Centro Ciência Viva do Lousal: 12 anos de história

Projeto Life Ribermine promete dar nova vida aos terrenos mineiros da Península Ibérica

Técnicas pioneiras ao nível da UE implementadas no Lousal

4 fotografias da envolução do terreno

Quatro estágios da intervenção e evolução do terreno: remodelação geomorfológica, colocação de gravilha calcária e argila, colocação de terra vegetal e estrume e revegetação

ACCVL

Os terrenos mineiros da antiga mina do Lousal, no concelho de Grândola, vão ganhar uma nova vida. “Life Ribermine - Fluvial freshwater habitat recovery through geomorphic-based mine ecological restoration in Iberian Peninsula” é o nome do projeto ibérico que promete fazê-lo, através do restauro geomorfológico de minas em Portugal e Espanha. A Associação Centro Ciência Viva do Lousal (ACCVL), da qual Ciências ULisboa é associada fundadora, é o parceiro português do projeto.

A apresentação pública do projeto aconteceu no CCVL no dia 29 de outubro de 2021. Às exposições sobre as técnicas utilizadas seguiu-se uma visita à área intervencionada e ao Museu Mineiro (MM) do Lousal. O acontecimento teve destaque na newsletter do projeto, em fevereiro deste ano.

O projeto Life Ribermine baseia-se numa abordagem multidisciplinar, em áreas afetadas por atividades de mineração na Península Ibérica. Iniciado em finais de 2019 e com duração prevista até ao primeiro semestre de 2024, o projeto Life Ribermine inclui áreas de intervenção em Espanha, nas minas de caulino da região do Alto Tejo, e em Portugal, na antiga mina de pirite do Lousal, localizada na sub-bacia do rio Sado. Trata-se de um projeto piloto que, no Lousal, conjuga, pela primeira vez a nível europeu, uma remodelação geomorfológica inovadora para antecipar os processos naturais de erosão e modelação do terreno, com processos de neutralização química da drenagem ácida mineira (DAM) e subsequente revegetação com espécies autóctones, tendo por referentes as bacias hidrográficas regionais.

Uma vez que a descaracterização das propriedades do solo e da hidromorfologia, nomeadamente através da DAM, prejudicam a conservação, sustentabilidade e manutenção da biodiversidade ribeirinha, a realização de boas práticas de restauração mineira aliadas à restauração ecológica de habitats, são essenciais na manutenção da qualidade ambiental destas áreas. Com este projeto pretende-se recriar a naturalidade paisagística e devolver a qualidade ambiental aos solos e às águas contaminadas pelas atividades mineiras, beneficiando os habitats naturais e a conservação da biodiversidade local e regional.

Life Ribermine resulta de uma parceria luso-espanhola com cofinanciamento da União Europeia (UE), através do Programa LIFE, um programa de financiamento europeu para projetos nos domínios do ambiente, da natureza e da ação climática. O projeto é coordenado por Javier de la Villa Albares, da Direção Geral de Transição Energética do Conselho de Desenvolvimento Sustentável do Governo Regional de Castilla-La Mancha (Espanha), e tem como parceiros a empresa mineira CAOBAR, a empresa pública GEACAM Gestão Ambiental de Castilla-La Mancha, a Universidade Complutense de Madrid (UCM), e a ACCVL, único parceiro português do projeto.

 A indústria extrativa mineira é essencial para a manutenção e desenvolvimento das sociedades, possui grande importância económica na UE e emprega centenas de milhares de pessoas. Porém, existem diversos impactos negativos ambientais associados a esta atividade, sobretudo nas explorações antigas, pelo que a recuperação de áreas mineiras é um processo fundamental.

Este projeto pretende fomentar uma recuperação ambiental completa das áreas mineiras e alargar a aplicação das técnicas usadas a outros países da UE. O projeto terá impactos positivos nos solos, na despoluição das águas contaminadas e na qualidade dos habitats fluviais. Outro objetivo é promover e favorecer corretas alterações legislativas na obtenção de licenças de exploração, de forma a que toda a indústria mineira progressivamente adote medidas que minimizam a contaminação e erosão do solo, a alteração das caraterísticas físico-químicas e o assoreamento das linhas de água.

