Novos dados sobre o registo de dinossáurios terópodes do Cretácico Superior de Espanha

vistas da tibia, dinossauro e silueta humana

Diferentes vistas da tíbia do dromaeossaurídeo de Lo Hueco e posição do elemento na silhueta de um velocirraptorino junto a uma silhueta humana como escala

Grupo de Biologia da UNED (silhueta do velocirraptorino: Scott Hartman)

Trabalhos de investigação na jazida de Lo Hueco, Cuenca, em Espanha permitiram identificar restos fósseis de um dinossáurio carnívoro, com aproximadamente 75-70 milhões de anos, estreitamente relacionado ao grupo dos velocirraptorinos. O estudo, publicado recentemente na revista Diversity, foi liderado por Elisabete Malafaia, investigadora no Instituto Dom Luiz (IDL), polo da Ciências ULisboa, e no Grupo de Biología Evolutiva da Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED); e desenvolvido em colaboração com Fernando Escaso e Francisco Ortega, investigadores do Grupo de Biología Evolutiva da UNED e Rodolfo A. Coria, diretor emérito do Museo Carmen Funes, na Argentina.

Neste trabalho estudam-se elementos da extremidade posterior de um dinossáurio carnívoro composta por uma tíbia articulada com os ossos tarsais proximais. A anatomia destes restos foi comparada com a informação conhecida no registo fóssil europeu de terópodes do Cretácico Superior, concluindo que o exemplar de Lo Hueco é um dromaeossaurídeo com uma combinação de caracteres que permitem considerá-lo afim dos velocirraptorinos. Este exemplar é um dos poucos restos não dentários de dromaeossaurídos descritos até ao momento no Cretácico Superior da Península Ibérica e particularmente a presença de velocorraptorinos na Europa ocidental tinha sido interpretada, até ao momento, sobretudo por material dentário. A descoberta de restos esqueléticos de velocirraptorinos em Lo Hueco é importante pois abre as possibilidades de análise dos restos de terópodes ainda em estudo na jazida, contribuindo para uma melhor compreensão da composição e história evolutiva da fauna de terópodes europeus durante as últimas etapas do Mesozoico.

Os dinossáurios carnívoros são um dos grupos de animais extintos mais popular. Contudo, em diversos contextos o seu registo fóssil é relativamente escasso, como é o caso dos dinossáurios carnívoros do Cretácico Superior (Campaniano-Maastrichtiano) da Europa ocidental. Sabemos que, no final do Cretácico, esta parte da Europa estava povoada por terópodes primitivos do grupo dos abelissaurídeos e por uma combinação ainda pouco definida de membros de Maniraptora, principalmente atribuídos aos Dromaeosauridae, entre os que se incluem algumas aves. Os dentes destes animais são relativamente abundantes no registo fóssil, mas os restos não dentários são escassos e os únicos géneros descritos (Pyroraptor, Variraptor ou Tamarro) estão baseados em material muito limitado.

A jazida paleontológica de Lo Hueco é uma das localidades fossilíferas mais relevantes para o estudo das faunas de vertebrados continentais do Cretácico Superior da Europa. O registo fóssil desta é particularmente abundante em tartarugas, crocodilos e dinossáurios saurópodes, mas conta também com uma representação interessante de dinossáurios terópodes. Até ao momento, e a partir do registo de dentes, no local tinham-se identificado pelo menos quatro formas distintas de terópodes Maniraptora. O material ósseo atribuível a estes pequenos terópodes na jazida é abundante se o compararmos com o que se conhece em outras regiões da Europa, e está representado por restos isolados, muitos deles atribuíveis ao grupo dos dromaeossaurídeos. Não obstante, a diversidade representada na jazida é difícil de compreender até ao momento.

O trabalho de investigação engloba membros do projeto “DinoVillaba” do Plano Nacional de Investigação de Espanha e de vários projetos anuais de investigação do Património Arqueológico e Paleontológico de Castilla-La Mancha. No âmbito destes projetos, o estudo dos terópodes é desenvolvido pelo Grupo de Biología Evolutiva da UNED no qual participam investigadores do IDL Ciências ULisboa, do Museo Carmen Funes e da UNED.

Grupo de Biologia da UNED com GJ Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Ciências preencheu 99,9% das suas vagas na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao ensino superior, a taxa mais elevada desde que há registo.

No dia 14 de setembro, pelas 17h30, a arqueóloga Lídia Fernandes vai falar sobre o chão, no MUHNAC-ULisboa, em mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência.

Maria de Deus Carvalho, professora do Departamento de Química e Bioquímica (DQB) e investigadora do Centro de Química e Bioquímica de Ciências, faleceu aos 53 anos, no dia 5 de setembro de 2017.

As Olimpíadas Internacionais de Ciências da Terra ocorreram nos dias 29 e 30 de agosto, em Nice, na Côte d'Azur, em França. Pelo terceiro ano consecutivo, os estudantes do ensino secundário português voltaram a conquistar medalhas.

