Opinião

A Faculdade e a COVID-19

Maior envolvimento da academia no apoio às autoridades de saúde

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Medicamentos

"Esta semana terá lugar na DGS uma reunião com vários colegas representando diferentes valências científicas, disponíveis para conduzir diferentes metodologias de análise e modelação dos dados", refere Manuel Carmo Gomes

Unsplash Hal Gatewood
Manuel Carmo Gomes
Manuel Carmo Gomes
Imagem cedida por MCG

Scripta Manent. O que se escreve, fica, permanece.
Leia os artigos "O novo coronavírus: factos, respostas e previsões" e "O novo coronavírus: factos, respostas e previsões II" da autoria de Manuel Carmo Gomes, professor do Departamento de Biologia Vegetal da Ciências ULisboa, publicados no jornal Público.

Em finais de fevereiro, ainda sem casos de doença em Portugal, fui solicitado para integrar a equipe encarregue de estabelecer a chamada Reserva Nacional de Medicamentos. Nessa altura foi necessário efetuar cenários do número de casos de doença COVID-19 que poderiam vir a ocorrer em Portugal, a fim de fornecer às autoridades estimativas do volume aproximado de equipamentos de proteção individual e medicamentos que seria necessário adquirir. Encarei a solicitação com naturalidade, uma vez que tenho integrado a Comissão Técnica de Vacinação que presta assessoria à Direção-Geral da Saúde (DGS) e, nesse âmbito, tenho atravessado várias crises epidemiológicas anteriores com os profissionais da DGS e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). O estabelecimento de cenários epidemiológicos foi conduzido a partir do INSA e eu integrei a equipe para ajudar a validar e discutir resultados.

Logo que começámos a ter casos de COVID-19 em Portugal, a informação sobre os casos começou a ser coligida através do sistema nacional de vigilância epidemiológica (SINAVE), centralizado na DGS. A informação é depois canalizada para o INSA, local onde é feita a análise preliminar de dados, as correções necessárias para ter em atenção os atrasos de notificação (o chamado nowcasting, por oposição a forecasting) e onde são feitas projeções preliminares para o futuro da epidemia. Tenho estado disponível para auxílio ao INSA na validação das análises e resultados. Nesta fase, também tem sido necessário fornecer informação em tempo real às autoridades de saúde, nomeadamente através de briefings presenciais como aquele que teve lugar a 14 de março na DGS, antes da conferência de imprensa da Ministra da Saúde e da Diretora-Geral da Saúde. Neste briefing, houve oportunidade de obter luz verde para um maior envolvimento da academia no apoio às autoridades de saúde.

"Ciências ULisboa desempenhará um papel relevante nos dias difíceis que se avizinham, trazendo para a linha da frente a mais-valia inerente à multidisciplinaridade que caracteriza a nossa escola."
Manuel Carmo Gomes               

Ao longo dos últimos dias, vários colegas da Ciências ULisboa e de outras faculdades entraram em contacto comigo, manifestando disponibilidade para contribuir com o seu conhecimento e meios no auxílio à análise dos dados, modelação e projeção do futuro da epidemia. Na Faculdade estes colegas são oriundos dos Departamentos de Matemática, Estatística e Investigação Operacional, Física e Informática.

Esta semana terá lugar na DGS uma reunião com vários colegas representando diferentes valências científicas, disponíveis para conduzir diferentes metodologias de análise e modelação dos dados. O grupo de epidemiologia do INSA estará presente, mantendo-se como o órgão que centraliza e presta apoio oficial contínuo à DGS e à Ministra da Saúde. Pretende-se apoiar os colegas do INSA e, simultaneamente, aplicar metodologias que sejam diferentes das conduzidas no INSA, representando outras abordagens de acompanhamento da epidemia, fornecendo descrições e predições que irão sendo atualizadas quotidianamente.

Penso que Ciências ULisboa desempenhará um papel relevante nos dias difíceis que se avizinham, trazendo para a linha da frente a mais-valia inerente à multidisciplinaridade que caracteriza a nossa escola.

Manuel Carmo Gomes, professor do Departamento de Biologia Vegetal Ciências ULisboa
info.ciencias.ulisboa.pt

Ciências fez parte do roteiro da viagem de finalistas de uma turma de 9.º da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond.

A unidade curricular Projeto Empresarial contou, em 2017, com a participação de nove alunos de mestrado de Ciências e 38 alunos da licenciatura de Finanças do ISCTE-IUL. Na sessão final de apresentação dos trabalhos desenvolvidos, o projeto Ecovital distinguiu-se.

