Grupos de caçadores-recoletores já interagiam em redes sociais há milhares de anos

Investigadores sequenciaram pela primeira vez genomas de indivíduos do Paleolítico

Os investigadores analisaram a informação genética dos restos mortais de quatro indivíduos que viveram na mesma altura, ou seja, há cerca de 34 000 anos, e da nossa espécie Homo sapiens

cE3c

Vítor Sousa, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), é um dos coautores de um estudo publicado na Science sobre grupos de seres humanos caçadores-recoletores, que há mais de 34 000 anos já desenvolviam redes sociais complexas para escolher parceiros e evitar riscos da endogamia.

Endogamia define-se como sendo a reprodução sexual entre indivíduos consanguíneos, da mesma família.

Para evitar este fenómeno, há pelo menos 34 000 anos grupos de seres humanos caçadores-recoletores desenvolveram redes sociais complexas. Como? Constituindo pequenos grupos de indivíduos ligados a uma rede mais ampla, entre os quais os parceiros sexuais eram escolhidos.

Do trabalho que permitiu chegar a esta conclusão e que se encontra publicado na revista científica Science, fazem parte mais de 26 investigadores de diferentes países.

Os investigadores analisaram a informação genética dos restos mortais de quatro indivíduos que viveram na mesma altura, ou seja, há cerca de 34 000 anos, e da nossa espécie Homo sapiens: um homem adulto; duas crianças, enterradas juntas, e um fémur simbolicamente modificado de outro adulto. Estes restos mortais encontravam-se enterrados em Sunghir, um local arqueológico do Paleolítico Superior situado a cerca de duzentos quilómetros a este de Moscovo, na Rússia.

A surpresa deu-se quando os resultados revelaram que os indivíduos não eram próximos do ponto de vista genético.

Vítor Sousa iniciou este estudo durante um pós-doutoramento na Universidade de Berna, na Suíça, e concluiu-o já integrado no cE3c, tendo sido o responsável pela análise dos genomas dos quatro indivíduos para investigar a relação entre os indivíduos de Sunghir, os humanos modernos e os Neandertais.

“Contrariamente ao esperado, as análises genéticas permitiram concluir que as duas crianças enterradas juntas não eram irmãs mas sim, no máximo, primas em segundo grau”, conta Vítor Sousa. Até aqui, grande parte dos dados era obtida através de sítios arqueológicos com apenas um individuo.

“Pela primeira vez conseguimos sequenciar os genomas de vários membros de um grupo de indivíduos que viveu no Paleolítico. Até aqui, a maior parte dos dados provinham de sítios arqueológicos com apenas um individuo, o que não permitia responder a questões sobre a composição e evolução dos grupos sociais na nossa espécie.” Vitor Sousa

Estes dados são importantes para compreender como é que os humanos conseguiram colonizar praticamente todo o planeta, e qual o papel da migração e dos contactos dos humanos modernos com os Neandertais.

“A nossa diversidade genética atual resulta dessa história de migração e contactos entre grupos. Perceber como é que isso ocorreu é fundamental para, por exemplo, descobrir quais os genes associados a doenças complexas, como o cancro ou a diabetes”, acrescenta o investigador.

O motivo pelo qual os seres humanos modernos foram bem sucedidos - enquanto outras espécies rivais como os Neandertais não o foram -, pode ser explicado pelo desenvolvimento precoce destas redes sociais. Para que tal ideia seja confirmada é ainda necessário obter informação genómica mais antiga, tanto dos primeiros humanos modernos como dos Neandertais.

ACI Ciências com Marta Daniela Santos, cE3c
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O percurso académico e profissional da cientista é marcado pela experiência profissional além-fronteiras.

Prémio ANACOM URSI Portugal 2013

O estudo “Técnica multimodal inovadora baseada em PEM-UWB para deteção de cancro da mama e respetiva classificação” é da autoria da cientista Raquel Conceição.

O trabalho da jovem cientista também passa pela criação de uma rede de investigadores europeia, que colabore no desenvolvimento de aplicações médicas na frequência de micro-ondas e agilize processos de ensaios clínicos e de comercialização de novos equipamentos médicos.

“Os ocupantes cumpriram as instruções, saíram do edifício de forma muito ordeira e a evacuação foi feita com rapidez”, declarou Júlia Alves, assessora para a Segurança do Trabalho na FCUL.

Marília Antunes

“[Tê-la na nossa equipa] é absolutamente enriquecedor e imprescindível para a boa continuação do nosso trabalho”, comenta Sandra Garcês, coordenadora do projeto "An Evidence-Based Approach to Optimize Therapeutic Decisions Involving Biological Drugs”, distinguido com o Prémio Pfizer de Investigação Clínica 2013, que contou com a participação da cientista da FCUL.

