Opinião

Lisboa Cidade + Resiliente + Segura

260 anos do Terramoto de 1755

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) assinala em 2015 os 260 anos do Terramoto de 1755, organizando um conjunto de atividades integradas no programa “Lisboa Cidade + Resiliente + Segura”.

Os principais objetivos passam por sensibilizar para os riscos dos fenómenos sísmicos e mostrar aos cidadãos como agir antes, durante, e depois de situações de emergência causadas por sismos e outros desastres naturais. Ao longo de 2015, a CML vai organizar um conjunto de atividades alusivas à memória do Terramoto de 1755, desde simulacros, formação de equipas de segurança e de voluntários da proteção civil, conferências, palestras, workshops, exposições e percursos a zonas emblemáticas com referência ao terramoto.

Na apresentação do programa, que decorreu nos Paços do Concelho no dia 26 de janeiro, esteve presente também o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Jorge Miranda, professor catedrático do DEGGE. Numa alusão à importância da preparação, quer a nível das infraestruturas, quer a nível da interiorização de procedimentos e comportamentos adequados em casos de emergência, focou a necessidade de "preparar infraestruturas para que haja informação a tempo e para que as pessoas consigam decidir ao último minuto".

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Resiliência numa cidade = Capacidade de resistir aos efeitos de uma catástrofe através do planeamento e da prevenção, propiciando bem-estar e segurança aos cidadãos
Fonte Cedida por DPC - CML

A iniciativa insere-se também no programa “100 Resilient Cities”, promovido pela Fundação Rockefeller, e que se dedica a ajudar as cidades a melhorarem a resposta a catástrofes naturais, às alterações climáticas ou a desafios sociais. A capital portuguesa foi uma das 35 cidades escolhidas em dezembro de 2014 para integrarem o grupo das “100 Cidades Resilientes”, que serão apoiadas pela Fundação Rockefeller. Segundo a fundação, os membros da rede – que estarão interligados com vista à troca de experiências e soluções – receberão apoio logístico, financeiro e técnico. No caso de Lisboa, os desafios centram-se nas temáticas da resistência sísmica, envelhecimento da população, envelhecimento das infraestruturas e capacidade de respostas a inundações, subida do nível do mar e derrocadas. Em 2013 foram escolhidas as primeiras 32 cidades. Em 2014 concorreram mais de 300 câmaras municipais, tendo sido escolhidas apenas 35, entre as quais a de Lisboa. Em 2015 serão conhecidas as restantes 33, que completam o grupo das “100 Resilient Cities”. A rede, além de Lisboa, já inclui cidades como Barcelona, Londres, Paris, Milão, Boston, Chicago, Sidney, Singapura, Los Angeles, Nova Iorque, Rio de Janeiro e Roma.

Ciências associa-se ao programa “Lisboa Cidade + Resiliente + Segura – 260 Anos do Terramoto de 1755”, apoiando várias atividades de formação e sensibilização do Departamento de Proteção Civil da CML. Os investigadores do grupo de Sismicidade, Vulcanismo e Processos Litosféricos do Instituto Dom Luiz marcaram presença no dia 14 de janeiro no 24.º aniversário do Tinoni. A casa do Tinoni , localizada nos serviços de proteção civil da capital, integra o projeto municipal Crescer (na) Segurança, criado em 1992 e tem como população-alvo crianças dos cinco aos dez anos. Neste espaço, cada criança aprende a identificar os riscos que corre no seu dia-a-dia e as regras mais ajustadas a cada situação.

O mesmo grupo de investigadores esteve também presente no dia 26 de janeiro na sessão de esclarecimento “Quando o chão nos falha” no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, onde se realizaram atividades de simulação de tremores de terra e tsunamis e o impacto dos abalos sísmicos em diferentes tipos de edifícios, e onde se debateu a sismicidade que afeta a cidade de Lisboa, a vulnerabilidade dos solos e dos diferentes tipos de construção, as medidas preventivas e os planos de intervenção em caso de sismo.

