No Campus com Helder Coelho

O programa da aula

Helder Coelho

Ao ensinarmos um conhecimento repetimos com frequência certas palavras (as noções e os conceitos) com o intuito de vincar uma ideia necessária mais à frente, ou um sentido, capaz de marcar um espaço essencial para a compreensão do que explicamos. Quase sempre pretendemos simplificar o que dissemos, e juntar as peças do quebra-cabeças que sintetiza um pensamento. Por isso um MOOC (Massive Open Online Course) estrutura-se com pequenos componentes, curtos (cerca de oito minutos), que montamos com paciência em módulos e depois em capítulos (vejam-se alguns exemplos no YouTube), para dar uma continuidade ao fluxo do nosso discurso (todos sabemos que a atenção de um estudante mantem-se até ao minuto 20, e não mais). No exercício de dar uma aula sem slides e qualquer tecnologia, como no antigamente, recorrendo ao giz, quadro preto e à representação oral, era importante organizar na mente um discurso, estruturado com quebras e apartes para distender o auditório. Agora para fazer uma palestra curta TED (vejam-se exemplos na Internet) temos também de fazer uma organização mental que seja agradável e mobilizadora, para atrair a atenção da assistência e captar os visitantes do sítio TED.com.

“Usem as novas tecnologias nas aulas, que é o que nos mantém atentos.”
Marta Martins, 20 anos, Público, 2016.04.25

Ao visarmos reduzir a complexidade dos conceitos usamos frequentemente intuições (visões simples e imediatas), um método habitual em Filosofia (vejam-se as Lições de Henri Bergson). O seu propósito era comunicar plenamente, de formulação em formulação, deslocando-nos do simples para o complicado (e, em geral, apoiando-se na abstração), sem o receio de alterar o que não estava ainda claro (alguns sítios da Internet como o brasileiro Geekie, de Claudio Sassaki, tentam inventar a aprendizagem pessoal recorrendo a uma plataforma adaptativa, abordando o processo de ensino e aprendizagem por meio de tecnologias criativas – a partir do diagnóstico de que os estudantes de uma mesma aula não aprendem todos do mesmo modo). A IBM e a Samsung apostam, presentemente, na investigação em Educação para compreenderem como a tecnologia deve apoiar a aprendizagem.

Diz-se que nem sempre pensamos por linhas direitas, quase sempre seguimos por curvas, em ziguezagues, corrigindo o que estava confuso, unindo e simplificando, recorrendo a imagens e metáforas, para ajudar os outros a capturarem a essência das coisas. Tal como no futebol, o jogador avança, para a baliza do adversário, fintando e guinando. Recorrer a pares de contrários (dualismos) é outro modo de explicar o pensamento, como complicação e facilidade, superficialidade e profundidade, conjunto (de elementos) e organismo, exterioridade e interioridade, composição e evolução, inteligência e intuição, ensino e aprendizagem.

Machine teaching versus machine learning

Quando nos aproximamos de um conhecimento (e.g. doutrina, matéria de uma disciplina, conjunto de tópicos) é bom ficarmos logo a saber as suas partes (os Vários) e como eles se interpenetram e relacionam (recorre-se à Dialética, a ciência das relações), como se pertencessem a um corpo (Um). Em seguida, os estudantes gostariam de apanhar a imagem mediadora desse mesmo conhecimento, e para isso o professor terá de ir desenhando uma imagem, à medida que avança na matéria, aula a aula. A imagem (visual, auditiva) que entra (pela percepção) na cabeça do estudante é o que estava no pensamento do professor, mas agora sujeito à interpretação/tradução do próprio ouvinte. O sucesso dessa transferência depende, em parte da habilidade do professor (intuição, criatividade) e da atenção, curiosidade e trabalho (ímpeto, motivação) do estudante (por isso, a frequência às aulas dos estudantes e a preparação prévia, que devem fazer, são uma ajuda vital para aumentarmos a taxa de aprovação). Para além das palavras (frases), resta ainda o sentido que ficou no pensamento do aluno e que será objeto do seu trabalho posterior, ora nos exercícios práticos ou no trabalho para casa. O êxito desta operação de transferência será mediado posteriormente no exame, e dependerá da vontade do aluno em trabalhar (aprender), ora preparando as próximas aulas ou revisitando o conhecimento através de horas de estudo (a experiência auxiliada pelo raciocínio e pensamento crítico).

