“O mar tomou-se de repente muito novo e muito antigo”

 “O mar tomou-se de repente muito novo e muito antigo”
GCIC

Foi a bordo de um Galeão que a equipa do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente-, e alguns interessados pela temática, viajaram pelo Parque Marinho do Parque Natural da Arrábida.

A conduzir o barco esteve Alexandre Vlasov, ucraniano há 14 anos em Portugal. No verão, não há um dia em que não assuma o comando e leve passageiros a passear por aquelas águas.

“As pessoas querem ver os golfinhos e querem andar à vela, já que Portugal é ‘um país de descobridores’. Gosto de lhes mostrar a nossa costa!”, diz, notando-se o orgulho que o faz ser também mais um “desses descobridores”.


Fonte: GCIC
Legenda: No verão, não há um dia em que Alexandre Vlasov, ucraniano, não assuma o comando e leve passageiros a passear por aquelas águas. Já o faz há 10 anos

Temperatura de feição, paisagens a condizer com o entusiasmo dos participantes, tudo a postos para conhecer a fauna local.

Às 10h00 o grupo saiu do porto de Sesimbra. Ao mesmo tempo, um outro barco levou grupos de escolas, houve ainda mais um a transportar mergulhadores que se dedicaram à captação de fotografias.
 


Fonte: GCIC
Legenda:  No Galeão viajaram 27 pessoas

O evento marcou o Dia Mundial do Ambiente. O objetivo foi, segundo Henrique Cabral, professor catedrático de Ciências e diretor e coordenador científico do MARE, “dar a conhecer o centro, alertar para os problemas que afetam o mar, na atualidade, e fazer com que as pessoas sejam parte da solução destes problemas. O mar representa uma parte substantiva do planeta, tem uma grande importância em tudo o que se passa, desde o clima até aos processos de regulação dos ecossistemas e é um pouco esquecido pela sociedade. São as pessoas que contribuem para a sua conservação e para a mudança de mentalidades e se a comunidade científica estiver fechada e só falar entre pares, o nosso contributo é reduzido”.

Durante a viagem no Galeão, 27 pessoas prestaram atenção às explicações dadas por biólogos sobre as particularidades das aves marinhas e cetáceos existentes naquela área e sobre alguns dos problemas do parque marinho.

 
Fonte: GCIC
Legenda: O biólogo informou que naquela área é possível encontrar praticamente todas as aves marinhas que ocorrem ao largo da plataforma continental portuguesa 

Entre as diversas curiosidades, Paulo Catry, especialista em aves marinhas do MARE, falou “nas adaptações extraordinárias que as aves marinhas têm, como a capacidade de viver meses ou anos a fio no mar sem nunca precisarem de vir a terra descansar, o facto de poderem fazerem viagens de muitos milhares de kms – algumas conseguem ir até à África do Sul, por exemplo -, e também a sua grande longevidade - muitas vivem até aos 20, 30, 40 anos e, excecionalmente, até aos 50”.

O biólogo informou que naquela área é possível encontrar “praticamente todas as aves marinhas que ocorrem ao largo da plataforma continental portuguesa, desde alcatrazes, pardelas de varias espécies, cagarras, tordas-mergulheiras, airos, garajaus, cravinas, moleiros, alcaides, entre outros.”


Fonte: GCIC
Legenda: Paulo Catry, especialista em aves marinhas do MARE, deu conta de diferentes curiosidades das espécies existentes naquela zona

A atenção manteve-se durante as explicações dadas pelos especialistas em cetáceos. Por exemplo, Ana Rita Luís, investigadora da Unidade de Eco-Etologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada – ISPA e membro do MARE -, mostrou um mosaico de barbatanas da população de golfinhos existente no Sado.


Fonte: GCIC
Legenda: Mosaico informativo de cetáceos avistados naquela zona

“Cada barbatana tem características específicas que nos permitem identificar o indivíduo a que pertence. No nosso mosaico temos ainda a indicação da data do primeiro avistamento, daqueles que foram vistos já em fase adulta ou juvenis e daqueles que foram avistados quando eram crias e, neste caso, é assinalado o ano do seu nascimento. Em alguns deles, temos a indicação do sexo, que é muito difícil de identificar. As fémeas reconhecem-se por associação às crias, os machos por observação da zona ventral e da barbatana”, explicou a investigadora que há sete anos trabalha nesta área e se sente fascinada pelo impacto ambiental e pela comunicação acústica.

Seguiu-se outro desafio: tentar ouvir golfinhos através de um hidrofone.

Sons da FCUL - Ouça a explicação do funcionamento de um hidrofone pela Ana Rita Luís, investigadora da Unidade de Eco-Etologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada – ISPA e membro do MARE . Pode encontrar outros clips de audio aqui.

 

Depois das aprendizagens no mar, em terra o dia foi preenchido com bancas de atividades, no porto de Sesimbra, com o intuito de demonstrar alguma da investigação feita no MARE, como a observação de plâncton, a observação de invertebrados bentónicos, a recolha de amostra para análise genética, a análise de sons de golfinhos e peixes, entre outros. As fotografias dos mergulhadores foram ainda dadas a conhecer no concurso de fotografia programado para aquele dia.


Fonte: GCIC
Legenda: No total, 100 pessoas participaram nas iniciativas de comemoração do Dia Mundial do Ambiente organizadas por este centro que une 400 investigadores de seis universidades portuguesas

Para Cristina Lopes, estudante de Turismo a participar na iniciativa, a experiência foi bastante positiva já que, como referiu, “estes passeios servem para mostrar aos portugueses toda a riqueza que nós temos a que, por vezes, não damos valor, quer por desconhecimento, quer pela falta de curiosidade ou até pela falta de tempo”. Quanto às aprendizagens adquiridas, que serão úteis para a área profissional que pretende exercer, a do turismo, acrescentou “ver, por exemplo, estes senhores a amanhar as redes faz parte da nossa cultura, do nosso povo, temos muita coisa extraordinária para transmitir”.

