Entrevista com Catarina Pombo Nabais

Ciência e arte: uma relação com futuro

Exposição “Empty space of the Unknown/ Nothing Is Right Now”

Exposição “Empty space of the Unknown/ Nothing Is Right Now” de Katrin von Lehmann, uma atividade desenvolvida pelo SAP Lab.

CPN / SAP Lab

“O CFCUL, e, portanto, também a Ciências ULisboa, tem um papel pioneiro na área da ciência e arte uma vez que aqui se constituiu, em 2006, pela primeira vez em Portugal, um grupo de investigação em ciência e arte, que foi criado e dirigido pela professora Olga Pombo.”

Catarina Pombo Nabais e Katrin von Lehmann
Catarina Pombo Nabais e Katrin von Lehmann, na exposição “Empty space of the Unknown/ Nothing Is Right Now”
Fonte CPN / SAP Lab

Catarina Pombo Nabais é licenciada em Filosofia (variante Filosofia das Ciências) pela Faculdade de Letras da ULisboa, obteve o Diplôme d’Études Approfondies in Philosophy na Universidade de Amiens, França (1999) e concluiu o doutoramento em Filosofia Contemporânea pela Universidade de Paris VIII, em França, sob a supervisão de Jacques Rancière (2007).

De 2007 a maio de 2019, foi pós-doutorada com três bolsas sucessivas atribuídas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no CFCUL, do qual é membro integrante desde 2006. De 2007 a 2014 foi presidente do grupo de investigação Ciência e Arte. Em 2014 criou o SAP Lab do qual é coordenadora desde então. Atualmente é vice-presidente do grupo de investigação Filosofia da Tecnologia, Ciências Humanas, Arte e Sociedade do CFCUL.

Paralelamente, desenvolve a carreira de curadora de arte, tendo concluído, em 2016, uma pós-graduação em Curadoria de Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

De que forma a ciência e a arte se podem ligar? Até onde pode chegar essa sinergia? São algumas destas questões que estão na ordem do dia, e sobre as quais se debruça o SAP Lab - Laboratório Ciência-Arte-Filosofia do Centro de Filosofia das Ciências da ULisboa. Catarina Pombo Nabais, investigadora do Departamento de História e Filosofia das Ciências (DHFC) da Ciências ULisboa e coordenadora do grupo, dá-nos conta da importância desta relação interdisciplinar entre as duas áreas, e deixa um convite aos investigadores para que desenvolvam projetos na área da ciência e arte.

Para percebermos melhor algumas questões relacionadas com esta temática, conversamos com Catarina Pombo Nabais.

Ciências ULisboa - De que forma a ciência e a arte se podem interligar e o que poderá surgir desta relação? Pergunto ainda de que forma vê a possibilidade de desenvolvimento da investigação nesta área e até onde pode chegar esta sinergia?

Catarina Pombo Nabais (CPN) - Ao longo da história da ciência e da história da arte, a ciência e a arte foram sempre atividades muito próximas, com desenvolvimentos muitas vezes paralelos, com relações subterrâneas e muito profundas. Veja-se, por exemplo, o papel que a imaginação ocupa na produção científica e artística.

Mas, ao mesmo tempo, com diferenças abissais. A arte é uma atividade singular, individual, que pode ser feita na solidão de um atelier. A ciência é sempre coletiva, implica necessariamente uma comunidade científica e é praticada nos laboratórios onde diversos investigadores cumprem funções específicas, mas todas convergentes para uma mesma pesquisa. A arte sou eu, a ciência somos nós.

Para além disso, a arte produz entidades únicas. A obra de arte é uma criação irrepetível. Pelo contrário, a ciência é atravessada por uma necessidade intrínseca que faz com que, por exemplo, seja possível dois cientistas em pontos diferentes do planeta chegarem, ao mesmo tempo, às mesmas leis. A arte opera pela singularidade dos afetos e do pensamento, a ciência pela dedução lógica e inerente ao próprio conhecimento.

No entanto, apesar do enorme número de tentativas, continua a ser possível e desejável procurar descobrir, entender e explicar completamente as forças que unem e separam a ciência e a arte, as proximidades e as distâncias, as conexões múltiplas que atravessam essas duas extraordinárias atividades humanas que são a ciência e a arte.

Como entender a relação congénita entre a matemática e a música? Como pensar a relação do impressionismo com a teoria da cor?  O que é que traduz e explica a contemporaneidade de Einstein e Picasso ou Kandinsky? Qual a natureza dessa proximidade? Há um campo imenso a explorar na relação entre a ciência e arte.

