“O conhecimento científico ganha muito quando temos a capacidade para ouvir os não cientistas”

Em estúdio, durante a gravação do filme “A Onda da Nazaré”

Rui Pereira

O projeto de divulgação científica contou com a colaboração de alunos e professores da Escola Secundária de Gama Barros do Cacém
Fonte ACI Ciências

Incrível. Inesquecível. Extraordinário. Educacional. Inovador. Interessante. Instrutivo. Estes são alguns dos adjetivos usados pelos alunos da Escola Secundária de Gama Barros, no Cacém, para descrever a experiência que tiveram com “A Onda da Nazaré: um estímulo para a aprendizagem”.

No vídeo de cinco minutos os estudantes explicaram de forma simples e com recurso a curtas animações científicas os processos associados à existência da maior onda surfada em todo o mundo.

Para os jovens foi uma experiência única. Nunca tinham feito nada assim e foi especialmente cativante pois foram os próprios a explicar a formação da onda. Todos consideram o projeto “brutal” e a família e os amigos enchem-se de orgulho. “Conseguimos ser levados a sério apesar de sermos tão novos”, dizem.


Fonte ACI Ciências

Ao aprenderem uns com os outros, reforçaram o espírito de equipa. Conheceram a Nazaré e viram de perto a onda. Mais tarde quiseram assistir à prova de doutoramento de Mafalda Carapuço, quiseram apoiar. Para eles, a cientista é uma verdadeira inspiração.


Fonte ACI Ciências

Ainda hoje o vídeo “A Onda da Nazaré: um estímulo para a aprendizagem” é tema de conversa. O desafio deste projeto surgiu de forma espontânea. O doutoramento em Geologia de Mafalda Carapuço teve como tema as praias, a sua grande paixão e não se pode falar de praias sem falar de ondas. A primeira apresentação sobre o tema aconteceu num Dia Aberto na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Mafalda Carapuço contou a história da onda da Nazaré de forma muito simples. A partir daí começaram a ter vários pedidos para falar sobre a onda da Nazaré em diferentes contextos. O professor Rui Taborda, um dos orientadores de Mafalda Carapuço, sugeriu que fizessem um filme. Mafalda Carapuço já tinha estado na Escola Secundária de Gama Barros, a convite do professor Adérito Cunha. Como os alunos mostraram imenso interesse pela onda da Nazaré, a escolha foi simples e assim nasceu o filme financiado pelos EEA Grants.

Atualmente Mafalda Carapuço trabalha no IPMA e continua a falar sobre a onda da Nazaré. Em maio passado esteve na Biblioteca São Francisco Xavier, com uma turma do 2.º ano da Escola Moinhos do Restelo. Este mês participou no colóquio "Nazaré e o Mar", ocorrido na Biblioteca Municipal da Nazaré.

Sandra Lobo, uma das professoras daquela escola, por sinal formada em Ciências, refere que entre os jovens e a cientista criou-se uma relação de encantamento. “Nós aprendemos muito com a Mafalda… A Mafalda marcou-nos… Criaram-se laços e os alunos sentiram-se parte do processo. Houve partilha e este projeto foi um contributo fantástico para a auto estima destes jovens”, conta referindo ainda que o ponto alto foram as filmagens. “Foi um sonho tornado realidade. Uniu alunos, professores e investigadores”, conclui.

Quem também concorda com Sandra Lobo é a colega Lúcia Jorge, outra professora daquela escola e igualmente antiga estudante desta faculdade, referindo que os estudantes que participaram no filme treinaram em casa. No final alguns pais agradeceram.

Mafalda Carapuço sente-se rica com a experiência. “O conhecimento científico ganha muito quando temos a capacidade para ouvir os não cientistas”, diz. Segundo a investigadora os alunos foram uma parte ativa, comentaram o guião e além disso participaram na divulgação de resultados, em encontros científicos, como foi o caso de escola de verão ocorrida na Faculdade, na qual falaram do projeto em inglês e responderam a questões.

"Seja em ciência ou naquilo que quiserem, a dedicação deles superou as expetativas (...) foram eles que deram o mote para que tudo acontecesse.”
Mafalda Carapuço

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem de Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Cerca de 360 pessoas estiveram presentes na sessão Ignite IAstro e que integrou o programa do XXVII Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica. Em outubro a digressão ruma até à Ribeira Grande, nos Açores.

Os autores do artigo apresentam a história evolutiva de duas espécies de lagartos endémicos da Austrália - Carlia triacanth e Carlia johnstonei - revelando como se adaptaram a alterações climáticas do passado.

Com o fortalecimento da Aprendizagem (Machine Learning), a escola clássica da Inteligência Artificial ou IA (Good Old Fashion AI, GOFAI), apoiada em sistemas simbólicos, ficou entrincheirada. O livro mais recente do professor Hector Levesque, “Common Sense, the Turing Test, and the Quest for Real AI”, da MIT Press (2017), vem ajudar a não esquecermos o que a IA nos tem ensinado, ano após ano, acerca da mente, e, em particular, que o pensamento é um processo computacional. Como pode, então, a computação iluminar o pensamento?

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grupo de participantes

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Para compreendermos as capacidades de cada um de nós é preciso entender como as células nervosas se comportam e como interatuam entre si, isto é, pode sempre existir uma outra hipótese que consiga explicar um pouco mais. E, existem sempre os factos e as interpretações.

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