”, salienta.

Durante estes meses Rita Loewenstein Simões aprendeu também que o altruísmo existe. “Em apenas 24 horas mais de 2360 cientistas inscreveram-se como voluntários ao apelo lançado pela Ordem dos Biólogos. Fiquei genuinamente emocionada com este número”, conta a antiga aluna da Faculdade, atualmente a tirar o mestrado em Biologia Funcional e Biotecnologia de Plantas na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

“Numa sociedade pós-pandemia desejo que o papel dos cientistas das mais diversas áreas seja mais amplamente reconhecido pela importância que tem na vida em sociedade. Ambiciono ainda que alguns bons hábitos que criámos durante a quarentena, nomeadamente a nível de promoção da atividade física e intelectual, sejam mantidos mesmo quando as rotinas ‘normais’ retomem.”
Rita Loewenstein Simões