Edição 0 Horizon Magazine

Como cozinhar um bosão de Higgs

O número zero da Horizon Magazine, uma revista gratuita de divulgação de Ciência, destinada a todos os interessados por Física, Astronomia, Matemática, Química, Biologia ou Informática, tem entre outros destaques o presente artigo intitulado “Como Cozinhar um Bosão de Higgs”.

A publicação trimestral criada pelos alunos do Departamento de Física da FCUL com o apoio da Associação de Estudantes pode ser lida através da sua página de Internet, pelo facebook, incluindo também uma tiragem de mil exemplares. Arthur Vieira, estudante do mestrado integrado em Engenharia Física e Emiliano Pinto, aluno de mestrado em Física Nuclear e Partículas, são os diretores da revista trimestral, que integra uma equipa editorial constituída por outros 16 discentes.
Bolo de comemoração dos 80 anos de Peter Higgs
Fonte: www.ph.ed.ac.uk/higgs/galleries/peter-higgs-80th-birthday
Legenda: Bolo de comemoração dos 80 anos de Peter Higgs

Ingredientes:

•1 Acelerador de partículas

•2 Detetores (para atingirem os resultados independentemente)

•Computadores q.b.

•Alguns milhares de toneladas de físicos e engenheiros

•¼ da energia elétrica consumida na cidade de Lisboa

•1 Chávena de água

Modo de preparação

1. Usa os engenheiros e 1/5 dos físicos para montar o acelerador e os detetores;

2. Põe os físicos que sobram a fazer simulações computacionais para prever o comportamento dos detetores e os resultados esperados. Acompanha a preparação com cuidado, ou começarão a jogar Pacman;

3. Retira uma gota muito pequena da chávena e, com uma pitada de energia elétrica, parte cada molécula em 3 partes. Usa o resto da água para regar as plantas;

4. Pega nas partes mais pequenas de cada molécula, descasca-as e coloca-as no acelerador a um ritmo constante;

5. Usa a energia elétrica para aquecer até 1016 ºC (mil milhões de vezes mais quente que o centro do sol) e deixa cozer durante 2 anos. Não te esqueças de continuar a adicionar partículas;

6. Usa os físicos e computadores do passo 2 para analisar os resultados obtidos;

Se tudo correr bem (e a Natureza deixar), encontraste o bosão de Higgs.

Se existir, o bosão de Higgs pode ser criado no CERN em vários processos, mas em média só é produzido 1 em cada 10 mil milhões (1010) de colisões. É muito mais provável produzir outras partículas já bem conhecidas, que criam um fundo contínuo que esconde o sinal. Em 2011 e 2012, registaram-se nos detetores ATLAS e CMS 2x1015 colisões (25 fb-1) em cada, ou seja, terão sido produzidos cerca de 200 mil milhões de bosões de Higgs. Se cada colisão de protões fosse um grão de areia de 1mm, o número total de colisões dava para encher completamente o Estádio da Luz, e destes apenas uma mão cheia corresponderia à criação de bosões de Higgs.

Atendendo também às diferentes formas como o bosão de Higgs pode decair, haverá várias assinaturas experimentais da sua criação e decaimento. As melhores não são aquelas que produzem mais eventos, mas as que o fazem em proporção ao fundo contínuo de outros processos conhecidos. É mais fácil encontrar uma camisola azul se forem usadas por dez pessoas num grupo de cem do que por mil num milhão.

Uma assinatura clara é a da fig. 3. Quando 2 protões colidem, um quark de cada um emite um bosão W+/W (lembra-te que o protão não é elementar) transformando-se noutros quarks. Os W+/W “fundem-se” num bosão de Higgs, e este decai rapidamente para 2 fotões. No final da colisão, podem-se ver sinais de 2 fotões e 2 quarks.


Fonte: Horizon
Legenda: Fig. 3: Diagrama de Feynman de um processo de criação e decaimento do bosão de Higgs

Horizon
horizon@fc.ul.pt

Desde 1971 que a guerra está aberta, mas o combate tem sido difícil. Por um lado, não temos só uma doença, e o que já conhecemos não tem chegado para estarmos contentes.

Um novo estudo liderado por Ciências encontrou grandes quantidades de fibras artificiais no estuário do Tejo e em zonas costeiras da África Ocidental, segundo comunicado de imprensa emitido pela Faculdade esta segunda-feira.

Falta pouco para a Faculdade voltar a ser homenageada com a atribuição de mais duas insígnias de professores eméritos a dois dos seus docentes aposentados.

Zbigniew Kotowicz, investigador e membro integrado do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu aos 67 anos, no dia 21 de setembro de 2017.

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Cerca de 360 pessoas estiveram presentes na sessão Ignite IAstro e que integrou o programa do XXVII Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica. Em outubro a digressão ruma até à Ribeira Grande, nos Açores.

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grupo de participantes

Alunos do ensino secundário participaram em projetos de investigação na Faculdade de Ciências da ULisboa. O culminar da atividade deu-se com um Congresso Científico, onde os "novos cientistas" apresentaram os resultados do trabalho realizado.

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