No total, 100 pessoas participaram nas iniciativas de comemoração do Dia Mundial do Ambiente organizadas por este centro que une 400 investigadores de seis universidades portuguesas – ULisboa, ISPA, Universidade de Coimbra, Universidade dos Açores, Universidade de Évora e Universidade Nova de Lisboa -, e que combina “competências de investigação científica e desenvolvimento de aplicações tecnológicas aplicadas a todos os tipos de sistemas aquáticos, desde as bacias hidrográficas, estuários e zonas costeiras, até ao oceano aberto e mar profundo”.

Depois das descobertas e da contemplação de toda a envolvente o alerta foi transmitido e apreendido: despertar para a necessidade de respeitar e conservar os oceanos é preciso!

A reportagem fotográfica da iniciativa pode ser encontrada no Facebook de Ciências em https://www.facebook.com/fac.ciencias.ul?ref=hl#!/media/set/?set=a.815172401840069.1073741858.123970940960222&type=3 .

Dia do Ambiente com o MARE

“O dia foi muito positivo. Houve uma grande participação dos media o que multiplica a difusão da mensagem, houve também pessoas da comunidade local, estudantes, entre outros. Foi muito interessante” Henrique Cabral, professor catedrático de Ciências e diretor e coordenador científico do MARE

“[Esta iniciativa] é boa para os alunos pois ficam a perceber a importância destes elementos e reforçam o conhecimento de que têm de respeitar a natureza que é um bem que é de todos” Odete Fernandes, professora da área das Ciências e Tecnologias

“Viemos ver uma exposição para a qual contribuímos, através dos trabalhos realizados por nós na praia Amieira – fotografias, sinais de aviso, herbário com plantas existentes na duna. O objetivo do nosso projeto foi o de conservar as dunas e proteger e avisar as pessoas que frequentam a praia para este assunto. Esta é a área que eu gosto, a da Biologia Marinha. Por isso, esta experiência mostrou-me que trabalho se executa nesta profissão e contribuiu certamente para me ajudar a decidir que caminho seguir no futuro” Rafael Benavente, aluno do 10.º ano da área das Ciências e Tecnologias

“Achei muito interessante. Gostei bastante de ouvir o biólogo que falou sobre as aves marinhas. Participar neste dia acaba por ser muito útil pela informação que se obtém, para valorizar a zona de Sesimbra e aquilo que temos para oferecer em termos de turismo” Artur Alves, aluno do curso de Turismo

“Sou bióloga marinha de profissão, estou a fazer um curso de turismo e achei que este passeio seria uma mais-valia. Isto faz parte da minha formação, é aquilo que eu gosto e que gosto de transmitir aos outros. Já tinha feito vários passeios e voltei a fazer este. Aqui transmitem-se muitas informações que por vezes são básicas e não chegam ao público em geral, ou questões que ninguém tem noção e têm muita importância”, Ana Ferreira, aluna do curso de Turismo

Raquel Salgueira Póvoas com reportagem fotográfica de PCR, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@fc.ul.pt

David Luz e Pedro Machado, investigadores do Centro de Astronomia e Astrofísica da UL, fazem parte de uma equipa de investigadores que ao fim de dois anos conseguiu medir os ventos da atmosfera de Vénus a partir da Terra. Até então, só era possível fazê-lo recorrendo a sondas espaciais.

À semelhança dos anos anteriores o Departamento de Química e Bioquímica vai promover a realização de Ações de Formação para os professores do Ensino Básico e Secundário na modalidade oficina.

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Empresa Outmind trabalha o conceito de marketing sensorial aliado à tecnologia

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Aquele que é hoje conhecido como o ISEO teve início em setembro de 1969, quando quatro cientistas da área da farmacognosia se reuniram, informalmente, em Leiden, na Holanda, para discutir problemas comuns, relacionados com a análise de óleos essenciais. Docentes/investigadores da FCUL participam, desde 1989, nesse congresso e já o organizaram por duas vezes.

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Está aberto concurso, até ao dia 07 de dezembro de 2012, para admissão de voluntários para a prestação de serviço em regime de contrato na Categoria de Oficial Técnico Superior Naval (TSN) e Oficial Técnico Naval (TN).

A sessão de encerramento contou com uma breve troca de ideias acerca dos novos desafios e possibilidades oferecidos pelo software Open Source, em particular, pela cada vez maior procura de formação em Quantum GIS.

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Dinâmica das zonas costeiras: conhecer para gerir

O Microsoft Windows 8 e Microsoft Office 2013 já estão disponiveis para download no seu Perfil de Utilizador (apenas Docentes e Funcionários).

Evolução da Complexidade Celular: Filosofia, Biologia Celular e Simbiose

Palestra no GeoFCUL

 

Paisagens do Mundo. Imagens da Dinâmica da Terra

 

Devido a problemas de software num equipamento (redundante) vai ser necessário realizar uma alteração de firmware num equipamento central de rede.

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Francisco Eduardo Lapido Loureiro

Faleceu no passado dia 4 deste mês, no Brasil, onde consolidou a sua carreira (Centro de Tecnologia Mineral - CETEM ), que iniciara em Lisboa (FCUL, Junta de Energia Nuclear), França (Universidade de Nancy) e Angola (Universidade e IICT Instituto de Investiga&ccedi

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Existe uma enorme vontade de potenciar a economia baseada no conhecimento. O Ecossistema de Transportes ambiciona transformar Portugal num polo de referência, dinamizando projetos em inovação aberta, reconhecendo a oportunidade estratégica que se coloca.

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