O Centro Europeu de Riscos Urbanos, que também integra docentes e investigadores de Ciências, está envolvido na sensibilização e divulgação do risco sísmico e de tsunamis. Com a colaboração da CML, apoia e participa estas atividades através do projeto INsPIREd, financiado pelo Conselho da Europa.

Laboratório da Faculdade
Visita ao C2
Fonte Cedida por DPC - CML

Importa reforçar que a melhoria das condições de segurança depende da melhoria dos comportamentos e atitudes de cada indivíduo, mas também da cultura institucional e das intervenções práticas que contribuem para a melhoria das respostas institucionais. Com base neste princípio, Ciências solicitou a ajuda do Departamento de Proteção Civil (DPC) da CML para dar início a um plano de intervenção para a redução do risco sísmico nos seus edifícios. Numa primeira fase, que decorrerá até setembro de 2015, os laboratórios de Ciências irão receber a visita de uma equipa do DPC-CML para diagnóstico e elaboração de recomendações e propostas de melhoria. A Assessoria para a Segurança do Trabalho e a Unidade de Infraestruturas e Apoio Técnico acompanharão essas visitas e a implementação das medidas recomendadas. A primeira destas visitas realizou-se no dia 5 de fevereiro nos laboratórios do edifício C2. A Faculdade conta ainda com a presença do DPC-CML nos simulacros e exercícios de evacuação dos edifícios a realizar durante o ano de 2015 e em ações de sensibilização que decorrerão no mês de setembro em Ciências.

Ao evocar o Terramoto de 1755, pretende-se ir construindo uma cultura de prevenção nos caminhos de Lisboa e, com isso, aumentar a resiliência e a segurança da capital face aos riscos de catástrofes. Ao passar pelo Campo Grande, o mote é o mesmo: “Ciências Faculdade + Resiliente + Segura”.

Júlia Alves, técnica superior da Assessoria para a Segurança do Trabalho da Faculdade de Ciências da ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O programa CSA (community supported agriculture) refere-se a uma comunidade de produtores e consumidores que partilham os benefícios e os riscos da produção numa inspiradora experiência de responsabilidade conjunta em torno do alimento. 

“Estes programas de bolsas e estímulos são muito importantes para os alunos que, como eu, ambicionam tornar-se investigadores”, declara o aluno de Ciências, um dos vencedores da edição 2016/2017 do prémio Novos Talentos em Matemática, da Fundação Calouste Gulbenkian.

Raquel Conceição, chair da Ação MiMed-TD1301 e Pedro Almeida, um dos representantes nacionais da Ação COST FAST, participaram no “Portugal in the Spotlight”. Os professores de Ciências deram a conhecer o sucesso das ações COST em que estão envolvidos, participando ainda no debate “Making the added value of networking tangible. The Portuguese perspective".

A Faculdade visita escolas secundárias há 19 anos e em parceria com a empresa Inspiring Future, desde 2014, por forma a divulgar a sua oferta formativa. Este ano letivo foram agendadas 95. Até agora Ciências já esteve em 56 escolas, após as férias escolares irá visitar mais 39.

A história ensinou-nos que quem faz a língua é quem a fala e escreve e estou em crer que todos estes e muitos outros termos, goste-se ou não, vieram para ficar.

Bruno Carreira, doutorado em Biologia por Ciências e atualmente investigador de pós-doutoramento no cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, é o vencedor da edição de 2016 do Prémio Fluviário de Mora - Jovem Cientista do Ano.

Quando Leibniz e Newton se enfrentaram no século XVII, sobre a origem do Cálculo, criaram um espaço para exercerem o contraditório, argumentando e criticando, em defesa dos seus argumentos. Esse exercício chama-se controvérsia (debate ou polémica), considerada por muitos como a máquina do progresso intelectual e prático. Cada um dos lados apresenta a sua explicação (causa) das suas razões, como factos (pro ou contra), e os quais sustentam e justificam a sua posição.

Ciências participou no Google Hashcode 2017. Das 12 equipas concorrentes, cinco resolveram corretamente os desafios de programação, numa maratona marcada, segundo os participantes, pela aquisição de competências e boa disposição.

