Preservar o oceano, reforçar pontes entre Portugal e França

"Fórum Oceano: Atlântico, um bem comum, visões partilhadas franco-portuguesas" acontece este mês na Ciências ULisboa

mar

O encontro decorre durante os dias 26 e 27 de setembro

Eduarda Pinto

Nos dias 26 e 27 de setembro decorre na Ciências ULisboa o “Fórum Oceano: Atlântico, um bem comum, visões partilhadas franco-portuguesas”, uma iniciativa organizada pela Faculdade e pelo Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), conduzida no âmbito da Temporada Portugal-França (TPF) 2022. O objetivo do encontro, que inclui conferências e mesas redondas, é sensibilizar o público para a importância da preservação do oceano e reforçar pontes de colaboração entre os dois países.

Os eventos do Fórum Oceano visam sensibilizar o público para os grandes desafios relacionados com o conhecimento, a importância e a preservação do oceano. Estas iniciativas são realizadas no quadro da TPF 2022 com o apoio do Institut Français e do Comissariado Português da Temporada, do Comité de Mecenas da Temporada, da Euronext e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O evento constitui um prolongamento de um primeiro encontro, “Forum Océan: un enjeu pour l’expertise scientifique européenne” [Fórum Oceano: um desafio para o conhecimento científico europeu], que decorreu em Paris entre 2 e 4 de março passado, no âmbito da presidência francesa do Conselho da União Europeia.

O evento é aberto ao público, em formato presencial, mediante inscrição online gratuita e obrigatória, e contará com tradução simultânea português/francês. Terá transmissão em direto no canal YouTube da Faculdade.

A iniciativa que decorre este mês na Faculdade é organizada em estreita colaboração com o Muséum National d’Histoire Naturelle (MNHN) e o Institut de l’Océan de l’Alliance Sorbonne Université (IOASU).

Serão abordados conteúdos como a importância do oceano para a humanidade, as lacunas de conhecimento existentes, a necessidade de o estudar e preservar, e as ações que os cidadãos podem tomar neste sentido. As mesas redondas pretendem sensibilizar o público para a diversidade de questões e desafios partilhados no oceano Atlântico.

Na sessão de abertura, as boas-vindas são dadas por Luís Carriço, diretor da Faculdade. Com moderação de Isabel Domingos, professora do Departamento de Biologia Animal (DBA) e investigadora do MARE, seguem-se as intervenções de representantes de entidades públicas - Olivier Poivre D’Arvor, embaixador de França para os Polos e os Desafios Marítimos, Luís Ferreira, reitor da ULisboa, Bruno David, presidente do MNHN, Manuela Júdice, comissária portuguesa da TPF 2022 e e Hélène Farnaud-Defromont, embaixadora de França em Portugal. A encerrar a sessão intervirá o secretário de estado do Mar, José Maria Costa,

Miguel Miranda, presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Pedro Raposo de Almeida, diretor do MARE, Ricardo Melo, professor do Departamento de Biologia Vegetal e coordenador do polo MARE na Ciências ULisboa, José Guerreiro, professor do DBA e investigador no MARE, e Vera Sequeira, investigadora no MARE, são os cientistas da Faculdade que marcam presença neste encontro, entre diversas personalidades representantes de entidades francesas.

A Temporada Portugal-França 2022 decorre simultaneamente nos dois países entre 12 de fevereiro e 31 de outubro de 2022. A programação inclui mais de 200 eventos científicos e culturais.

Em entrevista à TPF, Isabel Domingos, coordenadora do mestrado em Ecologia Marinha e membro da comissão organizadora do evento em Portugal, fala sobre o papel do mar na vida e no futuro de todos. Para a investigadora, é importante tratar as temáticas do oceano de forma holística, que integre todos os setores e atividades ligados ao mar. Como países de longa tradição marítima, e o facto de se ter incluída a temática “Oceano e Sustentabilidade” num dos eixos da TPF, “é revelador do compromisso que ambos os países assumem na importância que atribuem ao mar”, sendo o Fórum Oceano um espaço privilegiado para aproximar os dois países, através da partilha de conhecimento científico e experiência, diz.

