António Casimiro coordena participação portuguesa no VEDLIoT

Plataforma de aprendizagem autónoma para a Internet das Coisas

Comissão Europeia financia projeto em cerca de oito milhões de euros

Jens Hagemeyer, Carola Haumann e Ulrich Rückert

Research Institute for Cognition and Robotics (CoR-Lab) da Universidade de Bielefeld (UB), na Alemanha, coordena este consórcio, composto por 12 parceiros, entre eles a FCiências.ID

Universidade de Bielefeld | S. Jonek

O VEDLIoT integra a linha de financiamento em tecnologias facilitadoras e industriais - tecnologias de informação e comunicação do programa Horizonte 2020 sendo financiado pela Comissão Europeia em cerca de oito milhões de euros. O montante atribuído à FCiências.ID é 370.345,00 euros. Os gestores do projeto esperam atrair mais empresas para o consórcio.

O projeto “Very Efficient Deep Learning in IoT” (VEDLIoT), iniciado este mês e com uma duração de três anos, visa desenvolver uma plataforma de aprendizagem autónoma para a Internet das Coisas (sigla em inglês IoT). O Research Institute for Cognition and Robotics (CoR-Lab) da Universidade de Bielefeld (UB), na Alemanha, coordena este consórcio, composto por 12 parceiros, entre eles a FCiências.ID - Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências.

De acordo com comunicado de imprensa emitido esta segunda-feira, António Casimiro, professor do Departamento de Informática e responsável pela linha de investigação em Sistemas Ciberfísicos do LASIGE da Ciências ULisboa, coordena a participação portuguesa neste projeto, em áreas como a segurança e a confiabilidade, em particular para sistemas distribuídos e IoT. “É nessa vertente que daremos uma contribuição, no sentido de tornar robustas as soluções que serão desenvolvidas, tendo em conta os potenciais ataques a que poderão estar sujeitas. Seremos também responsáveis pela tarefa de disseminação e exploração de resultados, coordenando as atividades no sentido de dar visibilidade ao projeto e aos seus resultados”, refere António Casimiro.

A plataforma de hardware modular do VEDLIoT poderá ser usada em várias aplicações, desde um espelho inteligente até dispositivos smarthome
Em meados de 2022, um protótipo da plataforma deverá estar instalado e a funcionar
Fonte Universidade de Bielefeld | S. Jonek

O VEDLIoT integra 12 parceiros de quatro países da União Europeia - Alemanha, Polónia, Portugal e Suécia – e da Suíça, membro do espaço Schengen. Sete parceiros são universidades e institutos de investigação que atuam nas áreas de Inteligência Artificial e IoT; outros parceiros são empresas, como é o caso da startup EmbeDL e da multinacional Siemens.

O projeto VEDLIoT está a ser projetado com um sistema baseado em Machine Learning (ML) e Deep Learning (DL) para tornar o software e o hardware usado neste tipo de aplicações mais robusto, poderoso e energeticamente eficiente. Numa casa inteligente os residentes têm na “ponta dos dedos” dispositivos projetados para facilitar a vida: imagine um frigorífico que consegue detetar a falta de alguns alimentos e criar encomendas de forma automática, conseguindo ao mesmo tempo comunicar com o forno. Este tipo de dispositivos e equipamentos fazem parte da IoT e estão por isso ligados a uma rede através da qual e na qual recolhem, armazenam, processam e transferem dados. As aplicações para dispositivos IoT também incluem carros autónomos e robótica industrial. “Os sistemas computacionais e os dispositivos IoT estão a tornar-se cada vez mais eficientes. Isso permite-nos resolver problemas mais complexos e acelerar a automação de forma a melhorar a nossa qualidade de vida, mas o volume de dados recolhidos e processados é enorme e a capacidade de computação necessária é muito alta. Por outro lado, os algoritmos são frequentemente muito complexos para gerar soluções de forma rápida, num espaço de tempo apropriado”, explica Ulrich Rückert, coordenador do VEDLIoT e do grupo Cognitronics and Sensor Systems (CSS) na UB.

Em meados de 2022, um protótipo da plataforma deverá estar instalado e a funcionar. Em vez de usar métodos convencionais, como os de Estatística, a equipa vai utilizar métodos de aprendizagem automática, incluindo redes neurais artificiais usadas em DL. “Em DL, a rede subjacente possui camadas intermediárias de neurónios, além das camadas de entrada e saída. Isso permite que uma espécie de abstração seja implementada, permitindo lidar com comportamentos complexos. Ou seja, fornecemos as informações e as máquinas aprendem e decidem por si mesmas”, esclarece Jens Hagemeyer, engenheiro eletrotécnico, membro do grupo CSS na UB e líder técnico deste projeto. Carola Haumann, gestora do VEDLIoT e vice-diretora administrativa do CoR-Lab da UB, espera atrair mais empresas para o consórcio: “Esperamos financiar pelo menos dez casos de estudo adicionais, que complementem as aplicações já consideradas nos sectores da indústria automóvel, de automação e de smarthomes. É por isso que queremos envolver mais empresas”.

