Próxima missão da ESA - EnVision - já está a ser planeada: Pedro Machado lidera consórcio português

Atmosphere publica o mais completo perfil dos ventos de Vénus

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Conceção artística da superfície de Vénus

Conceção artística da superfície de Vénus

J. Whatmore/IA

A próxima missão da Agência Espacial Europeia (ESA) dedicada a Vénus - a EnVision – já está a ser planeada e visa estudar a superfície do planeta e tentar conhecer o seu passado. Portugal está envolvido na missão e Pedro Machado lidera o consórcio português, sendo ainda co investigador responsável por um dos instrumentos, um espectrógrafo no infravermelho. “Este trabalho mostra o tipo de ciência que se vai poder fazer com os instrumentos da EnVision. Nós já estamos a provar a grande relevância que tem a ciência que se pode fazer com esta futura missão”, refere Pedro Machado.

Um estudo publicado na revista Atmosphere, liderado por Pedro Machado, professor do Departamento de Física da Ciências ULisboa e investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), apresenta o conjunto de medições mais detalhado e completo alguma vez feito, de um observatório na Terra, das velocidades dos ventos em Vénus paralelos ao equador e à altitude da base das nuvens. A equipa é constituída ainda por Javier Peralta, José E. Silva, Francisco Brasil, Ruben Gonçalves e Miguel Silva.

Segundo notícia do IA, um dos resultados, inédito, é a medição simultânea da velocidade dos ventos a duas altitudes separadas de 20 quilómetros. A equipa verificou uma diferença na velocidade do vento de cerca de 150 quilómetros por hora mais rápido no topo das nuvens, o que reforça a hipótese de estar a ocorrer em Vénus a transferência de energia do calor das camadas baixas para o movimento geral da atmosfera. De acordo com o comunicado de imprensa submetido esta terça-feira no EurkAlert!, apesar de estar perto da Terra e ter praticamente o mesmo tamanho, Vénus é outro mundo. Sob o espesso manto de nuvens de ácido sulfúrico, à superfície reinam 460 graus Celsius. Esta temperatura é mantida pelo efeito de estufa de uma atmosfera feita quase só de dióxido de carbono. Setenta quilómetros mais acima vive-se uma tempestade de vento permanente, fruto da superrotação de Vénus. O mais completo perfil dos ventos de Vénus paralelos ao equador no lado noturno lança novos indícios sobre a possível relação entre o efeito de estufa descontrolado na atmosfera e a violência dos ventos no topo da camada das nuvens. Os investigadores estão cada vez mais perto de explicar como estas características infernais estão interligadas.

A superrotação da atmosfera de Vénus consiste no facto de os ventos paralelos ao equador, ou ventos zonais, serem responsáveis por a atmosfera completar uma volta ao planeta em apenas pouco mais de quatro dias terrestres, ou seja, 60 vezes mais rápido do que o lento período de rotação do globo sólido, que é de 243 dias terrestres. Como consequência, a velocidade normal do vento em relação à superfície, a 70 quilómetros de altitude, ronda os 360 quilómetros por hora.

“Os ventos vão acelerando à medida que vamos subindo em altitude, mas não se sabe bem ainda porquê. Este estudo traz 'muita luz' sobre isso, porque conseguimos fazer pela primeira vez o estudo da componente vertical do vento, ou seja, como é que é transportada a energia das camadas mais baixas, que estão mais aquecidas, para o topo das nuvens, e que vai levar à aceleração dos ventos.”
Pedro Machado

A equipa obteve, pela primeira vez, medidas da diferença entre a velocidade do vento a duas altitudes a partir de observações simultâneas. Os investigadores concluem que, no lado diurno e em apenas 20 quilómetros na vertical, ocorre um incremento de cerca de 150 quilómetros por hora na velocidade do vento paralelo ao equador; o calor da superfície poderá ser o motor que sustenta estas velocidades ciclónicas dos ventos no topo das nuvens.

A precisão dos dados obtidos com telescópios na Terra é comparável à das câmaras de infravermelho das sondas espaciais, graças a um método trazido a este estudo por Javier Peralta, coautor do estudo, astrofísico da JAXA - Agência de Exploração Aeroespacial do Japão e da Universidade de Sevilha.

A equipa irá expandir a pesquisa da componente vertical dos ventos com novas observações no solo coordenadas com a sonda atualmente em órbita de Vénus, a Akatsuki. Este estudo demonstra que observações feitas a partir da Terra complementam os dados que estejam a ser coletados nesse mesmo momento por missões no espaço.

