Solar Sailors Challenge

Alunos da escola Vergílio Ferreira ganham corrida de barcos solares organizada por CIÊNCIAS

Regata Solar Sailors Challenge

Alunos do ensino secundário durante o Solar Sailors Challenge

DCI - CIÊNCIAS

Sunwave é um catamarã com menos de 50 centímetros de comprimento, mas revelou grande capacidade para transportar os sonhos dos alunos do agrupamento de escolas Vergílio Ferreira, de Lisboa, que venceram, na passada sexta-feira, a competição Solar Sailors Challenge, em pleno campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS).

“Acreditámos sempre que íamos ganhar, apesar de termos tido algum receio, quando vimos que havia um barco de outra equipa que era mais rápido”, responde Ângelo Maurício, aluno do 10º ano e porta-voz da equipa Sunwave. “Foi o esforço que tivemos a construir o barco que fez a diferença. Não queríamos apenas criar um barco rápido”, acrescenta o jovem.

Vencedores Solar Sailors Challenge
Pódio com as equipas do ensino secundário que participaram no Solar Sailors Challenge - DCI Ciências

O Solar Sailors Challenge contou com quatro equipas de alunos do secundário. Três das equipas representaram o agrupamento de escolas Vergílio Ferreira, de Lisboa, enquanto uma quarta equipa participou na competição em representação da Escola Secundária Fernando Namora, da Amadora. Mais de 70 alunos marcaram presença na mini-regata de barcos movidos por energia do sol. Solar Sailors Challenge foi organizado por alunos de CIÊNCIAS, a partir do núcleo da Oficina das Energias, e contou com o apoio do Ciência Viva, da Mina do Lousal, e do Laboratório Vivo para a Sustentabilidade. O evento serviu ainda para dar a conhecer unidades produção de energia solar e de projetos que pretendem conciliar a captação de painéis fotovoltaicos com a agricultura.

Além do primeiro lugar atribuído à equipa Sunwave, o pódio contou com o segundo lugar atribuído à equipa RPM Ecologic, do Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira e o terceiro lugar atribuído à equipa My Little Boaty, da Escola Secundária Fernando Namora. Em quarto lugar ficou a equipa Tritão, do Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira.

Cada embarcação “solar” perfez três corridas num tanque insuflável de 10 metros de comprimento. Durante estas corridas, a RPM Ecologic logrou o melhor tempo (16,79 segundos) – mas a rapidez não era o único fator a ter em conta para chegar ao topo do pódio. E de algum modo, a classificação final coincide com as previsões da própria equipa RPM Ecologic antes da prova. “Queremos ganhar, mas deveríamos ter planeado melhor a corrida”, admitiu Pedro Reis, membro da equipa RPM Ecologic, ainda no momento de afinação das embarcações, antes das corridas cronometradas.

Sunwave ganhou a competição Solar Sailors Challenge
Catamarã Sunwave venceu a competição Solar Sailors Challenge

A competição organizada pelos alunos CIÊNCIAS teve por ponto de partida o fornecimento de kits com motores elétricos de 0,5 a 1 Watts, painéis fotovoltaicos e circuitos eletrónicos. As diferentes equipas tinham liberdade para configurar ou instalar equipamentos eletrónicos, mas boa parte do trabalho incidiu no desenho e montagem da estrutura das embarcações, que tinha de recorrer obrigatoriamente a materiais reutilizados. E, por isso, a classificação final atribuída pelo júri combinou os tempos registados nas diferentes “corridas” com os aspetos relacionados com criatividade e estética.

Pedro Reis já não é propriamente novato a construir embarcações elétricas que se movem sozinhas com a energia captada por painéis fotovoltaicos, pois no passado já havia montado “barcos a pilhas”. Terá a participação no Solar Sailors Challenge resultado da obrigação ou da diversão? “Foi diversão! Sinceramente, tem sido uma experiência muito fixe!”, responde o jovem.