Mas o que importa perceber – a revista Nature (Nature 590, p. 528, 2021) publicou um artigo sobre a importância desta temática – é que esta ligação não se esgota na capacidade de os artistas ajudarem os cientistas na comunicação da ciência. A relação da ciência com a arte não pode ser apenas utilitária, isto é, a arte não pode ser vista como devendo apenas “servir” a ciência para comunicar melhor os seus resultados. A relação entre ciência e arte tem o potencial de permitir perceber, porventura mais profundamente, a própria natureza, quer da ciência, quer da arte, os seus processos de invenção e descoberta, o valor dos seus resultados, os dispositivos de inovação que cada uma das atividades mobiliza, assim como de criar novas questões, novas descobertas em ambas as áreas, pela partilha não só de metodologias, como de problemas teóricos.

Ciências ULisboa - Qual o papel do SAP Lab?

CPN - Quando criei o SAP Lab em 2014, no CFCUL, constatei que a área ciência e arte tem tido um papel muito importante sobretudo na componente prática e experimental. Pensei, por isso, que estava na hora de articular a experiência prática com uma componente teórica, isto é, de avançar no desenvolvimento de um pensamento crítico sobre a natureza dessas duas atividades humanas e sobre as virtualidades das suas relações. Ao enriquecer o par ciência e arte com o contributo da filosofia, o SAP Lab assume-se, portanto, como resposta à necessidade de conjugar prática e teoria.

Neste sentido, o SAP Lab apresenta-se como uma plataforma multi e inter transdisciplinar, um ponto de encontro da academia com o público em geral. Mais exatamente, o que me levou a propor ao CFCUL um projeto como o SAP Lab foi, por um lado, a vontade de convocar a filosofia para o campo já estabelecido da ciência e arte, e, por outro lado, a vontade de promover uma investigação aberta, socialmente empenhada, uma investigação/ação em contacto direto com a esfera pública e os seus problemas.

Ciências ULisboa - Com que outros grupos têm colaborado e que novas sinergias têm surgido da colaboração com outras entidades?

CPN - O SAP Lab tem, desde 2015, uma linha de investigação que valoriza a vertente participativa do projeto inicial: OPEN SAP Lab. A ideia é promover uma dimensão prática da investigação a partir de um processo bottom-up. Nesse sentido, constituí uma rede diversificada de instituições, umas de natureza académica (ciências, arquitetura, filosofia), outras de ação artística (performance, street art), outras ainda de intervenção pública (inclusão social, acessibilidade cultural), cada uma com a sua própria história de programas participativos autónomos, e que encontram, na parceria com o OPEN SAP Lab, a possibilidade de desenvolver e enriquecer a produção de conhecimento gerada nas suas ações.

Os concelhos abrangidos por esta rede de parceiros são Lisboa, Almada, Sintra, Évora e Beja. As sete entidades que constituem esta rede são, além do OPEN SAP Lab, o Fundo de Arquitectura Social (FAS), Colectivo Warehouse - Associação AMOVT, Plano Lisboa, Atalaia. Associação dos amigos da cultura e das artes, Associação Frame 408 e Associação Cultural Canto do Curió.

O OPEN SAP Lab afirma-se, portanto, como um terreno novo, comum a todos, onde as áreas de ciência, de arte e de filosofia são articuladas com a pesquisa científica sobre o participativo e com uma efetiva ação participativa no terreno. Para lhe dar um exemplo, em 2015, o SAP Lab promoveu um workshop de dois dias em torno da questão dos processos participativos e colaborativos em ciência e em arte que teve um enorme sucesso.

Capa do Livro

Das parcerias, reuniões de trabalho, apresentações e debates públicos desenvolvidas pelo SAP Lab, resultou um livro - Processos Criativos nas Ciências e nas Artes - A Questão da Participação Pública. Nesta publicação, Catarina Pombo Nabais reuniu textos dos parceiros, assim como de alguns investigadores que trabalham sobre a questão da participação pública em ciência e em arte, e doutorandos cujas teses orienta. O livro conta com a participação de professores e investigadores da Ciências ULisboa.

Catarina Pombo Nabais organizou a exposição “Empty space of the Unknown/ Nothing Is Right Now” patente ao público na Galeria de Ciências entre 7 e 15 de novembro de 2019, resultado final de uma residência artística de Katrin von Lehmann no SAP Lab.

“A Ecologia, a participação pública e os processos criativos, são sem dúvida as componentes teóricas que marcam a agenda do SAP Lab. E a Ciências ULisboa é um lugar excelente para o desenvolvimento deste tipo de projetos interdisciplinares.”

Estava assim constituída, pela primeira vez em Portugal, uma comunidade de ciência e arte, que contou com a colaboração de vários professores da Ciências ULisboa. O grupo continuou o seu trabalho com o desenvolvimento de inúmeras atividades, entre elas uma grande exposição no Pavilhão do Conhecimento da Ciência Viva, uma conferência internacional na Gulbenkian, e a publicação de diversos livros.

