Convívio

Piquenique junta alunos internacionais na Herdade de Ribeira Abaixo

Foto de grupo de grupos de estudantes internacionais

A Herdade da Ribeira Abaixo recebeu a visita dos estudantes internacionais na sexta-feira

DCI - CIÊNCIAS

A Herdade de Ribeira Abaixo (HRA) podia ter sido uma pequena savana, mas é um montado. E foi isso mesmo que Cristina Máguas, vice-diretora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS), tratou de esclarecer, na passada sexta-feira, aos 30 participantes de vários países e continentes que compareceram no piquenique de boas-vindas aos alunos de Erasmus e de fora da União Europeia (UE). “O montado é dos ecossistemas criados pelos humanos mais sustentáveis do mundo. É por isso que precisamos de o manter e estudar!”. O repto estava lançado, mas nesta visita à Serra de Grândola todos sabiam que a ciência tinha como propósito potenciar novas amizades.

O montado da Herdade de Ribeira Abaixo
O Grande parte da Herdade de Ribeira Abaixo é dominada pelo montado Fonte: DCI - CIÊNCIAS

“Este é do tipo de eventos que ajudam a conhecer pessoas de diferentes nacionalidades – e se não estivesse aqui, provavelmente, não teria conhecido o Manuel, que está aqui ao meu lado”, responde Emmanuel Nkata, aluno nigeriano que está a iniciar o mestrado de Bioestatística em CIÊNCIAS.

Manuel G. Velásquez veio do Peru para tirar o doutoramento de química em CIÊNCIAS, mas corrobora as palavras que acaba de ouvir da boca de Emmanuel Nkata. “Somos estudantes internacionais; temos de conhecer outras pessoas. Nas licenciaturas há maior relação com colegas de turma, mas nos doutoramentos, há mais trabalho de laboratório e pode ser mais difícil conhecer outras pessoas. Este tipo de eventos ajuda a conhecer mais gente, além de mostrar a importância de ter um local como este que está dedicado em permanência à investigação”, refere o estudante peruano.

A avaliar pelas palavras de Manuel G. Velásquez, o evento organizado pelo Departamento de Relações Externas e o Departamento de Comunicação e Imagem  de CIÊNCIAS cumpriu os propósitos de pôr à conversa recém-chegados de diferentes latitudes e idiomas. Decididamente, a ciência também ajuda a quebrar o gelo.

"Nas festas com alunos de Erasmus conheci pessoas da Chéquia, da Polónia, da Turquia… é bom conhecer pessoas de outros países e este piquenique está a ajudar nisso também. Gostei muito da paixão dos professores a apresentarem este local. Apesar de nada perceber de biologia acabei por aprender alguma coisa”, descreve Deniz Erim, aluna polaca que veio fazer um semestre ao curso de Geoespacial, através do programa Erasmus.

Foi com o montado a servir de cenário que Cristina Máguas e os professores de CIÊNCIAS Manuel João Pinto e Rui Rebelo fizeram as honras de anfitriões, na hora de dar a conhecer a ecoteca, uma estação sísmica tão sensível que em casos mais extremados pode captar dados dos humanos que estão mais próximos, um poço artilhado de sensores, espaços para testes de resiliência dos vegetais perante a escassez de água, e uma ribeira temporária que se resume a um pequeno pego na época seca. Mais uma vez, a Câmara Municipal de Grândola não faltou à chamada e apoiou o evento, dando seguimento à parceria que tem mantido com CIÊNCIAS na preservação da estação de campo da Herdade de Ribeira Abaixo.


A visita à Herdade teve como guias os professores Cristina Máguas, Manuel João Pinto, e Rui Rebelo Fonte: DCI - CIÊNCIAS

“Há alunos que vêm sozinhos, e outros que vêm aos pares porque, entretanto, arranjaram companhia. Em ambos os casos esta iniciativa pode revelar-se uma oportunidade de se integrarem em CIÊNCIAS e criarem uma rede de apoio”, descreve Ana Paula Matos, chefe de divisão da Área de Relações Externas. Por sua vez, Cristina Máguas admite que há potencial para ir além da iniciativa avulsa: “Gostaria muito que se repetisse este tipo de evento na altura do acolhimento dos novos alunos”, adianta a vice-diretora de CIÊNCIAS.

Aida Šermukšnytė Kaunas, aluna que veio da Lituânia para fazer o doutoramento na área da Química, não tem dúvidas sobre as virtudes de juntar um grupo de desconhecidos que vêm de países longínquos. “Conheci pessoas, e é bom que haja eventos deste género – e até podem convidar alunos portugueses!”, refere estudante lituana.

Além da ecologia, a Herdade de Ribeira Abaixo não descura a vertente cultural, que ajuda a compreender como os humanos, há mais de 200 anos, converteram em montado o que poderia ter continuado a ser uma savana. “Foi também uma boa oportunidade para mostrar o que é o mundo rural em Portugal”, conclui Manuel João Pinto. Já não restam dúvidas de que o montado tem cumprido a missão.  


Além do convívio ainda houve tempo para dar a conhecer o contributo do montado para a sustentabilidade Fonte: DCI - CIÊNCIAS

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Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt
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