Candidaturas Erasmus +: Devo embarcar nesta aventura? O Francisco e a Raquel ajudam-te a decidir

Imagem composta com o Francisco e a Raquel na frente e a Faculdade de Ciências da ULisboa atrás

Francisco Silva e Raquel Teixeira respondem a algumas perguntas sobre como foi o seu processo de decisão para realizar uma mobilidade Erasmus +

DCI CIÊNCIAS

Abriram oficialmente no dia 1 de dezembro as candidaturas para mobilidades Erasmus + no Ano Letivo de 2026/2027. Se estás interessado em viver noutro país, conhecer pessoas de variadas culturas e estudar ou investigar num ambiente diferente do de Ciências ULisboa, tens até dia 31 de dezembro para submeteres a tua candidatura na tua página de aluno do Fénix. Podes obter mais informações sobre as candidaturas na página “Internacional” do site de Ciências ULisboa ou consultando o edital de candidaturas, disponível aqui.

Sabemos que a decisão de embarcar numa mobilidade Erasmus + pode ser difícil de tomar! É normal que existam dúvidas: antes, durante e depois da candidatura. Para te ajudar a tomar a decisão de avançar para esta aventura, falámos com dois estudantes de Ciências ULisboa – o Francisco e a Raquel – que, em anos anteriores, também passaram pelas mesmas incertezas que tu e que, mesmo assim, decidiram avançar. Hoje, olham para a sua mobilidade como uma experiência muito enriquecedora, não só a nível pessoal, como académico e profissional.

 

Francisco Silva – Mobilidade Erasmus Estudos

Atraído pelo país que deu à luz a descoberta das ondas eletromagnéticas e da Física Quântica, Francisco Silva, mestrando em Física e Astrofísica, viajou até à Alemanha no 2º semestre do Ano Académico 2024/2025 para estudar na Ludwig Maximilian University of Munich (LMU Munich).

Da experiência, recorda a beleza dos Alpes e a crocância dos Bretzel, para além da “gente nova”, de várias nacionalidades, que conheceu. Em Munique, aprendeu a ser mais autónomo e ganhou confiança para lidar com os problemas da vida sozinho. De volta a Portugal, trouxe a vontade de dar mais valor ao que “muitas vezes tomamos por garantido, como a família e os amigos”.

Porque é que decidiste fazer uma mobilidade Erasmus Estudos?

FS: Decidi fazer uma mobilidade Erasmus Estudos devido a já me começar a sentir confortável e habituado ao ambiente da FCUL. Portanto, quis colocar-me um pequeno desafio. Também fiquei interessado na oferta formativa que a LMU Munich me poderia oferecer (havia cadeiras muito interessantes!) e estava curioso para entender quais eram as diferenças entre a cultura e as pessoas de Portugal e de outros países.

Como foi o processo de escolha das universidades de destino? O que foi para ti mais importante no momento da escolha?

FS: No processo de escolha, procurei um país que não conhecesse muito e com cuja cultura tivesse interagido pouco. No entanto, também não queria algo completamente diferente do que estou habituado. Acabei por escolher a Alemanha, pelas razões que acabei de referir. Admito também que o meu interesse em explorar o país aumentou devido a muita da história da física ter decorrido lá. Outro critério importante foi o meu interesse nas cadeiras que eram oferecidas

Qual foi a tua maior dificuldade durante a preparação da mobilidade? E como é que a ultrapassaste?

FS: Durante a preparação, surgiram algumas dificuldades. A primeira dificuldade foi a enorme quantidade de informação que recebemos nas primeiras sessões de dúvidas departamentais: preencher um monte de documentos, fazer um exame de inglês ou outra língua, arranjar casa, etc. Depois, foi a impaciência de nunca mais chegar a altura da mobilidade, visto as inscrições terem sido feitas com um ano de antecedência. O que eu fiz para combater esta impaciência, e que recomendo, foi tentar ter calma! Depois, tentar ter paciência. E, no fim, tentar ter calma novamente! Talvez dê jeito fazer uma lista com as tarefas necessárias e as datas até quando devem ser concluídas e ir fazendo as coisas aos poucos. Os alunos vão sendo avisados do que é preciso fazer, por isso não é preciso stressarem muito! Lembrem-se que, qualquer dúvida que tenham, podem sempre tirar com o Coordenador de Erasmus do vosso curso ou com o Gabinete de Modalidade da Faculdade.

