Investigador de CIÊNCIAS assegura financiamento para estudar bactérias marinhas que possam ser usadas no restauro de ecossistemas de sapal

O projeto µRESTART, que possui um financiamento total de 500 mil euros, arrancou em janeiro de 2025. Junta membros de três centros de investigação de CIÊNCIAS – o MARE, o BioISI e o CE3C – e de dois laboratórios associados – o ARNET e o CHANGES.

Equipa do uRestart posa para uma foto

O projeto µRESTART conta com uma equipa que junta membros do MARE, do BioISI, do CE3C, do ARNET e do CHANGES

µRESTART / MARE

Bernardo Duarte, investigador do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente de CIÊNCIAS, assegurou um financiamento do Programa Operacional MAR2030 no valor de 502 080 euros para o desenvolvimento de soluções baseadas na natureza (Nature Base Solutions – NBS), com vista à melhoria da eficiência do processo de restauro dos ecossistemas de sapal. A investigação, que arrancou em janeiro de 2025, conta ainda com Vanessa Fonseca, Ricardo Melo e Susanne Tanner, do MARE, assim como com membros do BioISI – Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas e do CE3C - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais e de dois laboratórios associados a estes centros de investigação de CIÊNCIAS: o ARNET – Rede de Investigação Aquática e o CHANGES – Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade.

Este projeto, intitulado µRESTART, tem como principal objetivo localizar e estudar microorganismos marinhos que possam ser utilizados como bioestimulantes, criando as condições ideias para uma maior resistência e sobrevivência da vegetação adaptada a viver no mar, ou junto dele, durante transplantes em processos de restauro dos ecossistemas de sapal. Estes ecossistemas encontram-se entre os mais produtivos do planeta, funcionando como habitat de várias espécies e operando como importantes sequestradores de carbono. O seu estado ecológico tem sido degradado devido à elevada pressão humana, o que torna imperativo melhores metodologias de restauro e de melhoramento do seu estado ecológico.


Os sapais encontram-se entre os ecossistemas mais produtivos do planeta, funcionando como habitat de várias espécies e operando como importantes sequestradores de carbono.
Fonte: Bernardo Duarte

Os resultados servirão ainda para a criação de um biobanco deste tipo de organismos, que possa ser utilizado pela comunidade para desenhar soluções adaptadas a outros projetos de restauro ecológico. Para além do estudo destes microorganismos, a equipa pretende também contribuir para a recuperação das capacidades dos ecossistemas para a reprodução de espécies, bem como melhorar o ambiente quer do ponto de vista da proteção da biodiversidade endémica quer em prol da revitalização da fauna e flora, da gestão sustentável dos recursos e da proteção e manutenção dos viveiros.

“Este financiamento vai permitir fazer uma bioprospecção em larga escala de microrganismos promotores de crescimento de plantas que demonstrem potencial para melhorar a eficiência dos processos de restauro de zonas de sapal e assim desenvolver uma metodologia inovadora de restauro alavancada por estes bioestimulantes”, afirma Bernardo Duarte, investigador do MARE

O financiamento será utilizado para assegurar os recursos humanos e os equipamentos necessários à investigação. Numa fase posterior, a equipa de investigadores pretende criar um conjunto de materiais e promover ações de sensibilização para a relevância dos sapais para o ecossistema marinho e para as populações humanas, com vista a incentivar uma gestão destes ecossistemas e das atividades humanas circundantes de uma forma mais harmoniosa. Neste sentido, serão contabilizados os benefícios económicos que a boa preservação desta vegetação endémica poderá ter para as atividades humanas, como por exemplo a pesca e marisqueiro.

 

Marco Matos, Relações Externas e Comunicação - CIÊNCIAS
mmomatos@ciencias.ulisboa.pt
Pedro Castro

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o engenheiro químico Pedro Castro e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Alunos no Campus de Ciências

"É necessário um equilíbrio entre aquilo que eu e o outro precisamos", explica a psicóloga Andreia Santos, na sua rubrica habitual.

