Palestra dia 8 de Julho, 16h, anfiteatro 6.2.56, FCUL
Evolução Geotectônica da Bacia Pernambuco: Implicações no Quebramento do Gondwana e sua Correlação com as bacias da Margem Atlântico Sul e Atlântico Central.
Geotectonic Evolution of the Pernambuco Basin: implications in the break-up of the Gondwana and correlation of the South Atlantic and Central-Atlantic Basins.
por
Mário Lima Filho
Professor Adjunto do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Brasil; Laboratório de Geologia Sedimentar - LAGESE; Superintendente da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Brasil).
Resumo
Esta apresentação descreve os eventos tectônicos e sedimentares envolvidos na gênese e evolução da bacia marginal de Pernambuco, Nordeste do Brasil. A abertura do Oceano Atlântico neste ponto teve início no desenvolvimento do Rifte do Cupe (Aptiano), parte integrante da Bacia de Pernambuco, e avançou em direção ao sul, depositando sedimentos albiano/aptianos, como conseqüência do evento de distensão da base da seção rifte ocorrido na margem oriental do Nordeste. Seu preenchimento sedimentar, aliado ao mecanismo de ruptura da crosta, remete a um cenário onde a separação completa desta parte do continente sul-americano e do continente africano se deu por completa no pós-Turoniano, como parte do detachment extensional entre as duas placas (Discordância do Turoniano). Essa bacia pode ser correlacionada com a Bacia do Rio Muni, no oeste da África, onde nota-se uma forte correlação dos seus depósitos sedimentares e eventos tectônicos e possiveis bacias localizadas no Atlântico Central.