Que conselhos darias a alguém que esteja a pensar candidatar-se para uma mobilidade Erasmus Estudos?

FS: Para quem quer preparar uma mobilidade Erasmus Estudos, recomendo aquilo que referi na resposta anterior. Sugiro ainda que, antes da modalidade, procurem grupos que organizem atividades para estudantes internacionais, por exemplo o ESN (Erasmus Student Network). Estas organizações costumam realizar vários eventos, que vos permitem conhecer outras pessoas que, assim como vocês, estão a participar em programas de mobilidade, e vos dá a oportunidade de conhecerem partes do país em conjunto. Aconselho ainda que aproveitem para aprender a língua do país para onde vão, mesmo que apenas precisem do inglês. Eu, por exemplo, não a aprendi, mas acho que teria dado mais graça à mobilidade, assim como acrescentado mais valor.

 

Raquel Teixeira – Mobilidade Erasmus Estágio

No inverno de 2023, Raquel Teixeira sabia que queria investigar numa instituição de outro país e ver como perspetivas científicas diferentes poderiam impactar a sua visão da Ciência. Foi isso que mais gostou no Centre for Palaeogenetics da Universidade de Estocolmo, onde estagiou no 1º semestre do Ano Académico 2024/2025: o “ambiente intercultural e colaborativo”, que a fez repensar questões éticas sobre a Ciência e a competição e colaboração entre laboratórios.

Para além da parte científica, recorda com saudade a brancura da neve e a independência que sentia na cidade, enquanto realizava o seu projeto de investigação. Mas da Suécia, não trouxe apenas os frutos da sua investigação científica. Mestranda em Biologia Molecular e Genética, fez ainda uma descoberta, por puro acaso, que a ajudou a entender melhor o funcionamento do seu corpo: “aprendi ainda”, conta, “que as minhas alergias se devem em grande parte ao clima húmido de Portugal e que o inverno nórdico me poupa mais a saúde do que o nosso”.

Porque é que decidiste fazer um estágio fora ao abrigo do programa Erasmus+?

RT: Tenho verificado que a investigação em ciências depende muito e beneficia do intercâmbio de estudantes. Eu queria a oportunidade de fazer ciência num novo ambiente e de descobrir o que poderia aprender com outras perspetivas.

E porque é que escolheste esta instituição? Qual foi o teu critério?

RT: Escolhi primeiro a área em que queria fazer a tese de mestrado. A partir daí, foi simples, já que havia um número limitado de laboratórios e centros de investigação dessa área na Europa. O Centre for Palaeogenetics da Universidade de Estocolmo foi o primeiro a responder ao meu pedido e também o que respondeu de forma mais entusiástica. Fiquei desde logo entusiasmada com o projeto que me propuseram. Por isso, não tive mais dúvidas que queria ir para lá.

Qual foi a tua maior dificuldade durante a preparação da mobilidade? E como é que a ultrapassaste?

RT: Encontrar casa foi, sem dúvida, o maior desafio. Mesmo assim, tive muito apoio, tanto de pessoas que conhecia e que viviam na cidade, como do próprio laboratório, que juntou recursos para eu poder investigar. Apesar de toda a ajuda, decidi deslocar-me à cidade no verão antes da mobilidade, para assegurar que teria onde ficar. O mercado imobiliário é muito competitivo e eu sabia já à partida de algumas histórias de horror (como sítios arrendados que, na verdade, não existiam e outras situações problemáticas). Foram quatro dias muito stressantes na cidade, mas consegui regressar tendo a garantia de um quarto para ficar.

Que conselhos darias a alguém que esteja a pensar candidatar-se para uma mobilidade Erasmus Estágios?

RT: É começar. Antes de me inscrever, estava muito incerta se era mesmo algo que queria fazer. Na primeira noite que passei sozinha em Estocolmo, só pensava no erro que tinha cometido. Mas depois comecei a trabalhar, entrei na rotina. Conheci as pessoas do laboratório, forcei-me a conhecê-las também fora do laboratório. Participei em atividades de grupo, na vida da cidade. Ingressei em atividades de desporto. E, com o passar do tempo e sem que me apercebesse, já estava a viver e trabalhar fora do país. O que, na verdade, não é assim tão diferente.