Com o surgimento deste grupo, é criada em 2009, pela primeira vez nas universidades portuguesas, a cadeira Ciência e Arte, no DHFC Ciências ULisboa, que, a partir de 2011, passa a fazer parte do currículo da licenciatura em Estudos Gerais da ULisboa. A criação desta unidade curricular constitui um marco em Portugal, numa tendência que hoje se constata atualmente nas universidades de todo o mundo.

Entre os projetos futuros está o desenvolvimento de um workshop, em conjunto com o cE3c, sobre Ecologia, com intervenções de cientistas, de artistas que trabalham sobre os problemas ecológicos atuais e de filósofos que pensam a dimensão política, ética e social da Ecologia.

Marta Tavares, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Mulher sentada em banco junto ao rio Tejo

Um grupo multidisciplinar de cientistas propõe a criação de um roteiro nacional para a realização de testes serológicos em Portugal e defende que a avaliação rigorosa e concertada da prevalência da doença COVID-19 é a única forma de conhecer a real vulnerabilidade da população e monitorizar a dinâmica da epidemia.

Logotipo da rubrica Rardar

Quinta rubrica Radar Tec Labs dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade. A empresa em destaque é a THEREUS.

ETAR de Serzedelo

A primeira etapa do COVIDETECT já está concluída e com sucesso anunciou esta quarta-feira a AdP - Águas de Portugal. Ciências ULisboa assegura a coordenação científica do projeto, financiado através do programa Compete 2020.

Papel e caneta, num ato de estudo

"Estudar em tempos da COVID-19 é novo e exigente. No entanto, temos recursos para tomar as rédeas, mesmo numa situação desta dimensão, e retomar o controlo", escreve Madalena Pintão, estagiária académica do GAPsi Ciências ULisboa. Conheça as suas sugestões...

Médicos e enfermeiros

"Independentemente das soluções adotadas, a crise sanitária da COVID-19 vem inequivocamente demonstrar que a Bioética, para além de uma vertente mais teórica e fundamental, tem uma vertente prática que atua no terreno e dá um contributo importante para a estabilização do funcionamento dos sistemas de saúde." Opinião de Jorge Marques da Silva, professor do Departamento de Biologia Vegetal da Ciências ULisboa e investigador do polo da Faculdade do BioISI. 

Centro de Testes

O Centro de Testes da Ciências ULisboa atualmente inteiramente dedicado à investigação, diagnóstico e rastreio do SARS-CoV-2 e suas variantes começou a sua atividade a 1 de maio, tendo já realizado mais de mil testes de diagnóstico à COVID-19, com a ajuda de cerca de 50 voluntários, sendo que mais de 300 pessoas manifestaram interesse em colaborar voluntariamente nesta nova infraestrutura da Faculdade.

Pormenor do protótipo da câmara de descontaminação transportável

A Delox foi distinguida recentemente com o Born from Knowledge (BfK) Awards no âmbito do protótipo de uma câmara de descontaminação transportável, que permitirá reutilizar máscaras respiratórias e que está a desenvolver em parceria com o Exército Português. A propósito desta distinção entrevistamos um dos fundadores da spin-off fundada há cerca de dois anos – Fernando Antunes, professor do DQB e investigador do polo da Faculdade do CQE.

Porta entreaberta

"Estar em casa, da forma como se tem estado, pode surgir como o 'único lugar' seguro, dando uma forte sensação de proteção. Em oposição, a ideia de sair torna-se ameaçadora. Esta é uma ideia que é preciso cuidar, para que não se torne avassaladora e angustiante no processo de retomar, no encontro entre o 'mundo cá dentro' e o 'mundo lá fora'", escreve a psicóloga Andreia Santos.

Páginas de livros

"Neste exercício permanente de experimentar será que ganhamos uma impressão do que é uma Teoria Geral da Complexidade?" Mais um ensaio "No Campus com Helder Coelho", em destaque no Dia Nacional dos Cientistas.

“A nossa Faculdade tem uma oferta vasta, diversificada e de enorme qualidade”, diz Fernanda Oliveira, subdiretora da Faculdade em comunicado de imprensa emitido recentemente a propósito dos dias virtuais que têm como público alvo sobretudo candidatos ao ensino superior e que acontecem nos dias 21 de maio e 3 de junho de 2020.

Figura humana em destaque

"No restabelecimento do contacto com o mundo alguns receios e ansiedades poderão estar presentes, a recuperação fisiológica e emocional é um processo, e como tal, leva o seu tempo." Mais um artigo do GAPsi, com nova sugestão, convidando a refletir sobre aquilo que era a vida de cada um de nós, exatamente, há um ano atrás.

