Novo mecanismo permite explicar origem de sismos

João Duarte

O trabalho foi apresentado durante a reunião anual da European Geosciences Union em Vienna, Áustria, em abril passado

EGU

João Duarte é o orador da conferência “Delamination of oceanic lithosphere in SW Iberia: a key for subduction initiation?” no próximo dia 16 de maio, pelas 14h00, na Biblioteca do IDL Ciências ULisboa. A entrada é livre.

Investigadores de Ciências ULisboa propõem um novo mecanismo que permite explicar a existência de uma anomalia tectónica a SW do Cabo de São Vicente.

“Neste trabalho compilámos vários tipos de dados para consubstanciar a sua existência e desenvolvemos um novo modelo computacional que permite simular o processo”, diz João Duarte, investigador do Departamento de Geologia (DG) de Ciências ULisboa e do Instituto Dom Luiz, que contou com a colaboração de outros cientistas da Faculdade, nomeadamente Filipe Rosas, Susana Custódio, Sónia Silva, Pedro Terrinha, Jaime Almeida, António Ribeiro e Chiara Civiero.


Modelo computacional
Imagem cedida por JD

O trabalho foi apresentado durante a reunião anual da European Geosciences Union em Vienna, Áustria, em abril passado. “A apresentação correu muito bem. A comunicação oral teve lugar na sessão principal sobre zonas de subducção e a ideia foi muito bem-recebida. Na altura não tive a noção de que pudesse ter tanto impacto, mas sabia que era uma ideia provocativa, e como tal estava um pouco apreensivo”, conta João Duarte.

“Durante a conferência tive a oportunidade de discutir com muitos dos maiores especialistas na técnica de tomografia (que é o que nos permite visualizar esta anomalia) bem como colegas que trabalham em zonas de subducção e delaminação das placas litosféricas (o processo que agora identificámos aqui nesta zona) e todos eles consideraram que o novo mecanismo que estávamos a propor era muito interessante e passível de ser investigado de forma mais aprofundada.”
João Duarte

Esta investigação é desenvolvida por diversas instituições portuguesas e estrangeiras, nomeadamente Ciências ULisboa, IDL, IPMA, GEOMAR na Alemanha, Universidade Livre de Amesterdão, Universidade de Mainz e o Instituto de Estudos Avançados de Dublin.


Anomalia registada no mapa
Imagem cedida por JD

A anomalia tectónica a SW do Cabo de São Vicente encontra-se por debaixo de uma zona completamente plana do fundo do mar - a Planície Abissal da Ferradura -, onde teve origem o sismo de 1969, com uma magnitude de 7.9.

“Estamos a explorar a hipótese de esta ser a expressão do processo de início de subducção. As zonas subducção geram-se quando uma placa tectónica mergulha sob outra e são responsáveis pelo consumo das placas tectónicas oceânicas que levam ao fecho dos oceanos e à formação dos supercontinentes. No entanto, o processo de início de subducção é ainda muito mal compreendido no contexto da Teoria da Tectónica de Placas. A potencial identificação dum local onde este poderá estar a acontecer através de um mecanismo completamente novo dar-nos-á pistas fundamentais para a compreensão deste processo”, explica João Duarte.

Em 2020 será realizado um cruzeiro ao longo da fronteira de placas liderado por cientistas do IDL, IPMA e do GEOMAR. Pedro Terrinha, professor do DG Ciências ULisboa e investigador do IPMA, lidera uma proposta IODP para a realização de um conjunto de sondagens nesta área com objetivo de tentar compreender o processo de início de subducção.

Entretanto a equipa continua a investigação. Susana Custódio e Sónia Silva têm procurado compreender a sismicidade da margem portuguesa e no desenvolvimento de melhores métodos de visualização. Filipe Rosas, Jaime Almeida e João Duarte estão a desenvolver modelos computacionais avançados do processo de início de subducção. A doutoranda do Earthsystems, Hannah Davies está a desenvolver modelos de formação de supercontinentes e processos associados.