 

Life Ribermine no Lousal

No Lousal, a intervenção desenvolveu-se entre setembro e novembro de 2021 e compreendeu duas etapas.

foto aéroa da área intervencionada
A área de restauração ecológica junto à antiga mina do Lousal tem aproximadamente 1,6 ha
Fonte Bruno Gonçalves / Life Ribermine

A primeira etapa incluiu a caracterização física, química e biológica do terreno, a planificação da obra e a execução de trabalhos preparatórios prévios à intervenção. Durante essa etapa, para além de se identificarem potenciais fatores condicionantes da intervenção, foi feita uma amostragem e análises variadas a solos, águas e plantas, reconhecimento litogeoquímico por métodos remotos (drone), tomografia elétrica computadorizada do subsolo e inventariação da flora e vegetação nativas, assim como das plantas invasoras existentes. Os trabalhos preparatórios incluíram também a identificação e contratação de prestadores de serviços e fornecedores de materiais e equipamentos. Foi dada preferência a empresas locais, com vista a impactar positivamente a atividade económica e o emprego na região.

A segunda etapa consistiu na intervenção propriamente dita e incluiu sete fases distintas: levantamento topográfico e marcação do terreno, receção de materiais e equipamentos, desmatação e limpeza; remodelação geomorfológica (software GeoFluxTM), consistindo na reconfiguração topográfica, com recurso a movimentação de terras por retroescavadoras e bulldozers, mimetizando as suaves ondulações características da paisagem do montado; enchimento das valas pré-existentes com brita calcária e sua cobertura com geotêxtil por forma a garantir que a permeabilidade natural do sistema não é prejudicada pela colmatação subsequente dos espaços intersticiais da brita; estabilização química e emenda edáfica, de forma a elevar o pH - recobrimento do terreno com uma camada de brita calcária e argila e outra de terra vegetal misturada com estrume de cavalo e aves; instalação de piezómetros para monitorização do pH da água do subsolo a montante e a jusante da bacia; colocação de pedras calcárias nos canais, com vista a diminuir a velocidade de escorrência e a erosão, e a promover reações químicas de neutralização do pH; e por fim, revegetação - sementeira de plantas primocolonizadoras adaptadas às condições do solo.

 

 

A ACCVL tem como presidente Jorge Relvas, professor do Departamento de Geologia (DG), e como diretor executivo Álvaro Madureira Pinto, técnico superior do DG Ciências ULisboa, elementos fundamentais da equipa de implementação do projeto Life Ribermine em Portugal. Para além de todas as tarefas de coordenação, a equipa do ACCVL tem ainda um importante papel na comunicação e divulgação do projeto, em todas as suas vertentes.

Jorge Relvas e Álvaro Madureira Pinto contam que a área intervencionada está num estado de equilíbrio geomorfológico, e as transformações no terreno já são visíveis. A vegetação semeada está a germinar e, simultaneamente, as águas de escorrência de pH baixo que alimentavam o sistema de biorremediação do Lousal, estão a beneficiar de um pré-tratamento corretor de acidez, que resultará numa melhor qualidade da água descarregada no sistema hidrológico natural, a Ribeira de Corona.

Para Jorge Relvas e Álvaro Madureira Pinto faz todo o sentido que a ACCVL seja parte integrante neste projeto. Para além de constituir uma intervenção de natureza ambiental que beneficia este território, é também um projeto pioneiro a nível europeu, com a possibilidade de ser implementado por várias regiões do mundo. Por outro lado, a área intervencionada, situada muito próximo do Centro Ciência Viva, passou a constituir um novo espaço privilegiado para a promoção de atividades educativas, relacionadas com a consciencialização dos visitantes para a importância da compatibilização da necessidade de matérias-primas, com estratégias de proteção ambiental e mitigação de impactos eco negativos da atividade mineira.

Em Espanha, a implementação do projeto iniciou-se em 2019 e decorreu nas explorações de caulino na região do Alto Tejo, Castilha-La Mancha. A relação com os parceiros espanhóis, tem sido uma colaboração “muito positiva e recompensadora para todas as partes”, diz Jorge Relvas. Estabeleceu-se uma estreita relação entre o CCVL e a equipa do professor José Francisco Duque, da UCM, especialista no método de Restauração Geomorfológica Mineira. Durante a intervenção, o professor e alguns membros da sua equipa, incluindo o estudante de doutoramento Ramón Sánchez, deslocaram-se várias vezes ao local e, durante vários dias, acompanharam a fase de modelação do terreno.