CAP

A 8.ª conferência Communicating Astronomy with the Public, ocorrida em março, no Japão, juntou mais de 450 comunicadores de ciência, de 53 países. João Retrê, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço foi um deles.

relógio solar

“O que é o Planeta Terra?” foi a questão que marcou o início dos workshops “Relógio Solar” e “Robot/Pintor” que decorreram no passado dia 9 de abril na Faculdade de Ciências e que contaram com a participação de 15 alunos do Colégio da Beloura em Sintra com idades entre os 4 e os 5 anos.

Rosto do investigador

O prémio é concedido pelos editores do Journal of Coordination Chemistry a um jovem químico, autor do melhor artigo do ano. Pela primeira vez é atribuído a um português, no âmbito de um trabalho realizado por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, nomeadamente no Centro de Química e Bioquímica e no Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas .

Célia Lee

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Célia Lee, que trabalha no suporte à investigação e à prestação de serviços no Instituto Dom Luiz.

 BARCOSOLAR.EU

Sara Freitas, doutoranda de Sistemas Sustentáveis de Energia, colabora no Festival Solar Lisboa, que acontece em maio e inclui muitas atividades gratuitas, tais como passeios num catamarã solar, semelhantes aos que ocorreram em abril no Parque das Nações e que contaram com a presença do grupo Energy Transition do Instituto Dom Luiz.

Erica Sá, bióloga, bolseira e membro da equipa do MARE, faleceu dia 11 de abril, aos 36 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Centro de Dados da FCUL

"Wittgenstein coloca (em 1934) a pergunta “Pode uma máquina pensar?”, 16 anos antes de Alan Turing (no artigo “Computing Machinery and Intelligence” da revista Mind, novembro, 1950). E, essa especulação feita no campo da Filosofia tem um significado interessante nos dias de hoje, aparecendo como uma previsão significativa (Oliveira, 2017)", escreve Helder Coelho em mais um ensaio.

Imagem da Orion A

A missão Gaia dedica-se a observar estrelas. A sua finalidade é mapear a Via Láctea em 3D. O primeiro lançamento de dados ocorreu em 2016. O próximo acontece a 25 de abril e corresponde à primeira entrega com distâncias, velocidades e vários outros parâmetros astrofísicos para a maioria das estrelas.

Trabalho em Bio Hacking

Ciências colabora com o módulo Bio Hacking na iniciativa Young Creators 2018. Esta é a segunda vez que a Faculdade integra o projeto.

Equipa de trabalho CEAUL

O Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa realizou o seu primeiro workshop no dia 17 de março.

Homem a espreguiçar

Sabendo que no nosso dia-a-dia, por motivos laborais ou outros, ficamos sentados muito tempo, que medidas deveremos tomar para minimizar os seus efeitos?

Pormenor da Lua

Martin Schilller e Martin Bizzarro, investigadores da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca e Vera Assis Fernandes, investigadora do Museu de História Natural de Berlim, na Alemanha e colaboradora do Instituto Dom Luiz, desafiam a teoria dominante sobre a formação dos corpos planetários do sistema solar e a própria origem do sistema Terra - Lua.

Conceção artística de um exoplaneta a passar (transitar) em frente da sua estrela

A missão Ariel tem como objetivo descrever as atmosferas dos exoplanetas. A equipa de investigação é composta por 12 investigadores, sete deles têm ligação a Ciências.

Imagem de motivação

Uma das formas de lidar com a ansiedade e o medo é ganhar perspetiva.

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Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o biólogo Henrique Cabral e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

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A primeira reunião do projeto PROSEU “PROSumers for the Energy Union: mainstreaming active participation of citizens in the energy transition”, financiado pelo Horizonte 2020 e com a duração de três anos, realiza-se no campus de Ciências, nos dias 22 e 23 de março.

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Dez empresas discutem os últimos avanços no sector da mobilidade sustentável.

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Parece razoável inferir que queremos ter estudantes que saibam como aprender e que conheçam como descobrir a informação que precisam a partir de uma variedade de fontes.

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Saí da FCUL ao fim da tarde rumo ao meu fim de semana. Para trás ficou um edifício imponente a fervilhar de vida, e ao mesmo tempo já a minha casa! A casa que nos ampara, nos ensina e, a mim, permitia uma entrada num mundo tão fortemente diferente do vivido por mim noutro lugar.

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