Para Isabel Domingos, o evento constitui uma “excelente oportunidade para consolidar a ligação e a colaboração entre investigadores de diversas áreas das ciências do mar e instituições de ambos os países”. A cooperação é o caminho para a resolução dos problemas da atualidade, e o conhecimento científico é imprescindível para a conservação dos ecossistemas marinhos e desenvolvimento de uma economia azul sustentável, defende. A professora propõe que essa colaboração com instituições francesas possa também ser feita ao nível académico, “já que as universidades são locais de excelência onde se faz a ponte entre ensino e investigação constituindo uma importante fonte de divulgação do conhecimento científico”; e que essa colaboração seja materializada através da concretização de projetos comuns e do intercâmbio de estudantes de mestrado ou doutoramento.

Marta Tavares, Gabinete de Jornalismo Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

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Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

Uma vez mais Ciências participou na Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP), este ano organizada pela Universidade do Minho. A equipa de Ciências - Caracóis Hipocondríacos -, composta pelos alunos Nuno Burnay, Robin Vassantlal e Guilherme Espada, ficou em 3.º lugar, ao resolver quatro dos nove problemas da competição.

Imagina que tens um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagina que para encher o jarro, vais colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que achas que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma?... E se colocássemos as pedras grandes primeiro?

As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

Ciências participa na KIC EIT Health que visa promover o empreendedorismo para o desenvolvimento de uma vida saudável e de um envelhecimento ativo. Os alunos podem inscrever-se na unidade curricular que lhes permite participar no projeto, sendo que uma parte é feita na Dinamarca.

A experiência ATLAS acontece há 25 anos e a data será celebrada com palestras, bem como com uma homenagem à responsável pela participação portuguesa na experiência, a cientista Amélia Maio.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de outubro é com Francisco Oliveira, assistente técnico do Núcleo de Manutenção do Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços da Área de Serviços Técnicos de Ciências.

O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne. Francisco Lobo, investigador do Departamento de Física de Ciências e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, comenta o tema.

Há cinco anos o biólogo marinho Pedro M. Lourenço encontrou microfibras em dejetos de aves. Foi nessa ocasião que surgiu a ideia de avaliar a abundância de microplásticos nos estuários, iniciando assim um estudo sobre a poluição por plásticos.

“Para além da importância no contexto científico, este trabalho também tem uma forte importância no contexto industrial, pois permite otimizar os gastos de energia domésticos e industriais”, explica o investigador do Centro de Química Estrutural de Ciências, Francisco Bioucas.

Mais de 100 cientistas reúnem-se em Lisboa, na Faculdade de Ciências, para abordar a temática dos nanofluidos.

A origem dos raios cósmicos de elevada energia foi desvendada. O LIP, do qual Ciências faz parte, colaborou na obtenção dos resultados.

O minhocário será usado para investigar o processo de vermicompostagem, numa experiência piloto em parceria com o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da Área de Serviços Técnicos de Ciências e com o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Há um mineral peculiar que pode ajudar a desvendar o contributo do vulcanismo de Decão sobre a extinção em massa e a morte dos dinossauros: a akaganéite. Os resultados do estudo foram publicados na Nature Scientific Reports.

Ciências participa com mais de 30 de atividades de divulgação de ciência, espalhadas por Lisboa, Lousal e até na ilha Terceira.

O primeiro Dia Internacional do Microrganismo foi celebrado a 17 de setembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Microbiologia, Ordem dos Biólogos, Ciência Viva e Comissão Nacional da UNESCO.

Desde 1971 que a guerra está aberta, mas o combate tem sido difícil. Por um lado, não temos só uma doença, e o que já conhecemos não tem chegado para estarmos contentes.

Um novo estudo liderado por Ciências encontrou grandes quantidades de fibras artificiais no estuário do Tejo e em zonas costeiras da África Ocidental, segundo comunicado de imprensa emitido pela Faculdade esta segunda-feira.

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