Scripta manent. O que se escreve, fica, permanece.
A imprensa nacional e estrangeira tem dado grande destaque ao assunto, na sequência da entrevista concedida à edição americana online da revista National Geographic.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Exposição Variações Naturais – uma viagem pelas paisagens de Portugal

Após 18 meses de desenvolvimento de projeto e montagem, Variações Naturais – uma viagem pelas paisagens de Portugal abriu portas ao público em novembro passado e vai estar em exibição até 25 de novembro de 2022.

ferramenta de saída de campo

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Barcos de pesca em Almograve, Portugal

No âmbito do projeto MarCODE já foram recolhidas mais de 1000 amostras de pescado e marisco - robalo, dourada, raia-lenga, pescada, carapau, polvo, cavala, ouriço e percebes. A amostragem decorreu nas lotas nacionais da DOCAPESCA. As amostras encontram-se a ser processadas analiticamente nos laboratórios do MARE e do BioISI, nos polos da Faculdade.

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Até ao próximo mês de julho, cerca de 70 famílias de cuidadores informais no território continental português participam no programa “Famílias Seguras – Cuidar de quem Cuida” lançado pela Ciências ULisboa, através do seu Centro de Testes, em parceria com a Associação Nacional de Cuidados Informais.

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Os fenómenos de transferência de eletrões são omnipresentes em toda a natureza e em Biologia Molecular representam ainda a “transdução de energia”, isto é o transporte de eletrões através de uma enzima ou proteína. Os resultados desta investigação podem ajudar a melhorar a compreensão de como os eletrões se movem nas junções moleculares em dispositivos eletrónicos, ou na transferência de eletrões em biomoléculas com mediação de espécies metálicas.

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A componente ótica portuguesa, liderada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, e que irá integrar o futuro telescópio espacial europeu nos raios X, passou na revisão de requisitos e entra agora na fase de projeto. O IA lidera o conceito e desenho de um sistema de metrologia, ou OBM (do inglês “Onboard Metrology System”), que permitirá orientar com exatidão o espelho do Athena, um telescópio espacial nos raios X, para o sensor de cada um dos dois instrumentos científicos desta missão.

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A equipa CGD/MATHFCUL ficou classificada em 5.º lugar na final nacional do Global Management Challenge 2020. Exigência foi a palavra escolhida pela equipa para classificar esta experiência. "Fico muito satisfeito e grato pela dedicação e crescimento destes meus alunos", diz João Telhada, professor do DEIO Ciências ULisboa e mentor da equipa.

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Mais um artigo do GAPsi Ciências ULisboa. Desta vez a temática é dedicada ao ciclo das relações abusivas.

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A 38th European Photovoltaics Specialists Conference - EUPVSEC 2021 realiza-se de 6 a 10 de setembro de 2021, no formato online. João Serra, professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia da Ciências ULisboa, é o chairman da maior e mais importante conferência europeia dedicada à energia fotovoltaica.

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O primeiro “Guia de Peixes de Água Doce e Migradores de Portugal Continental” coordenado por Maria João Collares-Pereira, professora da Ciências ULisboa e do cE3c, publicado em 2021, já está à venda. Os peixes de água doce são um dos grupos de vertebrados mais ameaçados em todo o mundo. Portugal não é exceção, com mais de 60% das espécies nativas em risco de extinção.

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A Comissão Nacional da Organização Internacional da Vinha e do Vinho premiou “The interplay between membrane lipids and phospholipase A family members in grapevine resistance against Plasmopara viticola” com a Distinção CNOIV 2020, atribuído ao melhor trabalho nacional de divulgação, experimentação ou investigação no domínio da viticultura, da autoria de um grupo de investigadores da Ciências ULisboa.

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Valorizar o conhecimento é a oportunidade para dar a conhecer um outro Portugal que tantas vezes passa despercebido. O press kit da Faculdade tem uma página de especialistas com 162 nomes e mais de 200 temas científicos. É fundamental que os mass media coloquem a ciência no centro das atenções.

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