The European Commission has presented on December 11th  the first calls for projects under Horizon 2020, the European Union's €80 billion research and innovation programme.

Consulte as apresentações disponíveis.

 

Para além de Paulo Urbano o estudo contará com a participação de um bolseiro e a consultoria do investigador Joel Lehman, da University of Texas at Austin. O financiamento total excede os 22.000 euros.

Autores do artigo publicado no Journal of Catalysis

Carla D. Nunes, Cristina I. Fernandes, Marta S. Saraiva, Teresa G. Nunes e Pedro D. Vaz trabalham há dois anos num estudo que visa o desenvolvimento de catalisadores mais eficientes e facilmente separáveis para reciclagem.

A equipa do CAUUL, responsável por este projeto, tem como objetivo “construir um modelo do sistema climático de Vénus e colocar os resultados de vários anos de investigação à disposição da comunidade científica mundial”.

Cartaz

A investigação premiada tem como foco principal os doentes com Artrite Reumatoide.

FCUL recebe delegação russa

“Achei o encontro muito interessante. Na Rússia não há muito conhecimento sobre a educação em Portugal e hoje descobrimos muitos aspetos interessantes que podemos vir a aplicar na nossa estrutura de ensino”, comentou Predybaylo Bladislav, membro da delegação russa em visita à UL

Durante as férias de Natal, de 23 de Dezembro a 3 de Janeiro a biblioteca do C4 está aberta todos os dias úteis das 9:30h às 17:30h.

Um dos Prémios Pfizer de Investigação Básica 2013 foi atribuído ao projeto “Global ENaC Regulators and Potential Cystic Fibrosis Therapy Targets", que tem como investigadora principal Margarida D. Amaral, professora do Departamento de Química e Bioquímica e um dos membros do BioFIG - Centro de Biodiversidade, Genómica Integrativa e Funcional da FCUL.

Rui Santos, Andreia Dias, Ricardo Santos, Dora Inácio e Hugo Ferreira

O conceito do projeto bioM surgiu durante o 2.º semestre de 2012/2013 no âmbito da disciplina Inovação e Transferência de Tecnologias.

João Lin Yun

João Lin Yun distingue-se na área da Física e da Astronomia. No seu currículo, diversidade de atividades organizadas e desenvolvidas dentro do território nacional e fora dele são um marco evidente. Para além da forte aposta na carreira profissional, a vida do professor da FCUL é marcada também pela escrita.

João Lin Yun

“Quando escrevo, há alturas em que as ideias e o material fluem de forma tão espontânea que me surpreendo com o resultado! É como se as personagens tomassem as rédeas e dissessem: ‘quero dizer isto e fazer aquilo!’ E eu limito-me a obedecer-lhes…”, comenta o professor da FCUL, João Lin Yun.

As candidaturas à formação avançada decorrem até 13 de dezembro. Para esta 1.ª edição, que se inicia a 13 de janeiro de 2014, devem ser atribuídas seis bolsas mistas cujos trabalhos decorrem em Portugal e no estrangeiro, com o intuito de desenvolver projetos conjuntos entre países.

Paulo Veríssimo, professor catedrático do DI-FCUL, participou no passado dia 25 de novembro de 2013, no programa "Sociedade Civil", transmitido na RTP2.
 
António Branco

Um dos resultados chave da análise levada a efeito é o de que a língua portuguesa é um dos idiomas para o qual a preparação tecnológica para a era digital é "fragmentária".

Imagem abstrata da  "Philosophy of Science in the 21st Century - Challenges and Tasks"

Durante o evento será lançado o programa doutoral em Filosofia da Ciência, Tecnologia, Arte e Sociedade, recentemente aprovado pela FCT, com a mais elevada classificação: “Exceptionally strong with essentially no weaknesses”.

Rita Cascão

O sucesso do Biobanco-IMM é promovido pelo contínuo aumento de parcerias e colaborações não só com empresas de biotecnologia e unidades de saúde, mas também com institutos de investigação científica e investigadores académicos de ciências básicas, como os investigadores da FCUL.

SIMPLES AZULEJOS

Azulejos quadrados e Matemática

 

Bandeira de Marrocos

Atualmente a equipa prossegue com os trabalhos de correção de falhas e de afinação do CuCo de modo a dar apoio às sete faculdades marroquinas e a prepará-lo também para entrar em operação no DI-FCUL já no próximo ano letivo.

José Afonso

Chama-se galáxia IRAS 08572+3915 e é a mais luminosa do universo local. José Afonso é um dos membros da equipa de astrónomos internacionais, que anunciou recentemente a descoberta. O investigador da FCUL e dirigente do CAAUL é muito otimista quanto ao presente e futuro desta área científica.

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