4th International Conference on the Computational Processing of Portuguese

Rodrigo Santos, atualmente estudante de doutoramento em Informática na Ciências ULisboa, foi galardoado este ano com o prémio da melhor dissertação de mestrado sobre o Processamento de Língua Portuguesa no período de 2017-2019, durante a PROPOR – “14th International Conference on the Computational Processing of Portuguese”, ocorrida em Évora. 

Conceção artística do telescópio Euclid

O consórcio da missão Euclid, um telescópio que irá penetrar no lado escuro do Universo e que tem lançamento previsto para 2022, atribuiu o prémio Euclid STAR 2020 na categoria “equipa” a um dos grupos do consórcio com uma forte participação portuguesa, nomeadamente de investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Ciências ULisboa.

Balões com sorrisos

"Embora a realidade externa seja muito semelhante para todos, a forma como olhamos para ela não é igual. Por isso, alguns de nós estão desejosos que este período de isolamento termine e outros (secretamente ou não) desejam que a vida pudesse seguir um rumo parecido ao que se vive atualmente", escreve a psicóloga Inês Ventura na habitual rubrica do GAPsi.

“O cruzamento da história das ciências com a banda desenhada foi uma aposta arriscada e uma concretização genuinamente coletiva, cujo resultado final é mais do que o somatório das partes. É para nós uma grande satisfação que o universo da banda desenhada em Portugal o tenha reconhecido”, comentam Ana Simões e Ana Matilde Sousa, autoras da obra distinguida com o Prémio de Melhor Publicação Nacional com Distribuição Comercial.

Imagem gráfica da rubrica Radar Tec Labs

Quarta rubrica Radar Tec Labs, dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade. A empresa em destaque é a ONTOP.

Máscara respiratória

O consórcio REUSE coordenado pelo CQE Ciências ULisboa surge na sequência do apoio especial a projetos de implementação rápida para soluções inovadoras de resposta à COVID-19 e tem como objetivo a descontaminação de máscaras respiratórias para posterior reutilização.

Teletrabalho

"É verdade, as coisas precisam ser feitas, mas, se não fizermos uma boa gestão de nós próprios, estamos potencialmente a acabar com a única fonte que pode produzir - nós", alerta a psicóloga Andreia Santos, na rubrica habitual do GAPsi, deixando também algumas dicas para quem está em teletrabalho.

Imagem artística relacionada com uma nuvem de pensamentos

“Após pequenas ou grandes tempestades que se passem dentro de casa, vem o diálogo e a negociação para que os tempos de cada um sejam respeitados”, escreve Madalena Pintão, estagiária académica do GAPsi Ciências ULisboa, na rubrica habitual.

ETAR de Alcântara

O Ministério do Ambiente e Ação Climática anunciou o lançamento do projeto de investigação COVIDETECT e a criação de um sistema de alerta precoce da presença do vírus SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19, através da análise de águas residuais. O projeto de investigação começa a 20 de abril. Ciências ULisboa assegura a coordenação científica.

O aniversário da Ciências ULisboa será celebrado online com todos aqueles que se puderem juntar a 22 de abril no Facebook da Faculdade. A celebração incluirá a tradicional mensagem de Luís Carriço, diretor da Faculdade; as distinções e prémios atribuídos a alunos, professores e funcionários; entre outras surpresas e desafios, que serão partilhados nos próximos dias nas redes sociais. Fique atento e participe!

Imagem artística da precessão de Schwarzschild

Observações levadas a cabo pelo Very Large Telescope (VLT) do European Southern Observatory (ESO), situado no deserto chileno do Atacama, revelam pela primeira vez que a S2, uma das estrelas em órbita do buraco negro supermassivo, situado no centro da Via Láctea, se desloca tal como previsto pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein.

Livro e caneta

Mais um artigo da equipa do GAPsi Ciências ULisboa, desta vez da psicóloga Bruna Francisco, que deixa uma questão em forma de desafio: “O que tens descoberto sobre ti, durante esta quarentena?”.

Fotografia de peixe do género Squalius em Portugal

O projeto “Acaso ou maldição? As consequências da hibridação num mundo em mudança”, premiado recentemente com uma bolsa Young Investigator pelo Human Frontier Science Program (HFSP), no valor de cerca de 1,1 milhões de euros, vai procurar responder a esta grande questão da Biologia, nos próximos três anos, de acordo com comunicado de imprensa emitido recentemente.

Maria de Sousa

Maria de Sousa, imunologista, professora emérita da Universidade do Porto e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e investigadora honorária do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, faleceu durante a madrugada de dia 14 de abril. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos familiares, amigos e colegas.

Páginas