Espécies Invasoras

Congresso NEOBIOTA2024 ‘invade’ CIÊNCIAS

A Faculdade foi palco da 13.ª edição da International Conference On Biological Invasions, o maior congresso sobre espécies invasoras do mundo.

NEOBIOTA 2024
DCI / NEOBIOTA

Este evento, que decorreu entre os dias 3 e 7 de setembro, dinamizado no âmbito do grupo NeoBiota, foi organizado pelo Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), com o apoio de CIÊNCIAS e da Universidade de Évora. Ao longo da semana estiveram presentes no campus mais de 450 especialistas oriundos de cerca de 50 países, para partilharem e discutirem a sua investigação sobre espécies exóticas invasoras.

 

Antes do arranque oficial da Conferência, realizaram-se vários workshops gratuitos no dia 3 de setembro, sobre temas como os projetos LIFE, focados em invasões biológicas, métodos de avaliação e gestão, o aproveitamento económico de espécies invasoras, a formulação de políticas públicas e o envolvimento da ciência cidadã.

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Fonte  DCI

A elevada adesão ao NEOBIOTA2024 demonstra a enorme urgência em diminuir o impacto societal das Invasões Biológicas. Uma tónica comum em muitas apresentações, foi a necessidade de se trabalhar de forma integrada com diferentes entidades, ONG's, agentes económicos e sociedade civil, para reduzir este enorme problema, que tem impactos socio-económicos e ambientais. Alguns investigadores apontaram que as invasões biológicas são uma das causas principais de extinção de espécies nativas e causam mais prejuízos económicos que alguns desastres naturais, como os terramotos", concluem os investigadores Paula Chainho e Filipe Ribeiro.

O Congresso propriamente dito decorreu nos dias 4 a 6 e incluiu mais de 200 palestras e sessões plenárias. De entre estas, destacam-se as participações dos investigadores de renome internacional: Anthony Ricciardi, que realizou a primeira apresentação plenária, e Gregory Ruiz, responsável pela apresentação de encerramento. Ambos são reconhecidos mundialmente pelo seu contributo na área das invasões biológicas e puderam partilhar a sua perspetiva global e estratégica sobre os desafios e soluções para enfrentar o impacto das espécies invasoras.

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Fonte DCI

O NEOBIOTA2024 tem sido incrível. A investigação e as ideias apresentadas nesta Conferência (especialmente por investigadores em início de carreira) são outro indicador que as invasões biológicas são uma área académica crescente, com cada vez mais relevância para a ciência e a sociedade”, escreveu Anthony Ricciardi, numa publicação na rede social X.

É também importante destacar o foco da organização em garantir que, apesar da dimensão do Congresso, o evento mantenha uma pegada ecológica sustentável. Para isso a equipa implementou várias medidas, tais como solicitar aos participantes que reutilizassem as suas fitas (lanyards) de edições anteriores, a produção das etiquetas de identificação a partir de desperdício de cana de açúcar, a oferta de produtos provenientes de comércio justo durante as pausas para café e a inclusão de espécies invasoras no menu das refeições, como por exemplo, a carpa-europeia – espécie invasora em Portugal, tendo sido introduzida nos 5 continentes.

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Fonte DCI

No último dia do evento foram atribuídos prémios de reconhecimento do valor dos trabalhos realizados por estudantes para as melhores apresentações orais e em formato de poster. A estudante de CIÊNCIAS Mafalda Moncada, obteve o 3.º lugar de melhor poster, com a apresentação dos resultados do trabalho que tem vindo a desenvolver no MARE, sobre os impactos causados pelo peixe-gato nas áreas onde foi introduzido em Portugal.

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Fonte DCI

Para terminar a semana, no dia 7 realizaram-se visitas técnicas a Sintra, ao Estuário do Sado (Setúbal) e ao Rio Tejo (Santarém), permitindo que os participantes observem de perto algumas das espécies invasoras presentes em ecossistemas portugueses e os projetos de controlo e de monitorização em curso de momento, com o objetivo de conservação da fauna e flora.

 

A próxima edição do Congresso está prevista para 2026, na Bélgica.

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Fonte  DCI

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Fonte  Fish Invasions Lab

 

João Silva (DCI CIÊNCIAS) em colaboração com Filipe Ribeiro e Paula Chainho (MARE)
jcmsilva@ciencias.ulisboa.pt

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Quando Leibniz e Newton se enfrentaram no século XVII, sobre a origem do Cálculo, criaram um espaço para exercerem o contraditório, argumentando e criticando, em defesa dos seus argumentos. Esse exercício chama-se controvérsia (debate ou polémica), considerada por muitos como a máquina do progresso intelectual e prático. Cada um dos lados apresenta a sua explicação (causa) das suas razões, como factos (pro ou contra), e os quais sustentam e justificam a sua posição.

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