Aprender com os MOOC não é tão fácil, como se pensa. Exige esforço. Que falem os que já tiveram essa experiência de trabalhar com as lições (pelo YouTube ou graças às plataformas Coursera, Udacity ou edX), e sem professor à mão. Do mesmo modo, montar um MOOC e ir para a batalha de o promover na Internet implica esforço, pois impõe um intervalo enquanto ele não começa e é necessário estruturar o grupo diretor, a equipe de apoio aos alunos, a de correção dos trabalhos (de forma automática ou manual). Também é bom não esquecer que estruturar o conhecimento é um magnífico exercício para um professor antes de começar a lecionar. Organizar os módulos e parti-los em bocados, depois juntar os bocados em módulos consistentes exige um guião e vai levar tempo. Mas ajuda a disciplinar o que e como o professor deve dizer as partes, sem esquecer as explicações e as justificações.

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências

Qual é a maior alegria de um professor? Para a maioria é com certeza o bem-estar e o sucesso dos seus alunos.

Escolha de Ramo em Geologia / 2014

Listas definitivas divulgadas em 23 de Julho de 2014.

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática da FCUL e um dos investigadores fundadores da Inteligência Artificial

“Tenho pensado em fazer um curso, uma formação extra virada para a área da Energia, não só para ajudar os meus alunos mas também por mim, por satisfação, para aprender”, conta Carlos Paulino, professor do ensino secundário.

Anfiteatro da Escola de Ciências

Universidade do Minho

Departamento de Biologia

23 a 26 de Junho

 

 

A Thomson Reuters alerta para a interrupção de serviços.

 “O mar tomou-se de repente muito novo e muito antigo”

O MARE organizou uma viagem a bordo de um Galeão para dar a conhecer a fauna local do Parque Marinho do Parque Natural da Arrábida. No total, 100 pessoas participaram nas iniciativas de comemoração do Dia Mundial do Ambiente organizadas por este centro.

Gostava de fazer um estágio aplicando os conhecimentos de Estatística Aplicada à área de Recursos Humanos? A Ernst & Young lança proposta.

Cátia Raminhos e Jorge Santos, estudantes do mestrado em Engenharia Informática de Ciências, lançaram uma plataforma de partilha de informação dedicada ao autismo e que já chegou a 33 países.

Orador: Ivana Ljubic (University of Vienna)

 

Título: The Recoverable Robust Facility Location Problem

 

O desafio está lançado: experimentar, na primeira pessoa, a realidade da investigação científica na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e conhecer por dentro o campus universitário e os seus laboratórios, de 21 a 24 de julho.

Denís Graña e José Sebio desenvolveram este projeto no âmbito da disciplina de Aplicações na Web do mestrado em Engenharia Informática de Ciências.

O Centro de Investigação Operacional realizará no dia 19 de junho, quinta-feira, às 14H30, na sala 6.4.31, um Seminário intitulado The Recoverable Robust Facility Location Prob

Mapa

A FCT e a FAPESP pretendem lançar em 2014 um concurso para projetos de investigação, com equipas conjuntas, em todos os domínios científicos.

Observatório Astronómico

O Edifício das Matemáticas, que faz parte do complexo arquitetónico do Observatório Astronómico, foi também recentemente modelado em 3D por um grupo de alunos da Faculdade de Ciências da ULisboa.

Mais uma visita a uma escola, na região oeste, para uma sessão com duas palestras...

Aberta aos sábados, até às 17h00, entre 7 e 28 de junho.

Ambiente subaquático

O passeio a bordo do galeão ocorre durante a manhã. Os participantes além de recolherem o lixo subaquático também poderão fotografar a biodiversidade. Da parte da tarde estão previstas outras ações como a identificação de sons de animais marinhos, a observação de plâncton à lupa e a recolha de amostras para análises genéticas.

HoliBraille

Diogo Marques e Tiago Guerreiro, investigadores de Ciências, assinam juntamente com outros cinco investigadores o artigo "Augmenting Braille Input through Multitouch Feedback".

2ª fase de candidaturas para o Mestrado em Matemática para Professores: de 18 de Agosto a 3 de Setembro. Este ano iniciar-se-á o ensino em regime de b-learning neste mestrado.

Prémio Jovem Investigador da Sociedade Europeia de Aterosclerose

Ana Catarina Alves, doutoranda do centro BioFIG, distingue-se com o trabalho "Novel functional APOB mutations outside LDL-binding region causing familial hypercholesterolaemia".

Durante o terceiro debate foram apresentados os resultados de um estudo de opinião com incidência em temáticas como a educação para o mar, a Economia verde, a eficiência energética ou a reindustrialização.

Parabéns à Alexandra Symeonides, Fábio Silva, Filipe Gomes, João Dias, João Enes, Pedro Pinto e Sílvia Reis, alunos ou ex-alunos do mestrado em Matemática do Departamento de Matemática de Ciências, pela obtenção duma bolsa de doutoramento LisMath.

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