Paleontologia virtual

Novidades evolutivas dos dinossáurios saurópodes

Spinophorosaurus nigerensis

Reconstrução de Spinophorosaurus nigerensis no ambiente em que viveu durante o Jurássico Médio e de acordo com esta investigação

Ilustração de Diego Cobo
Comparação entre a reconstrução previamente conhecida de Spinophorosaurus nigerensis e a reconstrução proposta neste estudo, na qual se podem apreciar as diferenças na verticalização do dorso e do pescoço
Comparação entre a reconstrução previamente conhecida de Spinophorosaurus nigerensis e a reconstrução proposta neste estudo, na qual se podem apreciar as diferenças na verticalização do dorso e do pescoço
Imagem cedida pelos autores

Uma inovação anatómica pode ser a chave na compreensão da evolução dos dinossáurios saurópodes, um dos grupos mais populares de dinossáurios, os maiores animais que caminharam sobre a terra, quadrúpedes, com uma cauda comprida e um pequeno crânio no final do pescoço, também comprido.

O paleontólogo da Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED) em Madrid, Espanha, - Daniel Vidal -, é o primeiro autor de “High browsing skeletal adaptations in Spinophorosaurus reveal an evolutionary innovation in sauropod dinosaurs”, assinado também por Pedro Mocho, investigador do Instituto Dom Luiz e antigo aluno de Geologia da Ciências ULisboa.

O estudo utiliza como base um esqueleto com cerca 13 metros de comprimento pertencente ao dinossáurio saurópode Spinophorosaurus nigerensis que foi escavado em 2007 no Níger, no contexto do projeto PALDES (Paleontología y Desarrollo), e que contou com a participação do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da ULisboa.

Os palentólogos Ainara Aberasturi, José Luis Sanz e Francisco Ortega também assinam o artigo publicado em abril passado na revista Scientific Reports.

Este exemplar do Jurássico Médio (cerca de 170 milhões de anos) é um dos saurópodes primitivos mais completo e melhor preservado e encontra-se temporariamente depositado no Museo Paleontológico de Elche, em Espanha, para que possa ser estudado.

O estudo das capacidades de alimentação de novas espécies de saurópodes é particularmente difícil quando realizado diretamente sobre os restos fósseis preservados. O desenvolvimento da paleontologia virtual permitiu aos investigadores uma nova abordagem mediante a análise da reconstrução virtual destes animais.

A partir da utilização de técnicas avançadas de digitalização, os paleontólogos obtiveram modelos tridimensionais de muita alta resolução para cada um dos mais de 200 ossos do esqueleto e recriaram virtualmente este animal em vida.

Os autores deste trabalho acreditam que parte do êxito evolutivo deste grupo de animais está relacionado com alterações na cintura pélvica e que esse fator contribuiu para os converter nos animais de maior porte da Terra.

Características anatómicas, incluindo o sacro com encunhamento, que permitiram a Spinophorosaurus e outros dinossáurios saurópodes chegar a alimentar-se de vegetação de grande porte
Características anatómicas, incluindo o sacro com encunhamento, que permitiram a Spinophorosaurus e outros dinossáurios saurópodes chegar a alimentar-se de vegetação de grande porte
Imagem cedida pelos autores

“Surpreendentemente, o animal reconstruído virtualmente é muito diferente do esperado. Em lugar de ter uma coluna vertebral sub horizontal, o dorso e o pescoço encontram-se muito mais elevados que nas reconstruções prévias devido à disposição das vértebras sacrais. Estas vértebras em vez de terem uma disposição retangular apresentam um encunhamento de cerca de 20 graus que eleva as vértebras da cauda, bem como as do dorso e do pescoço. Em Spinophorosaurus este encunhamento é acompanhado pela presença de braços longos e de um pescoço flexível que o permitiam alimentar-se de vegetação a mais de sete metros de altura, posicionando o seu pescoço de forma semelhante às girafas atuais”, contam os autores do estudo.

Ao comparar o sacro de Spinophorosaurus com o de outros dinossáurios saurópodes, os cientistas também observaram que a maioria apresentava um sacro com encunhamento. “Somente aqueles saurópodes mais primitivos tinham sacros de perfil retangular. Isto indica que o encunhamento do sacro apareceu numa fase precoce da história evolutiva dos saurópodes, correspondendo a uma inovação chave no êxito evolutivo destes animais que passou desapercebida até aos dias de hoje”, concluem os autores do estudo.

Os primeiros saurópodes com sacros retangulares alimentavam-se de vegetação de porte médio. Os saurópodes que apresentam um sacro com encunhamento aproveitavam a vegetação de maior altura. Ao longo da história evolutiva dos saurópodes até à sua extinção há 66 milhões de anos, o sacro nunca perdeu este encunhamento, de modo que as formas mais evoluídas tiveram que modular a posição da sua cabeça mediante alterações no comprimento relativo dos seus braços.

História evolutiva simplificada dos dinossáurios saurópodes, mostrando o importante papel que teve o sacro durante a sua evolução
História evolutiva simplificada dos dinossáurios saurópodes, mostrando o importante papel que teve o sacro durante a sua evolução
Ilustrações de Diego Cobo

IDL com ACI Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Entrevista a Pedro Mocho
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Visitas guiadas à  Exposição Formas & Fórmulas

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No próxima quinta-feira, 11 de Abril, a FCUL e em particular, o Departamento de Informática, vão ser "invadidos" pelos alunos do secundário. Para visitar o DI-FCUL já temos cerca de 200  alunos inscritos.

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As expetativas da equipa da Universidade Verde só podiam ser elevadas: as verbas alcançadas no âmbito desta iniciativa serão usadas para implementar medidas de eficiência energética, já identificadas nas auditorias realizadas.

Trial para todos os membros da b-on

 

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“A maioria das instituições de ensino superior em Portugal têm qualidade superior às do Brasil, contrariando de forma que não deixa dúvidas a 'recomendação' do Governo brasileiro”, escreve Fernando Ramos num artigo publicado no jornal "Público" no passado dia 26 de março.

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Atualmente 47 alunos estudam na FCUL através do programa Maiores de 23 anos. A FCUL conversou com uma dessas alunas, Ana Jardim, de 35 anos, aluna do 2.º ano de Engenharia Informática.

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