Um workshop com todos os parceiros do VEDLIoT está previsto para o início do próximo mês de dezembro.

ACI Ciências ULisboa com a Universidade de Bielefeld
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Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Ana Pereira, técnica superior do Gabinete de Empregabilidade da Área de Mobilidade e de Apoio ao Aluno de Ciências.

O dryVHP venceu o prémio Inovação Ageas – Novo Mundo. Construir aparelhos de esterilização mais rápidos e eficazes, ou aparelhos de esterilização portáteis e não elétricos para missões humanitárias é o objetivo deste projeto, desenvolvido em Ciências.

O programa CSA (community supported agriculture) refere-se a uma comunidade de produtores e consumidores que partilham os benefícios e os riscos da produção numa inspiradora experiência de responsabilidade conjunta em torno do alimento. 

“Estes programas de bolsas e estímulos são muito importantes para os alunos que, como eu, ambicionam tornar-se investigadores”, declara o aluno de Ciências, um dos vencedores da edição 2016/2017 do prémio Novos Talentos em Matemática, da Fundação Calouste Gulbenkian.

Raquel Conceição, chair da Ação MiMed-TD1301 e Pedro Almeida, um dos representantes nacionais da Ação COST FAST, participaram no “Portugal in the Spotlight”. Os professores de Ciências deram a conhecer o sucesso das ações COST em que estão envolvidos, participando ainda no debate “Making the added value of networking tangible. The Portuguese perspective".

A Faculdade visita escolas secundárias há 19 anos e em parceria com a empresa Inspiring Future, desde 2014, por forma a divulgar a sua oferta formativa. Este ano letivo foram agendadas 95. Até agora Ciências já esteve em 56 escolas, após as férias escolares irá visitar mais 39.

A história ensinou-nos que quem faz a língua é quem a fala e escreve e estou em crer que todos estes e muitos outros termos, goste-se ou não, vieram para ficar.

Bruno Carreira, doutorado em Biologia por Ciências e atualmente investigador de pós-doutoramento no cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, é o vencedor da edição de 2016 do Prémio Fluviário de Mora - Jovem Cientista do Ano.

Quando Leibniz e Newton se enfrentaram no século XVII, sobre a origem do Cálculo, criaram um espaço para exercerem o contraditório, argumentando e criticando, em defesa dos seus argumentos. Esse exercício chama-se controvérsia (debate ou polémica), considerada por muitos como a máquina do progresso intelectual e prático. Cada um dos lados apresenta a sua explicação (causa) das suas razões, como factos (pro ou contra), e os quais sustentam e justificam a sua posição.

Ciências participou no Google Hashcode 2017. Das 12 equipas concorrentes, cinco resolveram corretamente os desafios de programação, numa maratona marcada, segundo os participantes, pela aquisição de competências e boa disposição.

Maria Amélia Martins-Loução, investigadora do cE3c e professora do DBV Ciências, é a nova presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia.

A 3.ª corrida de carros movidos a energia solar conta com a participação de 30 pilotos e dez carros construídos por alunos dos ensinos secundário e universitário.

“Estou a adorar a minha experiência académica. Ao estar no ramo da Matemática, consegui desenvolver algumas softskills, tais como a organização, a atenção ao detalhe, a capacidade para questionar e o rigor”, declara Diogo Ramalho, campeão nacional universitário de Taekwondo e aluno de Matemática de Ciências.

“Chocolate – do laboratório à fábrica” é uma das 159 palestras apresentadas por professores, cientistas a pedido das escolas secundárias.

No programa Novos Talentos em Matemática, edição 2016/2017, da Fundação Calouste Gulbenkian, foram distinguidos três alunos de Ciências. Desta vez, entrevistamos a aluna do 3.º ano do curso de Matemática de Ciências, Isabel Nobre.

Uma circulação de vento entre o equador e os polos foi detetada em ambos os hemisférios de Vénus pela primeira vez, e poderá contribuir para explicar a superrotação da atmosfera deste planeta, segundo estudo liderado por Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaçoe professor do Departamento de Física de Ciências.

No filme “The man who knew infinity” (sobre a colaboração de Ramanujan com Hardy em Cambridge, Reino Unido) aborda-se a resolução de problemas e a discussão do recurso à intuição. O terreno da Matemática é o escolhido, tal como no problema de Kadinson-Singer (sem resolução durante 50 anos), e onde se trata da reconciliação da Física Quântica com a Matemática (Marcus, Spielman e Srivastava, 2015).

Filipe Duarte Santos foi designado presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS), segundo comunicado do Conselho de Ministros de 9 de março.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de março é com Rui Batista, especialista em Informática da Área de Sistemas de Informação e Desenvolvimento da Direção de Serviços Informáticos de Ciências.

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