A novela gráfica está dividida em duas partes - ensaio e banda desenhada-, ambas bilingues, português e inglês
Videochat com Ana Simões, Ana Matilde Sousa e Pedro Moura, autor e crítico de banda desenhada. A conversa teve o patrocínio da Livraria-Galeria Tinta nos Nervos.
“O cruzamento da história das ciências com a banda desenhada foi uma aposta arriscada e uma concretização genuinamente coletiva, cujo resultado final é mais do que o somatório das partes. É para nós uma grande satisfação que o universo da banda desenhada em Portugal o tenha reconhecido”, comentam Ana Simões (ensaio e argumento) e Ana Matilde Sousa, mais conhecida por Hetamoé (banda desenhada), autoras de “Einstein, Eddington e o Eclipse: Impressões de Viagem”, uma obra editada pela Chili Com Carne e recentemente distinguida com o Prémio de Melhor Publicação Nacional com Distribuição Comercial pelo Bandas Desenhadas.
A novela gráfica distinguida a 24 de abril foi elaborada pela professora do Departamento de História e Filosofia das Ciências e investigadora do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia e pela artista visual no âmbito do centenário do eclipse de 1919 e partiu da investigação realizada para a exposição “E3 — Einstein, Eddington e o Eclipse”, inaugurada no Museu Nacional de História Natural da Ciência em maio de 2019 e que no final do ano passado passou para a Faculdade, tendo estado em exibição no átrio do edifício C6. Foi nessa ocasião que ocorreu o lançamento da obra agora premiada e que tem um custo de 15 euros podendo ser encomendada online através do site da editora.
O foco da obra é a correspondência de Arthur Eddington trocada com sua mãe, irmã e o Observatório de Lisboa antes, durante e após a sua expedição à Ilha do Príncipe para estudar o eclipse solar total de 1919, funcionando como ponto de partida para uma narrativa gráfica de contornos experimentais e impressionistas. Este oitavo volume da LowCCCost, uma coleção de livros de viagem, está dividido em duas partes - ensaio e banda desenhada-, ambas bilingues, português e inglês, as duas principais línguas usadas durante a expedição.
Scprita manent. O que se escreve, fica, permanece.
A ideia do livro começou por surgir como uma alternativa a um catálogo convencional e destina-se a um público dos 15 aos 150 anos, contam as autoras ao jornal Público.