Ciência com o ALMA


Pormenores de galáxias em fusão e grande angular do céu
Fonte ESO

Hugo Messias pretende continuar a estudar outras galáxias parecidas com a que observou e que revelou a melhor imagem de sempre de uma colisão de duas galáxias, quando o Universo tinha quase metade da sua idade atual.

O projeto piloto liderado pelo investigador do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL) consiste na caracterização de uma galáxia magnificada gravitacionalmente. “Isto significa que uma galáxia muito massiva ampliou e magnificou, com o seu forte campo gravítico, uma galáxia mais longínqua que se encontra por detrás”, explica.

Este trabalho foi apresentado no artigo científico “Herschel-ATLAS and ALMA HATLAS J142935.3-002836, a lensed major merger at redshift 1.027”, publicado online na revista “Astronomy & Astrophysics” na terça feira, dia 26 de agosto.

O autor principal – Hugo Messias – e restante equipa – 38 cientistas filiados a organismos do Chile, Reino Unido, EUA, Alemanha, França, Itália e Nova Zelândia – procuraram perceber qual é o mecanismo que torna estas galáxias tão extremas e ativas.

Hugo Messias
Hugo Messias quer “mostrar que também nós, portugueses, conseguimos produzir resultados de alto nível e competitividade”
Fonte Marianela Camaño

“Graças a este esforço conjunto, foi-nos permitido obter tanta informação sobre um só objeto. Mas no fundo, a equipa anda a fazer o mesmo agora para outras galáxias. O objetivo final é chegar a conclusões estatisticamente robustas”, comenta.

De acordo com o comunicado de imprensa do ESO “a equipa usou uma lupa do tamanho de uma galáxia para ver detalhes que de outro modo seriam impossíveis de detetar. Este novo estudo da galáxia H-ATLAS J142935.3-002836 mostrou que este objeto complexo e distante se parece com as Galáxias Antena, um sistema local em colisão bem conhecido”. A relevância deste estudo está na quantidade e qualidade da informação obtida pelo ALMA, tanto a nível químico como dinâmico.

Conferência do ALMA
Primeira conferência sobre resultados do ALMA onde estes resultados foram apresentados pela primeira vez à comunidade
Fonte ALMA

Hugo Messias é licenciado e doutorado em Astronomia e Astrofísica pela Faculdade de Ciências da ULisboa e regressou a Portugal em janeiro deste ano, após ter estado dois anos a trabalhar na Universidade de Concepción, no Chile.

Atualmente é bolseiro de pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia no CAAUL e o seu foco principal passa pela ciência com o ALMA e o reconhecimento internacional do PACE. “Estamos a investir muito no Centro de Competências para o ALMA, um reconhecimento dado recentemente pelo ESO ao CAAUL”, refere.

Hugo Messias quer “mostrar que também nós, portugueses, conseguimos produzir resultados de alto nível e competitividade”. Um objetivo partilhado com José Afonso, diretor do CAAUL. “Somos hoje reconhecidos internacionalmente como um Centro de Competências para o ALMA, e veremos nos próximos tempos mais resultados excitantes da nossa investigação com este revolucionário observatório”, pode ser lido no comunicado de imprensa emitido por aquele Centro.

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@fc.ul.pt

Teve lugar a 27 de outubro no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa (ULisboa) o lançamento oficial do Colégio de Química, o primeiro colégio da ULisboa aprovado na área das Ciências Exatas.

O aumento da temperatura da água leva anfíbios omnívoros a adotar uma dieta mais herbívora. De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Climáticas, “esta é a primeira vez que é estudada em vertebrados a assimilação de dietas mais ou menos ricas em proteínas em função da temperatura”.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O último Dictum et factum de 2016 é com Paulo Silva, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

O QTLeap—Quality Translation by Deep Language Engineering Approaches chega ao fim, mas a investigação em tradução automática continua. Leia a curta entrevista com António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências e coordenador deste projeto, iniciado em novembro de 2013.

“A Onda da Nazaré: um estímulo para a aprendizagem” é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e explica de forma simples e recorrendo a curtas animações os processos associados à existência da maior onda surfada em todo o mundo. 

O curso de Química Tecnológica celebra em 2017 os 35 anos da saída dos seus primeiros licenciados pelo que as próximas “Jornadas QT” realçarão esta efeméride.

Nos últimos anos da troika (2011-2015), a importância da Filosofia foi bastante apreciada, em particular a nível internacional. Este período não foi bom para Portugal, sobretudo porque os jovens licenciados foram colocados de lado e sem trabalho, os sem emprego (ou bolsa), os precários (com vencimento à hora de ocupação, os temporários, sem férias, direitos de saúde...), e os que estavam a mais (e, forçados a emigrar) juntaram a sua indignação e protestaram. Nem sempre com resultados bem visíveis e de pressão real sobre o poder.

A União Europeia das Geociências atribui anualmente um prémio que reconhece atividade científica de exceção a nível mundial, realizada por cientistas desta área na fase inicial da carreira. Este galardão foi atribuído pela primeira vez a um investigador a trabalhar em Portugal. João Duarte é investigador do Instituto Dom Luiz e do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e recebeu este prémio pelo seu trabalho na área da Geologia Marinha e Tectónica, bem como pela sua atividade na área da divulgação científica. 

Nos próximos cinco anos, Sara Magalhães vai explorar um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro-aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate, no âmbito do projeto “COMPCON - Competição sob construção do nicho”, com início previsto para maio de 2017 e desenvolvido em colaboração com investigadores da Universidade de Montpellier, em França.

Aplicações médicas e industriais a partir de organismos que produzem bioadesivos... Sim, é possível. No âmbito de uma Ação COST, a Rede Europeia de Especialistas em Bioadesão, trabalha para criar novos produtos.

O tempo tem demonstrado ser possível avançar na criação de mais e melhores condições de equidade para os alunos com Necessidades Educativas Especiais. Mas este é um desafio permanente para as instituições de ensino, como também o é para cada um de nós e a cada momento, num permanente processo de implicação pessoal em prol de algo que tanto prezamos: a igualdade de oportunidades.

Num desporto o treino é comum e faz parte de um plano para conseguir os melhores resultados, estimulando as capacidades físicas a superarem os desempenhos. Mas, também se podem treinar as mentes para fazer ciência.

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

Luís Filipe Lages Martins, bolseiro de pós-doutoramento do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, é o vencedor da 1.ª edição do Prémio Inovação em Metrologia da Sociedade Portuguesa de Metrologia (SPMet).

Em parceria com a Universidade de Lisboa e outras instituições que lecionam o curso de Química, a Sociedade Portuguesa de Química atribui prémios de mérito aos alunos com melhores resultados alcançados nesta área científica.

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Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

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capa do livro

A banda desenhada "Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" é lançada em Ciências esta segunda-feira, 7 de novembro de 2016, pelas 17h00, no auditório da Fundação da Faculdade, sito edifício C1, piso 3.

A ciência contemporânea enfrenta um conjunto de novos desafios que podem limitar a sua legitimidade, o seu valor e alcance. Estas notas abordam alguns destes riscos tentando apontar possíveis caminhos para os ultrapassar.

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Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

“Ainda há muito para fazer”, responde Nuno Araújo, quando questionado quanto ao futuro desta investigação, que dá um passo significativo num dos maiores desafios da Física da Matéria Condensada e que diz respeito ao desenvolvimento de técnicas experimentais, económicas e eficazes, capazes de sintetizar as estruturas desejadas de forma espontânea.

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Os cientistas João C. Duarte, Filipe M. Rosas e Wouter P. Schellart apresentam o novo supercontinente chamado Aurica.

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