Rita Marcelo, professora de Física e Química do Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira, e antiga aluna de CIÊNCIAS, destaca os ensinamentos obtidos pelos alunos no Solar Sailors Challenge. “É algo que serve para o currículo da vida. É o trabalho de equipa, o respeito por quem sabe mais e também o respeito por quem sabe menos. Além disso, estas iniciativas abrem horizontes”, refere a professora.

Na equipa Tritão, também houve que recorrer a alguma engenharia social para cumprir os requisitos do projeto. “Começámos por criar uma embarcação com parte de um garrafão (de plástico), mas verificámos que essa estrutura se virava ao contrário quando a metíamos na água. Acabámos por usar uma parte do tapete de ioga com a ajuda de colegas de outra equipa”, descreve Samuel Simões, membro da equipa Tritão.

Carolina Mocho, membro da equipa My Little Boaty, confirma que há competências sociais que também convém dominar na hora de levar o engenho mais além. “Quando olhámos para o manual de montagem dos barcos, ficámos com umas quantas dúvidas e nalguns casos pedimos ajuda a familiares. Mas acabámos por aprender a puxar os fios e depois… veio a parte da imaginação! A parte mais importante está feita, mas antes (da competição) tivemos duas tentativas que falharam”, relata Carolina Mocho, estudante da Escola Secundária Fernando Namora e membro da equipa My Little Boaty.

Preparação para a competiçao Solar Sailors Challenge
Os concorrentes do Solar Sailors Challenge tiveram de montar embarcações capazes de se deslocarem com a captação da energia solar - DCI CIÊNCIAS

Mesmo com todo o entusiamo, a competição não ficou imune a percalços, como se verificou quando uma das embarcações perdeu a marcha no momento em que era suposto ganhar velocidade. “Há sempre coisas que falham, mas não vale a pena ficar triste. Estas coisas fazem parte do processo e permitem que os alunos continuem com a aprendizagem, quando tiverem de resolver o que falhou”, recorda Jorge Maia Alves, professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia (DEGGE) de CIÊNCIAS.

Para os alunos que integram o núcleo da Oficina de Energias, a competição também redunda em proveitos: “Ao lidarmos com esta logística descobrimos como é que estas iniciativas funcionam e ganhamos competências na área da comunicação e da liderança”, refere Matilde Santos, aluna de Engenharia de Energia e Ambiente, que participou na organização do Solar Sailors Challenge. “Estas iniciativas implicam sempre alguma burocracia, alterações de última hora, e a participação de diferentes núcleos de estudantes, mas são uma oportunidade para alunos e escolas do ensino secundário descobrirem o que há em CIÊNCIAS”, acrescenta Íris Salcedas, estudante de CIÊNCIAS e membro da coordenação do evento.

 

Entre todos os ensinamentos, os jovens participantes descobriram também que nem tudo se resume à chegada à meta. O que ajuda a explicar a razão por que a equipa RPM Ecologic, que montou o barco mais rápido, não ficou em primeiro lugar. “Esta iniciativa pretende fomentar o processo criativo e estimular o engenho dos alunos. O objetivo não é apenas construir o barco mais rápido e ganhar a corrida, mas levar os participantes a começar a construir o futuro e enfrentar os desafios para a sustentabilidade”, refere Miguel Brito, presidente do DEGGE, e membro do júri do Solar Sailors Challenge.

Em CIÊNCIAS, ninguém esconde a expectativa de que iniciativas como o Solar Sailors Challenge possa deixar uma marca nos tempos mais vindouros. “Estamos a contar convosco para ter, no futuro, soluções que podem aproveitar o Sol”, sublinhou Luís Carriço, diretor de CIÊNCIAS. “Todas estas áreas (abrangidas durante o Solar Sailors Challenge) são trabalhadas aqui, em CIÊNCIAS”, conclui.

Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt
cérebro

O primeiro grande modelo de Inteligência Artificial generativa para a língua portuguesa, para cada uma das variantes, do Brasil e de Portugal, gratuito, em código aberto e com acesso universal está disponível desde este mês e tem 900 milhões de parâmetros. "Trata-se de um marco histórico muito importante na preparação tecnológica da língua portuguesa para a era digital", diz António Branco, professor do DI Ciências ULisboa.