Centro Ciência Viva do Lousal: 12 anos de história

grupo de alunos de geologia
Grupo de alunos de Geologia em visita ao Lousal
Fonte Filipe Rosas

No passado dia 29 de abril, 31 alunos do 3.º ano do curso de Geologia visitaram o CCVL. A visita incluiu uma palestra sobre o projeto Life Ribermine, apresentada por Jorge Relvas, e uma saída de campo ao terreno intervencionado, acompanhada por Mónica Martins (CCVL). Esta atividade constituiu uma ação complementar à visita dos alunos à Praia do Almograve, na costa alentejana, que se realizou nos sete dias antecedentes. A saída de campo tem como objetivo o estudo dos afloramentos geológicos da praia, e é realizada anualmente no âmbito da disciplina Geologia de Campo II. A disciplina é ministrada por Filipe Rosas, professor do DG Ciências ULisboa que, após conhecer os pressupostos do Life Ribermine, descreve o projeto como “uma forma revolucionária de recuperação da paisagem” e acrescenta que a visita foi “bastante interessante e útil” para os alunos. Na sua conta de Twitter podem ver-se registos fotográficos das atividades.

A ACCVL é uma entidade privada sem fins lucrativos criada em 2010 e tem como membros associados o Município de Grândola, principal financiador, a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, a Ciências ULisboa, a SAPEC Parques Industriais e a Costaterra, duas empresas privadas. Para além do Centro Ciência Viva do Lousal (CCVL) – Mina de Ciência, a ACCVL tem a seu cargo o MM e a Galeria Waldemar d’Orey, uma galeria mineira subterrânea recuperada em 2015. O CCVL faz parte da Rede de Centros Ciência Viva (RCCV), constituída por 21 centros no território nacional, e enquadra-se, simultaneamente, no projeto integrado de reabilitação ambiental, socioeconómica e patrimonial em curso na antiga aldeia mineira do Lousal.

Ao longo dos quase 12 anos de existência, o CCVL já recebeu cerca de 200 mil visitantes, valor muito significativo numa comunidade com pouco mais que 200 habitantes, sendo também o maior empregador do Lousal, relata Jorge Relvas. O centro já foi visitado por centenas de escolas do ensino básico e secundário de todo o país e por dezenas de universidades portuguesas e estrangeiras, de países europeus, do Canadá, da Austrália e dos EUA. Está envolvido em dezenas de projetos científicos, educacionais, turísticos e de desenvolvimento social, financiados por programas nacionais do Turismo de Portugal ou da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, e europeus, através dos fundos estruturais de desenvolvimento regional do Alentejo.

As atividades da ACCVL vão muito para além das paredes do centro ou, até, dos limites da aldeia do Lousal. A equipa do CCVL vai às escolas, sobretudo no concelho de Grândola e restantes concelhos circundantes do Alentejo litoral e central; desenvolve atividades de educação ambiental em todas as praias do litoral alentejano; vai às bibliotecas, feiras e jardins; promove o turismo cultural e de natureza na serra de Grândola, nos circuitos arqueológicos da região, em trajetos pelo ecossistema do montado, numa estreita relação com a Herdade da Ribeira Abaixo, estação experimental do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c). A associação tem ainda cerca de uma dezena de outros projetos atualmente a decorrer.

Jorge Relvas e Álvaro Madureira Pinto fazem um balanço “extremamente positivo” destes anos de trabalho, embora o trajeto já realizado “esteja longe de poder ser considerado linear e isento de dificuldades”.

Em funções desde a sua fundação, Jorge Relvas diz que o que mais o inspira neste trabalho é o facto de poder mostrar que é possível, com persistência, realismo e pragmatismo, tocar na vida das pessoas. “O conhecimento que a minha profissão me deu o privilégio de acumular durante décadas na Universidade, permite-me fazer alguma diferença, reinventando uma aldeia que já não existiria de outro modo; revemo-nos no brilho dos olhos das crianças, jovens e adultos que nos visitam e levam consigo um pouco mais de saber e de esperança no futuro”, partilha Jorge Relvas.

