Opinião

Mestrado em Bioquímica e Biomedicina: uma oportunidade de transformação e evolução

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Para a comissão de avaliação da A3ES a nova designação  – Mestrado em Bioquímica e Biomedicina – é a que melhor reflete os conteúdos curriculares do programa de estudo

DQB Ciências ULisboa
Cláudio Gomes, Margarida Gama Carvalho e Carlos Cordeiro
Cláudio M. Gomes, Margarida Gama Carvalho e Carlos Cordeiro
Imagem cedida por DQB Ciências ULisboa

A Comissão de Coordenação do Mestrado em Bioquímica apresentou à Agência e Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) uma proposta de reestruturação que consolida o trabalho de renovação que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos anos, tendo proposto um novo plano de estudos e uma alteração de designação para Mestrado em Bioquímica e Biomedicina.

Foi com grande satisfação que no início de maio de 2022 recebemos o parecer final da comissão de avaliação da A3ES, que não só reconheceu em tom altamente elogioso o percurso realizado, como concordou que a nova designação proposta – Mestrado em Bioquímica e Biomedicina – é a que melhor reflete os conteúdos curriculares do programa de estudos e as áreas de investigação onde o corpo docente desenvolve a sua atividade científica, e que proporcionam aos alunos uma efetiva formação avançada na área.

A nova designação reflete a formação proporcionada aos alunos. A maioria dos alunos optava pela anterior área de especialização em Bioquímica Médica, que, no entanto, não sobressaía na designação do mestrado. A nova designação evidencia esse aspeto da matriz identitária, sendo simultaneamente mais apelativa para os futuros candidatos, dado o interesse crescente nas áreas científicas ligadas à saúde humana, em parte impulsionado pelo valor acrescido que emergiu dessa atividade no contexto da atual pandemia.

Leia a entrevista com Cláudio M. Gomes, Margarida Gama Carvalho e Carlos Cordeiro sobre o mestrado em Bioquímica e Biomedicina.

O Relatório da Comissão de Avaliação Externa indica que “este ciclo de estudos está bem estruturado, com um plano de estudos focado em tópicos emergentes da Bioquímica aplicada à Biomedicina, alicerçado numa inovadora componente de aprendizagem experimental”.

Há importantes mudanças no plano de estudos. Simplificámos o percurso formativo, abolindo áreas de especialidade, mas dando grande liberdade aos alunos para a escolha das optativas que mais lhes interessam e ampla escolha. As componentes obrigatórias do 1.º ano do mestrado ficam concentradas em apenas duas unidades curriculares em cada semestre, uma de carácter experimental e outra que garante uma sólida formação avançada em aspetos moleculares da Estrutura e Função de Proteínas e Biologia Molecular Humana. 

Vimos na acreditação uma oportunidade de transformação e evolução, que nos impeliu a consolidar aspetos que consideramos únicos na formação pós-graduada em Bioquímica e Biomedicina, e dos quais destacamos:

  • Forte interligação à investigação científica e à experiência laboratorial;
  • Formação abrangente e flexível largamente assente num modelo de ensino em formato avançado*;
  • Promoção de dissertações de qualidade com ampla oferta de projetos também em mobilidade**.

 

 

Implementamos no mestrado uma forte interligação à investigação científica e à experiência laboratorial, materializada numa inovadora componente de aprendizagem experimental em contexto de laboratórios de investigação.

Não se trata de rotações entre laboratórios, mas sim do desenvolvimento de projetos integrativos ao longo do semestre, que são realizados de forma articulada nos laboratórios de investigação dos docentes envolvidos. Em cada ano, os temas vão variando e são definidos pela equipa docente em função do trabalho de investigação em curso. Por exemplo, neste semestre os alunos foram desafiados a implementar um projeto que permitisse identificar as alterações do metabolismo que acontecem durante a diferenciação de neurónios humanos, implicando recurso a técnicas avançadas de cultura celular, espectrometria de massa e análise computacional. É também uma excelente oportunidade para os alunos tomarem contacto com a investigação, equipamentos e infraestruturas científicas nacionais disponíveis na faculdade e nas suas unidades de I&D, e que nos permitem desenvolver estes projetos.

campus, salas de aulas e laboratórios
Todos os semestres há um número elevado de alunos Erasmus a frequentar as UC deste mestrado
Imagem cedida por DQB Ciências ULisboa

Os próximos anos serão sem dúvida os de concretização de um processo que iniciámos já há algum tempo, e em que esperamos ver o Mestrado em Bioquímica e Biomedicina emergir como um ciclo de estudos de referência para a área a nível nacional e internacional.

