Opinião

O contributo de Ciências para a adaptação da praia do Porto Santo às alterações climáticas

Modelo digital de superfície da duna de Porto Santo, com evidência da perturbação da duna frontal atualmente sujeita a deflação eólica

Modelo digital de superfície da duna de Porto Santo, com evidência da perturbação da duna frontal atualmente sujeita a deflação eólica

Imagem cedida pela autora
Ana Nobre Silva
Ana Nobre Silva
Fonte ACI Ciências ULisboa

Ciências ULisboa integra o consórcio do projeto LIFE DUNAS que prevê a requalificação e restauro da morfologia dunar na praia do Porto Santo, Madeira, no âmbito do programa LIFE Climate Change Adaptation.

Os investigadores da Ciências ULisboa orgulham-se em participar neste projeto coordenado pela Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas da Região Autónoma da Madeira, que conta com conjunto alargado de instituições (e pessoas) muito empenhadas na proteção ecológica e ambiental dos sistemas costeiros e, neste caso particular, ativamente envolvidas no melhoramento da resiliência do sistema costeiro de Porto Santo face às alterações climáticas.

Uma das principais causas de erosão costeira resulta da persistência de deficit sedimentar isto é, um contexto no qual a quantidade de areia que aflui ao sistema costeiro é insuficiente para compensar aquela que sai do sistema. Este desequilíbrio perturba a dinâmica morfológica dos sistemas praia-duna, caracterizados por elevado dinamismo e mobilidade sedimentar. Esta perturbação no balanço sedimentar pode ter causas naturais ou antrópicas, e será seguramente amplificada com a subida do nível médio do mar, esperada nas próximas décadas. Contudo, a adoção de estratégias de gestão sedimentar sustentáveis que ativamente promovam a introdução de “nova” areia no sistema costeiro pode constituir contributo muito relevante para minimizar este desequilíbrio.

Neste sentido, o projeto LIFE DUNAS tem como principal objetivo a reconstrução morfológica da duna frontal, perturbada por ação antrópica durante o século XX. Para este efeito utiliza-se areia dragada da plataforma insular interna do Porto Santo, e adotam-se as melhores práticas ambientais, baseadas na Natureza (Nature-based solutions), para maximizar a adaptação deste ecossistema costeiro às alterações climáticas.

Outras ações relevantes do projeto são a (re)vegetação dunar com flora nativa, o controlo de espécies invasoras, a recuperação de práticas agrícolas e culturais associadas ao cultivo de vinha no tardoz das dunas, bem como a consciencialização da população local e visitantes sobre os valores ecológicos e ambientais dos sistemas costeiros.

O envolvimento dos investigadores da Faculdade no LIFE DUNAS relaciona-se especialmente com a reconstrução dunar, desde a seleção e caracterização dos locais de dragagem de sedimentos ao desenho da duna artificial, passando pela caracterização do estado inicial (imagem), aconselhamento ao projeto de reconstrução, e monitorização da evolução natural da duna reconstruída, ao longo de cinco anos.

Nota da Redação: Ana Nobre Silva, investigadora do Instituto Dom Luiz, é responsável deste projeto na Faculdade.

Ana Nobre Silva, IDL Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
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Livros

O projeto “NitroPortugal -Strengthening Portuguese research and innovation capacities in the field of excess reactive nitroge” promove livro infantil “A história do azoto, bom em pequenino e mau em grande”.

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A British Ecological Society anunciou esta sexta-feira, dia 30 de novembro, os vencedores do concurso anual de fotografia Capturing Ecology. Entre as várias fotografias premiadas encontram-se as de Adrià López Baucells, estudante do programa doutoral Biodiversidade, Genética e Evolução e investigador do polo de Ciências ULisboa do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

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Cientistas portugueses estiveram envolvidos na primeira medição espacial do redemoinho de massa que orbita um buraco negro de centenas de milhões de massas solares.

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Soraia Pereira, investigadora do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa e antiga aluna de Ciências ULisboa, vence Prémio Sociedade Portuguesa de Estatística 2018.

Representação esquemática da bicamada fosfolipídica da membrana e da sua alteração, após ação do antibiótico (à esquerda) e visualização da membrana danificada por ação de uma dose inferior à concentração mínima letal (à direita)

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No Dia Nacional do Mar trazemos à memória os 20 anos da EXPO’98 e da Ponte Vasco da Gama e a reabilitação daquela área, na qual participaram vários professores de Ciências ULisboa e investigadores do extinto Instituto de Oceanografia, atual MARE.

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Estudo coordenado por Ana Duarte Rodrigues, investigadora do DHFC e do CIUHCT, demonstra que plantas autóctones do Algarve são mais sustentáveis do que as espécies exóticas introduzidas na paisagem e que esgotam os recursos hídricos da região.

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“A Federação Europeia de Ecologia (FEE) tem objetivos muito claros – um deles é o de alargar o conhecimento ecológico à Europa”, diz Cristina Máguas, primeira portuguesa a ser eleita presidente da rede europeia de ecólogos. A tomada de posse ocorre em janeiro de 2019.

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Ciências ULisboa organiza no seu campus a competição internacional destinada a treinar equipas multidisciplinares de estudantes universitários para a inovação e o empreendedorismo na área da saúde. A equipa vencedora irá participar no EIT Health Winners Event, em Londres, nos próximos dias 11 e 12 de dezembro.

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Aos 14 anos o investigador do polo de Ciências ULisboa do IA deslumbrou-se com um livro “A criação do Universo” e a teoria do big-bang. O que mais gosta de fazer é simples: pequenos cálculos sobre ideias que lhe vêm à mente!

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Saiba mais sobre a síndrome de burnout, na rubrica habitual da psicóloga do GAPsi, Andreia Santos.

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Novo ano escolar… Vida nova para muitos caloiros… Recorde a sessão de boas-vindas aos novos alunos de 2018/2019 e conheça as histórias de alguns deles.

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O novo doutoramento da ULisboa foi concebido no âmbito do Colégio Food, Farming and Forestry e junta 42 professores de 17 faculdades e institutos da ULisboa. A primeira edição conta com 14 alunos.

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A ação COST CA 16118 ou Neuro-MIG visa o estabelecimento de uma rede de médicos e cientistas para o estudo das malformações do desenvolvimento cortical humano. Em setembro passado a comissão de gestão e os grupos de trabalho desta rede estiveram reunidos em Ciências ULisboa.

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A rubrica No Campus com Helder Coelho está de volta: “O que o homem tem necessidade, quando enfrenta o complexo, é de ‘agentes’ com um pouco de mais inteligência (estendida, aumentada) e de ajuda (cooperação, colaboração)”.

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