Se olharmos bem para os seres humanos, capazes de sentir, pensar e sonhar, de criar, interpretar e compreender ideias, teorias e conceitos, perguntamos como a matéria de que são feitos foi então capaz de dar origem a estados mentais, incluindo mesmo a faculdade de consciência? A resposta a esta questão está cada vez mais ao alcance da consiliência (síntese), entre as neurociências, a psicologia, a robótica, e a inteligência artificial (aprendizagem).

Novo estudo com recurso a análises genéticas revela que o sapo-asiático que está a invadir a ilha de Madagáscar terá origem numa população do Camboja e Vietname.

“Ao transformarmos o problema dos resíduos orgânicos, numa oportunidade para  melhorarmos o solo do campus de Ciências, ou seja, a matriz que suporta a vida, estamos a melhorar as plantas que aqui crescem com externalidades positivas para o ambiente”, declara David Avelar, guardião da HortaFCUL.

Exposição de design inclui projetos de comunicação de ciência, fruto de uma parceria entre o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Miguel Morgado-Santos, doutorando de Ciências, descobriu um peixe apenas com genes de pai, da espécie bordalo (Squalius alburnoides). Este é o primeiro caso de androgénese natural em vertebrados, sem qualquer manipulação durante o processo de reprodução.

Mafalda Carapuço continua a falar sobre a onda da Nazaré. Em maio passado esteve na Biblioteca São Francisco Xavier, com uma turma do 2.º ano da Escola Moinhos do Restelo. Este mês participou no colóquio "Nazaré e o Mar", ocorrido na Biblioteca Municipal da Nazaré.

Será a ética determinante na sustentabilidade de uma sociedade de consumo? Este é o tema aborado por Sofia Guedes Vaz, no dia 22 de junho, pelas 17h30, no MUHNAC-ULisboa.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de junho é com Nuno Rato, coordenador do Gabinete de Orçamento e Prestação de Conta da Direção Financeira e Patrimonial de Ciências.

Ao longo do ano são muitos os alunos dos ensinos básico e secundário que visitam a Faculdade. Este ano letivo cerca de 63 estudantes, entre os 9 e 10 anos, da Escola Básica Maria Lamas, em Odivelas, conheceram os Departamentos de Biologia Animal, Biologia Vegetal e Química e Bioquímica.

A empresa Surftotal associou-se ao Instituto Dom Luiz e à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, num projeto que visa testar a utilização de surfcams instaladas na costa portuguesa para melhor monitorização costeira.

“É um jogo que trabalha consistentemente o raciocínio e a capacidade de prever os acontecimentos, muito como no xadrez. Para além disso, ajuda nas relações interpessoais, visto que é um jogo de parceiros e é necessário muita confiança mútua para ter sucesso”, reforça Afonso Ribeiro, aluno do 1.º ano de Matemática Aplicada, membro do curso de Bridge da FCUL.

O concurso de programação do Departamento de Informática recebeu 45 participantes, alunos do ensino secundário, na edição de 2017.

Hoje em dia quando se fala de imaginação (criatividade, inovação) queremos dizer, na maior parte dos casos, antecipação e surpresa. Um empresário, um investigador, um professor querem captar a atenção do outro, inventando e brincando com o possível ou o provável. Por isso, falamos frequentemente de criar imagens, ideias, ou mesmo histórias (veja-se o tópico criatividade computacional, e o grupo de Amílcar Cardoso da Universidade de Coimbra).

O Air4, um protótipo para medição de gases indicadores da qualidade do ar, associado a um modelo de análise de mapas e a uma aplicação mobile, ficou em 2.º lugar no 1.º Hackathon de Tra

No Dia da Criança Galopim de Carvalho lança “O Avô e os Netos Falam de Geologia”, editado pela Âncora Editora e apresentado durante a Feira do Livro de Lisboa.

Foi em setembro do ano passado que a HortaFCUL decidiu abraçar o projeto de ajudar a construir uma Horta Pedagógica na Escola Básica de Santo António em Alvalade, em parceria com Direção e Associação de Pais da Escola e apoiado pelo programa de estímulo à aprendizagem financiado pela Gulbenkian.

Miguel Centeno Brito, professor do DEGGE, foi um dos participantes das II Jornadas da Energia, que ocorreram em abril passado, tendo sido um dos convidados do programa da Rádio Renascença Insónia.

Este ano as Jornadas celebraram a efeméride dos 35 anos da criação da licenciatura em Química Tecnológica.

 É necessário estabelecer redes de monitorização mais robustas e de larga escala para avaliar o impacto das alterações climáticas e da poluição atmosférica na Bacia do Mediterrâneo, refere comunicado de imprensa do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

A primeira abordagem a uma reconstituição tridimensional da circulação atmosférica de Vénus pode ser lida no artigo “Venus's winds and temperatures during the MESSENGER's flyby: An approximation to a three-dimensional instantaneous state of the atmosphere”, publicado na Geophysical Research Letters.

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

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