Opinião

O uso seguro da Internet começa em mim

Pedro Veiga
PV

O título acima procura espelhar o que cada um de nós devia praticar: O uso seguro da Internet começa em mim. Como em muitas áreas onde a segurança é importante para cada um de nós, existem tecnologias para termos segurança mas estas devem ser complementadas por práticas adequadas e responsáveis.

Os computadores, nas suas várias formas, que vão desde o computador de secretária, ao portátil, ao tablet ou ao smartphone (sim cada tablet e cada smartphone não é mais do que um computador com interfaces especializadas para a interação humana e… para fazer chamadas telefónicas) necessitam estar protegidos com antivírus devidamente atualizado e, também, a comunicação por Bluetooth deve estar desativada quando não está em uso para evitar que nos introduzam vírus no equipamento. Há, pois, muitas tecnologias para aumentar a nossa segurança no mundo dos computadores.

Mas muito mais importantes são os comportamentos de cada utilizador, em especial quando usam as populares e “gratuitas” aplicações (sim, gratuitas entre aspas porque não pagamos diretamente mas indiretamente através da publicidade que consumimos ou nos gastos de comunicações em que incorremos) ou quando usamos sistemas como o Facebook, Accuweather, Hotmail e centenas de outras apps que instalamos.

Fonte: Ilustração PCR

Mas há dois comportamentos que queremos recomendar.

O primeiro diz respeito à disponibilização de dados pessoais, tais como a nossa morada de residência, números de telefone ou fotografias. Deve-se ter muito cuidado em facultar estes dados, na medida em que podem vir a ser usados por criminosos para cometer certos tipos de crimes, tais como acesso ilegítimo a contas bancárias, assaltos à residência (por exemplo, quando se publicam fotos em que percebe que a pessoa está ausente de casa) ou, no caso dos mais novos, assédio ou abusos diversos. Em especial os mais jovens devem ter muito cuidado em contactar alguém que não conhecem.

O segundo diz respeito às passwords que usamos nos diversos sites. Estas devem ser complexas e difíceis de adivinhar pelos criminosos. Não devem conter datas relacionadas connosco (ano de nascimento, por exemplo), alguns dos nossos nomes (próprio ou apelido) ou nomes vulgares (a nossa equipa favorita, o nome do nosso herói/heroína). Devem ter combinações de minúsculas, maiúsculas, algarismos e carateres especiais para dificultar os ataques aos sites que queremos proteger.

Pedro Veiga, professor do Departamento de Informática de Ciências da ULisboa
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