Criar laços


"Só quem trabalha na área da investigação sabe o que é passar por momentos como estes em que não vemos a luz ao fundo do túnel, mas é aliciante e faz-nos desenvolver muitas das nossas hard e soft skills aos mais diversos níveis"
Fonte IBEB de Ciências da ULisboa

A dissertação de mestrado de Pedro Ferreira, engenheiro biomédico, de 23 anos, ganhou recentemente o primeiro prémio na Worldwide Academic Competition 2015, na categoria Future of Health, uma iniciativa promovida pela Future Ideas.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido pela Faculdade de Ciências da ULisboa, a metodologia apresentada por este jovem de 23 anos poderá levar à utilização massiva de algoritmos matemáticos através do recurso à computação em placas gráficas. Além das vantagens para o diagnóstico do cancro da mama, estes algoritmos podem ainda permitir reduzir a quantidade de radiação a que são submetidos os pacientes hoje em dia.

Pedro Ferreira realizou este trabalho no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB) da Faculdade de Ciências da ULisboa, integrado num projeto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em parceria com o NOVA LINCS, um laboratório de investigação em Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Saiba como começou esta “aventura” na entrevista que se segue e conheça ainda a opinião de Nuno Matela, professor e investigador da Faculdade de Ciências da ULisboa e um dos seus orientadores.

Como surgiu a hipótese de realizar este trabalho no IBEB?

Pedro Ferreira (PF) - Foi a partir de uma outra investigadora do IBEB, a Raquel Conceição, que me deu a conhecer o professor Nuno Matela, o meu orientador no IBEB, que então me apresentou o projeto em questão.


Fonte Cedida por NM

Ciências da ULisboa - Em que datas o concretizou?

PF – Iniciei-me como investigador no IBEB em fevereiro de 2014. Terminei em setembro de 2014, apesar de continuar ligado e a apoiar a realização deste projeto de forma ativa.

O que é que mais gostou de fazer no âmbito desta experiência?

PF - Penso que o facto de ter de aprender sobre um assunto novo sem quaisquer bases profundas, principalmente no que diz respeito à computação paralela, foi um desafio interessante e por isso uma satisfação enorme de hoje em dia ser reconhecido pelo trabalho e por ter tido a oportunidade de divulgar o que temos vindo a realizar em duas conferências internacionais. Orgulho-me também de ter conseguido criar laços entre a minha instituição de origem (a Universidade Nova de Lisboa), e em particular o NOVA LINCS, e o IBEB, pois penso que tal trará certamente frutos tanto para o lado da Universidade de Lisboa, como para a Universidade Nova de Lisboa.

Teve contratempos no âmbito deste trabalho? Se sim, como os ultrapassou?

PF - Sim, diversas vezes... Trabalhar enquanto investigador envolve alturas más e boas, como em tudo... Só quem trabalha na área da investigação sabe o que é passar por momentos como estes em que não vemos a luz ao fundo do túnel, mas é aliciante e faz-nos desenvolver muitas das nossas hard e soft skills aos mais diversos níveis. De qualquer forma é nessas alturas que nos apoiamos dos nossos orientadores que nos ajudam muitas vezes a traçar um caminho.

Porque concorreu a esta competição?

PF – Concorri pois já tinha ouvido falar da competição e visto considerar esta uma ideia original e adequada para o tipo de competição que é o Future Ideas; penso que o feedback que fui obtendo nas diversas conferências me influenciou a dar este passo em frente.

Estava à espera de ganhar?

PF – No início não, mas assim que chegou ao top 10 comecei a aperceber-me do potencial da ideia e de como a mesma estava a ser bem recebida.

O que está a fazer neste momento?

PF – Trabalho atualmente na Cerner Portugal (empresa recém criada após a aquisição da Siemens Health Services por parte da Cerner Corporation) na área de soluções clínicas e tecnologias de informação.Também dou apoio - como monitor - a uma disciplina de programação a estudantes de Engenharia Biomédica, Física e Matemática na Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa.

E no futuro, o que pretende fazer?

PF – Pretendo possivelmente concluir o mestrado em Engenharia Informática e enveredar muito em breve por uma carreira internacional na área das Tecnologias de Informação.

