Crónica de uma viagem

Diário de bordo - Parte IV

Lançamento do AUV Abyss

Imagem cedida por Fernando Barriga e Sofia Martins

Fernando Barriga
Fonte Sebastian Graber

Prossegue a missão M127 no TAG. Os objectivos estão a ser alcançados, graças ao uso inteligente de uma panóplia impressionante de equipamentos que são quase todos o estado da arte neste tipo de investigação no fundo do mar.

A área cartografada com recurso ao AUV Abyss, com altíssima resolução, vai aumentando, o que muito ajuda na escolha dos locais para lançar o gravity corer, um dos principais objectivos da equipa de Ciências/IDL. Após as tentativas iniciais com insucessos, temos tido, depois, recuperações muito boas, incluindo algumas que excederam os três metros, que é a capacidade nominal do gravity corer que estamos a usar. Obtivemos dois tipos principais de material: (1) lamas castanhas-claras, carbonatadas, e (2) cores espectaculares, vermelho e laranja vivo. Alguns níveis são ricos em sulfuretos, geralmente em pequenos cristais dispersos numa matriz de óxidos de ferro. Num caso ou dois intersectámos níveis com um a dois centímetros de cristais cúbicos de pirite. A proveniência destes níveis com sulfuretos parece ser de chuva de partículas expelidas por campos hidrotermais próximos, ou de movimentações por escorregmento no fundo, ambas a poucas centenas de metros da fonte.

Temos igualmente sedimentos ligeiramente tingidos de laranja ou vermelho, bem mais discretos, que poderão contudo ser mais interessantes em prospecção, por indicarem proveniências mais longínquas. Procuramos ainda sedimentos mais espessos, mais afastados do eixo do rifte, onde possamos ver indícios de impregnações causadas por passagem de material hidrotermal através do sedimento, de baixo para cima. Esta seria a situação de maior interesse para o projecto, e para a qual se apontam igualmente outros meios de prospecção a bordo.


Sofia Martins
Fonte Fernando Barriga

O que temos tido dificuldade é para encontrar tempo para analisar os sedimentos, pois não chegamos para as encomendas, com a preparação de corers e sedimentos a chegarem a ritmo acelerado, nem temos tido tempo para dormir o que gostaríamos.

Com tanta actividade científica, pouco tempo resta para outras coisas. No sábado tivemos um jantar comemorativo do ponto médio da missão, com um belo churrasco comido ao ar livre, com um tempo excelente, no espaço geralmente ocupado pelas manobras do corer e do TV-grab Hybis (colhedor guiado por TV). Ontem fomos visitados por um outro navio oceanográfico, o navio antárctico do Reino Unido James Ross Clark, que, de passagem para Sul, ainda fez um perfil geofísico sobre o TAG.

E por agora é tudo

Fernando e Sofia

Nota da redação: os autores não seguem o atual Acordo Ortográfico.
 


Logotipo do projeto


Logotipo da missão M127

 

Fernando Barriga e Sofia Martins, investigadores do IDL Ciências

A descoberta da localização precisa de uma espécie de GPS (Global Positioning System) no nosso cérebro (Moser e Moser, 2014), capaz de nos ajudar a responder a duas perguntas básicas “Onde estamos?” e “Como vamos até acolá?”, indispensáveis para a nossa vida normal, estimulou a discussão do tema computação espacial (ler a revista norte americana Communications Of the ACM, janeiro de 2016, páginas 72-81).

Joaquim Alves Gaspar, de 67 anos, investigador pós-doutoral do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, acaba de ser distinguido com uma Starting Grant do Conselho Europeu de Investigação, a primeira a ser atribuída a um membro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em entrevista a Ciências apresenta o projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use” alvo desta distinção, no valor de 1,2 milhões de euros, bem como o homem que pretende causar um impacto significativo na História da Cartografia, demonstrando a eficácia das suas ferramentas e ajudando a criar uma nova geração de cientistas nesta área.

O Conselho Europeu de Investigação atribuiu uma Starting Grant, no valor de 1,2 milhões de euros, a Joaquim Alves Gaspar, membro integrado do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) e investigador principal do projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use”.

"No momento atual o alerta de potencial erupção ainda não terminou uma vez que a atividade sísmica se mantém acima dos valores normais", escreve José Madeira em mais uma crónica de viagem.

"Comunicar significa tornar comum. E o que queremos tornar comum? Ciência. Esse é o objetivo", escreve em artigo de opinião Manuel Leite Valença.

César Garcia, curador convidado do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, investigador do cE3c e antigo aluno de Ciências, é o autor de uma das fotografias premiadas, escolha do editor, no âmbito da 4.ª edição do BMC Ecology Image Competition, uma iniciativa da BioMed Central.

A equipa da UNDAC (United Nations Disaster Assessment and Coordination)/ERCC (European Response Coordination Centre) da Comissão Europeia (CE) tem feito avaliação dos planos de emergência existentes e suas lacunas ou melhoramentos necessários, bem como reuniões com os principais agentes intervenientes a nível local em caso de catástrofe ou emergência.

Cerca de 60 alunos da EB1 S. João de Brito,  Agrupamento de Escolas de Alvalade, visitaram em julho passado o Departamento de Biologia Animal de Ciências.

Desde a chegada da equipa UNDAC/ERCC a sismicidade tem-se mantido em níveis estáveis após dois dias iniciais em que se tinha tornado progressivamente mais superficial (1 km abaixo do nível do mar).

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Os vencedores do galardão desenvolveram o melhor projeto de Net Zero Energy House.

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Cerca de 14 alunos do ensino secundário decidiram passar uma semana das suas férias a frequentar a Escola de Verão de Energia, organizada pelos professores e alunos do mestrado integrado de Engenharia da Energia e do Ambiente, e que já vai na sua segunda edição.

Pedro Veiga, Luís Correia e Teresa Chambel, professores do Departamento de Informática (DI) de Ciências, participaram no primeiro E-Tech Portugal, ocorrido no início de junho de 2016, em Setúbal.

A racionalidade (homem racional) é inalcançável, porque a escolha ótima (identificada a maior parte das vezes com a utilidade máxima individual) é demasiado perfeita.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido pela faculdade esta segunda-feira, para os investigadores a identificação de novos alvos moleculares é essencial para definir estratégias terapêuticas cada vez mais robustas nos doentes com fibrose quística. Entrevista com Carlos Farinha.

Participantes no laboratório

“A Química e os segredos de um chocolate perfeito”, “Olhando os átomos”, “A diversidade escondida dos oceanos: do microscópio ao DNA” e “As bactérias e a resistência a antibióticos” são só alguns exemplos dos projetos disponíveis no âmbito do

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A 2.ª corrida de carros solares tripulados em Portugal ocorre este sábado, 9 de julho de 2016, entre as 10h00 e as 14h00, no campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Gerson Miguel da Silva Lobo, estudante do 2.º ano do mestrado de Bioquímica, faleceu a 26 de junho de 2016. A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos familiares, amigos e colegas do Gerson Lobo.

A gestão das preferências tornou-se numa facilidade ao dispor do projetista e do programador, e o planeamento (relacionado com as ações ao longo do tempo) é capaz de transformar um problema como se de otimização se tratasse, sujeito a restrições, a objetivos múltiplos e a efeitos probabilísticos das ações.

Crónica de Fernando Barriga e Sofia Martins, investigadores do IDL Ciências, em missão oceanográfica no Atlântico - TAG hydrothermal field.

Galopim de Carvalho, um dos geólogos mais famosos de Portugal, natural de Évora, com quase 85 anos, regressa à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no próximo dia 27 de junho.

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