Joaquim Alvez Gaspar

Encontra a resposta a esta pergunta na exposição final do projeto Medea-Chart - As Cartas Náuticas Medievais e Renascentistas: origem, uso e evolução, inaugurada a 18 de maio, no Instituto Hidrográfico e em exibição até setembro deste ano. Joaquim Alves Gaspar, investigador principal do projeto, efetuou uma visita guiada à exposição.

Grande auditório com pessoas

A ULisboa é uma das melhores universidades portuguesas, segundo o portal Research.com, com 131 cientistas entre os mais influentes, dos quais 29 dizem respeito a investigadores, cujo trabalho tem sido realizado na Faculdade e nas suas unidades de investigação.

Rosto de Patrícia Chaves

Patrícia Chaves, atualmente no 3.º ano de doutoramento em Ciências ULisboa, está entre os 12 finalistas da primeira edição da competição Três Minutos de Tese – 3MT ULisboa. A final tem lugar a 30 de maio, às 18h30, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência da ULisboa. Patrícia Chaves está atualmente no 3.º ano do programa de doutoramento Biologia e Ecologia das Alterações Globais.

tejadilho de uma carro com paineis solares

Uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e do Instituto Dom Luiz, está a recrutar voluntários para uma campanha de ciência cidadã, cujo objetivo é estimar o potencial da mobilidade solar, utilizando os próprios veículos. A campanha decorre no âmbito do projeto “Solar Cars”.

telescópio

Um grupo de cientistas da Ciências ULisboa e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, membros do CENTRA - Centro de Astrofísica e Gravitação, participam no desenvolvimento do Mid-infrared ELT Imager and Spectrograph (METIS), um poderoso instrumento que vai equipar o maior telescópio do mundo - o Extremely Large Telescope (ELT) – em construção pelo European Southern Observatory (ESO) em Armazones, Chile.

logotipo simpósio

O simpósio internacional sobre “Os impactos humanos na conetividade funcional dos ecossistemas marinhos” realiza-se entre 22 e 25 de maio, no Cineteatro Municipal João Mota, em Sesimbra. Mais de 100 investigadores, gestores marinhos e políticos de 30 países de todo mundo partilham as últimas descobertas na temática e discutem as políticas de gestão e preservação destes ecossistemas.

Sala de reuniões com várias pessoas sentadas

Volker Mehrmann esteve na Ciências ULisboa, em outubro de 2022, para participar na reunião do Comité Executivo da EMS, que pela primeira vez ocorreu em Portugal. “A comunidade matemática portuguesa orgulha-se de, ao longo das últimas décadas, ter colocado com cada vez maior intensidade e reconhecimento Portugal no mapa da Matemática europeia e mundial”, diz Jorge Buescu, professor do Departamento de Matemática da Ciências ULisboa, vice-presidente da EMS, presente nestas reuniões desde 2018.

imagem com linhas e ligações luminosas

O Centro de Matemática, Aplicações Fundamentais e Investigação Operacional em conjunto com o Centro de Estudos de Gestão do Instituto Superior Técnico tem vindo a organizar a série "Workshop on Combinatorial Optimization". A 4.ª edição do evento terá lugar no próximo dia 8 de maio, em formato online.

3 pessoas a mostrar uma capa da Faculdade com o protocolo dentro

Realizou-se esta quarta-feira, dia 3 de maio, a assinatura da adenda ao acordo de cooperação do “UPskill - Digital Skills and Jobs”, um programa que aposta na requalificação de pessoas desempregadas ou em situação de subemprego, nas várias áreas das TIC. No âmbito deste acordo, a Faculdade irá participar como entidade formadora.

chuteira e uma bola de futebol

Em 2022, 23 alunos da Ciências ULisboa foram distinguidos com medalhas desportivas, em cerca de 50 provas de competições universitárias, nacionais e internacionais, nas modalidades karaté, taekwondo, judo, atletismo e natação, alcançando resultados de excelência.

