Opinião

O paradigma da qualidade no ensino superior

No dia 27 de Novembro próximo, irá decorrer, sob a égide da Reitoria, o seminário “Práticas de Qualidade: Resultados no Ensino Superior” que, na sequência de outros com esta temática, é o primeiro organizado no contexto da recém-formada ULisboa, dando, assim, um pontapé de saída à integração das duas estruturas nestes processos de garantia da qualidade.

Para quem a divulgação deste evento passou ao lado, o seminário visa promover a discussão sobre as dificuldades identificadas no processo de implementação das práticas de qualidade, os efeitos na qualidade do ensino e propostas de melhoria neste contexto. Feita esta nota introdutória, devo acrescentar que, isto da política de Garantia da Qualidade, é, tão só e simplesmente, aquilo que todos nós reivindicamos em relação a tudo, uma constante melhoria e valorização de produtos e serviços, neste caso, do ensino superior.

Consumidores ou prestadores, jovens, encarregados de educação, professores, sociedade, País, todos querem ter a garantia do serviço, a garantia do futuro, a garantia do top, a garantia da qualidade. E, numa perspectiva global, é uma inevitabilidade, se queremos o reconhecimento nacional e internacional. A garantia da qualidade no ensino superior é um dos pilares do processo de Bolonha. ENQA, EUA, EURASH e mais umas tantas organizações europeias estabelecem quadros de referência globais e com os quais estamos assumidamente comprometidos. Em 2006 foi constituído o Grupo de Trabalho para a Garantia de Qualidade da UL com representantes de todas as unidades orgânicas e o apoio do Gabinete de Garantia da Qualidade da UL. Este grupo foi a raiz do Conselho da Garantia de Qualidade da UL. Paralelamente foram criadas, nas várias unidades orgânicas, comissões de garantia da qualidade que, ao longo destes anos, e em processos muito heterogéneos, vêm sendo preenchidas com mais ou menos pessoas e com mais ou menos competências explícitas.

Bases, estruturas, gabinetes, agências… na realidade há uma efervescência de processos, workshops, avaliações, acreditações, SWOT. A qualidade no ensino superior está bem instituída e assegurada ou em vias disso. Sem dúvida.

E a qualidade do ensino superior? Não é só semântica… Podem estes processos e actores garantir, efectivamente, a qualidade do ensino superior? Esta perspectiva do todo já é mais controversa e, pelo menos, mais difícil de quantificar. E agora?

A qualidade não deve ser imposta, tem que ser sentida como uma necessidade por cada um de nós. E pode ser só isto. Mas, se queremos que ela seja reconhecida pelos outros, tem que ser visível. Tanto mais visível quanto maior a escala e maior a complexidade. Quero com isto dizer que, não basta ser bom, há que parecer e aparecer! É quase fruto dos tempos e será fatal se assim não for, nesta época de feroz competição e, não menos feroz, marketing.
Sem título
Fonte: stock.xchmg
Legenda: O seminário “Práticas de Qualidade: Resultados no Ensino Superior” acontece a 27 de Novembro e é o primeiro organizado no contexto da recém-formada ULisboa

Aquando da divulgação deste seminário foram solicitados resumos com vista a pequenas comunicações. Muitas contribuições foram enviadas de várias instituições de ensino superior. Exemplo: universidades do Minho, Aveiro, Porto, Nova de Lisboa, de diversas unidades orgânicas como o IST, ISEG, FLUL, etc., até da A3ES. Nenhuma da Faculdade de Ciências.

Não é uma crítica. Também me incluo no pacote. Pretende ser uma informação e um “case study”. Comentário imediato - “estamos sobrecarregados de trabalho”. Sem dúvida, e essa situação contrapõe-se a quaisquer padrões de qualidade. Este poderia então ser um bom tema. Mas também me ocorre uma frase de Benjamin Franklin de que eu gosto particularmente - “Se você deseja um trabalho bem feito, escolha um homem ocupado, os outros não têm tempo”. É preciso agora um trabalho bem feito.

A FCUL tem um historial de excelência a vários níveis e sempre foi sensível aos processos de qualidade. Temos sido pioneiros de muito boas práticas no ensino superior. Uma excelente escola e nós, que cá estamos, sabemos isso. E os alunos também. Os que cá estão e os que já cá estiveram. Mas hoje não chega. Temos que saber responder aos desafios e temos que exportar as nossas mais-valias. Modéstia à parte. Porque agora não se trata de um caso de modéstia, trata-se de rankings, trata-se de competitividade, trata-se, no mínimo, de ter alunos.

A importância do carimbo! Ocorre-me sempre o carimbo que os ovos devem levar para certificação da sua qualidade e entrarem no circuito comercial. É reconhecida a sua importância como garantia da nossa saúde. O que parece contra-senso é a afanosa busca de ovos da quinta da vizinha ou lá da terra, postos sei lá onde e ao arrepio de qualquer análise! Porquê? A explicação é fácil. A fiscalização não incide no todo. Só avalia, por obrigação legal, uma componente. Porque tenho a certeza que, se a certificação respeitasse um referencial adequado, todos escolheríamos o carimbo.

Trata-se de perceber que faz diferença o modo como encaramos o paradigma da qualidade no ensino superior. Saber o que se pode fazer e, principalmente, o que não se deve fazer.