Maria Amélia Martins-Loução, investigadora do cE3c e professora do DBV Ciências, é a nova presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia.

A 3.ª corrida de carros movidos a energia solar conta com a participação de 30 pilotos e dez carros construídos por alunos dos ensinos secundário e universitário.

“Estou a adorar a minha experiência académica. Ao estar no ramo da Matemática, consegui desenvolver algumas softskills, tais como a organização, a atenção ao detalhe, a capacidade para questionar e o rigor”, declara Diogo Ramalho, campeão nacional universitário de Taekwondo e aluno de Matemática de Ciências.

“Chocolate – do laboratório à fábrica” é uma das 159 palestras apresentadas por professores, cientistas a pedido das escolas secundárias.

No programa Novos Talentos em Matemática, edição 2016/2017, da Fundação Calouste Gulbenkian, foram distinguidos três alunos de Ciências. Desta vez, entrevistamos a aluna do 3.º ano do curso de Matemática de Ciências, Isabel Nobre.

Uma circulação de vento entre o equador e os polos foi detetada em ambos os hemisférios de Vénus pela primeira vez, e poderá contribuir para explicar a superrotação da atmosfera deste planeta, segundo estudo liderado por Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaçoe professor do Departamento de Física de Ciências.

No filme “The man who knew infinity” (sobre a colaboração de Ramanujan com Hardy em Cambridge, Reino Unido) aborda-se a resolução de problemas e a discussão do recurso à intuição. O terreno da Matemática é o escolhido, tal como no problema de Kadinson-Singer (sem resolução durante 50 anos), e onde se trata da reconciliação da Física Quântica com a Matemática (Marcus, Spielman e Srivastava, 2015).

Filipe Duarte Santos foi designado presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS), segundo comunicado do Conselho de Ministros de 9 de março.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de março é com Rui Batista, especialista em Informática da Área de Sistemas de Informação e Desenvolvimento da Direção de Serviços Informáticos de Ciências.

Proteger a biodiversidade. Engane-se quem pensa que só os biólogos participam nesta árdua tarefa. 

Um estudo publicado na revista “Quaternary Science Reviews”, fruto de cinco anos de trabalho de investigadores portugueses e espanhóis, permitiu reconstruir a evolução da vegetação, paisagem e clima da ilha de São Miguel nos últimos 700 anos, através da análise dos sedimentos da Lagoa Azul.

A American Physical Society (APS) já anunciou a lista de homenageados pelo "Outstanding Referee Program" em 2017 e José Pedro Mimoso, professor do Departamento de Física e investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, é um deles.

As populações de várias espécies de anfíbios na Serra da Estrela estão a diminuir drasticamente, devido a uma infeção por uma nova estirpe de vírus, também já detetado noutras partes de Espanha e da Europa, segundo comunicado de imprensa emitido recentemente pelo cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Durante o Green Day ocorrido esta segunda-feira no campus de Ciências foi apresentado o Ecokart Twin, o primeiro kart elétrico português de dois lugares.

“Pequenas ações fazem a diferença, não tenham medo de sair da zona de conforto”. João Paulo Silva, um dos membros do projeto Movetech Telemetry, “apaixonado pela natureza”, dedicado ao estudo da ecologia das aves dos meios agrícolas, nomeadamente em projetos de seguimento remoto de vida selvagem como o Lince ou a Águia Imperial, deixa este conselho aos jovens que se interessam por esta área da Biologia. Saiba mais sobre este cientista, antigo aluno de Ciências e coordenador da componente científica e de desenvolvimento de software do Movetech Telemetry.

João Paulo Silva, doutorado em Ecologia por Ciências, investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e do cE3c, é um dos membros da equipa do Movetech Telemetry, no âmbito do qual estão a ser desenvolvidos equipamentos ultraleves e de grande autonomia para monitorização eficaz da vida selvagem.

O mercado do processamento da língua natural (PLN), segmentado em codificação automatizada, análise de textos, reconhecimento de carateres óticos, resposta interativa em voz, reconhecimento de padrões e imagens, e analítica da voz, tenderá a aumentar muito nos próximos dez anos.

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