"Revemo-nos no brilho dos olhos das crianças, jovens e adultos que nos visitam e levam consigo um pouco mais de saber e de esperança no futuro" Jorge Relvas

Para Álvaro Madureira Pinto, também neste projeto deste o primeiro dia, é a liberdade criativa, os desafios e as pessoas os mobilizadores do seu trabalho. “Criar pontes entre profissionais especializados, investigadores, comunicadores, estudantes e o público em geral é um processo verdadeiramente apaixonante e mobilizador”, diz. Conta ainda que a dinamização do CCVL é um processo construtivo, neuronal e livre, que envolve muitas pessoas e organizações, e por isso constitui “um grande desafio e uma enorme responsabilidade".

A Comissão Científica de Apoio do CCVL é atualmente integralmente composta por cientistas da Ciências ULisboa, de diferentes áreas – Ana Eiró, Deodália Dias, Fernando Barriga, Rui Agostinho, Manuela Rocha e Helena Mendonça. Jorge Relvas destaca o importante papel desta comissão para o funcionamento do centro, desde a sua abertura, nomeadamente na coordenação das equipas de conceção dos conteúdos e módulos do centro, acompanhamento na resolução de questões científicas, promoção de atividades, revisão de conteúdos, estabelecimento de pontes com outros colegas da Ciências ULisboa e dinamização de atividades de divulgação.

Todos os centros da RCCV desenvolvem a sua atividade em estreita ligação com as universidades do país. O CCVL é, desde 2010, o centro da rede que Ciências ULisboa assume como sendo da sua responsabilidade. Jorge Relvas e Álvaro Madureira Pinto dizem estar orgulhosos, mas cientes da confiança e da responsabilidade depositadas aos seus ombros.

fotografia de drone com pessoas a acenar, segurando numa bandeira do projeto Life
Life Ribermine é um projeto ibérico com cofinanciamento da UE
Fonte Bruno Gonçalves / Life Ribermine

Marta Tavares, Gabinete de Jornalismo Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Melhor Projeto Público 2017
Revegetação com especies autoctones

“O projeto em curso no Lousal mostra que é possível conciliar a atividade de mineração com a devolução do território à natureza com o mínimo impacto possível”, escreve Jorge Buescu na crónica publicada na revista Ingenium n.º 183, referente ao primeiro trimestre de 2024.

Pontos de interrogação

 Vladimir Konotop, professor da Ciências ULisboa, participou num estudo publicado este mês na Nature Photonics - “Observação da Localização da Luz em Quasicristais Fotónicos” -, em colaboração com investigadores da Universidade Jiao Tong de Xangai (China) e da Academia de Ciências Russa  (Rússia).

Aluna a fazer uma apresentação numa sala de aula

Inês Sofia Cruz Dias e Ana Carolina Preto Oliveira, estudantes da Ciências ULisboa, apresentaram os seus relatórios da disciplina Voluntariado Curricular, 1.º semestre, no passado dia 22 de janeiro. Sensibilizar os estudantes para as temáticas da solidariedade, tolerância, compromisso, justiça e responsabilidade social e proporcionar-lhes oportunidades para o desenvolvimento de competências transversais são alguns dos objetivos do Voluntariado Curricular.

Cristina Simões, Fernando Antunes, José Pereira-Leal, Jorge Maia Alves, Andreia Valente, Hugo Ferreira, Rui Ferreira e Pedro Almeida

Os projetos Lusoturf e TAMUK são os vencedores da 1.ª edição do Concurso de Projetos de Inovação Científica, uma iniciativa promovida pela Ciências ULisboa e FCiências.ID, com o apoio do Tec Labs.

Membro da FLAD, Marcelo Rebelo de Sousa e José Ricardo Paula

José Ricardo Paula, investigador da Ciências ULisboa, vencedor do FLAD Science Award Atlantic 2023, teve a honra de receber o prémio pelas mãos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Para o diretor da Ciências ULisboa, Luís Carriço, este prémio é um reconhecimento do mérito e da excelência da investigação que se faz na faculdade: “Estou muito orgulhoso, mas não estou surpreendido. O trabalho que o José Ricardo Paula desenvolveu é brilhante e o próprio Presidente da República fez questão de referir isso. O nosso investigador está de parabéns, bem como a faculdade”.