mamífero toirão

O novo Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal Continental, apresentado esta terça-feira, atualiza o conhecimento sobre as espécies de mamíferos terrestres e marinhos da fauna de Portugal Continental e faz uma revisão dos estatutos de ameaça das espécies.

conjunto de pessoas - foto de grupo dos participantes

Nos dias 11 e 18 de março, realizaram-se no Departamento de Química e Bioquímica as semifinais das Olimpíadas de Química + e Júnior, respetivamente.

menina a escrever num papel com formulas matemáticas

Professores da Ciências ULisboa integraram equipas da Direção Geral de Educação, criadas para definir as aprendizagens essenciais para a Matemática do Ensino Secundário.

4 investigadores

Quatro investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente estiveram embarcados em expedições oceanográficas no Oceano Atlântico e Oceano Austral, com o objetivo de estudar os processos biogeoquímicos do oceano.

foto de grupo com mulheres homenageadas

O quarto volume do livro “Mulheres na Ciência”, editado pela Ciência Viva, conta com retratos de 101 cientistas portuguesas de diferentes gerações e áreas do conhecimento científico, onze delas investigadoras na Ciências ULisboa.

4 pessoas em frente de uma tela de apresentação

No âmbito da UC “Voluntariado Curricular”, realizaram-se no passado dia 19 de janeiro as apresentações dos projetos dos alunos. Esta UC promove a formação e o desenvolvimento pessoal dos estudantes, sensibilizando-os para as temáticas da solidariedade, tolerância, compromisso, justiça e responsabilidade social.

Henrique Leitão e José María Moreno

Henrique Leitão e José María Moreno Madrid, investigadores do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) ​​​​​​ganham (em ex-aequo) o prémio Almirante Teixeira da Mota pelo seu livro "Desenhando a Porta do Pacífico. Mapas, Cartas e Outras Representações Visuais do Estreito de Magalhães".

instrumento matemático

Está patente na Fundação Caixa Agrícola Costa Azul, em Santiago do Cacém, “O Cálculo de Ontem e de Hoje”, uma exposição didática concebida pelo Departamento de Matemática da Ciências ULisboa e pelo Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em parceria com o Centro de Ciência Viva do Lousal.

alimentos

O programa da Antena 1 intitulado “Os desafios da alimentação sustentável”, que contou com a colaboração da ULisboa, Universidade Nova de Lisboa e Universidade do Algarve, foi lançado a 6 de fevereiro. Envolvido neste projeto esteve Bruno Pinto, investigador do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, polo da Ciências ULisboa.

Maria Manuel Torres

Maria Manuel Torres, professora do DM Ciências ULisboa, é a protagonista do quinto vídeo do projeto “Porquês com Ciência” sobre Matemática e Sustentabilidade.

pessoas numa exposição

A iniciativa “Café Ciências” está de regresso, após uma pausa forçada devido à pandemia. As sessões terão lugar às quartas-feiras, pelas 17h30, na Galeria Ciências, promovendo olhares cruzados sobre a exposição “A Porta do Pacífico: Uma viagem cartográfica pelo Estreito de Magalhães”.

Marta Panão no estudio FCCN

Marta Panão, professora do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia da Ciências ULisboa, é a protagonista do quarto vídeo do projeto “Porquês com Ciência”, disponível no YouTube da Faculdade. A pergunta “Como pensar a energia nos edifícios do futuro?” está diretamente relacionada com a licenciatura em Engenharia da Energia e Ambiente.

fotografia dos dois premiados

Dois estudantes da Ciências ULisboa receberam, em 2022, Bolsas de Investigação para Doutoramento Maria de Sousa, atribuídas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, em colaboração com a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica.

Conceção artística de um buraco negro

Uma equipa internacional, da qual faz parte José Afonso, investigador no Departamento de Física da Faculdade e no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, lançou a hipótese de que os buracos negros poderão ter a resposta para a expansão acelerada do Universo.

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