É disso que se trata. E como eu disse, é preciso agora um trabalho bem feito. Procura-se um adequado referencial global para a qualidade real do ensino superior e sabemos bem que, entre uma introdução teórica e os resultados, há muito trabalho árduo e repetido. Seminários como este são imprescindíveis e são o que nós fizermos deles, principalmente porque, no aperto de muitas respostas, se podem fazer muitas perguntas. É um espaço para respirar ideias. Para comparar estratégias, avaliar os resultados e evoluir para práticas no dia-a-dia consistentes com a majoração do bem-estar de docentes, alunos e funcionários, entendido como a realização das expectativas. Uma obra tem que ser discutida por todos os interessados, escolhidos os materiais, amado o design, avaliados os espaços e calculados os riscos pois só assim, como já uma vez disse, se podem construir degraus sólidos e subir ao telhado de uma forma mais estável e segura. É da responsabilidade de todos e é este o objectivo mais importante do seminário.

Nota da redação: Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

Manuela Rocha, professora do DQB-FCUL e membro da CAICQ-FCUL

Information dissemination in unknown radio networks with large labels

Professor Shailesh Vaya,
Xerox Research Centre, India,

July 20 at 10h00 on room 6.3.38

Estudantes sentados, junto a uma mesa

O pedido de apoio à formação pós-graduada na área da Geologia do Petróleo deve ser apresentado até 15 dias úteis, após o último dia do prazo de inscrição no respetivo curso.

Já é possível solicitar a criação de Unidades Curriculares na plataforma Moodle para o ano letivo 2012/2013.

Os pedidos podem ser realizados no Portal da FCUL, após inicio de sessão.

O Centro de Informática terminou, no passado dia 12 de Julho, a migração de um equipamento central na rede da FCUL.

A excelência de sempre na construção do futuro. Escolhe um dos nossos cursos de Física, Astronomia e Astrofísica, Engenharia Física, ou Engenharia Biomédica e Biofísica. [ + ]

Alunos da FCUL no pátio do C6

O “6th SPJ-OCS” realiza-se pela primeira vez em Portugal. Os organizadores do evento acreditam que “este congresso contribui para dar uma imagem do potencial científico de Portugal” nesta área.

Chieko Asakawa and Hironobu Takagi

17 Julho 2012 - 10h30
Anfiteatro da Fundação da FCUL

Chieko Asakawa and Hironobu Takagi

17 Julho 2012 - 10h30
Anfiteatro da Fundação da FCUL

Pormenor de obra artística

Os promotores do FP7 acreditam que “centenas de instituições científicas de toda a União Europeia irão apresentar propostas” e esperam captar novos participantes, nomeadamente pequenas e médias empresas, incrementando dessa forma a competitividade europeia.

Carlos Miguel Farinha, bioquímico docente do DQB e investigador do BioFIG , foi premiado em junho com o Romain Pauwels Research Award, atribuído pela European Respiratory Society.

 

2ª fase de candidaturas:  15 a 22 de Julho.

O mestrado em Matemática para Professores é uma excelente oportunidade para consolidar,  recordar e aprender muitos temas relacionados com a matemática escolar.

No dia 12 de Julho foram feitas as apresentações de quatro trabalhos feitos no âmbito da disciplina de Projecto em Matemática para o Ensino do Mestrado em Matemática para Professores.

A Universidade de Lisboa e a Fundação Amadeu Dias estão a atribuir bolsas aos alunos de 1º Ciclo de qualquer área do saber, leccionado na Universidade de Lisboa e que já tenham concluído o 1.º ano curricular, ou alunos que frequentem&n

Em 18 anos, o Programa de Estímulo à Investigação premiou 34 jovens investigadores e 19 instituições da Universidade de Lisboa. Na última edição, dos oito premiados, três são jovens cientistas da FCUL. As candidaturas à próxima edição decorrem até 21 de setembro.

Cartaz do Seminário

No dia dia 16 de Julho, pelas 11H00, na sala 6.4.30, realizar-se-á um Seminário organizado pelo Centro de Investigação Operacional com o título 'Lagrangian-Based Branch-and-Bound for Two-Echelon Uncapacitated Facility Location with Single Assignment Cons

Os resultados das experiências ATLAS e CMS divulgados recentemente pelo CERN, também foram apresentados publicamente na FCUL, numa sessão organizada pela professora do Departamento de Física Amélia Maio, a responsável pela participação portuguesa na experiência ATLAS.

Apresentações dos Projectos de Física dia 19 de Julho, às 10h, na sala 8.2.17:

O que faz o profissional que passa os seus dias no laboratório? E quem se dedica a resolver equações ou a estudar animais e plantas? Cinquenta alunos da associação EPIS descobriram as respostas a estas e a outras questões.

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O projeto de reestruturação do Centro de Dados da FCUL, iniciado em junho, deverá estar concluído no próximo mês de setembro.

Duas pessoas fazem uma experiência no laboratório

A Faculdade de Ciências abre as portas dos seus laboratórios a 50 jovens, vindos de diferentes pontos do País, para mais uma edição da “Rota das Vocações de Futuro” da EPIS.

Apesar de ser uma das áreas mais recentes da FCUL, atualmente é uma vertente da ciência portuguesa em franca expansão.

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Kostas Gavroglu e Ana Simões assinam o primeiro livro “Neither Physics nor Chemistry: A History of Quantum Chemistry” sobre a emergência da disciplina Química Quântica, o pretexto ideal para conversar com a autora portuguesa.

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