Ana Sofia Reboleira

O projeto “Barrocal-Cave: Conservation, monitoring and restoration assessment of the world-class cave biodiversity hotspot in Portugal foi distinguido com o 2.º lugar do Prémio Fundação Belmiro de Azevedo 2023. Ana Sofia Reboleira é a investigadora responsável por este projeto, que tem como instituição proponente a FCiências.ID.

Fotografia de Henrique Leitão

O Papa nomeou a 10 de janeiro o cientista Henrique Leitão como membro do Comité Pontifício de Ciências Históricas, informou o Vaticano. A Agência Ecclesia refere que o novo membro deste comité colaborou com o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, enquanto coautor do ‘Clavis Bibliothecarum‘ (2016), um levantamento de catálogos e inventários de bibliotecas da Igreja Católica em Portugal.

Fotografia de Beatriz Amorim

Beatriz Amorim foi premiada com uma bolsa Marie Sklodowska-Curie, uma iniciativa da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA, sigla em inglês). A estudante do último ano de mestrado em Engenharia Física, na Ciências ULisboa, participa a partir de 15 de janeiro e durante seis meses, num projeto inovador na Alemanha, no âmbito do Programa GET_INvolved do FAIR.

Henrique de Gouveia e Melo e Henrique Leitão

“As três últimas décadas foram excecionais para os estudos de História Marítima, da Ciência Náutica, da Cosmografia e da Cartografia portuguesas”, diz Henrique Leitão, investigador da Ciências ULisboa, a propósito da atribuição do Prémio Academia de Marinha 2023, ocorrido no passado dia 9 de janeiro, durante a Sessão Solene de Abertura do Ano Académico de 2024.

Membros da expedição em frente do RV Pelagia

A Ciências ULisboa destacou no passado mês de dezembro - na EurekAlert - uma história sobre um estudo, que relata evidências sem precedentes de respostas ecológicas do fitoplâncton calcificante à deposição de nutrientes fornecidos pela poeira do Sara. O trabalho publicado na Frontiers in Marine Science tem como primeira autora Catarina Guerreiro, micropaleontóloga e investigadora em bio geociências marinhas na Ciências ULisboa.

Cientista em gruta

Um estudo publicado na Scientific Reports e coordenado por Ana Sofia Reboleira, professora no Departamento de Biologia Animal da Ciências ULisboa e investigadora no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), analisou mais de 100000 medições de temperaturas em grutas localizadas em diversas zonas climáticas, desde as tropicais às subárticas, passando por Portugal continental e ilhas.

Identidade gráfica da crónica com imagem de Andreia Sofia Teixeira

A crónica da autoria da Comissão de Imagem do Departamento de Informática da Ciências ULisboa visa realçar a investigação feita pelos docentes e investigadores deste departamento. A segunda crónica dá a conhecer Andreia Sofia Teixeira.

Pessoas junto ao edifício do MARE, na Ciências ULisboa

Com o intuito de colaborar no desenvolvimento de um parque eólico offshore flutuante ao largo da Figueira da Foz, o MARE e a IberBlue Wind (IBW) assinaram a 5 de dezembro passado um protocolo que estabelece os moldes da parceria futura. A colaboração da IBW com o MARE irá permitir estudar os eventuais impactos da instalação da infraestrutura nos ecossistemas marinhos da área de implementação, e propor soluções que mitiguem os eventuais impactos negativos na componente ecológica e na atividade da pesca.

A Ciências ULisboa foi palco do mais recente workshop da International Atomic Energy Agency (IAEA). O “Regional Workshop on Nuclear and Radiation Education - Strategies and Approaches to Enhance Capacity Building in Nuclear Education and Training” realizou-se entre os dias 4 e 7 de dezembro e contou com a presença de 37 representantes de 25 países europeus e asiáticos, assim como de especialistas internacionais e delegados da IAEA.