Temos recentemente conseguido alargar a atratividade do nosso curso a alunos provenientes de um conjunto alargado de universidades do norte a sul do país, com formações de 1.º ciclo bastante diversificadas, mas queremos que a nossa procura aumente ainda mais.

Um dos aspetos que iremos trabalhar será a componente de internacionalização. Todos os semestres temos um número elevado de alunos Erasmus a frequentar as nossas UC e gostaríamos de evoluir para a captação de um maior número de alunos internacionais inscritos no mestrado. Por outro lado, esperamos que os excelentes alunos da Faculdade que têm como objetivo prosseguir uma carreira de investigação na área da Biomedicina reconheçam que a qualidade da nossa oferta e o trabalho atento e de constante melhoria pedagógica e científica que tentamos implementar são a justificação para que a escolha do Mestrado em Bioquímica e Biomedicina se sobreponha ao seu natural desejo de ir conhecer outras instituições na transição entre o 1.º e o 2.º ciclo.

* Um mestrado com formação abrangente e flexível largamente assente num modelo de ensino em formato avançado. No mestrado as tradicionais aulas teóricas e teórico-práticas funcionam em bloco integrado combinando seminários de investigação, sessões de trabalho de grupo orientado e discussão de temas e artigos científicos, a par da exposição de conteúdos.  Esta organização, combinada com uma estrutura de horários altamente organizada e eficiente liberta tempo para estudo ou atividades extracurriculares para os alunos.

** Forte promoção de dissertações de qualidade com uma ampla oferta de projetos de dissertação no 2.º ano, criteriosamente organizada pela coordenação do mestrado. Os temas abrangem várias áreas científicas e podem ser desenvolvidos na Faculdade ou em outras universidades e instituições selecionadas para o efeito, em Portugal e no estrangeiro. Implementamos também mecanismos inovadores de incentivo à mobilidade internacional: a elevada internacionalização do corpo docente assegura a possibilidade de realizar parte ou a totalidade da dissertação no estrangeiro em Erasmus+, através de projetos de investigação desenvolvidos em parceria.

Cláudio M. Gomes, Margarida Gama Carvalho e Carlos Cordeiro, Comissão de Coordenação do Mestrado em Bioquímica e Biomedicina Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O concurso de programação do Departamento de Informática recebeu 45 participantes, alunos do ensino secundário, na edição de 2017.

Hoje em dia quando se fala de imaginação (criatividade, inovação) queremos dizer, na maior parte dos casos, antecipação e surpresa. Um empresário, um investigador, um professor querem captar a atenção do outro, inventando e brincando com o possível ou o provável. Por isso, falamos frequentemente de criar imagens, ideias, ou mesmo histórias (veja-se o tópico criatividade computacional, e o grupo de Amílcar Cardoso da Universidade de Coimbra).

O Air4, um protótipo para medição de gases indicadores da qualidade do ar, associado a um modelo de análise de mapas e a uma aplicação mobile, ficou em 2.º lugar no 1.º Hackathon de Tra

No Dia da Criança Galopim de Carvalho lança “O Avô e os Netos Falam de Geologia”, editado pela Âncora Editora e apresentado durante a Feira do Livro de Lisboa.

Foi em setembro do ano passado que a HortaFCUL decidiu abraçar o projeto de ajudar a construir uma Horta Pedagógica na Escola Básica de Santo António em Alvalade, em parceria com Direção e Associação de Pais da Escola e apoiado pelo programa de estímulo à aprendizagem financiado pela Gulbenkian.

Miguel Centeno Brito, professor do DEGGE, foi um dos participantes das II Jornadas da Energia, que ocorreram em abril passado, tendo sido um dos convidados do programa da Rádio Renascença Insónia.

Este ano as Jornadas celebraram a efeméride dos 35 anos da criação da licenciatura em Química Tecnológica.

 É necessário estabelecer redes de monitorização mais robustas e de larga escala para avaliar o impacto das alterações climáticas e da poluição atmosférica na Bacia do Mediterrâneo, refere comunicado de imprensa do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

A primeira abordagem a uma reconstituição tridimensional da circulação atmosférica de Vénus pode ser lida no artigo “Venus's winds and temperatures during the MESSENGER's flyby: An approximation to a three-dimensional instantaneous state of the atmosphere”, publicado na Geophysical Research Letters.

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

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