Comunidade

Autonomia21@FCUL: o projeto que quer abrir portas para quem pensa de forma diferente

Manuela Pereira e Federico Herrera na conferência realizada com o apoio da Associação Pais21 - Down Portugal

DCI-CIÊNCIAS

Se o ensino é um direito universal, então as pessoas com trissomia 21 ou com outros perfis neurodivergentes também não podem ficar de fora. Esta mesma lógica já começou a ser levada à prática em várias universidades europeias – e em 2023 voltou a concentrar as atenções da comunidade da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa), com a atribuição do primeiro prémio do Concurso de Ideias - Sustentabilidade no Campus de Ciências a um projeto que pretende lançar um curso específico para pessoas com perfis neurodivergentes. A iniciativa, que é conhecida por “Autonomia21@FCUL: Curso de desenvolvimento de autonomia para pessoas com trissomia 21 na FCUL”, abriu caminho a uma conferência organizada em parceria com a Associação Pais21 – Down Portugal e deu o mote para a participação numa candidatura, com várias entidades europeias, para obter o financiamento de um estudo sobre a qualidade de vida de pessoas com trissomia 21 que estudam para lá do ensino secundário.

Ainda não se sabe se a candidatura garantiu a luz verde das autoridades europeias, mas a conferência “Ensino Superior para Estudantes com Dificuldades Intelectuais e desenvolvimentais” trouxe a Lisboa alguns dos mais reputados especialistas no tema, além de ter ajudado a revelar o cenário que hoje se perfila às instituições de ensino que pretendam lançar cursos para alunos com trissomia 21 ou perfis neurodivergentes. Coube a Federico Herrera e a Manuela Pereira, ambos professores do Departamento de Química e Bioquímica, representarem Ciências ULisboa na Conferência.

“A Irlanda, que é hoje uma referência nesta área, já conta com financiamento do governo para instituições que queiram lançar este tipo de cursos. Sem esse apoio governamental, são as instituições de ensino que têm de suportar os custos ou então ficam dependentes das ações de filantropia de empresas”, explica Federico Herrera.

O prémio ajudou a financiar a conferência – e a conferência acabou por se revelar bem mais que a simples soma de opiniões ou prognósticos. “Foi útil porque juntou pessoas que têm experiência e conhecimento e permitiu identificar dificuldades e desafios que surgem a quem pretende lançar um curso deste género”, sublinha Federico Herrera.  

Em paralelo com a conferência seguiu-se a já mencionada candidatura a fundos comunitários e começou a ser desenvolvida uma primeira proposta de curso específico para pessoas neurodivergentes em Ciências ULisboa, que ainda está a ser trabalhada. “Mesmo que a candidatura em que participamos não seja selecionada para receber fundos europeus, acreditamos que muitas das ideias que foram apresentadas lá podem ser desenvolvidas por outras vias alternativas”, responde Federico Herrera.

Os laboratórios de Ciências ULisboa já têm experiência na integração de voluntários em estágios de apoio a atividades laboratoriais, com o apoio da Associação Pais21 - Down Portugal. Federico Herrera recorda que a inserção no sistema de ensino e no mercado de trabalho são importantes para a autonomia de pessoas neurodivergentes. E é essa expectativa que vai alimentando a proposta de curso que está a ser trabalhada atualmente. O professor de Ciências ULisboa admite que poderá fazer sentido apostar num formato comparável  ao de uma pós-graduação de dois anos. “A ideia é abrir portas de mercado de trabalho e também dar autonomia, para que estas pessoas possam seguir uma vocação”, conclui.

Hugo Séneca
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt

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