Comentário de Nuno Matela
Professor do Departamento de Física e investigador do IBEB da Faculdade de Ciências da ULisboa

“Foi um enorme prazer ter tido a oportunidade de orientar o trabalho de mestrado de um aluno como o Pedro Ferreira e muito gratificante ver agora o mérito do seu trabalho reconhecido. O Pedro demonstrou ao longo do período que trabalhou connosco uma capacidade de trabalho e conhecimentos que não são comuns num aluno de mestrado, o que tornou ainda mais motivante esta orientação.
O Pedro entrou num projeto que já decorria há aproximadamente um ano e os resultados preliminares que obtivemos já nos davam uma forte indicação que os algoritmos que tínhamos desenvolvido poderiam ser uma mais-valia no diagnóstico do cancro da mama. Porém, sabíamos que o seu tempo de computação seria uma forte limitação à sua utilização em prática clínica. O Pedro atacou este problema com um enorme empenho e conseguiu, recorrendo à programação em placas gráficas, acelerar enormemente o processo e assim aumentar bastante o potencial que esta metodologia poderá ter num tópico tão relevante. Além disso, conseguiu fazê-lo com uma solução extremamente barata pois as placas gráficas são um componente de custo reduzido e existente em todos os computadores.
Além deste empenho, o Pedro demonstrou sempre uma enorme humildade. Ao perceber que os conhecimentos que trazia do seu curso eram sólidos em Engenharia Biomédica, mas que podiam não ser suficientes para um projeto de programação em placas gráficas, o Pedro foi complementando o seu trabalho com a realização disciplinas extracurriculares e com um curso especificamente sobre este tema em Barcelona.
Enquanto orientador, não posso deixar de dizer que é motivo de enorme satisfação ver a valorização que uma instituição internacional faz do trabalho realizado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e, em particular, no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica e de mais uma vez endereçar os meus parabéns ao Pedro.”

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura de Ciências da ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
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A ação COST CA 16118 ou Neuro-MIG visa o estabelecimento de uma rede de médicos e cientistas para o estudo das malformações do desenvolvimento cortical humano. Em setembro passado a comissão de gestão e os grupos de trabalho desta rede estiveram reunidos em Ciências ULisboa.

<i>Deep Learning</i>

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"Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" está nomeada para o prémio internacional Best Climate Solutions 2018. É o único projeto ibérico a concurso.

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Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com Sara Magalhães, professora do Departamento de Biologia Animal, investigadora do cE3c, e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia do site da Faculdade.

“Tomar consciência do tipo de relação que se tem connosco pode ser muito importante, na medida em que nos ajuda a perceber de que forma andamos ou não a cuidar de nós próprios”, escreve Andreia Santos, psicóloga do Gapsi, na sua rubrica habitual.

Átrio do C3

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A Noite Europeia dos Investigadores foi lançada em 2005. “Ciência na cidade” é o tema desta edição que se realiza a 28 de setembro e conta com 22 iniciativas com o carimbo de Ciências ULisboa.

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Golfinhos

Uma equipa multidisciplinar, que inclui membros do CEAUL, vai monitorizar comunidades de baleias e golfinhos ao longo da costa portuguesa. O objetivo é criar um atlas dos cetáceos em Portugal e protegê-los.

Sequência de vértebras caudais do exemplar de dinossáurio terópode

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O SMART FARM CoLAB ficará localizado nas antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho, em Torres Vedras

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Inscrições Ciências 2018

O primeiro período de matrículas para os alunos do 1.º ano, 1.ª vez em Ciências ULisboa termina a 14 de setembro. Pela primeira vez o processo é feito online.

Teresa Rodrigues

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de setembro é com Teresa Rodrigues, técnica superior da Biblioteca de Ciências ULisboa.

Tejo

Vanessa F. Fonseca, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE-ULisboa), doutorada em Biologia Marinha e Aquacultura por Ciências ULisboa, coordena o projeto Biopharma, que deverá terminar em 2019.

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Os jardins do Campo Grande surgem entre os preferidos de Lisboa, de acordo com os resultados de um inquérito online desenvolvido pelo Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa.

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Colegas e amigos homenageiam José Rufino, falecido em julho passado, com uma missa em ação de graças e uma recolha de fundos para a Ciências Solidária, que será entregue a esta associação em nome do professor do Departamento de Informática de Ciências ULisboa.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, ficou a conhecer os carros solares de Ciências ULisboa

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Andreia Santos, psicóloga do Gapsi, deixa uma questão para cada um pensar sobre si próprio: “Qual é a minha atitude perante aquilo que geralmente não pode ser mudado?”.

Mais de um milhão de euros para quatro projetos da ULisboa, ao abrigo do 1.º Concurso da FCT e da Aga Khan Development Network. Ciências ULisboa é a instituição proponente de um desses quatro projetos, participando noutro. Ao todo foram selecionados 16 projetos.

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Samuel Barata estuda na Faculdade no mestrado de Química e é atleta com algumas medalhas alcançadas. Conheça mais pormenores do percurso do estudante, entrevistado por Ciências ULisboa.

Euryphara ribauti

Se ainda não conhece o projeto das cigarras marroquinas, entre no Instagram e acompanhe as aventuras de Gonçalo Costa, distinguido este ano com uma bolsa de início de carreira pela National Geographic Society.

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