Ricardo Trigo e membros da ULisboa e CGD

Ricardo Trigo é professor no Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigador no Instituto Dom Luiz, no RG1 – Climate change, atmosphere-land-ocean processes and extremes. Este ano foi distinguido, pela segunda vez, pela ULisboa e Caixa Geral da Depósitos (CGD) com um prémio científico, na área das Ciências da Terra e Geofísica. O primeiro prémio científico atribuído pela ULisboa e pela CGD ao cientista ocorreu em 2017. Leia a entrevista com o cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

salão nobre da Reitoria da ULisboa

Na edição de 2023 dos Prémios Científicos ULisboa / Caixa Geral de Depósitos (CGD) foram atribuídos 20 prémios e 20 menções honrosas a professores e investigadores da Universidade. Os cientistas da Ciências ULisboa alvo desta distinção foram Alysson Bessani, Ricardo Trigo e Vladimir Konotop, com prémios no valor de 6.500€; e Carla Silva, Jaime Coelho, José P. Granadeiro e Rita Margarida Tavares, com menções honrosas.

Carla Silva com membros da ULisboa e da CGD

Carla Silva é professora no Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigadora no Instituto Dom Luiz, no RG5 – Energy Transition. Este ano foi distinguida pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos com uma menção honrosa, na área de Engenharia do Ambiente e Energia. Leia a entrevista com a cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

Rita Margarida Cardoso e membros da ULisboa e CGD

Rita Margarida Cardoso é investigadora no Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigadora no Instituto Dom Luiz (IDL), no RG1 – Climate change, atmosphere-land-ocean processes and extremes. Este ano foi distinguido pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com uma menção honrosa, na área das Ciências da Terra e Geofísica. Leia a entrevista com a cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

Vladimir Konotop e membros da ULisboa e da CGD

Vladimir Konotop é professor no Departamento de Física e investigador no Centro de Física Teórica e computacional da Ciências ULisboa. Este ano foi distinguido pela segunda vez, pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com um prémio científico, na área de Física e Materiais. O primeiro prémio científico atribuído pela ULisboa e pela CGD ao cientista ocorreu em 2017. Leia a entrevista com o cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

Alysson Bessani e membros da ULisboa e CGD

Alysson Bessani é professor no Departamento de Informática e investigador no LASIGE Computer Science and Engineering Research Centre da Ciências ULisboa. Este ano foi distinguido pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com um prémio científico, na área das Ciências da Computação e Engenharia Informática. Leia a entrevista com o cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

Luís Carriço e memebros da ULisboa e CGD

José P. Granadeiro é professor no Departamento de Biologia Animal e investigador no grupo de investigação Biologia da Adaptação e Processos Ecológicos do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM). Este ano foi distinguido pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com uma menção honrosa, na área de Biologia, Engenharia Biológica, Bioquímica e Biotecnologia. Leia a entrevista com o cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

Imagem gráfica da rubrica com fotografia de André Rodrigues

A crónica da autoria da Comissão de Imagem do Departamento de Informática da Ciências ULisboa visa realçar a investigação feita pelos docentes e investigadores deste departamento. A primeira dá a conhecer André Rodrigues.

José Ricardo Paula

José Ricardo Paula, investigador auxiliar júnior no Departamento de Biologia Animal da Ciências ULisboa e no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), é o vencedor da 4.ª edição do FLAD Science Award Atlantic, atribuído pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). De acordo com o comunicado de imprensa emitido pela FLAD, “José Ricardo Paula irá receber 300 mil euros de financiamento, em três anos, para desenvolver uma ideia inovadora, nomeadamente, o projeto ‘ATLANTICDIVERSA’, que pretende contribuir para compreender o papel dos mutualismos de limpeza na conservação da Biodiversidade do Atlântico, com recurso a tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial”.

Movimento de partículas ativas em meios desordenados

Sabia que quando um conjunto de robots ou bactérias se move num espaço onde há vários objetos livres, esses robots ou bactérias desviam esses objetos para poderem passar? Um grupo de investigadores da Ciências ULisboa e das universidades de College of London (Reino Unido) e de Gothenburg (Suécia) conseguiu mostrar que o rasto deixado por esse movimento contribui para a formação de grupos, funcionando como um mecanismo efetivo de comunicação entre eles.

Fotografia de Catarina Frazão Santos

Catarina Frazão Santos, investigadora no DBA Ciências ULisboa e no MARE, em entrevista ao canal YouTube da Faculdade, a propósito da distinção do ERC, com uma bolsa de arranque, no valor de quase 1,5 milhões de euros, dá a conhecer a sua pessoa, os objetivos e expetativas do projeto PLAnT, refletindo também sobre o contributo da Faculdade para o seu percurso profissional e a importância da sua área de investigação.

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