Uma equipa de investigadores do Centro de Astronomia e Astrofísica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CAAUL) vai construir o sistema que vai maximizar a qualidade ótica da câmara MOONS - Multi-Object Optical and Near-infrared Spectrograph, em todo o campo de visão do telescópio VLT.
“Em poucos anos o MOONS conseguirá mostrar-nos como milhões de galáxias cresceram na época em que o Universo se mostrou mais ativo, há quase dez mil milhões de anos", diz José Afonso, diretor do CAAUL, a propósito da construção da nova câmara do Observatório Europeu do Sul para o VLT.
Fonte: ESO/MOONS Consortium
Legenda: Desenho conceptual do MOONS
A MOONS, um espectrógrafo de nova geração, com um tempo expectável de vida de dez anos, deve ficar operacional em 2018 e deverá obter dados importantes para projetos já em curso, como é o caso da Missão Gaia, Dark Energy Survey, ALMA, Herschel e LOFAR.
De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo CAAUL, “a MOONS irá observar cerca de dez milhões de galáxias, tornando-se uma ferramenta essencial para o estudo da formação e evolução destes sistemas ao longo da história do Universo. Este instrumento permitirá ainda sondar a estrutura da Via Láctea observando estrelas até uma distância de 40 mil anos-luz, incluindo regiões obscurecidas por poeira, permitindo assim aos astrónomos construir um mapa tridimensional da nossa galáxia”.