 

E tu? Pronto para embarcar nesta experiência? Candidata-te no Fénix até dia 31 de dezembro!

Marco Matos, Gabinete de Mobilidade e Acolhimento de Ciências ULisboa
internacional@ciencias.ulisboa.pt
Cassilda Paz junto ao quadro

Cassilda Paz, de 59 anos, natural de Almancil, em Faro, licenciada em Matemática, nesta faculdade, é professora de Matemática na Escola Secundária de Camões, em Lisboa, desde 2013. Antes, esteve 20 anos na Escola Artística António Arroio e um ano na Escola Filipa de Lencastre. A sua profissão ajuda a definir gerações.

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No arranque desta Primavera, CIÊNCIAS acolheu a visita exploratória por parte de um grupo de 12 estudantes universitários, pertencentes aos órgãos de Direção das Faculdades e da Universidade de Groningen, nos Países Baixos.

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No passado sábado, 29 de março, CIÊNCIAS acolheu as Olimpíadas Regionais de Física, um evento organizado pela Sociedade Portuguesa de Física que reuniu mais de 200 alunos do ensino básico e secundário de diversas escolas, acompanhados por mais de 80 professores. Durante a manhã, os participantes enfrentaram desafios teóricos e experimentais, pondo à prova os seus conhecimentos e criatividade na resolução de problemas científicos. O principal objetivo da competição foi estimular o interesse dos jovens pela Física e promover o pensamento crítico. Enquanto os alunos realizavam as provas, os professores acompanhantes tiveram a oportunidade de assistir a palestras ministradas pelos docentes do Departamento de Física Francisco Lobo e Nuno Matela, que abordaram temas como Ondas Gravitacionais e Imagem Médica.

Futurália

CIÊNCIAS marcou novamente presença na Futurália, a maior feira nacional dedicada à educação, formação e empregabilidade que vai já na 16ª edição. Foram milhares os visitantes, especialmente estudantes, que estiveram entre 26 e 29 de março na FIL – Feira Internacional de Lisboa.

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A história da capoeira móvel no PermaLab, integrada na HortaFCUL, é um exemplo vivo de como os princípios da permacultura podem transformar desafios em oportunidades. Desde a sua implementação em 2018, este galinheiro móvel, ou chicken tractor em inglês, foi concebido para unir sustentabilidade, inovação e comunidade, desempenhando um papel fulcral no ecossistema agrícola do projeto.

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A sessão de abertura do Cybersecurity Executive Program aconteceu em CIÊNCIAS, no passado dia 27 de março, marcando o arranque da 4ª edição desta formação. O Cybersecurity Executive Program é uma iniciativa conjunta de CIÊNCIAS e da consultora Premivalor Consulting, que se destina a formar e sensibilizar decisores e executivos C-level, de organizações públicas, privadas, civis e do setor militar, para as questões da cibersegurança.

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Equipa do projeto MIMESIS

A Fundação Ana Mendonça (FAM) anunciou a doação de €25.000,00 ao projeto MIMESIS –Bioadesivos inspirados na natureza para aplicações biomédicas e biotecnológicas, coordenado por Romana Santos, professora da CIÊNCIAS e investigadora no Centro de Ciências do Mar e Ambiente (MARE ULisboa), nomeadamente no grupo de investigação em bioadesão e biomimética.

Sala com alunos e jornalistas do Portugal em Direto

Cerca de 250 pessoas participaram nas várias atividades realizadas no Dia Internacional da Matemática em CIÊNCIAS 2025, o Dia do Pi, comemorado a 14, 15 e 19 de março. Leia alguns testemunhos de quem participou e organizou as atividades.

Foto de peões a atravessar passadeira com a rua parcialmente inundade.

A 23 de março celebra-se o Dia Mundial da Meteorologia. A data tem como objetivo aumentar a consciencialização global para a importância da meteorologia na compreensão do clima e dos fenómenos meteorológicos, além de alertar para as alterações climáticas e os seus impactos no meio ambiente, na economia e na qualidade de vida.

Imagem artística do Telescópio Espacial Euclid no espaço

Com apenas 0,45% do rastreio da missão espacial completado, o consórcio Euclid revelou, no dia 19 de março, um grande número de resultados descritos em 34 artigos científicos.

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