Depois de ter passado pela Austrália, África do Sul, EUA e Reino Unido, entre outros países, a EMAPI chega a Portugal.

Valiant acredita que a ciência da aprendizagem permanece apenas explorada parcialmente, e que o uso das previsões (via a Aprendizagem) no mundo atual, tão sujeito às mudanças e às surpresas, é particularmente interessante. Por exemplo, os sistemas biológicos são altamente adaptativos, e compreender o que eles fazem, passo a passo, e porquê tem êxito, levaram-no a considerá-los como tópicos ideais para uma teoria da aprendizagem e da ciência da computação.

O “5th International Tsunami Field Symposium” realiza-se de 3 a 7 de setembro de 2017, em Lisboa e no Algarve e reúne a elite mundial no estudo de depósitos de tsunami, destaque para os dois oradores convidados - Alastair Dawson e Raphael Paris.

O projeto “Caixa Sismológica”, do Agrupamento D. Maria II, com sede na Escola Básica e Secundária Gama Barros, no Cacém, venceu o concurso internacional “Ciência na Escola”, 1.º escalão – Educação Pré-escolar, promovido pela Fundação Ilídio Pinho. Neste escalão do concurso, participaram 48 projetos, dos quais só 12 chegaram à fase final, em Coimbra.

Após perto de dez anos de planeamento e construção, o espectrógrafo ESPRESSO vai ser instalado no Very Large Telescope, do ESO, no Chile. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço é um dos membros do consórcio, pelo que terá acesso a 273 noites de observação com o VLT.

Cerca de 360 pessoas estiveram presentes na sessão Ignite IAstro e que integrou o programa do XXVII Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica. Em outubro a digressão ruma até à Ribeira Grande, nos Açores.

Os autores do artigo apresentam a história evolutiva de duas espécies de lagartos endémicos da Austrália - Carlia triacanth e Carlia johnstonei - revelando como se adaptaram a alterações climáticas do passado.

Com o fortalecimento da Aprendizagem (Machine Learning), a escola clássica da Inteligência Artificial ou IA (Good Old Fashion AI, GOFAI), apoiada em sistemas simbólicos, ficou entrincheirada. O livro mais recente do professor Hector Levesque, “Common Sense, the Turing Test, and the Quest for Real AI”, da MIT Press (2017), vem ajudar a não esquecermos o que a IA nos tem ensinado, ano após ano, acerca da mente, e, em particular, que o pensamento é um processo computacional. Como pode, então, a computação iluminar o pensamento?

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de agosto é com Cristina Manessiez, técnica superior da Biblioteca de Ciências.

Investigadores de Ciências e do Instituto Universitário de Lisboa desenvolvem hardware capaz de resolver tarefas robóticas, em contexto real, em menos tempo do que o alcançado até então. Os resultados foram publicados na revista científica Royal Society.

Em 2017 os Prémios Científicos ULisboa/Caixa Geral de Depósitos foram atribuídos a Vladimir Konotop e Ricardo Trigo. O ano passado foi a vez de Henrique Cabral e Eric Font. Ainda não é conhecida a data da cerimónia pública de entrega das referidas distinções.

Na lista de artigos e livros notáveis da ACM Computing Reviews, a Best of Computing, encontram-se publicações de professores e investigadores do Departamento de Informática de Ciências.

grupo de participantes

Alunos do ensino secundário participaram em projetos de investigação na Faculdade de Ciências da ULisboa. O culminar da atividade deu-se com um Congresso Científico, onde os "novos cientistas" apresentaram os resultados do trabalho realizado.

A palestra "Por que não anda o tempo para trás?” acontece dia 29 de julho, pelas 21h30, no Planetário Calouste Gulbenkian, Centro Ciência Viva de Belém.

Durante duas semanas, estudantes do ensino básico e secundário conheceram o ambiente da Faculdade e os métodos de trabalho dos cursos aqui lecionados.

“Tina dos Tsunamis” ocorreu no passado dia 29 de junho, durante o campo de férias Exploradores, com um grupo de 25 crianças, entre os 7 e os 14 anos do bairro do 2.º Torrão, em Almada.

Para compreendermos as capacidades de cada um de nós é preciso entender como as células nervosas se comportam e como interatuam entre si, isto é, pode sempre existir uma outra hipótese que consiga explicar um pouco mais. E, existem sempre os factos e as interpretações.

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa organiza de 24 a 28 de julho de 2017 a 4.ª edição do “Ser Cientista”.

No próximo ano letivo Ciências apresenta três novos cursos: Biologia dos Recursos Vegetais, Cultura Científica e Divulgação das Ciências e Data Science.

Preparado para mineração nos fundos marinhos profundos? E para viver sem telemóvel? Venha visitar a exposição Mar Mineral e compreender a relação.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de julho é com Andreia Santos, técnica superior do Gabinete de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) da Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno de Ciências.

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