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“Todas as oportunidades devem estar acessíveis a todas as crianças. Enquanto investigadores, apenas podemos mostrar-lhes o fascínio da ciência e provar-lhes que esta não é uma atividade 'para outros', que eles próprios podem sonhar com uma carreira na investigação ou noutras carreiras indispensáveis ao desenvolvimento do país”, declararam os cientistas da FCUL.

Na FCUL, só nas áreas da Biologia, Física e Química, existem mais de duzentos espaços laboratoriais, realizando-se, em cada um, dezenas de atividades diferentes e a cada novo projeto estão associadas outras tarefas diferentes das anteriores.

The doctoral programs in Mathematics of the Faculdade de Ciências (FCUL) and of Instituto Superior Técnico (IST) of the University of Lisbon are now partners under the LisMath Program, funded by the Portuguese Foundation for Science and Technology. The competition for scholarships under the LisMath will be officially announced on 18/1 and will be open 3/2 to 31/3.

Para melhor preparar a sua participação nas calls do Horizon 2020, deverá acompanhar e participar nos Info & Brokerage Events.

Os Work Programmes são a via para pré-selecionar calls do seu interesse.

Agora é Web of Science

“Tomar consciência da existência [de] necessidades e poder contribuir para satisfazer algumas delas é um privilégio que temos quando participamos neste tipo de projetos”, declarou o professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia, Jorge Maia Alves.

Campus da FCUL

Os programas doutorais em Matemática da Faculdade de Ciências e do Instituto Superior Técnico da nova Universidade de Lisboa são parceiros no âmbito do Programa LisMath, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Joana Almaça, Marisa Sousa, Inna Ulyiakina e Diana Faria não têm dúvidas em afirmar que foram “contaminadas pelo ‘bichinho da ciência’”, por isso, os planos futuros passam por “contribuir para o conhecimento dos mecanismos responsáveis por algumas patologias dos humanos”.

De 4 de janeiro a 1 de fevereiro de 2014,  a Biblioteca do C4 também está aberta aos sábados, das 9h00

A FCUL abriu as portas do Departamento de Física aos alunos da Escola Secundária Vergílio Ferreira, de Lisboa. Durante uma manhã, 26 alunos do 12.º ano exploraram os mistérios da Física.

O percurso académico e profissional da cientista é marcado pela experiência profissional além-fronteiras.

Prémio ANACOM URSI Portugal 2013

O estudo “Técnica multimodal inovadora baseada em PEM-UWB para deteção de cancro da mama e respetiva classificação” é da autoria da cientista Raquel Conceição.

O trabalho da jovem cientista também passa pela criação de uma rede de investigadores europeia, que colabore no desenvolvimento de aplicações médicas na frequência de micro-ondas e agilize processos de ensaios clínicos e de comercialização de novos equipamentos médicos.

“Os ocupantes cumpriram as instruções, saíram do edifício de forma muito ordeira e a evacuação foi feita com rapidez”, declarou Júlia Alves, assessora para a Segurança do Trabalho na FCUL.

Marília Antunes

“[Tê-la na nossa equipa] é absolutamente enriquecedor e imprescindível para a boa continuação do nosso trabalho”, comenta Sandra Garcês, coordenadora do projeto "An Evidence-Based Approach to Optimize Therapeutic Decisions Involving Biological Drugs”, distinguido com o Prémio Pfizer de Investigação Clínica 2013, que contou com a participação da cientista da FCUL.

The European Commission has presented on December 11th  the first calls for projects under Horizon 2020, the European Union's €80 billion research and innovation programme.

Consulte as apresentações disponíveis.

 

Para além de Paulo Urbano o estudo contará com a participação de um bolseiro e a consultoria do investigador Joel Lehman, da University of Texas at Austin. O financiamento total excede os 22.000 euros.

Autores do artigo publicado no Journal of Catalysis

Carla D. Nunes, Cristina I. Fernandes, Marta S. Saraiva, Teresa G. Nunes e Pedro D. Vaz trabalham há dois anos num estudo que visa o desenvolvimento de catalisadores mais eficientes e facilmente separáveis para reciclagem.

A equipa do CAUUL, responsável por este projeto, tem como objetivo “construir um modelo do sistema climático de Vénus e colocar os resultados de vários anos de investigação à disposição da comunidade científica mundial”.

Cartaz

A investigação premiada tem como foco principal os doentes com Artrite Reumatoide.

FCUL recebe delegação russa

“Achei o encontro muito interessante. Na Rússia não há muito conhecimento sobre a educação em Portugal e hoje descobrimos muitos aspetos interessantes que podemos vir a aplicar na nossa estrutura de ensino”, comentou Predybaylo Bladislav, membro da delegação russa em visita à UL

Durante as férias de Natal, de 23 de Dezembro a 3 de Janeiro a biblioteca do C4 está aberta todos os dias úteis das 9:30h às 17:30h.

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